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Equação da continuidade PROFª DRª FERNANDA FERREIRA FREITAS Universidade Federal de Goiás Instituto de Química O que estuda a Cinemática? A cinemática dos fluidos estuda o movimento dos fluidos em termos dos deslocamentos, velocidades e acelerações, sem levar em conta as forças que o produzem. É o estudo de como os fluidos escoam e de como descrever seu movimento. 3 Antes de entender o que é a Equação da Continuidade, é necessário entender o conceito de fluxo. Se você pudesse ver cada partícula de ar atravessando a superfície, poderíamos observar linhas que representariam as trajetórias das partículas de ar. Veja a sequência das figuras abaixo: Observa-se Fluxo como sendo um campo vetorial através de uma superfície, isto é, a “quantidade” de algo que, efetivamente, atravessa as superfícies, matematicamente, pode ser expresso da seguinte forma: Fluxo = velocidade * área https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/07/equacao-da-continuidade1.jpg 4 É possível aumentar a velocidade da água que sai de uma mangueira de jardim fechando parcialmente o bico da mangueira com o dedo. Esta alteração na velocidade está diretamente relacionada ao fato de alterarmos a secção da área de saída de água da mangueira. Alguns acontecimentos simples do nosso cotidiano evidenciam o comportamento dos fluidos na situação de escoamento e a equação da continuidade. Um exemplo muito comum do cotidiano é a tentativa de aumentar a velocidade da água em uma mangueira colocando o dedo na saída do tubo. A equação da continuidade relaciona a velocidade de escoamento de um fluido com a área disponível para o seu fluir. Observando a imagem abaixo, vemos um fluido ideal passando por um tubo de calibre variável que possui uma área maior (A1) e outra menor (A2). Para cada uma das áreas, o fluido possui uma velocidade. Representaremos como v1 a velocidade na área maior e como v2 a velocidade da área menor O QUE SERÁ QUE IRÁ ACNTECER? https://brasilescola.uol.com.br/fisica/fluidos.htm SistemaS Termodinâmicos Sistema termodinâmico consiste em uma quantidade de matéria ou região para a qual nossa atenção está voltada. Demarcamos um sistema termodinâmico em função daquilo que desejamos calcular. Tudo que se situa fora do sistema termodinâmico é chamado MEIO ou VIZINHANÇA. Sistema Fechado - É o sistema termodinâmico no qual não há fluxo de massa através das fronteiras que definem o sistema. 5 Não há variação de massa Sistema fechado W Q Sistema Isolado - Não permite passagem de energia. Volume de Controle - Ao contrário do sistema fechado, é o sistema termodinâmico no qual ocorre fluxo de massa através da superfície de controle que define o sistema (sistema aberto). A quantidade e identidade da matéria no V.C. pode variar com o tempo, mas a sua forma é fixa. 6 Sistema fechado e volume de controle Não há variação de energia Sistema isolado Conceito de volume de controle e tipos de sistemas Não há variação de energia Sistema isolado Não há variação de massa Sistema fechado W Q Variação de energia e massa Sistema aberto W Q mentra msai Conservação da Massa Abordagens Integral e Diferencial para um Volume de Controle Na análise do movimento dos fluidos, existem duas formas distintas de descrever o movimento: (1) Abordagem Integral: trabalha-se com uma região finita fazendo um balanço dos escoamentos que entram e saem de um volume finito de controle com o intuito de determinar os efeitos globais, tais como vazão volumétrica ou mássica, a temperatura média, a velocidade média,etc. , Abordagem Diferencial: Acompanhar a trajetória individual de cada objeto, de cada parcela individual de fluido. Acompanha a variação espacial (x,y,z) de uma propriedade do escoamento (velocidade, pressão, temperatura, etc.), ao longo do tempo(t), analisando regiões infinitesimais dentro deste escoamento. 