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Sistemática de Importação e Exportação atividade 2

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- -1
SISTEMÁTICA DE IMPORTAÇÃO E 
EXPORTAÇÃO
CAPÍTULO 2 - O QUE DEVO FAZER PARA 
NEGOCIAR NO COMÉRCIO EXTERIOR?
Karina Stange Calandrin / Danielle Nunes Pozzo
- -2
Introdução
O Brasil é um mercado atraente para empresas de qualquer nacionalidade devido ao tamanho de sua população
e ao alto potencial de consumo, comparável ao de alguns dos principais mercados mundiais. Além disso, o setor
de produção é bastante denso e diversificado, com relativamente poucos bens ainda não fabricados no Brasil. Ao
mesmo tempo, o complexo e variado mercado brasileiro, espalhado por um grande número de centros urbanos,
ainda tem algumas restrições ao consumo de produtos importados. A história de longo prazo de uma economia
fechada durante o período de substituição de importações – que durou sessenta anos, entre 1930 e 1990 – e a
curta experiência de um mercado aberto às importações, desencadeou a necessidade de desenvolver uma
“cultura importadora” (BRASIL, 2016).
Desse modo, uma empresa estrangeira que deseja vender para o Brasil enfrenta desafios. Mesmo empresas
localizadas em países da América do Sul, que são geograficamente próximos e com maior semelhança cultural,
devem conhecer todos os procedimentos envolvidos na exportação para o Brasil.
Mas o contrário também é válido. Para adentrar em qualquer mercado, deve-se estudar profundamente os
procedimentos para a exportação naquele país. Devido à falta de conhecimento das regras e procedimentos que
regem as operações e informações básicas sobre o mercado – incluindo instituições públicas, privadas e agências
que podem agilizar e simplificar as transações internacionais – muitas empresas acabam tendo o processo de
exportação prejudicado. Essas dificuldades são ainda mais relevantes para pequenas empresas, visto o alto custo
de pesquisas, negociações e mesmo o alto impacto do investimento para começar a operar internacionalmente. É
o caso, por exemplo, da maioria dos exportadores sul-americanos, sendo mais difícil, para eles, arcar com os
custos de pesquisas de dados, direcionando processos de vendas, ao mesmo tempo em que se ajustam às
exigências do país em questão.
Para uma empresa que se insere no mercado internacional, conhecimentos sobre os Incoterms e classificação de
mercadorias são fundamentais para manter uma negociação. Mas o que são Incoterms e para que servem? Como
funciona a classificação fiscal de mercadorias e seus diferentes sistemas (SH, Mercosul e ALADI)? Neste capítulo,
conheceremos sobre esses importantes recursos para um bom desempenho nas negociações internacionais e no
comércio exterior.
Bons estudos!
2.1 Classificação de mercadorias
No comércio internacional, interagimos com pessoas de diferentes países, de diversos contextos culturais e que
falam diferentes idiomas. Em um processo de negociação, um dos pontos mais críticos é a clareza sobre o objeto
que está sendo negociado. Vamos pensar juntos: mesmo no Brasil, em um mesmo estado ou em uma mesma
cidade, as pessoas podem ter nomes diferentes para um mesmo objeto ou atribuir diferentes denominações para
o mesmo item, não é mesmo? Agora imagine quando se trata de dois negociadores de países diferentes. Não
pode haver dúvidas sobre o que está sendo comprado e vendido.
- -3
Figura 1 - Diferentes produtos que podem ser confundidos em uma negociação.
Fonte: graphixmania, Shutterstock, 2018.
Assim como as partes de uma negociação precisam ter a segurança de que estão tratando do mesmo bem ou
serviço em uma negociação, os países necessitam padronizar a forma de se referir aos produtos para que possam
controlar o que entra e sai de seu território, bem como para aplicar as barreiras tarifárias e não tarifárias.
É aí que entra a classificação fiscal, um código que representa um tipo ou grupo de mercadorias ou serviços a fim
de padronizar sua referência para negociações, operações de comércio exterior e definições de comércio
internacional. Internacionalmente, tem-se o Sistema Harmonizado (SH ou HS, sigla de ). OHarmonized System
Sistema Harmonizado foi criado na década de 80 e é utilizado até hoje. Nele, a classificação das mercadorias é
definida por um código de quatro dígitos. Cada combinação de quatro dígitos corresponde a um conjunto de
mercadorias afins, conforme exemplo a seguir:
- -4
Figura 2 - Exemplo de classificação de mercadorias pelo Sistema Harmonizado.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018.
