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CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS - Aula 02

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CURSO ON-LINE - CURSO REGULAR DE AFO EM EXERCÍCIOS 
(ESAF, CESPE, FCC e FGV - mais de 300 questões apenas de 2009 e 2008) 
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES 
 
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AULA 2 
CICLO ORÇAMENTÁRIO 
 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
Espero que estejam motivados para prosseguirmos no nosso estudo. Conforme 
combinado, falarei um pouco das carreiras que exigem AFO em seu edital, agora 
com as carreiras de Agente e Escrivão da Polícia Federal, cujo edital saiu esta 
semana: 
 
A Polícia Federal trabalha em conjunto com a Receita Federal, Polícia Rodoviária 
Federal, Forças Armadas, Ministério Público Federal, Secretarias de Seguranças 
Públicas, também exercendo também atividades através da Interpol e outras 
organizações fora do país, estabelecendo um intercâmbio muito grande de ações a 
serem desenvolvidas. 
 
O Agente da Polícia Federal atua na linha de frente no combate: ao crime 
organizado, ao contrabando, ao tráfico internacional de entorpecentes, no controle 
de imigração, no controle e fiscalização da Segurança Privada, na repressão aos 
crimes previdenciários, crimes contra meio-ambiente e patrimônio histórico, na 
repressão ao tráfico ilícito de armas, evidenciando também o crime de colarinho 
branco, e a segurança de dignitários (autoridades brasileiras e estrangeiras), além de 
crimes eleitorais. O Agente também poderá desenvolver atividades mais específicas 
dentro do departamento da Polícia Federal dependendo da lotação onde este 
profissional irá desempenhar suas atividades. 
 
O Escrivão da Polícia Federal possui diversas atribuições, sendo o responsável por 
dar cumprimento às formalidades processuais, lavrar termos, autos e mandados, 
observando os prazos necessários ao preparo, à ultimação e à remessa de 
procedimentos policiais de investigação, bem como desempenhar outras atividades 
de interesse do Órgão. 
 
A atividade da Polícia Federal geralmente exige um trabalho em equipe para discutir 
estratégias de trabalho, com inteligência e utilizando equipamentos sofisticados para 
chegar até os criminosos e prendê-los. O crime ficou muito sofisticado e os 
criminosos, infelizmente, evoluíram, mas a Polícia Federal também cresceu muito, 
preparando e qualificando seus quadros e adquirindo também equipamentos 
modernos, buscando assim estar à frente dos marginais. Por isso, a Polícia Federal 
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precisa trabalhar com inteligência para deter e destruir a evolução e estratégia dos 
criminosos. 
 
Ao ser aprovado e classificado no concurso da Polícia Federal, o candidato à agente 
ou escrivão fará o curso de formação na Academia da Polícia Federal, em um 
período de três a seis meses. Aprovado, ele será lotado em uma das Unidades da 
Polícia Federal no Brasil. 
 
A remuneração se dá por subsídio, conforme quadro abaixo: 
 
Cargo Inicial Final 
Agente da PF e Escrivão da PF 7.514,33 11.879,08 
 
 
Parte de AFO do edital de agente e escrivão da PF cuja banca examinadora será o 
CESPE: 
 
2 Administração Financeira e Orçamentária. 
2.1 Orçamento público. 
2.2 Princípios orçamentários. 
2.3 Diretrizes orçamentárias. 
2.4 SIDOR, SIAFI. 
2.5 Receita pública: categorias, fontes, estágios e dívida ativa. 
2.6 Despesa pública: categorias, estágios. 
2.7 Suprimento de fundos. 
2.8 Restos a pagar. 
2.9 Despesas de exercícios anteriores. 
2.10 Conta única do Tesouro. 
 
E vamos à nossa aula, na qual estudaremos o ciclo orçamentário. Abordaremos por 
meio de diversas questões os principais pontos da elaboração, discussão, aprovação, 
execução, avaliação e controle do Orçamento, bem como a iniciativa, os prazos, as 
emendas, alterações e tramitação das leis orçamentárias. Ainda, aproveitaremos a 
oportunidade para o estudo do Banco Central do Brasil. 
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1) (FCC – Analista Judiciário - Administrativo – TRT 5° Região – 2008) 
Elaboração, estudo/aprovação, execução e avaliação são sequências das etapas 
desenvolvidas pelo processo orçamentário denominado: 
(A) plano de diretrizes orçamentárias. 
(B) plano plurianual. 
(C) ciclo orçamentário. 
(D) plano de orçamentos anuais. 
(E) sistema de planejamento integrado. 
 
O ciclo orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam as 
atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até a apreciação final. 
É um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elabora, aprova, 
executa, controla e avalia a programação de dispêndios do setor público nos 
aspectos físico e financeiro. 
Já vimos que o exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 
01 de janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, conforme dispõe o art. 
34 da Lei n° 4.320/64. 
 
Atenção: O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro . O 
ciclo orçamentário envolve um período muito maior, iniciando com o processo de 
elaboração do orçamento, passando pela execução e encerramento com o controle. 
 
No nosso país identificam-se, basicamente, quatro etapas no ciclo ou processo 
orçamentário: 
• Elaboração da proposta orçamentária; 
• Discussão/aprovação da Lei de Orçamento; 
• Execução Orçamentária e Financeira; e 
• Avaliação/Controle. 
 
Logo, nossa questão se refere ao ciclo orçamentário. O PPA, a LDO e a LOA 
integram o ciclo orçamentário, ou seja, são etapas dele. 
Resposta: Letra C. 
 
2) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo - TRE/GO – 2008) Assinale a 
opção que contém uma atividade do processo de elaboração da proposta 
orçamentária anual que não compete às unidades orçamentárias: 
A) Formalização ao Ministério do Planejamento da proposta de alteração da 
estrutura programática. 
B) Fixação, de acordo com as prioridades, dos referenciais monetários para 
apresentação das propostas orçamentárias das unidades administrativas. 
C) Análise e validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas. 
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D) Consolidação e formalização da proposta orçamentária da unidade orçamentária. 
 
Vamos começar a falar do primeiro ponto do ciclo orçamentário: a elaboração da 
proposta. A questão é de 2008, porém vamos resolvê-la pelo Manual Técnico de 
Orçamento 2010 – MTO/2010, o qual determina o papel dos agentes no processo de 
elaboração do Orçamento, individualizando as atribuições da Secretaria de 
Orçamento Federal (SOF), dos órgãos setoriais e das unidades orçamentárias. A 
SOF tem entre suas atribuições principais a coordenação, a consolidação e a 
elaboração da proposta orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal 
e da seguridade social. A classificação institucional, que veremos na aula sobre 
Receitas Públicas, reflete a estrutura organizacional e administrativa governamental 
e está estruturada em dois níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade 
orçamentária. As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de 
programação em seu menor nível são consignadas às unidades orçamentárias, que 
são as estruturas administrativas responsáveis pelos recursos financeiros (dotações) 
e pela realização das ações. 
 
