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MODELO DE DEFESA DO RECLAMADO

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PRÁTICA SIMULADA DO TRABALHO - CCJ0262
Título
Caso Concreto 6
Descrição
1.Defesa do Reclamado - Aspectos Gerais
Inicialmente, cabe destacar que a defesa do reclamado, no âmbito do processo do 
trabalho, será apresentada em audiência, após a tentativa de conciliação frustrada. A 
defesa do acusado poderá ser realizada de forma oral ou escrita, sendo mais comum a 
apresentação da peça de defesa na forma escrita. Contudo, a CLT primou pela forma oral 
dos atos processuais, de tal forma que não tratou dos requisitos fundamentais para a 
elaboração da contestação. Diante de tal motivo, deve-se buscar os requisitos constantes 
no CPC, diploma que possui aplicação subsidiária no processo do trabalho, consoante o 
disposto no artigo 769 da CLT. (Explicar como ocorre na prática com o Pje-JT)
1.1. Principais princípios
Ø Ampla Defesa e Contraditório - corolário do principio do devido processo legal, a 
ampla defesa e o contraditório são princípios constitucionais do processo assegurados 
pelo artigo 5º, inciso LV da Constituição Federal, mas pode ser definido também pela 
expressão audiatur et altera pars, que significa: ouça-se também a outra parte? O 
princípio da ampla defesa e do contraditório possuem base no dever delegado ao Estado 
de facultar ao acusado a possibilidade de efetuar a mais completa defesa quanto à 
imputação que lhe foi realizada. As condições mínimas para a convivência em uma 
sociedade democrática são pautadas através dos direitos e garantias fundamentais. Estes 
são meios de proteção dos Direitos individuais, bem como mecanismos para que haja 
sempre alternativas processuais adequadas para essa finalidade. Não só a Constituição da 
República, mas também a Convenção Americana sobre os Direitos Humanos, chamada 
de Pacto de São José da Costa Rica, aprovada pelo Congresso Nacional, através do 
Decreto Legislativo n° 27, de 26/5/1992, garante o contraditório. Diz o art. 8º: Art. 8º 
Garantias Judiciais "Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e 
dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e 
imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal 
formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de natureza 
civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. Por tudo isso, o princípio da ampla 
defesa e do contraditório refletem o dever de possibilitar ao Reclamado todos os meios de 
defesa e instrumentos processuais hábeis para a garantia efetiva de um contraditório.
Art. 4° Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do CPC que regulam o princípio 
do contraditório, em especial os artigos 9º e 10, no que vedam a decisão surpresa. § 1º 
Entende-se por decisão surpresa a que, no julgamento final do mérito da causa, em 
qualquer grau de jurisdição, aplicar fundamento jurídico ou embasar-se em fato não 
submetido à audiência prévia de uma ou de ambas as partes. § 2º Não se considera 
decisão surpresa a que, à luz do ordenamento jurídico nacional e dos princípios que 
informam o Direito Processual do Trabalho, as partes tinham obrigação de prever, 
concernente às condições da ação,aos pressupostos de admissibilidade de recurso e aos 
pressupostos processuais, salvo disposição legal expressa em contrário.
Ø Princípio da Concentração ou Eventualidade - toda a matéria de defesa deve ser 
apresentada em uma única oportunidade processual, sob pena de preclusão, ou seja, deve 
o Reclamado, em sua peça de bloqueio, alegar todas as matérias de fato e de direito que 
pretende impugnar, inclusive, indicando clara e precisamente, quais são os motivos pelos 
quais não concorda com a pretensão autoral, impugnando especificamente cada uma das 
causas de pedir e consequente pedidos, realizados pelo Reclamante. Nesse sentido, após a 
apresentação da contestação somente será lícito ao Reclamado deduzir novas alegações 
se relativas a direito superveniente, competir ao juiz conhecer delas de ofício ou por 
expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo, conforme 
o disposto no artigo 342 CPC/15: Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu 
deduzir novas alegações quando: I - relativas a direito ou a fato superveniente; II - 
competir ao juiz conhecer delas de ofício; III - por expressa autorização legal, puderem 
ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.
Ø Princípio do Ônus da Impugnação Específica ou Especificada - decorrente do principio 
da concentração ou da eventualidade, o princípio em comento importa no dever de o 
Reclamado impugnar, em sua defesa, cada fato citado pelo autor que auxiliou para o 
surgimento do direito pleiteado. Essa forma de defesa é muito importante, pois a lei 
determina que os fatos não rebatidos pelo réu são considerados verdadeiros, conforme o 
disposto no artigo 341/15 do CPC: Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se 
precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se 
verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu respeito, a 
confissão; II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei 
considerar da substância do ato; III - estiverem em contradição com a defesa, considerada 
em seu conjunto. Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se 
aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.
