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O Corpo se move

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O CORPO SE MOVE 
MOVIMENTOS E ORGANIZAÇÃO BÁSICA DO 
SISTEMA MOTOR 
 
Movimentos involuntários X Voluntários 
• Interação 
 
Reflexos 
• Movimentos simples: envolvem poucos 
músculos 
• Estereotipados 
• Automáticos, em resposta a um estímulo 
 
Reações reflexas 
• Mais complexo 
• União de vários reflexos 
 
Movimentos posturais 
• Músculos axiais ou proximais 
• Músculos apendiculares ou distais 
 
Estruturas envolvidas na motricidade 
1. Executores ou Efetuadores: Músculos 
2. Ordenadores: Regiões da medula, tronco 
encefálico, mesencéfalo e córtex 
3. Controladores: Cerebelo, núcleos da base 
▪ Comunicam-se com os ordenadores no 
córtex cerebral através do tálamo 
▪ Informações dos receptores sensoriais 
e vias aferentes 
4. Planejadores: regiões do córtex 
▪ Idealização de sequência de 
movimentos → ordenadores → 
músculos 
MÚSCULOS, OS EFETORES 
Capazes de mudar seu comprimento 
• Sob controle direto ou indireto de fibras 
nervosas 
• De forma espontânea 
 
Células musculares = Fibras musculares 
• Consideradas excitáveis 
 
Classificação → de acordo com a organização das 
proteínas contráteis 
A. Lisas: Viscerais 
B. Estriadas: esqueléticas ou cardíacas 
A ESTRUTURA DA MÁQUINA CONTRÁTIL 
 
As fibras se aglomeram em fascículos, os quais são 
envoltos por tecido conjuntivo 
• O tecido conjuntivo torna-se mais denso nas 
extremidades → Tendões 
• Na superfície forma a Aponeurose que é uma 
lâmina fibrosa de revestimento 
 
Lâmina basal 
• Envolve toda a superfície da célula musculas 
por forma do sarcolema 
• Camada espessa da matriz celular 
Cada célula é inervada por um único neurônio, mas um 
neurônio pode inervar várias células 
• Relação de troca de fatores tróficos entre o 
neurônio e a célula. Caso um deles não exista o 
outro atrofia → poliomielite 
Células satélites 
• Entre as fibras musculares 
• Células-tronco 
• Se transformam em mioblastos capazes de 
produzir novas fibras 
Núcleos das fibras 
• Próximos as faces internas da membrana 
• Perto das regiões sinápticas 
• Síntese de proteínas sinápticas especializadas 
Miofibrilas 
• Constituem o aparelho contrátil 
• Envoltas pelo retículo sarcoplasmático que 
armazena íons Ca+ para liberar no citosol e 
depois recapturar 
Sarcolema 
• Membrana da célula muscular 
• Emite invaginações tubulares → túbulos T ou 
transversos 
Tríade 
• Túbulos T + dois lados do retículo 
sarcoplasmático 
• Onde ocorre o acoplamento entre a excitação 
elétrica da membrana e os sinais químicos para 
a contração muscular 
Estrutura da miofibrila 
• Sarcômeros: unidades repetitivas formados 
por conjuntos longitudinais de filamentos 
(proteínas contráteis) grossos e finos 
delimitados pela linha Z 
• Filamentos grossos: possuem principalmente 
miosina → duas cadeias trançadas 
• Cabeças da miosina são ATPases e se ligam aos 
filamentos finos 
• Filamentos finos 
▪ Actina 
▪ Tropomiosina 
▪ Troponina 
 