Secretaria de Orçamento Federal: a atuação da SOF compreende: 
 
• Definição de diretrizes gerais para o processo orçamentário federal; 
• Coordenação do processo de elaboração dos Projetos de Lei de 
Diretrizes Orçamentárias Anuais – PLDO e do orçamento anual da União; 
• Análise e definição das ações orçamentárias que comporão a estrutura 
programática dos órgãos e Unidades orçamentárias no exercício; 
• Fixação de normas gerais de elaboração dos orçamentosfederais; 
• Orientação, coordenação e supervisão técnica dos órgãos setoriais de 
orçamento; 
• Fixação de parâmetros e referenciais monetários para a apresentação 
das propostas orçamentárias setoriais; 
• Análise e validação das propostas setoriais; 
• Consolidação e formalização da proposta orçamentária da União; e 
• Coordenação das atividades relacionadas à tecnologia de informações 
orçamentárias necessárias ao trabalho desenvolvido pelos agentes do sistema 
orçamentário federal. 
 
Órgão Setorial: o órgão setorial desempenha o papel de articulador no seu âmbito, 
atuando verticalmente no processo decisório e integrando os produtos gerados no 
nível subsetorial, coordenado pelas unidades orçamentárias. Sua atuação no 
processo de elaboração envolve: 
 
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• Estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração da proposta 
orçamentária; 
• Avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das 
alterações necessárias; 
• Formalização ao Ministério do Planejamento da proposta de alteração 
da estrutura programática; 
• Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento da 
qualidade das informações constantes do cadastro de programas e ações; 
• Fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais 
monetários para apresentação das propostas orçamentárias das unidades 
orçamentárias; 
• Definição de instruções, normas e procedimentos a serem observados 
no âmbito do órgão durante o processo de elaboração da proposta 
orçamentária; 
• Coordenação do processo de elaboração da proposta orçamentária no 
âmbito do órgão setorial; 
• Análise e validação das propostas orçamentárias provenientes das 
unidades orçamentárias; e 
• Consolidação e formalização da proposta orçamentária do órgão. 
 
Unidade Orçamentária: a unidade orçamentária desempenha o papel de 
coordenadora do processo de elaboração da proposta orçamentária no seu âmbito de 
atuação, integrando e articulando o trabalho das unidades administrativas 
componentes. Trata-se de momento importante do qual dependerá a consistência da 
proposta do órgão, no que se refere a metas, valores e justificativas que 
fundamentam a programação. 
 
As unidades orçamentárias são responsáveis pela apresentação da programação 
orçamentária detalhada da despesa por programa, ação orçamentária e subtítulo. Seu 
campo de atuação no processo de elaboração compreende: 
 
• Estabelecimento de diretrizes no âmbito da unidade orçamentária para 
elaboração da proposta orçamentária; 
• Estudos de adequação da estrutura programática do exercício; 
• Formalização ao órgão setorial da proposta de alteração da estrutura 
programática sob a responsabilidade de suas unidades administrativas; 
• Coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das 
informações constantes do cadastro de ações orçamentárias; 
• Fixação, de acordo com as prioridades, dos referenciais monetários 
para apresentação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; 
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• Análise e validação das propostas orçamentárias das unidades 
administrativas; e 
• Consolidação e formalização da proposta orçamentária da unidade 
orçamentária. 
 
A nossa questão pede o que não compete às Unidades Orçamentárias, ou seja, a 
incorreta: 
a) É a incorreta. Compete ao órgão setorial a formalização ao Ministério do 
Planejamento da proposta de alteração da estrutura programática 
b) c) d) Corretas. São competências das Unidades Orçamentárias, exatamente como 
prescreve o MTO/2010. 
Resposta: Letra A 
 
3) (FCC - Analista Judiciário – Administrativo - TRT- 18° Região-2008) Analise as 
afirmações abaixo, relativas ao ciclo orçamentário no Brasil. 
I. O Plano Plurianual tem sua vigência iniciada no primeiro dia do segundo ano de 
mandato do Chefe do Poder Executivo e terminada no último dia do primeiro ano do 
mandato seguinte. 
II. A Lei das Diretrizes Orçamentárias estabelecerá a política de aplicação de 
recursos das agências financeiras oficiais de fomento. 
III. O projeto de Lei Orçamentária Anual deve ser apreciado pelas duas casas do 
Congresso Nacional em sessões separadas. 
IV. Nenhum projeto de investimento cuja execução ultrapasse um exercício 
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no Plano Plurianual ou sem lei 
que autorize a inclusão. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) I. 
(B) I e II. 
(C) I, II e IV. 
(D) II e III. 
(E) III e IV. 
 
Na esfera federal os prazos para o ciclo orçamentário estão no Artigo 35 da ADCT: 
§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I 
e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício 
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro 
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
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II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e 
meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses 
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa. 
 
Atenção: O PPA não se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA é 
elaborado no primeiro ano de governo e entrará em vigor no segundo ano. A partir 
daí, terá sua vigência até o final do primeiro ano do mandato seguinte. 
Cuidado: um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar durante 
todo o seu PPA? A resposta é sim, desde que o chefe do executivo seja reeleito, 
porém, como vimos, será o mesmo governante em mandatos diferentes. 
 
Esses prazos estarão em vigor enquanto não for editada a Lei Complementar 
prevista na CF/88 para: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta 
e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
 
Importante: Diferença entre legislatura, sessão legislativa e período legislativo: 
A legislatura, segundo a CF, é o período de quatro anos. Cada legislatura possui 
quatro sessões legislativas, que ocorrem anualmente de 2 de fevereiro a 22 de 
dezembro. Por sua vez, cada sessão legislativa, possui dois períodos legislativos, o 
primeiro de 2 de fevereiro a 17 de julho e o segundo de 1º de agosto a 22 de 
dezembro. Em suma: 
 
QUADRO LEGISLATURA 
Legislatura 4 anos. Divide-se em 4 sessões legislativas anuais. 
Sessão Legislativa Anual, de 02 Fev a 22 Dez. Divide-se em 2 períodos. 
Período Legislativo 
1º período: 02 Fev a 17 Jul 
2º período: 1º Ago a 22 Dez 
 
Segundo a CF/88, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas 
duas Casas do Congresso N acional, na forma do regimento comum. 
 
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Nossa questão: 
I) Correto. Veja que, segundo o ADCT, a vigência do PPA é de quatro anos, 
iniciando-se no segundo exercício financeiro domandato do chefe do executivo e 
terminando no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser 
encaminhado do Executivo ao Legislativo até quatro meses antes do encerramento 
do primeiro exercício, ou seja, até 31 de agosto. E a devolução ao Executivo deve 
ser feita até o encerramento do segundo período da sessão legislativa (22 de 
dezembro) do exercício em que foi encaminhado. 
II) Correto. Conforme já estudado, segundo a CF, a LDO compreenderá as metas e 
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o 
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, 
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
III) Errado. Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e aos créditos adicionais 
serão apreciados pelas duas Casas do Congresso N acional, na forma do 
regimento comum. 
IV) Correto. O examinador colocou a palavra “projeto” antes de “investimento”, 
porém tal fato não invalida a assertiva. Segundo o art. 167, § 1º - N enhum 
investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado 
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob 
pena de crime de responsabilidade. 
Logo, os itens I, II e IV estão corretos. 
Resposta: Letra C. 
 
4) (CESPE - Analista Judiciário – STF - 2008) Tem-se observado, no Brasil, que o 
calendário das matérias orçamentárias e a falta de rigor no cumprimento dos prazos 
comprometem a integração entre planos plurianuais e leis orçamentárias anuais. 
 