9 Abordagem Integral Conservação da Massa A equação Integral da Conservação da Massa Volume de Controle (VC): utilizado em mecânica dos fluidos que permite estudar uma região do espaço conforme o fluido escoa através dela. Um volume de controle é delimitado por uma superfície de controle (SC) Volume de Controle (VC) Superfície de Controle (SC) A abordagem Integral envolve a aplicação do conceito de Volume de Controle, mostrado na figura abaixo Conservação da Massa A equação Integral da Conservação da Massa Para a aplicação da abordagem integral à massa, considere a lei de conservação da massa aplicada a um volume de controle, dada por: VC (taxa de variação da massa total) dV= t VC (Taxa variação da massa total) = taxa mássica total que entra − taxa mássica total que sai VC SC SC A variação da massa total pode ser dada pela integração da variação infinitesimal da massa de fluido (por unidade de volume) sobre um volume de controle qualquer (genérico) sendo ρ e V a massa específica do fluido e o volume considerado, respectivamente. Conservação da Massa SC SC massa total que entra −massa total que sai = − v.dA SC A caracterização das correntes de entrada e saída do volume de controle é feita conforme a convenção dos sinais abaixo A equação Integral da Conservação da Massa - As entradas e saídas de massa do volume de controle, pelas superfícies de controle, podem ser analisadas pela seguinte integral, sendo v o vetor velocidade e dA o vetor de área normal à SC Fonte: White (2011) Conservação da Massa VC SCt dV =− v .dA A equação Integral da Conservação da Massa Substituindo estes termos na lei de conservação da massa, tem-se: (variação da massa total) = massa total que entra −massa total que sai VC SC SC Obs: Para um determinado número de entradas e saídas uniformes de um volume de controle, pode- se escrever: ( )i i idV = − t { i Av −(i Aivi )} entra i sai VC ou, )i(mdV = t −{ i −(mi )} entra i sai VC sendo: m a vazão mássica de fluido ( ρ.v.a - kg/s no S.I.) Esta equação é também conhecida como Equação da Continuidade. Em regime permanente: Saída (Positivo) Entrada (negativo) Saída (Positivo) ENTÃO: = − v.dA SC https://www.youtube.com/watch?v=tKqv9uoTT2k 15 Considere os seguinte volume de controle com diferentes entradas e saídas . No caso de regime permanente e fluido compressível, tem-se, da figura ao lado: Todos os termos expressos Em vazões mássicas, pq??? 16 Escoamento com fluido Incompressível: apresenta variações desprezíveis de massa específica. Neste caso, as massas específicas das correntes de entrada são iguais às das saídas. Logo, Note que, para um escoamento compressível e permanente, as vazões mássicas, e não as vazões volumétricas, são constantes. As vazões volumétricas são constantes, se, e somente se, o escoamento for incompressível. Q = v.A 𝑣.𝐴 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 = 𝑣.𝐴 𝑠𝑎𝑖 𝑄 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 = 𝑄 𝑠𝑎𝑖 Onde Q é a vazão volumétrica do fluido (m3/s) 17 Abordagem Diferencial Abordagem Diferencial Há dois pontos de vista diferentes na abordagem diferencial: EULERIANO E LAGRANGEANO Método Euleriano: Consiste em observar o comportamento transiente dos sistemas em vários pontos fixos, podendo-se, assim, obter uma “visão” do comportamento do movimento naquele instante de tempo. t1 Pontos fixos no espaço Ex: Um engenheiro de trafego seleciona um determinado trecho (fixo) da estrada para estudo. Com o tempo, vários carros diferentes vão passar pelo trecho, maso engenheiro está interessado no fluxo médio de carros naquele trecho, e não em um carro em especial. Obs: Este método é normalmente utilizadas no estudo da fluidodinâmica, sendo que os campos de pressão, velocidade, etc., são determinados em pontos fixos no espaço (x, y, z) ao longo do tempo. V t1 t3 P1 t2 P1 P1 Abordagem Diferencial Método Lagrangeano: Consiste em identificar um determinado sistema e, a partir daí, observar variações de propriedades tais como temperatura, velocidade, etc. à medida que este sistemase desloca no espaço com o passar do tempo. Obs.: A seguir o Método Euleriano (aplicado a um elemento de fluido) será aplicado à conservação da massa e da quantidade de movimento. Acúmulo de massa no volume de controle Velocidade com a qual a massa entra e sai 20 Equação da Continuidade está centrada no acúmulo de massa num volume de controle (VC) em virtude das velocidades com que a matéria entra e sai dele ou ainda, em função da taxa de consumo ou geração de massa que ocorre no interior dele. Ou seja: TERMO DE ACÚMULO Balanço de matéria em cada