 
A MÁQUINA MOLECULAR EM AÇÃO 
Junção neuromuscular: sinapse excitatória 
Fibra nervosa motora → potenciais de ação → 
despolariza a membrana do terminal na região da Placa 
motora → começa a etapa de transmissão 
neuromuscular 
Despolarização da membrana pré-sináptica → 
liberação da acetilcolina → liga-se a receptores no 
espessamento pós-sináptico (segmento da membrana 
plasmática) 
Acetilcolina → Excitação do músculo → Abertura 
seletiva de canais Na e K e ocorrência de potencial pós-
sináptico despolarizante potencial de placa motora) 
Excitação das regiões vizinhas da pala motora → atinge 
limiar → potencial de ação muscular por todo o 
sarcolema → Atinge túbulos T e a tríade 
Despolarização → abertura dos canais de Ca 
dependentes de voltagem( do tipo L) na membrana dos 
túbulos T → Mudança na conformação dos receptores 
de rianodina( tipo de canal de cálcio ancorados na 
membrana do retículo sarcoplasmático) → libera mais 
Ca 
Íons Ca → moléculas contráteis → captado pela 
troponina → altera conformação dos filamentos finos 
→ afastamento da tropomiosina e da actina → expõe 
sítios da actina → ligação com miosina → formação das 
pontes transversas → aproximação da linha Z → 
encurtamento do sarcômero 
Acoplamento excitação- contração 
▪ Fenômenos eletroquímicos que estabelecem o 
vínculo entre os potenciais de ação da célula 
muscular e o encurtamento das miofibrilas 
Cessa a despolarização do sarcolema → relaxamento 
da fibra → concentrações de Ca restauradas pelas 
ATPases ( bombas de Ca) da membrana do retículo 
Energia para a contração vem das mitoconcrias 
Morte do indivíduo → cessa o forneciemtno de energia 
→ congelamento das ponres transversas → rigor 
mortis 
OS TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES 
1) Fibras vermelhas lentas ( L ou I) 
• Rico suprimento sanguíneo 
• Muitas mitocôndrias 
• Muita mioglobina 
• Metabolismo fortemente aeróbico 
• Contrações lentas e sustentada 
• Muito resistentes a fadiga 
2) Fibras Brancas rápidas (R ou IIB) 
• Poucos capilares 
• Poucas mitocôndrias 
• Pouca mioglobina 
• Grandes reservas de glicogênio 
• Metabolismo anaeróbico 
• Contrações rápidas, fortes e 
transitórias, mas não muito fatigáveis 
3) Intermediárias 
• Características mistas 
 