A questão trata da integração entre o PPA e a LOA, abordando o calendário das 
matérias orçamentárias e o não cumprimento de prazos. 
Quanto ao calendário, temos problemas em virtude da não edição da Lei 
Complementar sobre o assunto. Temos que no 1° ano do mandato do Executivo é 
aprovada a LDO para o ano seguinte antes do envio do PPA! E mais, o PPA é 
enviado e aprovado nos mesmos prazos do Orçamento! Veja que incongruência, 
pois neste primeiro ano não há integração. A LDO deveria sempre seguir o 
planejamento do PPA. 
Quanto ao não cumprimento de prazos, com destaque para o nível federal, já houve 
ano que a LOA foi aprovada pelo congresso em outubro do ano subsequente, ou 
seja, no final do ano em que deveria estar em vigor! Para a LOA - 2009 isso não 
ocorreu e o Congresso aprovou o orçamento no limite do prazo, em 30 de dezembro 
de 2008. A falta de rigor nos prazos compromete a integração entre PPA e LOA. 
Resposta: Correta. 
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5) (CESPE – Procurador – PGE/AL – 2008) Os projetos relativos à LDO e ao PPA, 
no âmbito federal, serão apreciados: 
A) somente pela Câmara dos Deputados. 
B) por uma das casas do Congresso Nacional. 
C) por ambas as casas do Congresso Nacional. 
D) somente pelo Senado Federal. 
E) pelo plenário das casas do Congresso, não passando pela Comissão Mista 
Permanente do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. 
 
Conforme a CF/88: 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados 
pelas duas Casas do Congresso N acional, na forma do regimento comum. 
Resposta: Letra C. 
 
6) (FGV – Auditor Substituto de Conselheiro – TCM/RJ - 2008) Assinale a 
afirmativa incorreta. 
(A) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem podem, entre outras hipóteses, ser aprovadas caso sejam relacionadas 
com a correção de erros ou omissões ou com os dispositivos do texto do projeto de 
lei. 
(B) Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei 
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes não poderão ser 
utilizados mediante créditos especiais, mas somente como créditos suplementares, 
com prévia e específica autorização legislativa. 
(C) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao 
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do 
Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
(D) Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados examinar 
e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas 
apresentadas anualmente pelo Presidente da República. 
(E) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para 
propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a 
votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
 
Segundo a CF/88, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas 
duas Casas do Congresso N acional, na forma do regimento comum. 
 
Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
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I - examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, 
créditos adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da 
República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização 
orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional 
e de suas Casas criadas de acordo com a CF. 
 
Quanto às emendas, serão apresentadas também na Comissão Mista que emitirá seu 
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas casas do 
Congresso Nacional. 
 
Importante: Diferença entre sessão conjunta e sessão unicameral: quando ocorrem as 
sessões conjuntas do Congresso Nacional, havendo a fase de votação, a maioria deve 
ser alcançada tanto no âmbito dos Senadores quanto no âmbito dos Deputados 
Federais. A discussão é conjunta, mas, na hora da votação, procede-se como se 
houvesse votação simultânea na Câmara e no Senado. Na verdade a sessão é 
conjunta, porém é bicameral. 
Ao contrário, na sessão unicameral, considera-se o todo, independentemente do 
parlamentar ser Senador ou Deputado. Cada parlamentar tem direito a um voto e a 
apuração é feita considerando que há uma única votação. A votação unicameral 
aconteceu na revisão constitucional. 
 
As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser 
aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual. 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação 
de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito 
Federal; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para 
propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a 
votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
 
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Cuidado: O Presidente da República envia mensagem (e não emenda) ao Congresso 
nacional propondo as modificações nas leis orçamentárias. Por sua vez, as alterações 
propostas pelos parlamentares ocorrem por meio de emendas. 
 
Os recursos que, em decorrência de veto,emenda ou rejeição do projeto de lei 
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, 
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e 
específica autorização legislativa. 
 
QUADRO COMISSÃO MISTA 
Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos 
adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais 
previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, 
sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas 
criadas de acordo com a CF. 
Os projetos de lei relativos ao PPA, LDO, LOA e créditos adicionais serão apreciados 
pelas duas Casas do Congresso N acional, na forma do regimento comum. 
O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor 
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na 
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
O presidente da república envia mensagem (e não emenda) ao Congresso nacional 
propondo as modificações nas leis orçamentárias. Por sua vez, as alterações propostas 
pelos parlamentares ocorrem por meio de emendas. 
 
Vamos a nossa questão, que pede a alternativa incorreta: 
a) Correta. Entre outras hipóteses, as emendas podem ser aprovadas caso sejam 
relacionadas com a correção de erros ou omissões ou com os dispositivos do texto 
do projeto de lei. 
b) É a incorreta. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do 
projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão 
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ser utilizados mediante créditos suplementares ou especiais, com prévia e 
específica autorização legislativa. 
c) d) e) Corretas. Transcrições literais da Constituição. 
Resposta: Letra B 
 
7) (CESPE – Analista Judiciário – Administrativo - TRE/GO – 2008) Durante a 
tramitação da proposta orçamentária na Comissão Mista de Planos, Orçamentos 
Públicos e Fiscalização, as emendas apresentadas somente podem ser aprovadas 
caso indiquem os recursos necessários à realização do gasto, sendo admitidos apenas 
os provenientes de anulação de despesa que não incida sobre: 
A) dotações para pessoal e seus encargos. 
B) serviço da dívida. 
C) recursos vinculados por lei a destinação específica. 
D) transferências tributárias constitucionais para outros entes da Federação. 
 
Vamos elaborar um quadro para as emendas: 
 
QUADRO EMENDAS 
Serão apresentadas também na Comissão Mista que emitirá seu parecer, e apreciadas, na forma 
regimental, pelo Plenário das duas casas do Congresso Nacional. 
As emendas ao projeto da LDO não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o PPA. 
As emendas ao projeto da LOA ou aos projetos que a modifiquem somente podem ser 
aprovadas caso: 
I - sejam compatíveis com o PPA e a LDO; 
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de 
despesa, excluídas as que incidam sobre: 
a) dotações para pessoal e seus encargos; 
b) serviço da dívida; 
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF; ou 
III - sejam relacionadas: 
a) com a correção de erros ou omissões; ou 
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de LOA, ficarem sem 
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despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais 
ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
 
Assim, as emendas apresentadas somente podem ser aprovadas caso indiquem os 
recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, 
excluídas as que incidam sobre: 
 
• Dotações para pessoal e seus encargos; 
• Serviço da dívida; 
• Transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF. 
 
a) b) d) Erradas. São exatamente as exclusões, ou seja, não é admitida anulação de 
despesas que incidam sobre esses itens para emendas. 
c) Correta. Se não está entre as exclusões, é porque se admite a anulação da despesa 
decorrente de recursos vinculados por lei à destinação específica para a apresentação 
de emendas. 
Resposta: Letra C. 
 
8) (FCC – ACE - TCE/AM – 2008) Emendas legislativas ao orçamento podem 
financiar-se mediante anulação de dotações vinculadas a: 
(A) serviços de terceiros. 
(B) repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência. 
(C) juros, encargos e principal da dívida. 
(D) despesas de pessoal. 
(E) transferências tributárias constitucionais. 
 
