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CONTROLE DE QUALIDADE 1 - Os alimentos podem ter um efeito benéfico ou maléfico sobre a saúde das pessoas - proteção da saúde pública envolve o controle de qualidade dos alimentos antes de serem consumidos - o número e a severidade de casos de enfermidades transmi�dos por alimentos aumentaram muito na úl�ma década. Cien�stas americanos es�maram que cerca de 33.000.000 de casos de doenças ocorrem anualmente nos EUA por conta dos alimentos. São inúmeros casos de doenças crônicas como alergia e neoplasias. DTA - doenças transmi�das por alimentos - um bilhão de pessoas apresentam pelo menos um episódio de diarreia aguda por ano - metade precisam de restrição de a�vidades diárias com possível abs�nência do trabalho -> custo financeiro que as diarreias trazem para a sociedade. Milhares de internações anualmente. - crianças e idosos são par�cularmente susce�veis aos seus efeitos deletérios - a DTA é uma das causas mais comuns de mortalidade em países em desenvolvimento. Es�ma-se que por ano aproximadamente 30% da população dos países industrializados sofra de doenças de origem alimentar. - a patologia pode ser de natureza infecciosa ou tóxica - provocadas por agentes que entram no corpo através da ingestão de alimentos ou agua ● INCIDÊNCIA DE DTA - mais de 90% dos casos de diarreia aguda são causados por agentes infecciosos, e frequentemente acompanha vômitos, febre e dor abdominal - vírus são os principais agentes e�ológicas das diarreias infecciosas - causas de diarreia aguda: intoxicação alimentar, medicações, isquemia, apresentação inicial de diarreia crônica - principais agentes bacterianos: Salmonella spp (52,2%); E. coli (12,9%); Campylobacter spp (9,8%); Clostridium perfringens (7,1%); Staphylococcus aureus (5,3%) - locais de ocorrência: residências, restaurantes, ins�tuições de ensino. Refeitórios, festas, unidades de saúde, ambulantes, outros. - alimentos envolvidos em surtos: ovos crus e mal cozidos, mistos de comidas, carnes vermelhas, sobremesas, água, leite e derivados ● PORQUE CERTAS DOENÇAS TEM AUMENTADO E NOVAS DOENÇAS TEM APARECIDO? - globalização - viajantes, refugiados e imigrantes são expostos a agentes patogênicos que não são do seu habitat normal - alterações/mutações de microrganismos - aumento da população mais susce�vel a doenças (imunossuprimidos) e má nutrição - mudanças no es�lo de vida das pessoas: aumento da população urbana, consumo maior de alimentos processados, consumo maior de alimentos fora de casa - modernização das prá�cas intensivas na agricultura: u�lização de fer�lizantes, inse�cidas, fungicidas; melhoramento gené�co de plantas e animais para o consumo humano; alterações no manejo de matrizes animais. ● CLASSIFICAÇÕES DAS DTA 1) Infecções alimentares: causadas por bactérias, vírus, protozoários e helmintos - alimentos + toxinas microbianas pre formadas -> intensa proliferação dos MO patogênicos nos alimentos - ex: Clostridium botulinum, Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, fungos micotoxigênicos - ingestão de alimentos + células viáveis de microrganismos: aderem na mucosa do intes�no, proliferam, colonizam, podem invadir a mucosa, penetram nos tecidos, podem produzir toxinas e alteram o funcionamento das cels do TGI - ex: bactéria invasora: Salmonella, Shigella, E. coli invasora - ex: bactérias toxigÊnicas: vibrio cholerae, E. coli enterotoxigenica, Campylobacter jejuni . 2) Intoxicações químicas 3) Intoxicações alimentares: causadas por toxinas naturais e outras doenças associadas a alimentos - infecção adquida através do consumo de alimentos contaminados por bactérias ou suas toxinas - sintomas: náuseas, vômitos e diarreia - o sintoma que diferencia intoxicação da infecção é febre, que aparece no caso de infecção e pode ser aguda ou crônica - MO mais frequentemente envolvidos: Staphylococcus aureus, Salmonella spp, Clostridium botulinum, C. perfringes, Bacillus cereus, E. coli, Campylobacter, Streptococcus CONTROLE DE QUALIDADE - O profissional em CQ é o responsável pelo controle de qualidade da produção dos produtos e subprodutos de origem animal (carne, leite, ovos, mel e pescados) ou de origem vegetal. - atua no acompanhamento de toda a cadeia produ�va, desde o controle de sanidade, da qualidade e higiene da produção, da conservação e comercialização dos produtos e subprodutos SEGURANÇA ALIMENTAR - ciência sanitária que tem como obje�vo a produção de alimentos que sejam seguros para o consumidor e que mantenham suas boas qualidades - inclui: criação, alimentação, comercialização e abate de animais, procedimentos de sani�zação - o conceito de segurança alimentar baseia-se na garan�a de que todos os indivíduos indis�n�vamente tenham acesso permanente a alimentação quan�ta�va e qualita�vamente adequada -a segurança é um componente fundamental na definição da aceitação de um alimento pelo consumidor - a busca pelo fornecimento de produtos e/ou serviços com qualidade deve ser o principal alvo de qualquer empresa - as causas das inseguranças dos alimentos são: prá�cas inadequadas de manipulação; matérias-primas contaminadas; falta de higiene durante a preparação; equipamentos e estrutura operacional deficiente; inadequação no processo envolvendo o controle de tempo e temperatura - o conceito de segurança alimentar anteriormente limitado ao abastecimento na quan�dade apropriada, agora ampliado em vários aspectos, como: nutricionais, questões rela�vas a composição, qualidade e aproveitamento biológico CONSUMIDORES - os clientes mandam no controle de qualidade, definem se um produto ou serviço tem qualidade e sem eles não há produtos, empresas nem empregos - a melhor maneira para uma empresa expandir e ser notável é sa�sfazer seus consumidores através de seus produtos e serviços - o consumidor- tendência é mais