uma das faces do volume de controle: Volume de controle face direção x face direção y face direção z 21 Definição de ??? FORMA DIFERENCIALTERMO DE ACÚMULO Já dividido ‘ ISSO ACONTECE PORQUE?? Lembrando do Teorema de Gauss... Então, Comparando com a integral tripla: Só satisfaz se integrando for nulo, ou seja, a Eq da Continuidade na forma diferencial é: 22 É comum na literatura sobre Fenômenos de Transporte, a Equação da Continuidade ser apresentada na forma integral e a partir dela se chegar na forma diferencial Forma Integral (visto anteriormente) Regimes permanente e não-permanente ❖ Escoamento permanente ou estacionário é aquele cujo campo de velocidades que o representa não depende do tempo, ou seja, todas as suas propriedades e grandezas são constantes no tempo. ❖ Escoamento não-permanente é aquele cujo campo de velocidades apresenta dependência temporal, isto é, ao menos uma propriedade ou grandeza é função do tempo. Pode ser transiente, periódico ou aleatório. 23 24 25 Equação da continuidade – situações de aplicações 26 Obs: Note que, para um escoamento compressível e permanente, as vazões mássicas, e não as vazões volumétricas, são constantes. As vazões volumétricas são constantes, se, e somente se, o escoamento for incompressível. b) Sistema de Coordenadas Cilíndricas: a alternativa mais comum ao sistema cartesiano é o sistema de coordenadas cilíndricas, utilizado, por exemplo, na análise de escoamentos no interior de um tubo de seção circular. Considere as taxas de massa que transpassam as faces do volume de controle abaixo, cujo volume é dado por rdθdrdz rdθ dr dz Área perpendicular a r: rdθdz Área perpendicular a z: rdθdr Área perpendicular a θ: drdz z r θr Fθ O vetor velocidade é dado por v (sendo “e” o vetor unitário): V = Vrer + V e+ Vzez “F” a taxa mássica que as faces do volume Obs: seja transpassa infinitesimal Fθ + dθ Fz Fz + dz Fr Fr + dr V (r,θ,z) y Conservação da Massa A equação Diferencial da Conservação da Massa Logo, novamente a forma compacta da equação da continuidadetorna-se: +.(V)= 0 t A equação Diferencial da Conservação da Massa a) Sistema de Coordenadas Cilíndricas: Após a determinação da taxa líquida nas direções r, θ e z, e a posterior substituição na lei de conservação da massa, a equação da continuidade (por unidade de volume) em coordenadas cilíndricas torna-se (para maiores detalhes ver Fox et al., 2012): O operador divergente (.) de um vetor “A” qualquer, em coordenadas cilíndricas, é dado por: 29 b) Sistema de Coordenadas Esféricas: este sistema também é bastante utilizado em alguns problemas de fenômenos de transporte. Considere as taxas de massa que transpassam as faces do volume de controle abaixo, cujo volume é dado por dr.rsen(ϕ)dθ.rdϕ Coordenadas cartesianas? Cilíndricas? Esféricas? Cilíndricas Esféricas 30 31 EXEMPLO 1 ❖ Seja o sistema abaixo onde se deseja calcular v2. Considerar regime permanente e fluido incompressivel V1, d1 V2, d2 V3, d3 32 EXEMPLO 2 ❖ Seja um gás ideal escoando um regime permanente numa tubulação conforme representado a seguir. Calcular a velocidade na saída do tubo no SI. Dados: 33 Equação da Continuidade Teorema do valor médio Vamos definir a velocidade média pelo Teorema do Valor Médio: 34 = vdA A v 1 r rd dr dA=rdrd == 2 0 0 R rdrddAA 35 EXERCICIO 3 – Determinar a velocidade média correspondente ao diagrama de velocidades a seguir. b 36 EXERCICIO 4 – Um gás escoa em regime permanente no trecho de tubulação da figura. Na seção (1) tem-se A1=20cm2, ρ 1=4Kg/m3 e v1=30m/s. Na seção 2, A2=10cm2, ρ2=12Kg/m3. Calcule v2. Exercício 3. Sabendo-se que o perfil de velocidade de água escoando num tubo , calcular a velocidade média do escoamento. −= 2 1 R r vv max ( )rdr R r v A dAv A v AA 21 11 2 −== max. −== R dr R r R r v R R dAv R v AA 21 1 2 2 2 2 max . ( ) ( ) −=−= AA xdxxvxdxx v v 22 121 2 max max 4 1 2 2 1 222 1 0 3 1 0 maxmaxmaxmax vvxdxvxdvv −=−= 22 1 max maxmax v vvv =−= Velocidade, velocidade média de um fluido. 