Vamos fixar o conteúdo porque nem sempre a questão apresentará literalmente as 
despesas que não são passíveis de anulações. Voltando ao nosso Quadro, as emendas 
apresentadas somente podem ser aprovadas caso indiquem os recursos necessários, 
admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que 
incidam sobre: 
 
• Dotações para pessoal e seus encargos; 
• Serviço da dívida; 
• Transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e DF. 
 
a) Correta. Se não está entre as exclusões, é porque se admite a anulação da despesa 
decorrente de recursos vinculados a serviço de terceiros para a apresentação de 
emendas. 
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b) Errada. Repasses ao INSS, FGTS e regime próprio de previdência são encargos 
de pessoal, logo não é admitida anulação de despesa que incida sobre esses itens 
para a apresentação de emendas. 
c) Errada. Juros, encargos e principal da dívida são serviços da dívida, assim 
também não é admitida anulação de despesa que incida sobre esses itens para a 
apresentação de emendas. 
d) e) Erradas. Recursos vinculados às despesas de pessoal e transferências tributárias 
constitucionais estão literais na proibição de anulação para a apresentação de 
emendas. 
Resposta: Letra A 
 
9) (CESPE – Analista Ambiental - Administração e Planejamento – MMA-2008) O 
veto do presidente da República a determinado programa contido no projeto de lei 
orçamentária aprovado pelo Congresso Nacional permite a superveniência de 
recursos que poderão ser utilizados mediante créditos suplementares, sem 
necessidade de prévia autorização legislativa. 
 
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei 
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, 
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e 
específica autorização legislativa. A questão afirma que é sem necessidade de 
prévia autorização legislativa, logo está incorreta. 
Resposta: Errada. 
 
10) (FCC – Auditor Substituto de Conselheiro – TCE/AL – 2008) Nos termos da 
Constituição da República, eventual emenda ao projeto de lei do orçamento anual, 
que indique os recursos necessários, provenientes de anulação de despesa, e incida 
sobre transferência tributária constitucional para Estados e Municípios, 
(A) não poderá ser aprovada, por expressa vedação constitucional. 
(B) poderá ser aprovada, por se tratar de exceção expressa à vedação de aumento de 
despesa prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República. 
(C) deverá ser apresentada à Comissão mista permanente de Senadores e Deputados 
Federais, que sobre ela emitirá parecer, a ser submetido à apreciação do Presidente 
da República. 
(D) poderáser aprovada, desde que seja compatível com o plano plurianual e com a 
lei de diretrizes orçamentárias. 
(E) deverá ser apresentada ao Presidente da República, que poderá propor 
modificação ao projeto de lei, enquanto não iniciada a votação na Comissão mista, 
da parte cuja alteração é proposta. 
 
Consoante nossa CF/88, admitem-se recursos para emendas provenientes de 
anulação de despesa, no entanto são excluídos os que incidam sobre transferências 
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tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal. Assim, uma 
eventual emenda ao projeto de lei orçamentária anual nesse sentido não deve ser 
aprovada, por expressa vedação constitucional. 
Resposta: Letra A 
 
11) (CESPE - Analista Judiciário - TRT- 17ª Região-2009) A LRF não permite que 
o produto da reestimativa da receita orçamentária, feita no âmbito do Poder 
Legislativo, seja utilizado como fonte de recursos para a aprovação de emendas 
parlamentares. 
 
Segundo a LRF, no seu Art. 12: 
§ 1
o
 Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se 
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal 
 
A LRF é restritiva, porém admite reestimativa da receita pelo Poder Legislativo se 
comprovado erro ou omissão de ordem legal. 
E, conforme nosso Quadro de Emendas, as emendas ao projeto de lei do Orçamento 
anual podem ser aprovadas caso sejam relacionadas a correção de erros e 
omissões ou com os dispositivos do texto do projeto de lei. 
Resposta: Errada 
 
12) (FCC – Promotor - MPE/CE – 2009) De acordo com as normas constitucionais 
atinentes à matéria orçamentária, inclusive segundo compreendidas pela 
jurisprudência mais recente do Supremo Tribunal Federal, 
(A) o Ministério Público exerce iniciativa legislativa direta ao Congresso Nacional 
ou à respectiva Assembléia Legislativa, conforme o caso, relativamente ao seu 
orçamento anual, em razão da autonomia financeira a ele assegurada pela 
Constituição. 
(B) compete ao Supremo Tribunal Federal verificar a imprevisibilidade ou não de 
um crédito orçamentário para o fim de julgar a possibilidade ou não de ele constar 
como crédito extraordinário em medida provisória, dado que essa espécie normativa 
não pode veicular nenhum outro tipo de crédito orçamentário. 
(C) os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao 
orçamento anual e aos créditos adicionais são apreciados pelas duas Casas do 
Congresso Nacional em sessões bicamerais e separadas. 
(D) o Presidente da República não pode enviar mensagem ao Congresso Nacional 
para propor modificação nos projetos de lei relativos ao plano plurianual, às 
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais, ainda que não 
tenha sido iniciada a votação, em Comissão mista, da parte cuja alteração seria 
pretendida. 
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(E) é constitucional a lei estadual que prevê reajuste automático de vencimentos dos 
servidores do Estado membro vinculado ao incremento da arrecadação do ICMS e a 
índice de correção monetária. 
 
a) Errada. A CF/88 confere ao Ministério Público autonomia funcional e 
administrativa (CF, art. 129, § 2º) e estabelece que ''o Ministério Público elaborará 
sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias''. Isto quer dizer que ao Poder Executivo não é facultado, de forma 
unilateral, fazer cortes na proposta orçamentária do Ministério Público, desde que 
esta haja sido elaborada, tal como ocorre com os Tribunais, ''dentro dos limites 
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes 
orçamentárias'' (CF, art. 99, § 1º; art. 127, § 3º). No entanto, todos os poderes 
(Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o Ministério Público), elaboram suas 
propostas orçamentárias e encaminham para o poder Executivo (para o 
Ministério do Planejamento, no caso da União, e para as Secretarias de 
Planejamento nos outros entes), o qual consubstancia todas as propostas e 
encaminha um projeto de lei de orçamento ao Legislativo. 
 
b) Correta. Este é o posicionamento do STF em relação às Medidas Provisórias, 
segundo o ministro Celso de Mello: 
“Cabe, ao Poder Judiciário, no desempenho das funções que lhe são inerentes, 
impedir que o exercício compulsivo da competência extraordinária de editar 
medida provisória culmine por introduzir, no processo institucional brasileiro, em 
matéria legislativa, verdadeiro cesarismo governamental, provocando, assim, 
graves distorções no modelo político e gerando sérias disfunções comprometedoras 
da integridade do princípio constitucional da separação de poderes”. 
 
Quanto às Medidas Provisórias para abertura de crédito extraordinário, o STF, por 
meio do Ministro Gilmar Mendes, no julgamento da MP 405/2007, manifestou-se: 
“Além dos requisitos de relevância e urgência (art. 62), a Constituição exige que a 
abertura do crédito extraordinário seja feita apenas para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes. Ao contrário do que ocorre em relação aos requisitos de 
relevância e urgência (art. 62), que se submetem a uma ampla margem de 
discricionariedade por parte do Presidente da República, os requisitos de 
imprevisibilidade e urgência (art. 167, § 3º) recebem densificação normativa da 
Constituição. (...) A leitura atenta e a análise interpretativa do texto e da exposição 
de motivos da MP n. 405/2007 demonstram que os créditos abertos são destinados a 
prover despesas correntes, que não estão qualificadas pela imprevisibilidade ou 
pela urgência. A edição da MP n. 405/2007 configurou um patente desvirtuamento 
dos parâmetros constitucionais que permitem a edição de medidas provisórias 
para a abertura de créditos extraordinários”. 
 