sele�vo e mais exigente! - as indústrias precisam: inovar ou desenvolver produtos que antecipem as necessidades para surpreender o consumidor e ganhar mercado na frente da concorrência - até os anos 80 o controle de qualidade era: matéria prima + processo = produto -> se esse produto for bom tem aceitação, se for ruim tem rejeição - após osanos 80: tem que ter a garan�a de qualidade -> ações na matéria prima e no processo que dao origem a um produto de qualidade e se tem então um controle preven�vo contra a rejeição de mercado - perfil do consumidor atual: alimentação saudável -> pratos mais leves com menor teor de gorduras, açúcar, sal e outros coadjuvantes; alimentos ricos em fibras; produtos ligh (25% livre de açúcar, sódio, gluten, gordura, sal e proteínas) e diet 100% - os alimentos devem ter caracterís�cas sensoriais mais próximas do natural e ter segurança alimentar - as unidades de alimentação necessitam de acompanhamento técnico dos procedimentos que garantam ao alimento o que os consumidores esperam, merecem ou consideram natural -> o mercado está cada vez mais impondo um atendimento diferenciado - as empresas de pequeno, médio ou grande porte, reconhecem que para se estabelecerem no mercado é preciso produzir alimentos inócuos, de melhor qualidade e que sa�sfaçam um consumidor cada vez mais exigente -> se os produtos ou serviços não �verem qualidade estas empresas terão poucas chances de sobrevivência e muito menos de crescimento, não serão compe��vas QUALIDADE PARA ALIMENTOS - o alimento além do valor nutri�vo deve produzir uma sa�sfação e ser agradável ao consumidor. Isto é resultante do equilíbrio de diferentes parâmetros e qualidade sensorial - qualidade para alimentos dividem-se em quatro categorias: 1) Atributos visíveis: cor, sabor, aspectos �sicos, desing, beleza e facilidade de uso da embalagem; 2) Atributos invisíveis: propriedades nutricionais -> vitaminas, sais minerais, proteínas, valor calórico 3) Atributos de segurança: ausência de MO, de substancias tóxicas e de materiais estranhos 4) Atributos de serviços: cordialidade no atendimento, rapidez, pontualidade e facilidade de acesso - o sucesso de uma equipe mul�profissional depende do bom relacionamento da equipe, sistemá�co acompanhamento, fiscalização, realização de constantes palestras de esclarecimento, permanente autocrí�ca de todos os envolvidos - a qualidade ***visa alcançar níveis mais altos de sa�sfação de um produto ou serviços aos consumidores direcionadas para prevenção de problemas ou defeitos atuando em toda a cadeia de produção desde a obtenção da matéria prima até o consumidor final - custos da má qualidade: devoluções, retrabalho, consertos, perdas, horas extras, reclamações, ociosidade, esperas, atrasos, reprogramação, inspeção, burocracia, estoques excessivos, movimentações excessivas, erros na entraga, rota�vidade de pessoal, erros no faturamento - a qualidade de um produto é uma filosofia de trabalho. Não se impõem, se constrói com o respeito a vida do consumidor - a qualidade de um produto alimen�cio é a soma de todos os fatores que envolvem: o seu processamento, a seleção da matéria prima, o manuseio cuidadoso, o processamento correto, a embalagem atra�va e adequada, e a distribuição eficiente - produto tem ou não tem qualidade -> não tem meio termo - o controle de qualidade é um conjunto de a�vidades planejadas e sistema�zados que obje�vam avaliar o desempenho de processos e a conformidade de produtos e serviços com especificações e prover ações corre�vas necessárias (PREZERES, 1996) - controle de qualidade são as a�vidades relacionadas para verificar o atendimento de requisitos (atributos) previamente estabelecidos -> compara-se com a norma estabelecida se es�ver dentro dos limites o processo está sob controle -> se es�ver fora dos padrões estabelecidas -> o produto não sa�sfaz a qualidade esperada deve ser retrabalhado ou descartado imediatamente - o CQ efetuado em todas as etapas da cadeia de produção: fornecedor, recebimento da matéria prima, armazenagem, varias etapas do processo de produção, produto final, distribuição, pontos de venda POLÍTICAS DE CONTROLE DE QUALIDADE - são conjuntos de ações sistema�zadas necessárias e suficiente para promover confiança de um produto ou serviço que irá sa�sfazer as necessidades e expecta�vas dos clientes - polí�ca de qualidade: higiene, pontualidade, atendimento, segurança, conforto, confiabilidade, comunicação, preço - os 5 principais fatores relacionados com a qualidade de um produto ou serviço: meio ambiente, equipamento, método de produção, matéria-prima, mão-de-obra RESULTADOS - o consumidor tem um importante papel, se uma organização não quiser ouvir seus clientes não terá como saber quantos clientes estão insa�sfeitos e porque sem informação não podem reagir a tempo de mante-los e não poderá mudar seus produtos, serviços e preços - o cliente envia um feedback - fazer produtos ou fornecer serviços de qualidade não é tarefa nada fácil, mas iden�ficar as necessidades dos consumidores, atende-las e, superar suas expecta�vas, é uma grande vantagem compe��va sempre, PARA GARANTIR UM ALIMENTO TOTALMENTE INÓCUO - Ideal: análise de todo o produto final, se nessa fase se detectar que o produto se encontro fora dos requisitos estabelecidos nada pode ser feito para a correção do processo -> limitações dos programas tradicionais de controle de qualidade - o controle de qualidade tradicional baseia-se em inspeção e testes laboratoriais do produto final - era da inspeção: essa era teve início simultâneo a produção em massa. Antes nos séculos XVII e XIX, predominava a produção artesanal, em que as peças de um determinado produto eram ajustadas manualmente umas as outras por artesãos qualificados, sendo a inspeção final de qualidade uma a�vidade informal e, na prá�ca, pouco usada. Naquela época, a qualidade percebida pelos clientes era uma função dos atributos de desempenho, u�lidade e durabilidade do produto, cuja responsabilidade era atribuída a ar�fices qualificados. Com o início da produção em larga escala (século XX), o intercambio de peças na linha de montagem tornou-se fundamental e, para tanto, percebeu-se como necessário o desenvolvimento de gabaritos e acessórios baseados em modelos padrões u�lizados no alinhamento das ferramentas das máquinas de corte e na inspeção final. Na década de 1920, a inspeção da qualidade assumiu oficialmente o papel de uma função independente dentro da empresa.