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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ-UESPI DISCIPLINA: DIREITO CONSTITUCIONAL III PROFESSORA: NATÁLIA MAGALHÃES ALUNO: CÁSSIA CIBELY LEAL MOURA BLOCO IV RESUMO No centro de sua função típica de fiscalização, o Poder Legislativo (Congresso Nacional) é auxiliado pelo tribunal de contas da União. De acordo com o artigo 71 da Constituição Federal: “O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com auxílio do Tribunal de contas da União...”. Diante disso, as espécies de controle se dividem em controle interno, que é realizado pela entidade ou órgão responsável pela atividade controlada, no âmbito da própria administração, exercem a fiscalização e, quando detectam indícios de irregularidades, orientam, se posicionam e, se for o caso, em razão da gravidade dos fatos, podem instaurar tomadas de conta especial. Segundo a Constituição de 1988 (artigo 74, parágrafo 1º), “os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União sob pena de responsabilidade solidária”. O controle externo ocorre quando o órgão fiscalizador se situa em administração diversa daquela de onde a conduta administrativa se originou, sendo delimitado a determinados objetos, é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas (em âmbito federal, o TCU). Formalmente, restringe-se a aferir a legalidade do agir da administração pública e a regularidade na utilização de recursos públicos, sendo responsável pela fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos e entidades públicas do país quanto à legalidade, legitimidade e economicidade. Assim, suas funções estão associadas a fiscalização (audita/fiscaliza, aprecia ato), consultiva (responde consulta, emite parecer prévio), judicante (julga contas), informativa (presta informações ao Congresso Nacional e ao Ministério Público), sancionadora (aplica sanção/penalidade), corretiva (determina, fixa prazo, susta ato), normativa (expede normativos, fixa coeficientes) e de ouvidoria (examina denúncias e representações). Encontram-se sob sua jurisdição pessoas físicas, pessoas jurídicas, entidades públicas e entidades privadas. A parte mais importante na atuação dos Tribunais de Contas são as contas governamentais, em que o órgão faz todas as auditorias e oferece um parecer técnico, como meio de controlar e fiscalizar as atividades de pessoas ou órgãos para que essas atividades não se desviem das normas preestabelecidas. Diante disso, são classificados como órgãos administrativos, autônomos e independentes, de estatura constitucional, eles não pertencem e nem são subordinados hierarquicamente a nenhum dos três poderes. Conforme aponta a maior parte da doutrina, sendo os TCs órgãos administrativos, suas decisões também possuem natureza administrativa, ou seja, são atos administrativos. As deliberações proferidas no exercício de suas atribuições constitucionais possuem caráter impositivo e vinculante para a Administração Pública. Junto ao TCU, atua o Ministério Público, com o objetivo de defender a ordem jurídica, proteger a lei e fiscalizar sua execução. As competências Constitucionais e privativas permitem ao TCU: emitir parecer sobre as contas anuais prestadas pelo Presidente da República; julgar as contas dos responsáveis por recursos públicos; apreciar a legalidade de atos relacionados à admissão e à aposentadoria de pessoal; fiscalizar o uso dos recursos públicos, por meio de auditorias e inspeções de iniciativa própria ou do Congresso Nacional; aplicar sanções e determinar a correção de ilegalidades e irregularidades em atos e contratos; apurar representações e denúncias apresentadas por qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato sobre irregularidades ou ilegalidades na aplicação dos recursos federais; fixar os coeficientes dos fundos de participação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e fiscalizar a entrega dos recursos aos governos estaduais e prefeituras. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato pode denunciar irregularidade ou ilegalidade perante o TCU. O TCU é um órgão colegiado. Isso significa que as decisões finais são tomadas de forma coletiva, é composto por nove ministros, seis são escolhidos pelo Congresso Nacional e três ministros são escolhidos pelo Presidente da República (um dentre os ministros-substitutos, um dentre os membros do Ministério Público junto ao TCU e um de livre escolha que deve ser aprovado pelo Senado Federal). As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros. Apenas dois municípios possuem Tribunais próprios: Rio de Janeiro e São Paulo, pois é vedada pela Constituição a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
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