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O estudante não precisa se preocupar com o teor da MP citada. O que importa nesses 
julgados é que claramente demonstram que compete ao Supremo Tribunal 
Federal verificar a imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário para o 
fim de julgar a possibilidade ou não de ele constar como crédito extraordinário 
em medida provisória, dado que essa espécie normativa não pode veicular 
nenhum outro tipo de crédito orçamentário, o que torna nossa alternativa correta. 
 
c) Errada. As emendas serão apresentadas na Comissão Mista que emitirá seu 
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas casas do 
Congresso N acional. Ocorrerá em sessão bicameral e conjunta, e não em sessões 
separadas como afirma a questão. Relembre as diferenças entre as sessões no início 
desta aula. 
d) Errada. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso 
Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto 
não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. 
 
e) Errada. O princípio da não-vinculação dispõe que é vedada a vinculação de 
receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, com as devidas ressalvas da 
Constituição Federal. Como o ICMS para pagamento de salários não está entre as 
ressalvas, tal vinculação não pode ser prevista em lei estadual. Para não esquecer: 
 
Exceções ao princípio da não-vinculação: 
Repartição constitucional dos impostos; 
Destinação de recursos para a Saúde; 
Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino; 
Destinação de recursos para a atividade de administração tributária; 
Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita; 
Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos paracom esta (Art. 167, 
§4°, CF/88). 
 
Resposta: Letra B. 
 
13) (CESPE – AFCE - TCU - 2008) No mínimo sessenta dias antes do prazo final 
para a remessa da proposta do orçamento, o Poder Executivo deve colocar à 
disposição dos Poderes Legislativos e Judiciário, do TCU e do Ministério Público as 
estimativas das receitas para o exercício subsequente e as respectivas memórias de 
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cálculos, devendo a concessão ou ampliação de benefício de natureza tributária, da 
qual decorra renúncia de receita, ser acompanhada de estimativa do impacto 
orçamentário financeiro no exercício de sua vigência. 
 
Segundo a LRF, o Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais 
Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para 
encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das 
receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas 
memórias de cálculo. Além disso, a concessão ou ampliação de incentivo ou 
benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar 
acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em 
que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes. 
Resposta: Errada. 
 
14) (CESPE - Analista Judiciário – STJ - 2008) A CF assegura autonomia 
administrativa e financeira ao Poder Judiciário; com isso, a proposta orçamentária 
elaborada pelo STJ não precisa obedecer aos limites estipulados aos poderes na 
LDO. 
 
Segundo o art. 99 da CF, ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa 
e financeira. No entanto, ressalta que os tribunais elaborarão suas propostas 
orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais 
Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. Assim, incluem-se também os 
Tribunais Superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
Resposta: Errada. 
 
15) (CESPE - Analista Judiciário – Controle Interno - TJDFT – 2008 - Adaptada) 
Nos termos da LDO para 2010, projetos de lei relativos a créditos suplementares e 
especiais solicitados por órgãos do Poder Judiciário deverão indicar os recursos 
compensatórios e estar acompanhados por pareceres opinativos do Conselho 
Nacional de Justiça. Tais exigências não se aplicam aos créditos destinados ao STF. 
 
Esta questão foi adaptada porque trata da LDO para 2008 (elaborada em 2007). No 
entanto, vamos responder a questão pela recém aprovada LDO – 2010, a qual 
repete boa parte dos termos de suas antecessoras, mudando o número dos artigos. Na 
LDO - 2008 responderíamos esta questão pelos §12 e §15 do art. 61. A diferença é 
que ela excluía do parecer do CNJ também o serviço da dívida e fazia referência a 
créditos adicionais. A atual se refere a créditos suplementares e especiais e não faz 
menção ao serviço da dívida. 
 
Vamos responder pela LDO - 2010, pelos §13 e §14 do art. 56. Segundo a LDO-
2010, pareceres do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do 
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Ministério Público acompanharão os projetos de lei relativos a créditos 
suplementares e especiais de órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público da 
União. Excetuam-se os projetos de lei para abertura de créditos suplementares e 
especiais relativos ao Supremo Tribunal Federal e ao Ministério Público Federal. 
Resposta: Correta. 
 
16) (CESPE – AFCE - TCU - 2008) As receitas dos estados, do Distrito Federal e 
dos municípios destinadas à seguridade social constarão do orçamento da União, que 
será elaborado de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, pela 
previdência social e pela assistência social, tendo em vista as metas e prioridades 
estabelecidas na LDO, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
 
Segundo o art. 195 da CF/88, a proposta de orçamento da seguridade social será 
elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência 
social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei 
de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos. 
No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas 
à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o 
orçamento da União. A questão está incorreta porque diz que tais receitas 
constarão do orçamento da União 
Resposta: Errada. 
 
17) (FGV – Consultor Orçamentário - Senado - 2008) A respeito do projeto de lei 
orçamentária anual, assinale a afirmativa correta. 
(A) Por ser de iniciativa exclusiva do Presidente da República, não pode receber 
emendas parlamentares. 
(B) Somente poderá receber emendas subscritas pela maioria das comissões 
permanentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, bem como emendas 
das bancadas estaduais no Congresso Nacional, não sendo admitida a apresentação 
de emendas individuais. 
(C) Somente será submetida à aprovação do Congresso Nacional depois de regular 
tramitação, apreciação de emendas e elaboração de parecer pela Comissão Mista 
Permanente de que trata o art. 166, § 1°, da Constituição federal. 
(D) Poderá receber proposta de alteração por parte do Presidente da República, 
enquanto não iniciada a votação, no plenário do Congresso Nacional, da parte cuja 
alteração é proposta. 
(E) Não pode receber emendas parlamentares cujos recursos necessários sejam 
provenientes de anulação de despesas ou ainda emendas que consignem créditos 
com finalidade imprecisa ou dotação ilimitada. 
 
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a) Errada. A iniciativa do Projeto de Lei Orçamentária é privativa do Executivo para 
a CF e exclusiva por parte da Doutrina. No entanto o erro está na parte que afirma 
que o projeto não pode receber emendas parlamentares. 
b) Errada. São admitas apresentação de emendas de bancadas, de comissões e 
também individuais. 
c) Correta. As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas 
emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do 
Congresso Nacional. 
d) Errada. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso 
Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto 
não iniciada a votação, na comissão mista, da parte cuja alteração é proposta. A 
votação que não pode ter sido iniciada é na Comissão mista e não no plenário. 
e) Errada. Não é admitida a concessão ou utilização de créditos com finalidade 
imprecisa ou dotação ilimitada. No entanto, as emendas ao projeto da LOA ou aos 
projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis 
com o PPA e com a LDO e indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os 
provenientes de anulação de despesa. 
Resposta: Letra C 
 
18) (CESPE – Analista Ambiental – Administração e Planejamento - MMA – 2008) 
A respeito dos conceitos e aplicações atinentes à administração orçamentária e 
financeira públicas, julgue o próximo item. 
O atendimento das despesas de conservação do patrimônio público está entre as 
condições que limitam a inclusão de novos projetos na lei orçamentária e nas de 
créditos adicionais. 
 
