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Cianobactérias são microrganismos procariontes, fotossintetizantes e fixadores de nitrogênio, dos primeiros seres vivos a surgirem na Terra (há 3,5 bilhões de anos) e fornecerem oxigênio à atmosfera primitiva; nas cadeias alimentares que fazem parte são produtores primários e desempenham uma função importante nos ecossistemas aquáticos; como prova do seu sucesso competitivo, elas são capazes de viver e crescer em diversos ambientes, desde lugares com elevadas temperaturas como em baixas temperaturas (p. ex.: oceanos gelados) e algumas espécies podem ser encontradas até no solo. Mas o habitat preferencial para elas são corpos aquosos lênticos de água doce (ex.: mananciais, açudes, rios, lagos, barragens, dentre outros), onde elas encontram as condições ideais de crescimento: temperatura (15-30 °C), pH neutro a alcalino (6-9), luz solar e nutrientes (nitrogênio e fósforo). O excesso dessa matéria orgânica (sobretudo nitratos e fosfatos) nos corpos aquosos, resultado de ações antrópicas (principalmente despejo de efluentes domésticos e industriais e uso de agrotóxicos em lavouras próximas à corpos d’água), causa dentre outras situações, o surgimento de florações ou blooms, que são massas espessas verdes visíveis de cianobactérias. Essas florações conferem cor, odor e sabor desagradáveis para a água, deixando-a imprópria para consumo, e comprometem a estética do manancial, acarretando uma série de problemas para o abastecimento público. Como as cianobactérias em geral produzem compostos tóxicos (cianotoxinas), que comprometem a qualidade dos recursos hídricos e podem se acumular (biomagnificação) nos organismos de todos os níveis tróficos que compõe a comunidade aquática (outros membros do fitoplâncton > algas > pequenos peixes > peixes maiores), configurando-se assim num sério risco de saúde pública. Desta forma, diante dos riscos que as aglomerações de cianobactérias representam, ações são realizadas, como: o controle de seu crescimento desordenado (evitando-se o enriquecimento artificial dos ambientes aquáticos) e análises laboratoriais quali-quantitativas de cianobactérias em água de mananciais, estações de tratamento e utilizada em clínicas médicas, para se saber em que estado encontram-se os corpos aquosos e a água que a população de uma determinada localidade consome, em relação à esse parâmetro microbiológico (densidade de cianobactérias). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS >Capítulo de livro - BORTOLI, S. e PINTO, E. Cianotoxinas: Características gerais, histórico, legislação e métodos de análises (Cap. 21). In: Pompeo et al. Ecologia de reservatórios e interfaces. São Paulo: Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, 2015. Pág. 321-339. > Documento publicado na Internet - MINISTÉRIO DA SAÚDE; SECRETARIA DE VIGILANCIA EM SAÚDE; DEPARTAMENTO DE VIGILANCIA EM SAÚDE AMBIENTAL E SAÚDE DO TRABALHADOR. Manual de Cianobactérias/cianotoxinas: procedimentos de coleta, preservação e análise. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: < http://www.saude.gov.br/svs>. Acesso em: 02 de maio 2016.
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