Ainda que possa ser consultada em múltiplos idiomas, o código do Sistema Harmonizado permanece
padronizado para todos os países. Assim, se você quiser importar ou exportar castanha-do-Pará,
independentemente do país em que esteja, irá usar o código da figura acima.
Mas repare que o código é bastante amplo, não é mesmo? Isso ocorre porque o código é limitado. Clique a seguir
e acompanhe a explicação.
O SH é composto por 21 seções (ou categorias) e 99 capítulos (representados pelos primeiros dois dígitos), o que
resulta em pouco mais de 5 mil códigos.
Logo, ainda que permita uma vasta categorização, ainda não é possível classificar todas as mercadorias que
existem individualmente, mas em pequenos grupos.
Por isso, o Sistema Harmonizado também possui outros dois dígitos complementares, formando um código de 6
posições, a que muitas vezes se denomina SH6, para diferenciar do SH4 tradicional.
O SH6, contudo, não é amplamente utilizado e não foi incorporado nos sistemas de controle de grande parte dos
países, servindo apenas para macroanálises internacionais.
Outra limitação do SH6 é que mesmo com mais 2 dígitos, ainda não é possível realizar a classificação no nível de
detalhamento esperado.
Por isso, os blocos econômicos, bem como os países individualmente, passaram a estabelecer classificações
fiscais próprias conforme seu entendimento e necessidade. O ponto em comum entre elas continua sendo os
quatro primeiros dígitos, que permanecem idênticos aos do SH.
No Brasil, utilizamos a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) para classificar mercadorias, que substituiu a
anteriormente utilizada Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM). A NCM, como o nome sugere, foi criada
pelos países membros do Mercosul (à época, Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina) em 1995 como forma de
vincular a Tarifa Externa Comum (TEC) – conjunto de tarifas padronizadas compartilhadas pelo bloco e definidas
conforme o tipo de mercadoria. A NCM foi construída a partir do Sistema Harmonizado, mas possui muito mais
detalhamento, visto suas combinações de 8 dígitos. No exemplo a seguir, é apresentada a classificação da
castanha-do-Pará pela NCM. Procure observar sua diferença com relação à classificação anterior sobre o mesmo
produto:
Figura 3 - Estrutura da NCM com a classificação para a castanha-do-Pará.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018.
Conforme vimos no exemplo da figura, não só conseguimos classificar especificamente o produto, como uma
- -5
Conforme vimos no exemplo da figura, não só conseguimos classificar especificamente o produto, como uma
condição dele (com casca/sem casca), visto o detalhamento proporcionado pela NCM.
Embora tenha surgido das relações e das demandas internacionais, a NCM não é apenas utilizada para operações
de comércio internacional. Ela também é obrigatória nas operações fiscais dentro do Brasil. Observe as notas
fiscais emitidas no Brasil e você perceberá o código NCM sendo mencionado. Isso ocorre para que se possa
padronizar, controlar e recolher os tributos devidos no país. E importante: a declaração da NCM é obrigatória,
tanto para operações de importação ou exportação, quanto para compra e venda no Brasil.
É fundamental, portanto, ficar atento à forma correta de classificar uma mercadoria. Um enquadramento
equivocado pode levar ao pagamento de impostos em excesso, entraves no processo de comércio exterior,
atrasos, multas e outras complicações.
Além da NCM, o Brasil também possui a Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS), criada em 2012 justamente
porque a complexidade e a variedade de serviços já não eram comportadas nas categorias da NCM (BRASIL,
2012). Em uma classificaçãode 27 capítulos, a NBS visa dar segurança e controle para o país, bem como para
suas empresas, sobre o adequado recolhimento de tributos dos serviços e operações intangíveis que agregam
valor.
Conforme visto acima, o Brasil utiliza a NCM como obrigatória para suas operações internas e internacionais,
mas não é somente essa classificação que está em vigor no país. Ainda que menos utilizada, a NALADI também
faz parte de nossa realidade. Criada em 1985 pelos membros da ALADI (Associação Latino-Americana de
Integração, bloco econômico formado, à época, por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México,
Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela), ela também tem o propósito de padronizar o vínculo de tarifas e facilitar a
concessão de reduções e isenções tarifárias entre os países-membros. Hoje atualizada e utilizando também a SH
como base, a NALADI é de declaração obrigatória para operações que envolvam dois ou mais países-membros
entre si. Assim, uma exportação brasileira pode ter obrigatoriamente o reporte de um código NCM e um código
NALADI.
A Nomenclatura da ALADI (NALADI) também possui 8 dígitos e por isso é frequentemente confundida com a
NCM. Ainda que possam ter semelhanças entre si, são classificações independentes e precisam ser consultadas
caso a caso, a fim de evitar confusões ou declarações incorretas. Veja o exemplo na figura a seguir:
VOCÊ QUER LER?