Segundo a LRF, um das condições limitantes é que a lei orçamentária e as de 
créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente atendidos os 
em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio 
público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias. 
Outra limitação é que a LOA não consignará dotação para investimento com 
duração superior a um exercício financeiro que não estejaprevisto no plano 
plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão 
Ainda, ressalta que é vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação 
de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de 
despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral 
e próprio dos servidores públicos. 
Resposta: Correta. 
 
19) (ESAF – APO/MPOG - 2008) Assinale a opção correta relativa às Finanças 
Públicas e aos princípios gerais da atividade econômica. 
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a) Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os 
créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos do Poder Executivo, do 
Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público, ser-lhes-ão 
entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos. 
b) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para 
propor modificação no projeto relativo às diretrizes orçamentárias enquanto não 
encaminhado o projeto relativo ao orçamento anual. 
c) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao 
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do 
Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
d) Ressalvados os casos já existentes quando da promulgação da Constituição, a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando 
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo 
conforme definidos em lei. 
e) As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia 
hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou 
aproveitamento, garantida à União a propriedade do produto da lavra. 
 
a) Errada. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos 
os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública , ser-lhes-
ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos. 
b) Errada. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso 
Nacional para propor modificação no PPA, LDO, PPA e créditos adicionais 
enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é 
proposta. 
c) Correta. Segundo o art. 166 da CF, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, 
às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão 
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
d) Errada. Segundo o Art.173: Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando 
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, 
conforme definidos em lei. 
e) Errada. Segundo a CF, as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e 
os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para 
efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao 
concessionário a propriedade do produto da lavra. 
Resposta: Letra C 
 
20) (FGV – Auditor Substituto de Conselheiro – TCM/RJ - 2008) Assinale a 
alternativa correta. 
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(A) No âmbito federal, a lei complementar que instituir o plano plurianual 
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para as despesas de custeio e de capital e outras delas 
decorrentes, bem como para as relativas aos demais programas de duração 
continuada ou não. 
(B) O Poder Executivo publicará, até sessenta dias após o encerramento de cada 
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. 
(C) Ressalvados os casos previstos em lei, as disponibilidades de caixa da União 
serão depositadas no Banco Central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais. 
(D) A lei orçamentária anual não poderá conter dispositivo estranho à previsão da 
receita e à fixação da despesa, incluindo nessa proibição a autorização de 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos 
termos da lei. 
(E) No âmbito municipal, a lei orçamentária anual compreenderá somente o 
orçamento fiscal referente aos fundos, órgãos e entidades da administração direta, 
não incluindo a administração indireta e as fundações instituídas e mantidas pelo 
Município. 
 
a) Errada. A lei (não é lei complementar) que instituir o plano plurianual 
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. As 
despesas de custeio só são incluídas se decorrentes das despesas de capital e os 
programas que não são de duração continuada não são incluídos. 
b) Errada. O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada 
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. 
c) Correta. Segundo o § 3º do art. 164 da CF, as disponibilidades de caixa da União 
serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em 
lei. 
d) Errada. Pelo princípio da exclusividade, a lei orçamentária anual não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo 
na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
e) Errada. Os orçamentos dos entes, como o dos municípios, não podem contrariar 
dispositivos da Constituição Federal. 
Resposta: Letra C 
 
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21) (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL – 2009) Na hipótese de um 
parlamentar apresentar projeto de lei que implique em aumento de despesas em 
2009, terá de efetuar ou apresentar uma estimativa do respectivo impacto, sob pena 
de a proposição ser considerada inadequada. A responsabilidade do Poder Executivo 
se restringe aos projetos de lei de sua iniciativa ou às medidas provisórias. 
 
Segundo a LRF, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que 
acarrete aumento da despesa será acompanhado de estimativa do impacto 
orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois 
subsequentes. 
No entanto, o Executivo tem responsabilidade nos projetos que acarretem aumento 
da despesa, mesmo que não sejam de sua iniciativa. A questão não fala que se trata 
de créditos adicionais, mas independentemente disso, o projeto que acarretar 
aumento da despesa impacta no Orçamento e, ademais, vai à sanção do Chefe do 
Executivo. 
 
Tanto é verdade que o Executivo é responsável que é atribuição dos APOs analisar 
os projetos de lei do Congresso Nacional em relação ao impacto no Orçamento. Vou 
dar um exemplo: determinado projeto de lei previa que a União deveria financiar 
também as Universidades Estaduais, no entanto não previa a origem dos recursos 
para seu custeio, conforme determina a LRF. Veja que não é um projeto de créditos 
adicionais e nem de uma lei orçamentária, mas irá impactar o Orçamento. Logo, o 
Poder Executivo tem responsabilidade e por meio dos APOs (que compõe o Poder 
Executivo), deverá emitir seu parecer sobreo projeto de lei, que no caso seria pela 
sua não aprovação nessas condições. 
Resposta: Errada. 
 
22) (ESAF – APO/SP - 2009) A realidade que surge da atuação do Estado moderno 
exige a adoção de novos enfoques de avaliação orçamentária do setor público. A 
avaliação também é instrumento de promoção do aperfeiçoamento dos processos 
relacionados à gestão de recursos humanos, financeiros e materiais utilizados na 
execução dos programas. Uma das opções abaixo é incorreta. Identifique-a. 
a) O teste da eficiência, na avaliação das ações governamentais, busca considerar os 
resultados obtidos em face dos recursos disponíveis. 
b) Efetividade é a medida do grau de atingimento dos objetivos que orientaram a 
constituição de um determinado programa, expressa pela sua contribuição à variação 
alcançada dos indicadores estabelecidos pelo Plano. 
c) Eficácia é a medida do grau de atingimento das metas fixadas para um 
determinado projeto, atividade ou programa em relação ao previsto. 
d) A incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na execução), 
auxilia as avaliações da eficácia. 
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e) Eficiência é a medida da relação entre os recursos efetivamente utilizados para a 
realização de uma meta para um projeto, atividade ou programa, frente a padrões 
estabelecidos. 
 
A avaliação orçamentária é a parte do controle orçamentário que analisa a eficácia e 
eficiência dos cursos de ação cumpridos, e proporciona elementos de juízo aos 
responsáveis da gestão administrativa para adotar as medidas tendentes à 
consecução de seus objetivos e à otimização do uso dos recursos colocados à sua 
disposição, o que contribui para realimentar o processo de administração 
orçamentária. Esta definição traz dois critérios de análise, o de eficiência e o de 
eficácia. 
Iremos citar a opinião de autores que discorrem sobre o assunto, porque a questão 
trata literalmente da opinião deles. 
 
• AN ÁLISE DA EFICIÊN CIA: Segundo Naimar M. Ramos, o teste da 
eficiência na avaliação das ações governamentais busca considerar os resultados em 
face dos recursos disponíveis. Busca-se representar as realizações em índices e 
indicadores, para possibilitar a comparação com parâmetros técnicos de desempenho 
e com padrões já alcançados anteriormente. Tais medidas demonstram a maior ou 
menor capacidade de consumir recursos escassos, disponíveis para a realização de 
uma tarefa determinada. Ou, em outras palavras, indicam a justeza e propriedade 
com que a forma de elaboração de determinado produto final foi selecionada, de 
modo a que se minimize o seu custo respectivo. 
 