Geralmente nos músculos distais predominam as fibras 
do tipo R e nos proximais L 
OS MÚSCULOS SOB COMANDO NEURAL 
Executores sob comando os ordenadores 
Ordenadores diretamente envolvidos com o comando 
motor → Motoneurônios situados 
▪ Medula espinhal 
▪ Tronco encefálico 
Motoneurônio → neurônio motor inferior e 
Neurônios (do córtex) que comandam os 
motoneurônios → neurônio motor superior 
Neurônios medulares → corno ventral 
Neurônios do tronco encefálico → núcleos dos nervos 
cranianos 
Dentre todos os motoneurônio há uma população para 
cada músculo 
▪ Em uma população, todos os motoneurônio 
inervam apenas aquele músculo 
As colunas de dois músculos vizinhos ocuparão os 
mesmos segmentos, em posições ligeiramente 
diferentes 
Há mais motoneurônios nas regiões cervical e lombar, 
formando intumescências 
Mapa de representação miotópica 
Músculos distais comandados por colunas de 
motoneurônios situadas lateralmente no corno ventral 
em os músculos proximais são comandados por 
colunas mediais 
▪ Motoneurônio mediais são relacionados com a 
postura 
▪ Laterais com os membros 
MOTONEURÔNIOS E INTERNEURÔNIOS 
Substancia cinzenta medular e núcleos motores dos 
nervos cranianos 
▪ Possuem motoneurônios e células com 
axônios curtos, chamadas de interneurônios 
Tipos de motoneurônios de acordo com seu tamanho, 
conexões e funções 
A. Motoneurônio alfa: 
• Corpos celulares grandes 
• Extensas árvores dendríticas 
• Axônios emergem e integram nervos 
até chegarem aos músculos 
correspondentes 
• Inervam a maioria das fibras 
musculares 
• Os que realmente comandam a 
contração 
B. Motoneurônio Gama 
• Corpos celulares pequenos 
• Árvores dendríticas pequenas 
• Inervam fibras musculares 
modificadas que fazem parte de 
receptores sensoriais (fusos 
musculares) → monitoração do 
comprimento muscular 
• Não influem diretamente sobre a 
contração 
• Participam de um mecanismo de 
controle direto 
C. Motoneurônio Beta 
• Propriedades intermediárias 
• Axônios bifurcam-se em ramos que 
inervam as fibras musculares comuns e 
outras que inervam as fibras dos fusos 
musculares 
• Comuns nos vertebrados inferiores 
Axônios dos motoneurônio 
• Antes de emergir do SNC emitem ramos 
colaterais denominados Recorrentes 
• Esses ramos arborizam no próprio corno 
ventral fazendo sinapses com interneurônios 
da região 
• Veiculam uma espécie de cópia do comando 
enviado aos músculos, que pode ser 
controlada e modificada pelos circuitos locais 
Populações de motoneurônio de cada núcleo → coluna 
que se estende por diversos segmentos 
• Axônios que inervamum mesmo musculo 
podem emergir através de raízes ventrais 
diferentes 
• Lesão de uma raiz ventral não causa paralisia, 
apenas parestesia 
Motoneurônios maiores → inervam fibras R 
Motoneurônios menores → inervam fibras L 
• Mais excitáveis que os grandes 
Para iniciar a contração → ativação dos motoneurônios 
pequenos → contração das fibras L do músculo → 
ativação dos motoneurônios grandes → contração das 
fibras do tipo R 
Força muscular 
• aumenta com o progressivo recrutamento de 
motoneurônios de maior tamanho 
• Pelo aumento da frequência dos potenciais de 
ação 
• Entrada em ação de motoneurônios maiores 
→ princípio do tamanho 
Interneurônios 
• Podem ser excitatórios ou inibitórios 
• Participam da modulação do comando motor 
A UNIDADE DE COMANDO 
Unidade motora 
• Unidade funcional de comando 
• Constituída por um motoneurônio e suas fibras 
musculares 
• É o menor elemento de um músculo sob 
controle neural 
• Grupo de fibras musculares com seu 
motoneurônio ordenador 
Razão de inervação 
• O inverso do número de fibras 
• Baixa= unidade motora constituída de muitas 
fibras 
• Para um músculo: quociente entre o número 
de motoneurônios e número de fibras 
musculares daquele músculo 
• Reflete a função 
• Músculos que movem o polegar: alta razão de 
inervação, sua função exige um grande 
número de neurônios para comandá-los 
• Músculos do dorso: baixa razão de inervação, 
movimentos pouco precisos e mais grosseiros 
Tipo de unidade motora 
• A predominante em cada músculo se 
correlaciona com sua função 
• Relacionam-se com as fibras musculares 
que cada motoneurônio inerva 
• Cada unidade motora tem fibras 
musculares do mesmo tipo (L,R, ou 
intermediárias) e se apresentam dispersas 
no músculo → proteção em caso de lesão 
• A fibra muscular pode modificar o seu 
fenótipo morfológico e bioquímico de 
acordo com o axônio que recebe 
Caracterizam os tipos funcionais das unidades motoras 
• Velocidade de contração 
• Resistência a fadiga 
1-Unidades lentas (L) 
2-Rápidas fatigáveis (RF) 
3- Rápidas resistentes à fadiga (RRF) 
 
 
 