- a Organização Mundial da Saúde e a Organização para os alimentos e agricultura propuseram como ferramentos de processamento e controle de qualidade: Análise dos perigos e pontos crí�cos de controle – APPCC Boas prá�cas de fabricação (BPF) ou de Manipulação (BPM/GMP) - a globalização + conscien�zação = necessidade de consumo de alimentos mais saudáveis e nutri�vos levaram as empresas a reconhecerem limitações dos programas tradicionais de qualidade CONTROLE DE QUALIDADE 2 CONCEITOS EM GESTÃO DE QUALIDADE - a idéia de segurança alimentar engloba dois aspectos diferentes: o de acesso aos alimentos e o de alimentos seguros - segurança alimentar, segundo a Embrapa, no sen�ndo de garan�a do acesso a alimentos de qualidade, em quan�dades suficientes e de modo permanente para o atendimento as necessidades nutricionais - GESTÃO DE QUALIDADE: compreende um conjunto de a�vidades coordenadas para dirigir e controlar uma organização no que diz respeito a qualidade. - fundamenta-se na visão integradas dos processos, sistemas e recursos disponíveis na organização - a qualidade pode ser empregada no sen�do de excelência de um produto ou serviço. Para tal faz-se necessário observar as exigências do cliente e todas as caracterís�cas que englobam um produto ou serviço - o obje�vo é promover melhorias con�nuas no processo produ�vo para melhor atender ao cliente - estratégias e planos de ação: ciclo PDCA, o sistema 5S, seis sigma - a qualidade é a preocupação com a adequação que conduz a uma gestão de qualidade, um processo que prioriza todos os elementos do serviço relevantes para o consumidor, sejam eles subje�vos ou não, perfeitamente caracterizados ou não, expressamente declarados ou não. - gestão de qualidade (GQ) são procedimentos, técnicas e regulamentações que visam garan�r a qualidade e a segurança dos produtos do setor e alimentos no Brasil seguindo os regulamentos técnicos Ministérios da Saúde e da Agricultura que determinam a adoção das: boas pra�cas de fabricação (BPF), procedimentos padrões de higiene operacional (PPHO), implementação dos sistemas APPCC (análise de perigos e pontos crí�cos de controle). NBR ISO 22000 que norma�za e instrui os produtores de alimentos - a eficiência e aperfeiçoamento da qualidade são a�ngidos através de auditorias que são fundamentais para uma boa gestão de qualidade PRINCÍPIOS BÁSICOS E APLICADOS DA QUALIDADE TOTAL - a gestão pela qualidade total tem como referencia o modelo que segue os princípios pra�cados por empresas japonesas, norte-americanas e europeias, fundamentadas em boa parte nos trabalhos pioneiros de Deming e Juran - filosofia de Deming: adaptou um método de abordagem sistemá�ca para a resolução de problemas conhecidos como PDCA (plan, do, check, ac�on), ou ciclo de Shewhart. - Juran dizia que a mao de obra não era suficiente no controle da qualidade, 85% de qualidade é de responsabilidade da administração. U�lização do PDCA: processos básicos para a administração da qualidade Planejamento da qualidade: estabelecimento de novos padrões de trabalho Manutenção da qualidade: garan�a no cumprimento dos novos padrões Melhoria da qualidade: melhoria con�nua dos padrões - Ishikawa tem um enfoque na par�cipação de todos os membros da empresa para a obtenção da qualidade - o ciclo PDCA que cons�tui uma ferramenta de verificação que funciona de forma cíclica, onde a análise sempre retorna ao início do processo é composta por quatro partes: Plan: estudar um processo e planejar seu aprimoramento – definir as metas, definir os métodos que permi�rão a�ngir as metas propostas, educar e treinar Do: implementar a mudança – executar a tarefa (coletar dados) Check: observar efeitos – verificar os resultados da tarefa executada Ac�on: estudar os resultados– atuar compe��vamente - o ciclo da PDCA tem uma ferramenta de verificação, ela funciona de forma cíclica: Defeinem-se as metas -> métodos que permitão a�ngir as metas -> isso é planejamento Treinar o funcionários para executar as tarefas Verificar os resultados da tarefa executada – para isso existem as auditorias, para fiscalizar PRINCÍPIOS BÁSICOS E APLICADOS DA QUALIDADE TOTAL ● SEIS SIGMA É uma ferramento de qualidade que foi introduzida pela Morotola, seguida por outras grandes industrias de renome mundiais. Metodologia adota ferramentas e métodos esta�s�cos para a definição de problemas e situações, controlando processos e produtos, gerando uma melhoria con�nua ● PROCESSOS DE ANÁLISE E AUDITORIA Outra ferramenta indispensável que auxiliam na manutenção da qualidade do produto final e sua cer�ficação RESUMO DA EVOLUÇÃO DA QUALIDADE *** Era da inspeção: o cliente que vai dizer se o produto esta bom ou não, inspecionar um a um encontra defeitos mas não produz qualidade – a inspeção é falha Era do controle esta�s�co: os produtos são verificados por amostras, existe um departamento especializado e tem ênfase na localização dos defeitos Era de qualidade total: tem o processo produ�vo que vai ser controlado – toda a cadeia sera controlada, toda a empresa será responsável, dá uma ênfase nos defeitos também mas com a diferença de que nos anteriores o foco era no defeito e agora o foco é na prevenção dos defeitos. Para que