1.2. Espécies
A defesa do Reclamado pode se dar através da apresentação de Contestação, 
Reconvenção e Exceção. Entretanto, não se pode olvidar as alterações ocorridas com o 
advento do CPC/15 e quais seus efetivos reflexos no Processo do Trabalho. Senão 
vejamos.
1.2.1. CONTESTAÇÃO: A contestação é, sem dúvida, a principal espécie de defesa do 
Réu, especialmente pelo fato de ser a única modalidade de resposta processual que tem o 
condão de evitar a figura da revelia. É na contestação que o Reclamado irá exercer o seu 
direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório, insurgindo-se contra a pretensão 
do Reclamante, impugnando especificamente todos os fatos por aquele deduzidos. Por 
certo, a contestação envolverá todas as matérias de defesa do Reclamado, quer sejam de 
índole processual, quer sejam de índole material.
O artigo 335 CPC/15 prevê que o réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo 
de 15 (quinze) dias. Ocorre, contudo, que nossa contestação poderá ser apresentada pelo 
sistema de processo judicial eletrônico até a audiência, na forma do art. 847, parágrafo 
único, da CLT.
Ainda no que tange à contestação, o art. 337 do CPC/15 prevê que incumbe ao réu, antes 
de discutir o mérito, alegar: II - incompetência absoluta e relativa. Entretanto, na seara 
trabalhista, a incompetência relativa (em razão do território), deverá ser arguida, por meio 
de exceção, no prazo de 05 (cinco) dias a contar da notificação, antes da audiência e em 
peça que sinalize a existência desta exceção, nos moldes do art. 800 da CLT.
1.2.2. - RECONVENÇÃO: A reconvenção é modalidade de resposta do réu, concernente 
não a uma defesa, mas sim a uma manifestação de ataque contra o autor (SARAIVA, 
2014, pág. 315) A reconvenção constitui verdadeiro contra-ataque do reclamado em face 
do reclamante, dentro do mesmo processo. Para que seja possível reconvir devem ser 
preenchidos alguns requisitos como a competência do juízo para o conhecimento da 
reconvenção; a compatibilidade do procedimento; a existência de conexão entre a 
reconvenção e ação principal.
A reconvenção no CPC/15 é tratada no artigo 343, de aplicação subsidiária, pois não 
possuímos regra própria, deixando de ser apresentada por peça apartada e passando a vir 
no final da contestação, quando cabível, vejamos:
Art. 343 CPC/15: Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar 
pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. § 1o 
Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para 
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias. § 2oA desistência da ação ou a 
ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao 
prosseguimento do processo quanto à reconvenção. § 3o A reconvenção pode ser 
proposta contra o autor e terceiro. § 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em 
litisconsórcio com terceiro. § 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá 
afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta 
em face do autor, também na qualidade de substituto processual. § 6o O réu pode propor 
reconvenção independentemente de oferecer contestação.
Dessa forma, a reconvenção, no CPC/15, deixa de ser apresentada em uma peça 
autônoma e passa a integrar o bojo da contestação. Contudo, muito embora integre a 
contestação, a reconvenção continua tendo a natureza jurídica de ação autônoma, 
devendo preencher os mesmos requisitos e ser proposta no mesmo prazo para a 
apresentação da contestação.
1.2.3. EXCEÇÃO: A exceção é espécie de defesa do reclamado que objetiva resolver 
determinada questão pendente, sem operar a extinção do feito com ou sem a resolução do 
mérito. Desta forma, objetiva, em verdade, atacar a imparcialidade do magistrado ou a 
incompetência do juízo (incompetência relativa). O CPC/15, como já salientado quando 
do estudo da contestação, extinguiu a apresentação da peça de exceção de incompetência 
relativa, tratando-a como preliminar de contestação. Entretanto, no processo do trabalho, 
a regra é que seja apresentada a exceção de incompetência relativa, na forma do art. 800 
da CLT.
Quanto às Exceções de Impedimento e Suspeição (artigo 801 da CLT), a polêmica de 
igual sorte se instaura: se utilizaremos o procedimento contido no art. 146 do CPC/15 ou 
se continuaremos utilizando a CLT. Neste particular, em que pesem entendimentos em 
contrário, o posicionamento majoritário vem defendendo a apresentação em peça 
apartada e a utilização das regras contidas na CLT, por termos regar própria (arts. 799 ao 
802 CLT).
Por outro lado, de forma quase unânime, aplicam-se ao processo do trabalho, de forma 
supletiva, as hipóteses de impedimento e suspeição previstas no CPC/15, a saber:
Art. 144 CPC/15: Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no 
processo: I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou 
como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha; II - de 
que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele 
estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, 
seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta 
ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; IV - quando for parte no processo ele próprio, 
seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive; V - quando for sócio ou membro de direção ou de 
administração de pessoa jurídica parte no processo; VI - quando for herdeiro presuntivo, 
donatário ou empregador de qualquer das partes; VII - em que figure como parte 
instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de 
prestação de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia 
de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro 
escritório; IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado.§ 1oNa hipótese do 
inciso III, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o 
membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade 
judicante do juiz.§ 2oÉ vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar 
impedimento do juiz.§ 3oO impedimento previsto no inciso III também se verifica no 
caso de mandato conferido a membro de escritório de advocacia que tenha em seus 
quadros advogado que individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não 
intervenha diretamente no processo.