38 •Welty, J. R.; Wicks, C. E.; Wilson, R. E.; Rorrer, G. L., Fundamentals of Momentum, Heat, and Mass Transfer, 5th Edition, John Wiley and Sons, New Jersey, 2007. • Brunetti, Franco. Mecânica dos Fluidos, 2ª edição, Prentice Hall •Potter, M. C., Wiggert, D. C., Hondzo, M. Shih, T. I. P. - Mecânica dos Fluidos, 3a. edição, tradução de A. Pacini, Pioneira Thomson Learning, São Paulo-SP, 2004. •Roma, W, N. L. - Fenômenos de Transporte para Engenharia, 2. edição revisada, Rima Editora, São Carlos-SP, 2006. •Fox, R. W.; McDonald, A. T.; Pritchard, P. J., Introduction to Fluid Mechanics, 6th Edition, John Wiley and Sons, New Jersey, 2004. • Notas de aula do professor Dyrney Araújo. Referências Bibliográficas Equação do movimento PROFª DRª FERNANDA FERREIRA FREITAS Universidade Federal de Goiás Instituto de Química 40 Derivada Parcial em relação ao tempo Suponha-se que um pescador (observador) esteja parado sobre a ponte de um rio e observe como a concentração de peixes (C), exatamente debaixo de dele, varia com o tempo (t). Nesta situação, o observador (pescador) vê como a concentração de peixes varia com o tempo para uma posição fixa no espaço. De acordo com isso, indica uma derivada parcial de C em relação a t, mantendo constantes x, y e z. t C ( 1) Observe que para esta e as posteriores análises serão considerados os seguintes elementos: pescador, ponte, lancha, bóia, rio e peixes. Neste caso, o rio (obviamente com os peixes) será o sistema e o restante (pescador, ponte, lancha, canoa) será simplesmente as vizinhanças. 41 Derivada Total em relação ao Tempo Considere agora que ao invés de o pescador permanecer sobre a ponte do rio, ele esteja numa lancha a motor que se move no rio em todas as direções possíveis (a favor, contra ou transversalmente à correnteza). Note que nesta situação, o referencial (observador) NÃO É MAIS FIXO. Nesta hipótese, ao se referir à variação da concentração de peixes em relação ao tempo, os valores resultantes deverão considerar também o movimento da lancha. Assim, a derivada total em relação ao tempo será dada pela Eq. (2). em que dx/dt, dy/dt e dz/dt são as componentes da velocidade da lancha. Neste caso, elementos da vizinhança (pescador e lancha) se movem independentemente da velocidade do sistema (rio). (2) 42 Derivada Substantiva em relação ao Tempo Considere agora que ao invés da lancha motorizada, o pescador esteja numa bóia que simplesmente se move conforme a vontade da correnteza do rio. Neste caso, a velocidade do observador é exatamente a mesma velocidade da correnteza. Ao se referir à variação da concentração de peixes em relação ao tempo, os números dependem da velocidade local da correnteza. Esta derivada é uma classe especial de derivada total em relação ao tempo que se denomina de derivada substantiva (DC/Dt) ou de derivada seguindo o movimento, cuja expressão está representada pela Eq. (3). Este caso é análogo à Eq. (2) com a diferença de que o observador/bóia se movem exatamente com a mesma velocidade do sistema (rio). Assim, ao invés de deixargenericamente as derivadas espaciais da concentração, elas simplesmente foram substituídas pela própria velocidade do rio (que na verdade é um fluido que se move com o vetor velocidade “v” – o que comumente se denomina de correnteza – representado na Eq. 3 pelas respectivas componentes). (3) OU 43 OU 44 Derivada Substantiva em relação ao Tempo Campo de velocidade: a forma vetorial cartesiana de um campo de velocidades que varia no espaço e no tempo pode ser expressa como: Para calcular o campo vetorial de aceleração do escoamento deriva-se o campo de velocidade, ou seja, Como cada componente escalar (u, v, w) é uma função de quatro variáveis (x, y, z, t), aplica-se a regra da cadeia para obter cada derivada temporal escalar. Exemplo: para a componente da velocidade na direção x, a derivada total é dada por Onde u = Vx, v=Vy e w=Vz 45 Visto que dx/dt é o componente da velocidade local u, dy/dt = v e dz/dt = w, tem-se para a componente de velocidade em x Derivada Substantiva em relação ao Tempo A equação acima também pode ser escrita como: Finalmente, podemos aplicar para as outras direções y e z e, de uma forma geral, tem-se: Segundo a ótica de F.T.: As forças de campo e superfícies são Então: Fi = Fc + Fs 46 RECORDANDO ....... Se a massa do corpo for constante: Fc Fs Forças de Campo: são forças decorrentes de campos externos (gravidade, magnetismo, potencial elétrico) que agem sobre toda a massa dentro do