seja evitado o erro faz-se um processo de prevenção - os indicadores da qualidade estão relacionados a sa�sfação dos clientes, é possível medir resultados de um trabalho na ó�ca dos usuários. Os indicadores de produ�vidade medem o esforço em fazer as coisas, relacionam-se ao modo pelo qual são usados os recursos CONCEITOS EM GESTÃO DE QUALIDADE - expecta�vas: o que o cliente gostaria de receber, e o que pensa que pode ser fornecido ou que pode ser ob�do de um concorrente - o conceito de qualidade total u�liza palavras chaves e conceitos como: Rastreabilidade: aplicável a todos os estágios desde o recebimento de um componente enviado por um fornecedor passando pela produção, embalagem e expedição. São atribuídas responsabilidades pelas tarefas relevantes, que afetam a qualidade do produto “Just in �me” (JIT): uma filosofia de produçãovoltada para a eliminação de desperdícios no processo total de fabricação. Fundamentos do JIT: Shojinka (que implica flexibilidade no trabalho), Soifuku (que significa a par�cipação dos funcionários mediante as idéias inovadoras e cria�vidade), Jidoka (que representa o autocontrole da produção por parte do mesmo pessoal) Cer�ficação: reconhecimento por parte de órgãos cer�ficadores de que uma organização alcançou o statos de a�ngir uma determinada norma – normalmente expressa em um cer�ficado. A cer�ficação pode ser obrigatória ou voluntária. A cer�ficação obrigatória ou compulsória é que aquela regulamentada por lei ou portaria de um órgão regulamentador como INMETRO, é dado prioridade a questões de segurança saúde e meio ambiente – os produtos listados nas regulamentações só podem ser comercializados com a cer�ficação. A cer�ficação voluntária não possui qualquer regulamentação com órgão oficial e destacam-se as cer�ficações de sistema de gestão de qualidade (ABNT, NBR, ISO9000), gestão ambiental (ABNT, NBR, ISO14000) e diversos produtos - ISO9000: Organiza�on for Standar�za�on – Federação mundial dos organismos de normalização - ABNT, NBR, ISO9000/2000: descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e estabelece a terminologia para estes sistemas 5 S - nos orienta: como observar, avaliar e tomar decisões adequadas para nosso crescimento e formação como pessoa, cidadão e profissional -isso se faz no dia a dia com ro�na 5S na vida pessoal, em empresas, escolas, famílias, comunidades e serviço público - são melhorias simples que es�mulam melhorias simples em melhorias con�nuas - surgem idéias para melhorias complexas e inovação, atendidas com PDCA - surgiu nas empresas do Japao durante a reconstrução do pais depois da segunda guerra mundial, eles receberam orientação de especialistas americanos para o controle da qualidade. Formou-se o que ficou conhecido como Qualidade no Es�lo Japones ou total quality control (TQC – controle da qualidade total), que é o controle dos processos para assegurar o resultado final, entregando os produtos conforme expecta�va do cliente - o papel dos 5S é cuidar da base, facilitando o aprendizado e prá�ca de conceitos e ferramentas para a qualidade. Inclui cuidar dos ambientes, equipamentos, materiais, métodos, medidas e especialmente pessoas. - o propósito incial era mais focado em liberar área, evitar desperdícios, resolvendo efeitos de guerra e de gestão inadequada. O 5S evoluiu com os novos desafios - sigla: deriva das iniciais de cinco palavras japonesas que começam com a letra S: senso de simplificação, organização, limpeza, conservação e par�cipação SEIRI: senso de u�lização. Separar o ú�l do que é inú�l no local de trabalho, organizar é muito mais di�cil do que simplesmente guardar. SEITON: senso de ordenação/ organização. Organizar as coisas em seus devidos lugares para facilitar o seu uso ou acesso o mais rápido possivel SEISO: senso de limpeza. Quando se limpa está se realizando também uma forma de inspeção – isso faz com que haja menos erros e mais produ�vidade SEIKETSU: senso de saúde. É importante ficar alerta e procurar as anormalidades e exercitar a cria�vidade para torna-las visíveis. SHITSUKE: senso de autodisciplina. É preciso treinamento a todo instante para não errar – tem que padronizar e norma�zar - para implantação do 5S é preciso determinação, persistência e tempo - podem ser usados recursos visuais que devem seguir as seguintes regras: ser visíveis a distância, avisos devem estar em locais per�nentes, serem claros para que qualquer pessoa possa dizer o que está certo e o que está errado. MELHORIA AMBIENTAL - o 5S é a base para o aumento da produ�vidade e deve atuar de forma a eliminar os desperdícios na produção - local de trabalho é uma fonte de desperdícios, sejam eles causados pela falta de senso de perda, por não dar importância devida ou falta de conhecimento CONTROLE DE QUALIDADE 3 - a implementação da BPF/ APPCC é uma exigência da lei - manual de procedimentos para a implantação do sistema APPCC nas indústrias de produtos de origem animal Estabelecimento que apresenta unidade de alimentação deve ter um responsável pelas técnicas u�lizadas por local de prestação de serviços Profissional deve estar regularmente inscrito no órgão fiscalizador de sua profissão O responsável técnico deve apresentar autoridade e competência para elaborar um manual de boas pra�cas de manipulação (MBPM), ter responsabilidade pela aprovação ou rejeição de matérias primas, insumos, produtos semi elaborados, produtos terminados, procedimentos, métodos ou técnicas, equipamentos e utensílios de acordo com o manual elaborado, supervisionar os princípios do sistema APPCC que embasam o MPBPM - documentos de norma�zação federal referentes ao controle higiênico: portaria n 1428/93 introduziu os conceitos e a determinação de aplicação na pra�ca: das boas pra�cas e do APPCC como sistemas de controle efe�vo dos processos de trabalho com alimentos. Menciona