Art. 145CPC/15: Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das 
partes ou de seus advogados; II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse 
na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca 
do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III - 
quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro 
ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; IV - interessado no 
julgamento do processo em favor de qualquer das partes.§ 1oPoderá o juiz declarar-se 
suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.§ 2oSerá 
ilegítima a alegação de suspeição quando:I - houver sido provocada por quem a alega;II - 
a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.
2. Da Contestação: Como dito, a contestação é, sem dúvida, a principal espécie de defesa 
do Réu, especialmente pelo fato de ser a única modalidade de resposta processual que 
tem o condão de evitar a figura da revelia. Cumpre ao Reclamado deduzir todas as 
matérias de defesa, impugnando especificamente cada um dos fatos apresentados pelo 
Reclamante, sob pena de confissão. Assim sendo a contestação, como peça de defesa, 
deverá apresentar toda e qualquer matéria afeta à defesa dos interesses do Reclamado, 
podendo estas ser de duas ordens:
2.1. Defesa Processual: A defesa processual realizada na contestação, constitui-se em 
verdadeira defesa indireta realizada pelo Reclamado, pois destina-se às questões de 
ordem processual sem alcançar o mérito da lide. As defesas processuais são também 
conhecidas como preliminares de contestação e podem ser classificadas como 
peremptórias ou dilatórias, a depender se extinguem o processo ou se suspendem/dilatam 
o curso do processo, respectivamente. As defesas processuais encontram-se estabelecidas 
no artigo 337 do CPC: Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:I - 
inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção 
do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII 
- coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou 
falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de 
interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como 
preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.§ 1oVerifica-
se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.§ 
2oUma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e 
o mesmo pedido.§ 3oHá litispendência quando se repete ação que está em curso.§ 4oHá 
coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em 
julgado.§ 5oExcetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz 
conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.§ 6oA ausência de alegação da 
existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica 
aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral
2.2. Defesa de Mérito Quanto ao mérito a contestação poderá apresentar duas espécies de 
defesa:
2.2.1. Defesa de Mérito Indiretas: As defesas de mérito indiretas, também denominadas 
exceções substanciais são aquelas em que o Reclamado reconhece o fato constitutivo do 
direito, mas alega um fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do 
Reclamante. Fato Impeditivo são aqueles que provocam a ineficácia dos fatos alegados 
pela outra parte. Fato Modificativo são aqueles que modificam ou alteram os fatos 
alegados pela outra parte, tais como pagamento parcial, compensação, dentre outros. Fato 
Extintivo são aqueles que extinguem as obrigações pretendidas pela outra parte, podendo 
ocorrer pelaprescrição, decadência, pagamento, renúncia ou mesmo transação.
2.2.2. Defesa de Mérito Direta: A defesa direta de mérito ocorre com a negação dos fatos 
constitutivos, ou seja, negam-se os fatos que constituem o direito do Reclamante, 
devendo tal negação ser acompanhada das provas dos fatos negados.
2.3. Requisitos Essenciais -Aspectos Formais Tal como ocorre com a petição inicial, a 
contestação realizada de forma escrita deverá preencher os requisitos constantes no artigo 
335 a 342 do CPC/15.
Dessa forma, sob a ótica dos aspectos de forma, a contestação deverá conter:
2.3.1- Endereçamento ao Juízo Competente A contestação, diferentemente do que ocorre 
com a petição inicial, será endereçada ao juízo que determinou a notificação do 
Reclamado, ou seja, será endereçada ao juízo onde a ação foi distribuída. Exemplo: 
Notificação realizada pelo juízo da 5ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, o 
endereçamento será assim realizado:
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DA 5ª VARA DO TRABALHO DO RIO DE 
JANEIRO
2.3.2- Identificação do Processo: Além do endereçamento ao juízo onde foi distribuída a 
demanda, a contestação deverá conter o número de registro do processo junto ao órgão 
jurisdicional, ou seja, após o endereçamento ao juízo competente deve o Reclamado 
indicar a que processo se refere àquela contestação. Exemplo:
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO 
TRABALHO DO RIO DE JANEIRO
(5 linhas)
Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
2.3.3. Qualificação das Partes: Tal como ocorre com a petição inicial, deve-se qualificar 
as partes do processo, indicando, como primeira, a parte que está peticionando, ou seja, o 
reclamado e, após, a parte contra a quem é dirigida as alegações, ou seja, o Reclamante. 
