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Resenha - Contestacao - Waldemir

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Sem a intenção de esgotar a discursão em relação ao tema abordado neste estudo, no caso, Defesa do Réu no Processo Civil Brasileiro, iremos perpassar de forma nítida e objetiva pelo ato processual da contestação; e discorrer sobre as formas de defesa e a influencias dos princípios norteadores que são utilizados dentro desse remédio jurídico, estabelecido por Lei.
	A partir da citação, o réu terá o ônus de oferecer contestação, podendo contrapor os pedidos contidos na inicial valendo-se da contestação, porém poderá contra-atacar por meio da reconvenção, ou ainda, não se manifestar. 
	A contestação é absorvida como a principal defesa formal do réu, para atacar ao direito de ação, tal qual exercida pelo autor e materializada por meio da petição inicial.
	Nesse sentido menciona Didier Júnior[endnoteRef:1] [1: DIDIER JR, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. 17ª edição. Salvador. JusPodvm, 2015.] 
A contestação está para o réu como a petição inicial está para o autor. Trata-se do instrumento da exceção exercida (exercício do direito de defesa), assim como a petição inicial é o instrumento da demanda (ação exercida).
	O princípio da ampla defesa e do contraditório, proporciona as partes e, em especial ao réu o direito de exercer a sua defesa de forma plena. A forma mais ampla de defesa do réu, são todas as alegações processuais e materiais. De acordo com o (art. 5º, LV) da Constituição Federal de 1988,
“aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. Os referidos princípios emanados do texto constitucional, como fica claro, dentro de um devido prazo legal. 
	Ainda é importante destacarmos que, a contestação não é apenas embasada no princípio da ampla defesa e do contraditório, mas também no princípio da isonomia, pois este último princípio da ao réu igualdade de resposta e de impugnar acusações do autor, devemos lembrar que a contestação se utiliza também do princípio do acesso a justiça, pois é o meio que o réu tem de acessar o processo.
	Observamos como menciona sobre o assunto Cássio Bueno[endnoteRef:2]. [2: CÁSSIO SCARPINELLA BUENO, 2015, P. 274.] 
A contestação não se justifica, somente e apenas em função dos princípios da ampla defesa e do contraditório, mas também pelo próprio princípio da isonomia e do acesso a justiça.	
A contestação, tem um prazo previsto no Código de Processo Civil para que ela seja exercida, esta previsão consta no caput do (art. 335) que serão de quinze dias, em regra geral, porém a exceções prevista na própria legislação (arts. 180, 183 e 229).
Leciona, Marcus Gonçalves[endnoteRef:3] [3: GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 2 – 16. Ed – São Paulo: Saraiva Educação, 2020.] 
A Defensoria Pública e os beneficiários da justiça gratuita, assistidos por órgão público de assistência judiciária, têm o prazo de resposta em dobro, por força do art. 186 do CPC e do art. 5º, § 5º da Lei n. 1.060/50.
O prazo tem início, em regra, a partir da audiência de conciliação ou mediação. Caso ela não se realize por vontade das partes, da data em que o réu protocola petição, manifestando desinteresse. Caso não seja designada audiência, porque o processo não admite auto composição, o prazo correrá da juntada aos autos do aviso de recebimento, do mandado cumprido ou do fim do prazo do edital, insto é, na forma do art. 231 do CPC.
Analisando o princípio da eventualidade, presente no CPC (art.336), a contestação é o momento que o réu tem pra trazer todos os seu argumentos de defesa, ou melhor, têm o ônus de trazer todos argumentos pelos quais ele pretende convencer o magistrada a respeito das suas razões.
	Na contestação o réu deverá propor uma defesa processual ou de mérito, no que diz respeito a primeira, com previsão no (art. 337) do CPC que são as preliminares, em relação a segunda, são aquela que irão contrapor o objeto do processo, ou seja, o direito material do processo, e divide-se em direta e indireta
	O principal objetivo da contestação é requer o indeferimento o direito material do autor, pleiteado na petição inicial.
De acordo com Marcus Gonçalves[endnoteRef:4] [4: GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Curso de Direito Processual Civil. Vol. 2 – 16. Ed – São Paulo: Saraiva Educação, 2020.] 
A contestação, tal como a inicial, contém uma pretensão: a de que o pedido do autor seja desacolhido. Na petição inicial, o autor formula o seu pedido, que pode revestir-se das mais variadas formas: condenatório, constitutivo ou declaratório. Na contestação, o réu opor-se-à a essa pretensão e formulará a sua, que será sempre única: a de que o juiz declare que o autor não tem razão. A pretensão formulada na contestação é sempre declaratória negativa (ficam ressalvadas as ações de natureza dúplice, em que se permite ao réu formular autênticos pedidos na contestação, além do simples requerimento do que a pretensão inicial seja rejeitada).

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