a ação fiscal da vigilância sanitária, define o perfil daquele que vai desempenhar a responsabilidade técnica pela produção, apresenta o conteúdo que deve-se abordar nas boas pra�cas e na determinação do padrão de iden�dade e qualidade dos produtos e dos serviços - regulamentação internacional é feita pelo CODEX ALIMENTARIUS***: programa conjunto da organização das nações unidas para a agricultura e a alimentação (FAO) e da organização mundial da saúde (OMS). Tem a finalidade de proteger a saúde da população assegurando prá�cas equita�vas no comercia regional e internacional de alimentos criando mecanismos internacionais dirigidos a remoção de barreira tarifária, coordenando todos os trabalhos que se realizam em normalização CONTROLE DE QUALIDADE - deve ser efetuado em todas as etapas da cadeia de produção: fornecedor -> recebimento da matéria prima -> armazenagem -> várias etapas do processo de produção -> produto final -> distribuição -> pontos de venda - 5 principais fatores relacionados com a qualidade de um produto ou serviço: meio ambiente, equipamento, métodode produção, matéria-prima, mão de obra. - a garan�a de qualidade visa alcançar niveis mais altos de sa�sfação de um produto ou serviços aos consumidores direcionadas para prevenção de problemas ou defeitos. Atua em toda a cadeia de produção, desde a obtenção da matéria prima até o consumidor final. FERRAMENTAS DO CONTROLE DE QUALIDADE ● GMP (good manufacturin prac�ces) ou BPF (boas prá�cas de fabricação) - cons�tuem um conjunto de procedimentos que possibilitam a fabricação de forma padronizada e controlada dos alimentos - envolve: higiene das condições ambientais (processamento, transporte e armazenagem) - função de prevenir contaminação - Segundo o CODEX ALIMENTARIUS, o desenvolvimento das boas prá�cas de fabricação envolve um programa mínimo que deve abordar: produção da matéria prima, higiene dos envolvidos na fabricação de alimentos, observação de requisitos de construção e “lay-out” do estabelecimento, monitoramento de operações, controle de vetores, manutenção e sanificação de equipamentos e instalações que entram em contato direto com os alimentos, transporte, informações e avisos ao consumidor. - vantagens da implantação das BPF: traduzem por produtos de melhor qualidade, mais seguros, diminuição da incidência de reclamações dos consumidores, ambiente de trabalho mais agradável limpo e seguro, funcionários em melhor estado psicológico mo�vados e produ�vos ● HACCP (hazard analysis and cri�cal control points) ou APPCC (análise de perigos e pontos crí�cos de controle) CONTROLE DE QUALIDADE 4 PROCEDIMENTOS PADRÕES DE HIGIENE OPERACIONAL (PPHO) PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS (POPS) - são ferramentas de gestão e garan�a de qualidade - segundo a resolução DIPOA/DAS nº10 de 22 de maio de 2003, os PPHO são: Procedimentos descritos, desenvolvidos, implantados e monitorizados visando estabelecer a forma ro�neira pela qual o estabelecimento industrial evitará a contaminação direta ou cruzada e a adulteração do produto, preservando a sua qualidade e integridade por meio da higiene antes, durante e depois das operações industriais - dentro dos pops tem ppho para diversos setores da indústria - a base do plano PPHO deve ser estruturado em 9 pontos básicos: *** PPHO 1: potabilidade da água PPHO 2: condições de higiene das super�cies de contato com o alimento PPHO 3: prevenção contra a contaminação cruzada PPHO 4: higiene dos empregados PPHO 5: proteção contra contaminantes e adulterantes do alimento PPHO 6: iden�ficação e estocagem adequadas de substancias químicas e de agentes tóxicos PPHO 7: saúde dos empregados PPHO 8: controle integrado de pragas PPHO 9: registro - são procedimentos escritos de forma obje�va que estabelecem instruções para a realização de operações ro�neiras e específicas na manipulação de alimentos. Os procedimento descritos são desenvolvidos, implantados e monitorados. Preservando sua qualidade e integridade através da higiene antes, durante e depois das operações - complementam as BPF - evitam a contaminação direta ou cruzada, adulteração dos produtos através das super�cies dos equipamentos, utensílios, instrumentos de processo e manipuladores de alimentos - os PPHO’s tem como obje�vo o cumprimento das prá�cas de fabricação, das exigências higiênico sanitárias necessárias ao processamento/ industrialização de alimentos, base para a produção de alimento inócuos, faz parte das BPF - o plano PPHO é um compromisso da empresa com a higiene e deve ser escrito e assinado pela administração geral, responsável técnico que passam a responsabilizar-se pela sua implantação e fiel cumprimento, incluindo: Treinando e capacitação pessoal; condução dos procedimentos antes, durante e após as operações; monitorização e avaliação dos procedimentos e da sua eficiência; revisão dos procedimentos em situações de desvios e alterações tecnológicas dos processos industriais. POP - sua aplicabilidade é em estabelecimentos, processadores, industrializadores – nos quais sejam realizadas algumas das seguintes a�vidades: produção, industrialização, fracionamento, armazenamento, transporte de alimentos industrializados - os serviços de alimentação devem implementar procedimentos operacionais padronizados relacionados aos seguintes itens: higienização das instalações, equipamentos e móveis; controle integrado de vetores e pragas urbanas; higienização do reservatório; higiene e saúde dos manipuladores. - no POP deve conter as instruções sequenciais: Operações Frequência de execução, especificando: nome, cargo e função dos responsáveis pelas a�vidades Devem ser aprovados, datados e assinados pelo responsável do estabelecimento E os registros devem ser man�dos por no mínimo de 30 dias contando a par�r da data de preparação dos alimentos - as operações de higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios, que devem conter informações sobre a natureza da super�cie a ser higienizada, método de higinenização, princípio a�vo selecionado e sua concentração, tempo de contato dos agentes químicos e ou �sicos u�lizados na operação de higienização, temperatura e outras informações que se fizerem necessárias, contemplar operações nos desmontes dos equipamentos - REQUISITOS PARA A ELABORAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS: Para cada item relacionado abaixo: desenvolver, implementar e manter: Higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensilios; controle da potabilidade da água; higiene e saúde dos manipuladores; manejo dos resíduos; manutenção preven�va e calibração de equipamentos; controle integrado de vetores e pragas urbanas; seleção das matérias primas, ingredientes e embalagens; programa de recolhimento de alimentos - a par�r da resolução nº 275 de 21 de outubro de 2002, da Anvisa, Ministério da Saúde (MS), foi criada e ins�tuída no Brasil as POP’s que vão um pouco além do controle de higiene, porém, não descaracterizam os PPHO, que con�nuam sendo recomendados pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) a qual também ins�tui o programa PPHO a ser u�lizado nos estabelecimentos de leite e derivados que funcionam sob regime de inspeção federal, como etapa preliminar de programas de qualidadecomo o APPCC, sendo assim pela RED nº275 temos os POP’s: POP 1: Higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios POP 2: controle da potabilidade da água POP 3: higiene e saúde dos manipuladores POP 4: manejo dos resíduos POP 5: manutenção preven�va e calibração de equipamentos POP 6: controle integrado de vetores e pragas urbanas POP 7: seleção das matérias primas, ingredientes e embalagens POP 8: programa de recolhimento de alimentos 20/03/2018 CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS (CIP) NOS SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO - está dentro dos pops e dos pphps - todos aqueles animais que causam insegurança no alimento - cip: controle integrado de pragas - Responsáveis pela: manutenção, higienização e calibração dos equipamentos envolvidos no processo produ�vo do alimento - o CIP deve fazer medidas preven�vas e corre�vas des�nadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e a proliferação de vetores e pragas urbanas - a empresa deve apresntar um comprovante de execução de serviço fornecido por empresa especializada - o controle pode ser químico : estabelecimento deve apresentar comprovante de execução de serviços fornecidos pela empresa especializada contratada contendo as informações estabelecidas em legislação sanitária específica - a legalidade do serviço de controle de pragas exigido pela Vigilancia sanitária: Decreto nº 12.342 de 27/09/1978 e Decreto nº 12.479 de 18/10/1978 - os POPs devem ser aprovados, datados e assinados pelo responsável técnica firmando o compromisso de implementação, monitoramento, avaliação, registro e manutenção dos mesmos - deve conter também a frequência das operações e nome, cargo e/ou função dos responsáveis por sua execução devem estar especificados em cada pop RDC Nº275 - programa de recolhimento de alimentos: são procedimentos que permitem efe�vo recolhimento e apropriado des�no final de lote de alimentos exposto a comercialização com suspeita ou constatação de causar dano a saúde - os resíduos são materiais a serem descartados, oriundos da área de produção e das demais áreas do estabelecimento MANUAL DE BOAS PRÁTICAS - é um documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento, incluindo, no mínimo,os requisitos higiênico sanitários - apresentam as condições relevantes para a fabricação higiênica de alimentos que sempre devem ser usadas e documentadas - os funcionários devem ter: controle de saúde, exames médicos, laboratoriais, admissionais, retorno ao trabalho, mudança de função, programa de treinamento, monitoramento - as matérias primas devem ser controle, análise sensorial, plano de rastreamento dos produtos, visita técnica aos fornecedores, cadastramento dos fornecedores - as águas de abastecimento devem ter plano de controle microbiológico da agua, higiene periódica da caixa de água, higiene e controle dos bebedouros - os visitantes devem ser paramentados, ter horário e acompanhamento técnico - deve ser feito um relatório de avaliação estrutural: auditoria para avaliação das condições estruturais e operacionais da cozinha, sugestões para a adequação das falhas estruturais observadas e encaminhamento para os responsáveis - devem descrevem os procedimentos e critérios em relação a higiene, ambiental e equipamentos, alimentos. AVALIAÇÃO TÉCNICA DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS - os funcionários da área de produção devem estar uniformizados, rigorosamente limpos, calçados fechados, cabelos protegidos, boa apresentação, lavagem cuidadosa das mãos, estado de saúde controlado, obedecer aos procedimentos de higiene pessoal - os manipuladores tem papel importante na prevenção de toxinfecções alimentares LIMPEZA E DESINFECÇÃO - obje�vo: limpeza, desinfecção, esterilização, prevenção - 4 estágios da limpeza: 1) Remoção das sujidades grosseiras 2) Remoção das sujidades finas 3) Remoção dos detergentes 4) Secagem - a desinfecção é a eliminação suficiente dos microrganismos com capacidade de causar doenças, eliminar todas as bactérias, vírus e fungos - três métodos de desinfecção: limpeza, calor (pasteurização, cozimento), química - custos da falta de higiene: interdição do estebelecimento, perda do emprego, multas, possibilidade de prisão, epidemia de toxinfecções e ate morte, indenizações, desperdícios - bene�cios de uma boa higiene: excelente reputação pessoal e profissional, aumento no