Exemplo:
ABCDE, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº__________, 
endereço eletrônico_____, com sede na rua________, nº_______, CEP________, 
(cidade), (estado), vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-
assinado, endereço eletrônico ___, com endereço profissional sito à ____________, 
tempestivamente, apresentar sua CONTESTAÇÃO às alegações formuladas por 
XYZKW, já qualificado nos autos da (identificar o nome da demanda), pelas 
relevantes razões de fato e de direito que passa a expor:
2.3.4. Das Preliminares: Antes de adentrar ao mérito da reclamação trabalhista deve o 
Reclamado abordar todas as questões de ordem processual, denominadas de preliminares. 
O atual CPC, aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho, por força do artigo 769 
da CLT, as descreve no artigo 337, in verbis: Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir 
o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e 
relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; 
VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, 
defeito de representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - 
ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra 
prestação que a lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de 
gratuidade de justiça. Todas as hipóteses devem ser analisadas pormenorizadamente, em 
tópicos separados. Lembrando que os requerimentos ao final da peça de bloqueio terão 
por base, também, cada uma das preliminares elencadas, considerando, inclusive, se 
peremptórias (geram a extinção do feito sem a resolução do mérito) ou dilatórias (geram 
a suspensão ou dilação do processo).
2.3.5 Defesas de Mérito Indiretas: Após a realização da defesa processual, deve o réu 
elencar asprejudiciais de méritoque geram a extinção do feito com a resolução do mérito, 
tais como a Prescrição e a Decadência. Todas as defesas de mérito indireta devem ser 
realizadas em tópicos, pois gerarão requerimento de extinção do feito com resolução do 
mérito.
2.3.6 Defesas de Mérito Diretas: Ultrapassadas as preliminares e as prejudiciais de 
mérito, incumbe ao Reclamado, na forma do artigo 336 do CPC/15, alegar toda e 
qualquer matéria fática e de direito pela qual impugna os fatos invocados na reclamação 
trabalhista, ponderando as razoes que se fundam a sua insurgência. Importante destacar 
que o ordenamento jurídico veda a realização de contestação pela negatória geral, 
cabendo ao réu impugnar de forma clara e precisa cada um dos fatos que ensejam a 
reclamação trabalhista.
2.3.7- Dos Requerimentos: Após terem sido deduzidas todas as impugnações, deve a 
contestação apontar os requerimentos seguindo a ordem na qual foram apresentados, ou 
seja, primeiro os requerimentos decorrentes das preliminares, após os requerimentos 
decorrentes das defesas de mérito indiretas e, por fim, os requerimentos decorrentes das 
defesas de mérito diretas, em um verdadeiro silogismo. Exemplo:
Isto posto requer a Vossa Excelência:
1. O acolhimento da preliminar de incompetência absoluta, remetendo-se os autos ao 
Juízo competente, ou seja, para uma das Varas ________;
2. O acolhimento da preliminar de conexão com remessa ao juízo prevento da 
__________________;
3. O acolhimento da preliminar de __________ extinguindo-se o processo sem 
julgamento do mérito nos termos do art. 485, ___ do CPC/15; (ex. ausência de 
submissão da comissão de conciliação prévia, inépcia, inexistência de liquidez nos 
pedidos em reclamação trabalhista movida pelo rito sumaríssimo...)
4. Seja reconhecida / pronunciada a decadência extinguindo-se o processo com 
resolução do mérito nos termos do art. 487, II do NCPC;
5. Seja acolhido o pedido de compensação ou retenção, conforme as razões narradas 
nesta peça de bloqueio;
6. Vencidas as preliminares e a prejudicial, que no mérito seja julgado improcedente o 
pedido autoral;
2.3.8- Do Requerimento de Provas: Tal como ocorre com a petição inicial, deve o 
reclamado, ao final de sua contestação, apresentar as provas que pretende produzir. 
Exemplo:
Indica como provas a serem produzidas as de caráter documental, testemunhal, 
pericial e depoimento pessoal na amplitude do artigo 369 do Código de Processo 
Civil. Há que se lembrar que no processo do trabalho, pelo principio da celeridade e 
da concentração de atos, sendo a audiência una, deverá o Reclamado indicar as 
testemunhas e as levar à audiência, independentemente de intimação. Outrossim, os 
documentos devem ser apresentados junto à contestação, assim como os quesitos para 
a realização da perícia, caso seja deferida pelo magistrado.
2.3.9- Parte Autenticativa
Exemplo: Local, data Nome do Advogado OAB nº

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