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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Tecnologia Mestrado em Engenharia de Produção Aluno(a): Silvana Bárbara Gonçalves da Silva Data: 14/03/2010 Resenha: Criatividade e Inovação O tema tratado nesta resenha é sobre as diferenças entre criatividade e inovação, apresentadas em textos e artigos de vários autores, com o intuito de mostrar e tirar conclusões de estudiosos sobre este tema. A problemática então está no fato de que muitas vezes se confunde criatividade com inovação, e isto ocorre nas mais diversas áreas, desde as artes até o campo organizacional. Através do que foi analisado nos textos, temos que a criatividade ocorre quando se cria à partir de algo já pré-existente, sendo que a inovação é acrescentar algum outro valor ao que já foi criado. Como exemplo pode-se afirmar que criatividade é o desenvolvimento de um novo produto e que a inovação é a melhoria do mesmo. Como estratégia competitiva, a inovação é realizada através do fluxo de ações, como o conhecimento científico, tecnologia e necessidades do mercado. Disto já se percebe mais uma diferença entre criatividade e inovação, a qual é muito coerente. Enquanto a criatividade se manifesta pela originalidade e à produção de soluções diferentes diante de novas situações, a inovação tem que colocar em prática esta idéias e precisa seguir todo um processo de pesquisa, desenvolvimento e planejamento (levantamento de dados, estudo de caso, etc). Logicamente que na concepção de algo, oriunda da criatividade, também ocorre certa etapas, as quais são: preparação, incubação, iluminação e verificação. Criatividade e inovação são termos diferentes mas há uma relação importante entre eles: sem criatividade não há inovação, pois para transformar e melhorar um produto, por exemplo, é necessário que primeiramente este produto exista. Muitos entendem inovação como se fosse o despertar de idéias que muitas vezes não podem ser aplicadas dentro das empresas. Mas isto não corresponde à realidade, o que acontece é o fato de que grandes empresas geralmente são muito tradicionais e se recusam a aceitar uma idéia mais inovadora, por medo de colocar em risco seu poder na competitividade. Geralmente quem arrisca mais em colocar em prática idéias inovadoras são empresas menores, onde os profissionais têm mais oportunidades de mostrar melhorias à empresa. O fato é que realmente a inovação é aplicada juntamente com mudanças na sociedade pela economia global e revolução tecnológica, gerando um crescimento econômico. Desta forma, a criatividade está atrelada ao entusiasmo e novas idéias e a inovação está diretamente ligada às oportunidades vindas do ato criativo. De acordo com os artigos estudados, percebeu-se que os autores muitas vezes divergem em certas colocações no que diz respeito à criatividade e inovação. Mas concordam no fato da importância de se estudar a criatividade por ocasião de sua grande importância na atualidade do mundo empresarial. Segundo dois dos artigos analisados, criatividade, pela etimologia da palavra, está relacionada com o termo criar, proveniente do latim creare, que significa “dar existência, sair do nada, estabelecer relações até então não estabelecidas pelo universo do indivíduo, visando determinados fins” (PEREIRA, 1994). Afirma-se também que pelas teorias antigas, a criatividade é tratada como sendo de origem divina ou própria de indivíduos em estado de loucura. Isto se pode explicar, talvez, pelo fato de que se achava que a criatividade seria algo próprio de determinados indivíduos, os quais já nasciam com este dom e não poderiam desenvolvê-lo. As pessoas que não tinham este “poder”, só poderiam ter esta experiência através de situações em que estariam fora de si, em estado alucinógeno. Segundo Bono (1995), a inovação se daria através do pensamento vertical e do pensamento lateral. O primeiro trata dos limites no método gerador de novas idéias e o segundo se detém à pesquisa de novas idéias e da fluidez que irá permitir a melhoria de uma idéia. Destas informações pode-se afirmar que a necessidade de se enfatizar a criatividade deve-se ao fato de que é através dela que se obtêm as inovações. De acordo com KAO (1997), a inovação existe para que a criatividade funcione como uma maneira de uma empresa se manter competitiva no mercado atual, através de um plano institucional e estratégico. Num dos artigos estudados, a palavra criatividade é apresentada de diversas formas de definição de acordo com o tema e a área (filosofia, psicologia, nível empresarial), sendo vista como algo complexo. Mas esta teoria deve ser repensada, pois como já foi afirmado através de outros textos, a criatividade também segue algumas etapas bem definidas, e isto é válido para os mais variados campos nos quais se pode aplicá-la. De acordo com Kanter, “inovação é o processo que põe em uso uma idéia nova para a solução de um problema; é a geração, aceitação e implementação de novas idéias, processos, produtos e serviços”. Mas, se for aceitar esta lógica, não há sequer uma distinção entre criatividade e inovação, fugindo então, das informações e conclusões expostas até agora. Já se sabe, pelo que foi explicitado, que realmente há diferenças entre estes dois termos. Há de se levar em conta, também, que alguns autores afirmam que a criatividade é um processo cognitivo individual e que a inovação é um processo social. Bruno-Faria (1996), afirma que a criatividade possui várias definições porque é um fenômeno multifacetado, envolvendo aspectos individuais (habilidades cognitivas, traços de personalidade) e do ambiente (aspectos facilitadores e inibidores). Alencar (1997), faz uma diferença entre os termos e afirma que a criatividade seria o componente conceitual da inovação e a inovação a concretização e aplicação de novas idéias. Voltando ao aspecto social da inovação, King (1995) destaca o aspecto público da mesma dentro de uma empresa, pois o efeito é voltado mais para as outras pessoas da organização do que para o criador da idéia. Depois do que foi apresentado, pode-se concluir que muitas vezes as pessoas podem se confundir com os termos criatividade e inovação, mas há diferenças muito bem explicitadas entre eles. O que ocorre é o fato da dependência um do outro, pois sem criatividade não há inovação, e se não for para inovar, não é necessário existir o processo criativo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TIGRE, Paulo. Gestão da Inovação. Notas de aula – Pós-graduação (Criatividade). Curitiba: UFPR, 2010. CENTRO DE FORMAÇÃO EUROPÉIA JACQUES DELORS. Ano Europeu da Criatividade e Inovação. Notas de aula – Pós-graduação. Curitiba: UFPR, 2010. Tecnologia, técnica e ciência. Notas de aula – Pós-graduação. Curitiba: UFPR, 2010. S.R.H-Parolin. Caderno de Pesquisa em Administração. Disponível em: http://www.ead.fea.usp.br. Acesso em: 12 de março, 2010. L.C.H Zanella. Organizações do Conhecimento. Disponível em: http://www.urcamp.tche.br. Acesso em: 14 de março, 2010. C.A.M da Fonseca; A.V.B. Bastos. Criatividade e Comprometimento Organizacional: suas relações com a percepção de desempenho no trabalho. Disponível em: http://www.endomarketing.com. Acesso em: 14 de março, 2010. http://www.ead.fea.usp.br/ http://www.urcamp.tche.br/ http://www.endomarketing.com/
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