elemento. Forças de superfícies: a soma da pressão hidrostática mais as tensões viscosas ➢ Uma componente de tensão que age perpendicularmente a uma face é denominado de tensão normal σ𝑥𝑥 σ𝑦𝑦 σ𝑧𝑧 ➢ Uma componente de tensão que age tangencialmente a uma face é denominado de tensão de cisalhamento 𝜏𝑥𝑦 𝜏𝑦𝑥 𝜏𝑥𝑧 𝜏𝑧𝑥 𝜏𝑦𝑧 𝜏𝑧𝑦 São ao total nove componentes de tensão que agem em um ponto em particular As forças de superfícies x y z σxy σyy σyxσyz σxx σxz σzy σ zx σzz Obs: visto que a pressão é uma tensão normal para dentro do elemento infinitesimal, suas componentes aparecem apenas na diagonal principal do tensor total com sinal negativo. Forças de Superfície: decorrem das tensões sobre os lados da superfície de controle. Obs: Elas são a soma da pressão hidrostática mais as tensões viscosas que surgem do movimento com gradientes de velocidade: Representação do tensor total que age sobre o volume infinitesimal Então: T = PI + τ Tensão normal ou estática Tensão Dinâmica ou Viscosa 49 A parcela “PI” é conhecida como Tensão Normal ou Estática, devido à pressão do fluido em que “I” é o tensor unitário. A parcela “ ” é denominada de Tensão Dinâmica ou Viscosa e só existe se o fluido estiver em movimento. Utilizando o Teorema de Gauss: 50 APLICANDO GAUSS g Substituindo a na equação, temos a Equação do Movimento: A Equação do Movimento em sua forma expandida em coordenadas cartesianas é: 51 Em Fenômenos de Transporte, a aceleração do sistema é explicitado sob a forma de Derivada Substantiva ou material a = Separando por componentes: 52 Bird , 2002 53 A Equação do Movimento em sua forma expandida em coordenadas cilindricas é: Bird , 2002 54 Casos Particulares da Equação do Movimento ❖ Equação de Navier-Stokes 55 Tensor proposto por Navier-Stokes Quando a densidade () e a viscosidade (μ) do fluido são constantes durante o escoamento do fluido, a Equação da Continuidade transforma-se em: Assim como a Equação do Movimento, a Equação de Navier-Stokes pode ser ainda reescrita em coordenadas cilíndricas ou esféricas, LOGO ❖ Equação de Navier-Stokes - cartesianasBird , 2002 56 ❖ Equação de Navier-Stokes – coordenadas cilíndricas Bird , 2002 ❖ Equação de Navier-Stokes – cartesianas ❖ Equação de Stokes Se o escoamento do fluido for lento, o termo inercial da Equação de Navier-Stokes é nulo (aceleração do fluido é desprezada), resultando, portanto, na Equação de Stokes: 57 ❖ Equação de Euler Se o fluido for ideal (μ = 0), a Equação de Navier-Stokes resulta na Equação de Euler: 58 Se o fluido estiver estático (sem termo inercial e viscoso): Equação de Navier-Stokes Equação Fundamental da Estática dos Fluidos 59 VISTO ANTERIORMENTE Se o escoamento do fluido for em estado estacionário, o fluido for ideal e o escoamento ocorrer preferencialmente em uma direção (L): 60 Equação de Navier-Stokes Equação Bernoulli Neste caso, ocorre apenas variações de energia cinética, de pressão e potencial entre dois pontos situados na fronteira sistema (pontos 1 e 2). EXERCÍCIO 5 ❖ Utilizando a Equação de Navier-Stokes, obtenha o perfil de velocidades, definido pelo escoamento de um fluido incompressível entre duas placas verticais infinitas e paralelas. Admita que a placa da direita é mantida fixa e a da esquerda é movimentada para cima com velocidade constante e igual a v. Suponha que o escoamento é permanente, isotérmico e laminar. Determine os perfis de tensão e de velocidade e explique detalhadamente cada passo da resolução do problema. 61 62 Escoamentos em tubulações são muito utilizadas nas indústrias. No desenho abaixo, considere regime laminar em estado estacionário, fluido newtoniano e que exista queda de pressão dentro do cilindro.. Descreva o perfil de velocidade e de tensão. EXERCÍCIO 6 63 Usando a equação do movimento e a equação da continuidade, obter o perfil de velocidade de um fluido newtoniano incompressível que flui entre duas placas paralelas verticais. A placa da direita está em repouso enquanto a da esquerda move-se para cima com uma velocidade constante v. Assumir que o fluxo é laminar e regime estabelecido. Admita que além da ação da gravidade, o escoamento também ocorra pela queda de pressão na direção y. EXERCÍCIO 7
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