O COMANDO É BEM INFORMADO: 
RECEPTORES E AFERENTES 
Motoneuronios alfa 
• Mais baixo nível de comando na hierarquia de 
ordenadores do sistema motor 
• “Via final comum do sistema motor” 
Ordenadores precisam de informações sobre seu 
desempenho → informações sobre o estado dinâmico 
dos músculos que comandam → fundamental para 
corrigir erros de comando 
Receptores do próprio tecido muscular e dos tendões 
a) Fusos musculares 
b) Órgão tendinoso de golgi 
FUSOS MUSCULARES 
• Função → detectar as variações do 
comprimento muscular 
• Formado por fibras musculares modificadas e 
agrupadas, envoltas por uma cápsula 
conjuntiva → fibras intrafusais 
• Fibra intrafusal também se contrai sob 
comando neural 
• Possui uma inervação eferente por fibras dos 
motoneurônios gama e uma parte pelos beta 
• Neurônios fusimotores (motoneurônio afla e 
beta) 
• Axônios fusimotores estabelecem sinapses 
neuromusculares com as fibras intrafusais 
• Inervação aferente → fibras nervosas 
pertencentes a neurônios pseudounipolares 
nos gânglios espinhais ou do gânglio trigêmeo 
• Terminais aferentes → fibras aferentes 
mecanorreceptoras do tipo Ia e II calibrosas, 
mielínicas e com grande velocidade de 
consução de impulsos nervosos 
Funcionamento: 
Detectam variações de comprimento do músculo 
a) Aumento do comprimento 
b) Diminuição do comprimento 
Aumento do comprimento→ fibras intrafusais são 
estiradas junto com as extrafusais → tensão mecânica 
na membrana das fibras aferente Ia → potencial 
receptor → Aumento da frequência de disparo de 
potenciais de ação → medula 
Diminuição do comprimento 
• Contração das fibras extrafusais 
• Se não houver contração solidária das fibras 
extrafusais → encurtamento do músculo como 
um todo -->> bambeamento dos fusos → 
desaparecimento do potencial receptor nos 
terminais Ia e na interrupção dos potenciais de 
ação → período silente 
• Problema contornado pelos neurônios 
fusimotores → provocam a contração das 
regiões distais das fibras intrafusais 
Fusimotores Beta 
• Automáticos 
• Ao mesmo tempo que ativam as fibras 
extrafusais ativam as intrafusais 
Fusimotores Gama 
• Seletivamente dedicados as fibras intrafusais 
• Podem funcionar de forma mais eficiente sob 
controle de centros motores superiores, como 
cerebrlo, servindo de regulares da 
sensibilidade e do fuso 
A tensão das fibras intrafusais → regulada pelos 
centros superiores 
• Determinará a amplitude do potencial 
receptor dos terminais Ia e II e a frequência de 
disparo das fibras aferentes do fuso → não há 
período silente 
• Variaões de comprimento do músculo → 
codificadas em freqeuencia de potenciais de 
aão pelas fibras aferentes Ia → constituem 
parte da informação de retroação 
Contração Isotonica 
• Comprimento varia 
• Sem grande alteração na tensão muscular 
Contração isométrica 
• Varia tensão 
• Sem grande alteração do comprimento do 
músculo 
ÓRGÃOS TENDINOSOS DE GOLGI 
• Estrutura encapsulada 
• No seu interior há uma rede intrincada de 
fibras colágenas que se entrelaçam com as 
ramificações das fibras aferentes tipo Ib 
• Dispostos em série entre o músculo e tendão 
→ apropriado para detectar as variações de 
força (tensão) muscular 
• Tensão → fibras nervosas estiradas → 
estimulam os terminais Ib entrelaçados 
• Quanto maior a tensão → maior o potencial 
receptor → maior a frequência dos potenciais 
de ação conduzidos pelas fibras aferente Ib ao 
SNC 
• Aumento da frequência também quando a 
tensão é aumentada pela contração muscular 
provocada pela estimulação elétrica do 
motoneurônio alfa 
• Tensão decresce → potencial decresce e 
desaparece 
• Limiar de ação alto 
Fusos musculares e órgãos tendinosos 
• Receptores tônicos → adaptação lenta → 
codificam com precisão os níveis de 
comprimento e tensão muscular 
• Órgãos tendinosos: faixa de variação restrita 
→ limiar alto e não há mecanismo regulador da 
sensibilidade 
• Fusos musculares → faixa de ação é ampliada 
pela ação do sistema eferente →regula a 
sensibilidade dos receptores 
OS MOVIMENTOS REFLEXOS 
 
-Alguns surgem em ocasiões especiais, outros estão 
constantemente agindo regulando aspectos da 
motricidade como comprimento e tensão dos 
músculos 
 
Classificação dos reflexos de acordo com 
I. O estímulo de origem 
II. Principal tipo de músculo envolvido 
III. Natureza da estimulação produzida pelo 
médico durante a avaliação 
IV. Seu circuito neural (arco reflexo) 
 
 
 