• AN ÁLISE DA EFICÁCIA: A avaliação da eficácia procura considerar o 
grau em que os objetivos e as finalidades do progresso foram alcançados dentro da 
programação de realizações governamentais. Segundo Naimar M. Ramos, tal tipo de 
mensuração teria um real aproveitamento no acompanhamento e avaliação de 
propostas orçamentárias formuladas e na alocação de recursos humanos, materiais e 
monetários, aos diversos programas e atividades em andamento, visando, 
especificamente, à consecução dos objetivos colocados pelo governo em cada 
programa ou atividade. 
 
Segundo Giacomoni, tanto a análise da eficácia como da eficiência são 
possibilitadas pelas formas modernas de estruturação dos orçamentos. A 
classificação por programas, projetos e atividades e a explicitação das metas físicas 
orçamentárias viabilizam os testes de eficácia, enquanto a incorporação de custos 
estimativos (no orçamento) e efetivos (na execução), auxilia as avaliações da 
eficiência. 
 
A efetividade é a dimensão do desempenho que representa a relação entre os 
resultados alcançados (impactos observados) e os objetivos (impactos esperados) 
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que motivaram a atuação institucional. É a medida do grau de atingimento dos 
objetivos que orientaram a constituição de um determinado programa, expressa pela 
sua contribuição à variação alcançada dos indicadores estabelecidos pelo Plano. 
Assim, se define como a capacidade de se transformar uma realidade a partir do 
objetivo estabelecido e sua continuidade ao longo do tempo. 
 
Vamos à nossa questão, respondendo por meio dos autores citados: 
a) Correta. O teste da eficiência na avaliação das ações governamentais busca 
considerar os resultados em face dos recursos disponíveis. 
b) Correta. A efetividade mede o grau de atingimento dos objetivos relacionado à 
variação alcançada dos indicadores, visualizando se o programa foi capaz ou não de 
transformar uma realidade. 
c) Correta. A avaliação da eficácia procura considerar o grau em que os objetivos e 
as finalidades do progresso foram alcançados dentro da programação de realizações 
governamentais. Visa, especificamente, à consecução dos objetivos colocados pelo 
governo em cada programa ou atividade. 
d) É a incorreta. A classificação por programas, projetos e atividades e a 
explicitação das metas físicas orçamentárias viabilizam os testes de eficácia , 
enquanto a incorporação de custos, estimativos (no orçamento) e efetivos (na 
execução), auxilia as avaliações da eficiência. 
e) Correta. Na análise da eficiência busca-se representar as realizações em índices e 
indicadores, para possibilitar comparação com parâmetros técnicos de desempenho e 
com padrões já alcançados anteriormente. 
Resposta: Letra D 
 
23) (FCC – Procurador de Contas – TCE/RR – 2008) Dispõe a Lei n° 4.320/64 que 
o controle da execução orçamentária compreenderá: 
I. A legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da 
despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações. 
II. A fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e 
valores públicos. 
III. O cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em 
termos de realização de obras e prestação de serviços. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I, somente. 
(B) I e II, somente. 
(C) I e III, somente. 
(D) II e III, somente. 
(E) I, II e III. 
 
O Orçamento surge como um instrumento de controle. Tradicionalmente, é uma 
forma de assegurar ao Executivo (controle interno) e ao Legislativo (controle 
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externo) que os recursos serão aplicados conforme previstos e segundo as leis. 
Atualmente, além deste controle legal, busca-se o controle de resultados, em uma 
visão mais completa da efetividade das ações governamentais. 
 
Segundo a Lei 4320/64: 
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá: 
 I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a 
realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações; 
 II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens 
e valores públicos; 
 III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e 
em termos de realização de obras e prestação de serviços. 
 
A questão reproduz o artigo citado, logo os itens I, II e III estão corretos. 
Resposta: Letra E. 
 
24) (ESAF – APO/SP - 2009) A Lei n. 4.320/64 estabelece dois sistemas de controle 
da execução orçamentária: interno e externo. Segundo a Constituição Federal de 
1988, não é objetivo do sistema de controle interno: 
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual. 
b) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
c) avaliar a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União. 
d) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem comodos 
direitos e haveres da União. 
e) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, mediante 
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, Distrito 
Federal ou a Município. 
 
A Lei 4320/64 determina a coexistência de dois sistemas de controle da execução 
orçamentária: interno e externo. Segundo a CF, os Poderes Legislativo, Executivo e 
Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a 
finalidade de: 
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos 
programas de governo e dos orçamentos da União; 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da 
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da 
administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de 
direito privado; 
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos 
direitos e haveres da União; 
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
 
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A nossa questão pede o que não é objetivo do sistema de controle interno: 
a) Correta. É objetivo do controle interno avaliar o cumprimento das metas previstas 
no plano plurianual. 
b) Correta. Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional é 
outro objetivo, segundo a CF. 
c) Correta. Também é objetivo avaliar a execução dos programas de governo e dos 
orçamentos da União. 
d) Correta. Mais um objetivo: exercer o controle das operações de crédito, avais e 
garantias, bem como dos direitos e haveres da União. 
e) É a incorreta. N ão é objetivo do controle interno fiscalizar a aplicação de 
quaisquer recursos repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou 
outros instrumentos congêneres, a Estado, Distrito Federal ou a Município. 
Resposta: Letra E 
 
25) (ESAF - Analista Administrativo - ANA - 2009) No contexto do processo 
orçamentário, tal como prevê a Constituição Federal, é correto afirmar: 
a) A Lei orçamentária é de iniciativa conjunta dos Poderes Legislativo e Executivo 
b) A execução do orçamento é feita mediantes acompanhamento dos controles 
interno e externo. 
c) Ao Presidente da República é proibido vetar as alterações no projeto de lei do 
Plano Plurianual que tenham sido aprovadas pelo Congresso Nacional em dois 
turnos de votação. 
d) O Plano Plurianual possui caráter meramente normativo, não sendo utilizado 
como instrumento de planejamento governamental. 
e) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende os orçamentos fiscal, da 
seguridade social e de investimentos das empresas estatais. 
 
a) Errada. A iniciativa do Projeto de Lei Orçamentária é privativa do Executivo 
para a CF e exclusiva por parte da Doutrina. De forma alguma a iniciativa é conjunta 
dos Poderes Legislativo e Executivo. 
b) Correta. A Lei 4320/64 determina a coexistência de dois sistemas de controle da 
execução orçamentária: interno e externo 
c) Errada. Não há essa vedação na CF/88. 
d) Errada. Segundo o MTO/2010, o Plano Plurianual - PPA é o instrumento de 
planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para 
as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de 
duração continuada. Não há dúvidas que é utilizado como instrumento de 
planejamento governamental. 
e) Errada. A Lei Orçamentária Anual compreende os orçamentos fiscal, da 
seguridade social e de investimentos das empresas estatais. 
Resposta: Letra B 
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26) (FCC – Procurador - Recife – 2008) De acordo com a Constituição Federal, a 
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e 
das entidades da administração direta e indireta será exercida: 
(A) pelo Senado Federal, com o auxílio do Supremo Tribunal Federal. 
(B) pela Câmara dos Deputados, com o auxílio do Superior Tribunal de Justiça. 
(C) pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. 
(D) pelo Supremo Tribunal Federal, com o auxílio do Superior Tribunal de Justiça. 
(E) pelo Tribunal de Contas da União, com o auxílio do Senado Federal. 
 