movimento de vendas de alimentos, produzindo mais lucros e níveis melhores de salários e inves�mentos, clientes sa�sfeitos, moral elevada dos empregados, boas condições de trabalho, respeito a lei CONTROLE DE QUALIDADE 5 - GMP (Good Manufacturing Prac�ces) ou BPF (Boas prá�cas de fabricação) - HACCP (Hazard Analysis and Cri�cal Control Points) ou APPCC (Análise de perigos e Pontos crí�cos de controle) - ISO9000 - 5S - Como uma empresa consegue ter excelência de qualidade? ** Excelência comprovada Elementos de excelência: compe��vos, operacionais e tecnológicos Requisitos da ISO9000 GMP e HACCP - as boas prá�cas de fabricação englobam boas prá�cas de higiene, prevenção contra contaminação alimentar, além de evitar doenças transmi�das por alimentos (DTA) - quando os manipuladores tomam todas as precauções para evitar contaminação, esses processos resultam na qualidade sanitária dos alimentos - as boas prá�cas de fabricação compreendem 4 prá�cas: Exclusão de microrganismos indesejáveis e material estranho Remoção de MO Inibição de MO Destruição de MO - meios de contaminação: ar, alimentos, mãos, feridas, etc ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE APPCC/ HACCP - tem por obje�vo a garan�a, efe�vidade e eficácio do controle dos perigos a produção de alimentos - foi desenvolvido para garan�r a produção de alimentos seguros a saúde do consumidor e seus princípios são u�lizados no processo de melhoria da qualidade - é um sistema que visa analisar as diversas etapas da produção de alimentos, analisando os perigos aos consumidores e medidas preven�vas para evita-los - cons�tui-se em um elemento importante da gestão de qualidade total - de acordo com a FAO (food and agricultura organiza�on of the United na�ons) o sistema APPCC é uma abordagempreven�ve e sistemá�ca direcionada a perigos biológicos, químicos e �sicos através de antecipação e prevenção, em vez de inspeção e testes em produtos finais - baseado na prevenção! Iden�ficação dos pontos onde poderiam surgir perigos, determina medidas necessárias para que estes perigos sejam evitados, prevenidos ou reduzidos - baseado em princípios técnicos e cien�ficos - aplicação do campo a mesa do consumidor: farm to table - requisitos: BPF, CIP e treinamento pessoal - obje�vo: inocuidade máxima - aceito e aplicado internacionalmente pela legislação portaria nº1428/93-MS e portaria nº46/98- M.A.A - as boas prá�cas de fabricação são pré-requisitos para o programa de APPCC, a diferença é que seus procedimentos são gerais, enquanto no APPCC a preocupação é com os riscos focalizados - de uma maneira geral, pode-se afirmar que a implementação das boas prá�cas permite a prevenção, redução ou controle de alguns perigos. Contudo, somente a par�r da implantação do sistema é que são iden�ficados os pontos crí�cos de controle de um determinado perigo, são estabelecidos limites crí�cos, realiza-se a monitorização e verificação, registrando-se os procedimentos a fim de subsidiar possíveis ações corre�vas - observa-se em cada etapa do processo erros que possam ocorrer, suas causas prováveis e seus efeitos para então estabelecer o mecanismo de controle - aplicação do sistema APPCC na produção de alimentos envolve: produção primária, fabricação/produção, distribuição, comercialização, serviços de alimentação, residências - vantagens da aplicação do sistema APPCC: sistema dinâmino que permite correções, racional e compreensível, maior garan�a de um produto seguro, controla as etapas de processamento desde a recepção da matéria prima até a distribuição do produto final, agrega valor, melhor controle do processo - desvantagens: necessidade de um real comprome�mento da direção da empresa, há necessidades de mudanças radicais, custo inicial elevado, período para que comece a produzir resultados é razoavelmente logo - definições do sistema APPCC: Perigo: contaminação de origem biológica, química ou �sica em condição potencial que possa caudar agravo a saúde do consumidor Severidade: gravidade da doença e o grau de suas consequências Risco: es�ma�va da probabilidade de ocorrência de um perigo ou ocorrência sequencial de vários perigos - perigo é o causador do problema, severidade é a magnitude do perigo e risco é a probabilidade de ocorrer o perigo Ponto de controle: local ou situação a ser corrigida, sem risco imediato Ponto crí�co: local ou situação onde estão presentes os perigos com risco a saúde e devem ser controlados Ponto cri�co de controle: procedimentos devem ser exercidos para eliminar, prevenir ou redizr os perigos a níveis suportáveis e monitorados= segurança do trabalho. PCCe (eliminação): perigo eliminado; PPCp (prevenção): perigo evitado; PPCr (redução): perigo reduzido, minimizado ou retardado Critérios: limites de natureza �sica, química ou biológica Monitoramento: verificar se o processamento obedecem aos critérios estabeleceidos Ação corre�va: medidas específicas que devem ser tomadas quando os critérios não são cumpridos Verificação: revisão dos registros de monitoramento para determinar se o sistema está funcionando - a implantação de APPCC em qualquer indústria, unidade de alimentação, propriedade envolve a aplicação dos sete princípios orientadores do sistema: 1)estabelecer procedimentos de manutenção de registros e documentação; 2) realizar análise de perigos; 3) determinar pontos crí�cos de controle; 4) estabelecer limites crí�cos; 5) estabelecer procedimentos de monitoramento; 6) estabelecer ações corre�vas; 7) estabelecer procedimentos de verificação ANÁLISE DE PERIGOS - é a designação atualmente empregada para a a�vidade de pesquisa que se des�na a revelar, por meio do exame de matérias primas, processos, prá�cas, pessoas, produtos, equipamentos e instalações, a presença ou possibilidade de ocorrência de: alimentos potencialmente perigosos, MO patogênicos, prá�cas