REFLEXO MIOTÁTICO: UM SISTEMA SIMPLES 
DE REGULAÇÃO DO COMPRIMENTO 
MUSCULAR 
-Reflexo patelar: projeção brusca da perna após a 
percussão do ligamento da patela 
-Reflexo mandibular, tricipital, aquileu 
-De um modo geral → reflexo miotático → reflexo 
extensor antigravitário de importância postural 
Reflexo miotático do quadríceps 
• Músculo quadríceps é estirado após a 
percussão do ligamento patelar ou pela ação 
da gravidade sobre o corpo, em condições 
fisiológicas 
Característica central do reflexo miotático → 
Contração de um músculo em resposta ao seu próprio 
estiramento 
Como acontece o reflexo 
• O estiramento do músculo causa o 
estiramento dos fusos musculares → 
potenciais receptores despolarizantes → 
aumento da frequência de disparo pelas fibras 
aferentes Ia e II (fibras de células ganglionares 
que através de seu prolongamento central 
entram na medula pela raiz dorsal) 
• O prolongamento central bifurca-se 
a) Um ramo que penetra na substancia 
cinzenta ramifica-se e estabelece 
conexões com os motoneurônios alfa 
do músculo agonista principal e dos 
agonistas auxiliares ou sinergistas 
b) Ramo que continua na substância 
cinzenta, ascendendo na coluna dorsal 
da medula até centros supraespinhais• Potenciais de ação chegam na sinapse e 
provocam potencias pós-sinápticos 
excitatórios nos motoneurônios → disparo de 
potenciais de ação pelos axônios → deixam a 
medula através da raiz ventral incorporando-
se aos nervos periféricos que inervam o 
próprio músculo estimulado 
• Circuito básico → monossináptico: contato 
direto entre o neurônio aferente (sensorial) e 
o neurônio eferente (motor) 
• Outro circuito envolvido: Necessidade de inibir 
os antagonistas → um terceiro ramo da fibra 
aferente se destaca e estabelece sinapse com 
interneurônios inibitórios cujos axônios 
estendem-se até o corno ventral próximo 
arborizando em torno de uma população de 
motoneurônios alfa que comandam os 
músculos antagonistas 
• Princípio da inervação recíproca: A mesma 
inervação aferente utilizada para ativar os 
motoneurônios do quadríceps é utilizada para 
inibir os que comandam os músculos 
antagonistas 
REFLEXO MIOTÁTICO INVERSO, UM SISTEMA 
DE REGULAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR 
Consiste no relaxamento de um músculo submetido a 
uma força contrátil forte 
-Bíceps, reflexo de canivete 
-Reflexo de proteção, mas também ocorre em 
circunstancias fisiológicas normais 
Circuito 
• O músculo é submetido a uma tensão acima de 
um valor → as fibras aferentes do tipo Ib (de 
limiar alto) do órgão tendinoso de Golgi são 
ativadas 
• Potencial receptor → provoca potenciais de 
ação → medula ou tronco encefálico 
• Fibras Ib penetram no SNC e se bifurcam 
a) Ramo que ascende a níveis mais alto, 
levando informações sobre a tensão 
muscular 
b) Ramo que penetra na substancia 
cinzenta → arboriza → sinapse com 
interneurônios inibitórios → axônios 
curtos → sinapse com motoneurônios 
alfa do músculo agonista 
• Motoneurônio alfa que antes estava 
disparando sinais de alta frequência para 
manter a contração isométrica é silenciado → 
relaxamento do músculo 
• Circuito básico é dissináptico: fibra aferente → 
interneurônio inibitório → motoneurônio alfa 
• Alguns ramos estabelecem sinapses com 
interneurônios inibitórios que se comunicam 
com motoneurônios dos músculos agonistas 
auxiliares 
• Outros ramos fazem sinapses com 
interneurônios excitatórios que ativam 
motoneurônios dos músculos antagonistas 
*Os reflexos são constantemente submetidos ao 
controle dos centros superiores que modulam os 
regulam continuamente. Há ramos de axônios 
descendentes (eferentes supramedulares), que tem 
função de modular os reflexos miotáticos, fazendo-os 
variar de acordo com a postura e movimentos do 
indivíduo 
REFLEXO FLEXOR DE RETIRADA, PROTETOR E 
SUAVIZADOR DOS MOVIMENTOS 
Estimulo sensorial doloroso atinge uma das 