Segundo a CF, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à 
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de 
receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo 
sistema de controle interno de cada Poder. 
A CF determina, ainda, que o controle externo, a cargo do Congresso N acional, 
será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União. 
Resposta: Letra C 
 
27) (ESAF – AFC/CGU - 2008) Assinale a única opção correta relativa às Finanças 
e ao Orçamento Público. 
a) O plano plurianual estabelecerá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, 
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na 
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento. 
b) Ao Banco Central é proibido conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao 
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira, 
mas possui a faculdade de comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, 
com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. 
c) A lei orçamentária anual compreende o orçamento fiscal referente aos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder 
público, excetuado o orçamento de investimento das empresas em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. 
d) O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações 
instituídos e mantidos pelo poder público, compatibilizado com o plano plurianual, 
também terá entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo 
critério populacional. 
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e) A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, nem autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito por antecipação de receita. 
 
Vamos falar agora sobre o Banco Central do Brasil (BACEN ), que também 
aparece em questões de AFO. Já vimos quando estudamos o princípio da Unidade 
de Caixa que o Banco Central do Brasil (BACEN), criado pela Lei 4.595, de 
31.12.1964, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem 
por missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema 
financeiro sólido e eficiente. Não se confunde com o Banco do Brasil S.A. (BB), que 
é uma instituição financeira constituída na forma de sociedade de economia mista. 
 
Vimos também que a Conta Única do Tesouro Nacional é mantida junto ao Banco 
Central do Brasil e sua operacionalização será efetuada por intermédio do Banco 
do Brasil, ou, excepcionalmente, por outros agentes financeiros autorizados 
pelo Ministério da Fazenda. 
As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios edos órgãos ou entidades do Poder 
Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, 
ressalvados os casos previstos em lei. 
 
Vamos agora às atribuições constitucionais do BACEN. A competência da União 
para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central. 
A CF veda ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao 
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
Porém, faculta ao banco central a comprar e vender títulos de emissão do Tesouro 
Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. 
 
Vamos à nossa questão: 
a) Errada. A LDO estabelecerá as metas e prioridades da administração pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, 
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na 
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento. 
b) Correta. A CF veda ao banco central conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja 
instituição financeira. Porém, faculta ao banco central a comprar e vender títulos de 
emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa 
de juros. 
c) Errada. A lei orçamentária anual também compreende o orçamento das empresas 
em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto. 
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d) Errada. A LOA compreenderá o orçamento da seguridade social, abrangendo 
todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, 
bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. No 
entanto, apenas o orçamento fiscal e o de investimentos das estatais, 
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir 
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 
e) Errada. Segundo o princípio da exclusividade da CF, a lei orçamentária anual não 
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se 
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e 
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos 
termos da lei. 
Resposta: Letra B 
 
28) (FCC – Procurador de Contas – TCE/RR – 2008) A Lei de Responsabilidade 
Fiscal e a Constituição Federal dispõem que as disponibilidades de caixa da União: 
(A) serão depositadas no Banco Central do Brasil; as dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios e dos órgãos e entidades do Poder Público e das empresas 
por ele controladas, em instituições financeiras oficiais. 
(B) serão depositadas no Banco do Brasil; as dos Estados e do Distrito Federal, na 
Caixa Econômica Federal, e as dos Municípios e dos órgãos e entidades do Poder 
Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras oficiais. 
(C) e dos Estados serão depositadas na Caixa Econômica Federal; as do Distrito 
Federal, dos Municípios e dos órgãos e entidades do Poder Público e das empresas 
por ele controladas, no Banco do Brasil. 
(D) e dos Estados serão depositadas no Banco Central do Brasil; as dos Municípios, 
no Banco do Brasil, e dos órgãos e entidades do Poder Público e das empresas por 
ele controladas, em instituições financeiras autorizadas. 
(E) e do Distrito Federal serão depositadas na Caixa Econômica Federal; as dos 
Estados, nas Caixas Econômicas Estaduais e as dos Municípios no Banco do Brasil. 
 
Segundo a CF e pelo princípio da Unidade de Caixa, as disponibilidades de caixa 
da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele 
controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em 
lei. 
Resposta: Letra A 
 
29) (FCC – Procurador de Contas – TCE/RR – 2008) Atualmente, a legislação 
brasileira permite ao Banco Central do Brasil: 
(A) emitir títulos da dívida pública. 
(B) comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a dívida 
mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira. 
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(C) comprar título da dívida pública, na data de sua colocação no mercado. 
(D) conceder garantia. 
(E) conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional. 
 
Vamos tratar agora das operações com o Banco Central do Brasil, segundo a LRF. 
Nas suas relações com ente da Federação, o Banco Central do Brasil está sujeito às 
seguintes vedações: 
 
• Emitir títulos da dívida pública. 
• Compra de título da dívida, na data de sua colocação no mercado. Só poderá 
comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a dívida 
mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira. Ainda, tal operação 
deverá ser realizada à taxa média e condições alcançadas no dia, em leilão 
público. 
• Permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição financeira ou 
não, de título da dívida de ente da Federação por título da dívida pública 
federal, bem como a operação de compra e venda, a termo, daquele título, 
cujo efeito final seja semelhante à permuta. Não se aplica ao estoque de 
Letras do Banco Central do Brasil, Série Especial, existente na carteira das 
instituições financeiras, que pode ser refinanciado mediante novas operações 
de venda a termo. 
• Concessão de garantia. 
 
É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida pública federal existentes 
na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo 
para reduzir a dívida mobiliária. 
 
Vamos à nossa questão: 
a) Errada. É vedado ao BACEN emitir títulos da dívida pública a partir de dois anos 
após a publicação da LRF, a qual é de maio de 2000. Ou seja, tal vedação já está em 
vigor há vários anos. 
b) Correta. É permitido ao BACEN comprar diretamente títulos emitidos pela 
União para refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua 
carteira. 
c) Errada. É vedada a compra de título da dívida, na data de sua colocação no 
mercado. 
d) Errada. É vedada a concessão de garantia. 
e) Errada. A CF veda ao banco central conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja 
instituição financeira. 
Resposta: Letra B 
 
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30) (FGV – Auditor Substituto de Conselheiro – TCM/RJ - 2008) Assinale a 
alternativa correta. 
(A) A competência da União para emitir moeda será exercida pelo Banco Central e 
pela Caixa Econômica Federal. 
(B) O Banco Central poderá comprar títulos de emissão do Tesouro Nacional com o 
objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros; contudo, não poderá vendê-
los, mas sim emprestá-los a pessoas privadas a título de empréstimo público, 
restituíveis em no máximo dez anos. 
(C) O Banco Central poderá conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao 
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. 
(D) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre direito tributário, financeiro, orçamento, juntas comerciais, sistema monetário 
e de medidas, títulos e garantias dos metais, política de crédito, câmbio, seguro e 
transferência de valores. 
(E) Lei complementar disporá sobre finanças públicas, dívida pública externa e 
interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo

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