inadequadas de manipulação, combinação tempo-temperatura - animais são fontes potenciais e carreadores assintomá�cos de patógenos e conduzem a riscos quando consumidos - os perigos podem ser biológicos, químicos e �sicos - perigos biológicos: bactérias, parasitos, fungos, vírus - perigos químicos: agrotóxicos, adi�vos, produtos de limpeza, metais, resíduos - perigos �sicos: qualquer material ou corpo estranho presente no alimento CONTROLE DE QUALIDADE 6 PROGRAMA DE ALIMENTOS SEGUROS – PAS - é um programa desenvolvido em conjunto pelo: SEBRAE, SENAI, SESI, SESC - em parecia com: EMBRAPA, SENAR, ANVISA, MAPA E MINISTÉRIO DA SAÚDE - onde implantar: em toda cadeia de produção de alimentos desde o campo até a mesa do consumidor final. Disponibiliza instrumentos de boas prá�cas e sistemas de análise e controles. - as exigências estão cada vez maiores no mercado de diversos países para garan�r que a importação e exportação de produtos alimentares estejam dentro de rigorosos padrões de segurança e qualidade - obje�vos: produzir e servir alimentos diretamente ao consumidor com segurança; aumento da segurança e qualidade dos alimentos; aumentar a compe��vidade das empresas brasileiras; preparar estas empresas para atenderas exigências dos países importadores nas questões rela�vas a segurança alimentar - auxilia profissionais da área de alimentos a ter responsabilidade com a qualidade dos produtos e serviços no que se refere a garan�a de segurança - orienta empreendedores sobre os procedimentos para obter cer�ficados de qualidade através de treinamentos técnicos, cursos e consultorias de forma simples, clara e bastante ilustrada, os assuntos relacionados a segurança dos alimentos - fornece informações sobre perigos de contaminação, como evita-los, monitorando e registrando todos os processos - aborda-se assuntos rela�vos a produção de alimentos: resfriamento, congelamento, cocção, distribuição, controle de tempo e temperatura para se evitar os fatores de exposição a ação de MO responsáveis por deteriorização e DTA - aprendizado de como elaborar os POPS E MBP - empresasda área de alimentos são conscien�zadas da importância de implementar a ABNT NBR 15635:2008 IMPORTANCIA DA CERTIFICAÇÃO NO MERCADO DE ALIMENTOS – VANTAGENS: - recompensa: cer�ficação concedida pela ABNT - reconhecimento dos clientes, que tem a garan�a de receber produtos de qualidade, livres de contaminação - melhoria nas prá�cas de produção e manipulação de alimentos - aumento da qualidade do produto final - empresa organizada e com processos racionalizados de produção - adequação da produção as exigências legais - possibilidade de ampliação mercadológica e consequente crescimento da empresa 7 FERRAMENTAS DA QUALIDADE - fluxograma - diagrama Ishikawa (espinha de peixe) - folha de verificação - diagrama de pareto - histograma - diagrama de dispersão - cartas de controle - as ferramentas da qualidade são u�lizadas para: definir, mensurar, analisar e propor soluções aos problemas iden�ficados que interferem no desempenho dos processos organizacionais que eventualmente são encontrados e interferem no bom desempenho dos processos de trabalho - o uso das ferramentas tem sido de grande valia para os sitemas de gestão sendo um conjunto de ferramentas esta�s�cas de uso consagrado para melhoria de produtos, serviços e processos BROMATOLOGIA 1) O que é um alimento? Toda substancia diges�vel que sirva para alimentar ou nutrir. 2) Quais são as funções básicas e secundárias dos alimentos? As funções básicas são as funções vitais, incluindo crescimento, movimento, reprodução, produção de energia. E as secundárias são proteção de órgãos vitais, palatabilidade e nutricional. 3) Qual a diferença básica entre alimentos genuínos e alimentos naturais? Alimentos genuínos devem estar dentro das regulamentações da lei para consumo, não contendo substancias não autorizadas que cons�tuam adulteração. Alimentos naturais estão aptos para o consumo, exigindo-se apenas a remoção da parte não comes�vel in natura. 4) Defina alimento simples, alimento composto, alimentos aptos para o consumo, alimentos funcionais, alimentos nutraceu�cos, alimentos não aptos para o consumo, alimento falsificado e alimento adulterado. Simples: substancias que por ação de enzimas dos sucos diges�vos são transformadas em metabólitos, ex: açucares, lipídeos e proteínas. Compostos: substancias de composição química variada e completa, de origem animal ou vegetal, formada por uma mistura de alimentos simples, ex: leite, carne, frutas. Aptos para o consumo: são aqueles que respondem as exigências das legislações, não contem substancias não autorizadas que cons�tuem adulteração. Funcionais: apresentam um ou mais compostos biologicamente a�vos, afetando posi�vamente uma ou mais funções fisiológicas do organismos, melhorando o bem estar �sico ou psicológico ou reduzindo risco de determinada doença, ex: fibras alimentares, mineirais, probió�cos. Nutraceu�cos: produtos que contem um ou mais ingredientes biologicamente a�vos que foram isolados ou purificados de alimentos e que são comercializados em forma de preparações medicinais para submeter a dieta Não aptos para o consumo: aqueles que por diferentes causas não estão dentro das especificações da lei. Falsificados: aqueles alimentos de aparência e caracterís�cas gerais de um produto legí�mo que se denominam como este, sem sê-lo ou que não procedem seus verdadeiros fabricantes, ou seja, alimentos fabricados clandes�namente e são comercializados como genuínos. 5) Qual a diferença entre alimentos contaminados, adulterados e alterados? Os alterados são os que tem sua composição química e caracterís�cas alteradas. E os contaminados são aqueles que contem microrganismos capazes de provocar enfermidades a quem consumir.
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