extremidades 
• Se for forte → todos os músculos flexores do 
membro inferior podem ser acionados → 
função protetora 
• Estímulo mais fraco → pé pode ser fletido 
discretamente → amaciador 
Reflexos de origem cutânea 
• Eventuais 
• Fásicos 
• Mais frequente nos músculos flexores 
• Receptores não estão no elemento efetuador 
• Função protetora 
Circuito multissináptico 
• Receptores cutâneos → Fibras aferentes 
nocioceptivas dos grupos C e Adelta → 
penetram no SNC → substancia cinzenta → 
emitem ramos que se estendem por vários 
segmentos medulares, ou ocupam grandes 
extensões dos núcleos correspondentes do 
tronco encefálico 
I. Alguns ramos fazem sinapse com 
neurônios de segunda ordem do 
subsistema interoceptivo cujos 
axônios se dirigem ao tálamo 
II. Outros estabelecem cadeias de 
sinapses com interneurônios em 
sequencia → motoneurônios alfa dos 
músculos flexores 
• Princípio da inervação recíproca 
• Reflexo de retirada é graduado com a 
intensidade do estímulo 
• Necessidade de estender-se ao outro lado do 
corpo para compensar a alteração postural → 
fortalecer os extensores da perna oposta 
❖ Reflexo de extensão cruzada 
propiciado por um circuito de 
inervação recíproca dos músculos 
dos membros 
❖ Os interneurônios cujos axônios 
cruzam o sistema somestésico 
anterolateral emitem ramos no lado 
oposto → segunda cadeia sináptica 
→ motoneurônios da musculatura 
extensora 
❖ Inervação recíproca influencia 
diferentes segmentos da medula 
A COORDENAÇÃO DOS REFLEXOS E 
SEQUÊNCIAS MOTORAS AUTOMÁTICAS 
Princípios fundamentais dos reflexos 
a) Local de estimulação determina quais 
músculos responderão 
b) Força do estímulo determina a força e a 
duração da resposta 
Reação reflexa: reação coordenada de reflexos 
Nem todas as sequencias automáticas de movimentos 
são reflexos, ou seja, produzidos por estímulos 
sensoriais 
❖ Ato de coçar e locomoção 
❖ Podem ser iniciadas por um estímulo sensorial, 
porém se tonam repetitivas e independentes 
do estímulo original 
Reações posturais → envolvimento de diferentes 
núcleos do tronco encefálico 
Ato de coçar e locomoção → coordenação é feita pela 
própria medula 
❖ O início do ato de coçar é provocado por um 
estímulo cutâneo 
❖ Locomoção iniciada pela vontade do indivíduo 
→ sob comando de regiões superiores do SNC 
❖ Uma vez iniciado os movimentos, eles se 
repetem de modo rítmico e estereotipado 
Modo de coordenação 
• Circuitos medulares envolvidos são geradores 
de padrões rítmicos alternados 
• Estímulo cutâneo capaz de provocar coceira → 
circuito correspondente entraria em operação 
sequencial → sucessivos ciclos de ativação e 
inibição até diminuir gradativamente e cessar 
• O primeiro movimento é reflexo, em seguida 
os movimentos se tornam rítmicos e 
automáticos, não dependendo da 
permanência do estímulo original 
• Locomoção → padrões rítmicos coordenados 
bilateralmente → de um lado da medula flexão 
e do outro extensão 
• A medula é capaz de realizar um certo nível 
elementar de coordenação motora 
• Níveis supramedulares → papel mais 
elaborado → maior complexidade dos 
movimentos involuntários e especialmente 
voluntários 
A LOCOMOÇÃO: REFLEXOS RÍTMICOS OU 
RITMO DE REFLEXOS 
Caráter rítmico, cíclico, certo automatismo que pode 
ser modificado pela vontade 
Circuitos geradores de padrões rítmicos 
• NA medula e níveis supramedulares 
• Responsáveis pelo comando sequencial dos 
músculos durante diversas formas de 
locomoção 
• Neurônios medulares oscilatórios, capazes de 
gerar salvas cíclicas de potenciais de ação 
enviados a motoneurônios extensores e 
flexores 
• Alternância do padrão do ciclo 
• Sobre o padrão superpõe-se as informações 
sensoriais veiculadas pelas raízes dorsais, as in 
formações dos centros supramedulares 
veiculadas pelas vias descendentes no homem 
• Dependentes do córtex cerebral

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