Tendo em vista que classificar uma mercadoria ou serviço pode ser complexo, como vimos
aqui, a Receita Federal oferece um serviço formal personalizado de consulta à NCM. Saiba mais
informações no link: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/interface/lista-de-servicos/legislacao
>./interpretacao-da-legislacao/classificacao-fiscal-de-mercadorias
- -6
Figura 4 - NCM versus NALADI.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018.
Percebeu as diferenças? Por isso, é importante ter atenção a essas classificações.
Agora que você já conhece sobre a classificação de mercadorias e as nomenclaturas utilizadas no Brasil para suas
operações internas e internacionais, a seguir, você saberá mais sobre a identificação da mercadoria. Vamos lá?
2.2 Identificação da mercadoria
Toda empresa precisa dos consumidores para seus produtos e serviços de forma a prosperar na área em que seu
negócio se propõe a coexistir. Para isso, é necessário planejar ou segmentar seu mercado e determinar quem
serão seus clientes em potencial (TRIPOLI, 2016).
Qualquer fabricante, fornecedor, artesão, importador, exportador ou revendedor é um alvo em potencial. Caso
você tenha experiência anterior em alguma área específica, é melhor começar a trabalhar nessa área e segmentar
nesse mercado, pois assim terá mais facilidade em encontrar clientes e fornecedores.
VOCÊ SABIA?
O governo federal disponibiliza consultas simplificadas para identificação da NCM e da NBS em
diversos portais institucionais. No link a seguir, você pode escolher qual nomenclatura
consultar no mesmo portal: <https://investexportbrasil.dpr.gov.br/ProdutosServicos
>. Em relação à NALADI, a consulta simples pode ser/frmPesquisaProdutosServicosFull.aspx
feita pelo site da ALADI, que permite a análise de correspondência com o NCM. Saiba mais em:
<http://consultawebv2.aladi.org/sicoexV2/jsf/consulta_integrada_por_item_entrada.seam?
>.cid=566213
- -7
Nesse caso, será importante fazer uma investigação aprofundada em cada uma destas áreas:
• o produto ou serviço;
• o usuário final;
• o país ou países para os quais você exportará ou importará;
• o canal comercial.
O exportador deve coletar o máximo de informações possíveis sobre os gostos e preferências do consumidor do
país que pretende adentrar, bem como sobre os melhores mercados do país em que deseja colocar seus
produtos, abrindo, assim, as portas certas para o mercado existente. Por exemplo, quando se lida com produtos
para uso ou consumo humano, é melhor começar pelos mercados das regiões Sul e Sudeste, no Brasil,
compreendendo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná
e Santa Catarina. Estes são lugares com níveis mais altos de consumo no país e também onde o poderper capita
de compra da população é mais diversificado e alto. A mesma postura deve ser tomada em qualquer país. Clique
nas abas e descubra como isso deve ser feito. 
• 
Idealmente, deve-se escolher um desses estados como o primeiro ponto de entrada e,
subsequentemente, à medida que os negócios progridem, expandir os contatos para as regiões
restantes.
• 
Fazer negócios com exportadores de outros países exige que o vendedor seja claro sobre as
condições de venda e pagamento que são esperadas durante o período preliminar de negociações,
seja por e-mail, WhatsApp, Twitter, Skype ou pessoalmente (TRIPOLI, 2016).
• 
O comprador normalmente obtém cotações detalhadas dos fornecedores no mundo do mercado e
certamente terá contatos com empresas de outros países que podem oferecer o produto. O
intercâmbio de informações técnicas e comerciais substanciais sobre a operação é uma prática
comum.
• 
Somente depois de analisar a viabilidade da proposição, o importador solicitará o envio da
chamada fatura proforma. Mesmo assim, essa formalidade em papel não implicará na colocação de
um pedido, pois o importador utiliza a fatura proforma apenas para realizar procedimentos
internos dentro da empresa.
A aprovação efetiva da compra de um determinado fornecedor ocorrerá posteriormente (BRASIL, 2016).
VOCÊ QUER VER?
Fome de Poder, com direção de John Lee Hancock (2017), aborda o crescimento de uma
empresa de desde a sua fundação até se tornar uma das maiores empresas fast food 
multinacionais do mundo. O mais interessante do filme são os detalhes a partir da ideia dos
fundadores da marca de como produzir sanduíches rápidos, de qualidade e em um ambiente
familiar, até o modelo de franquias em todos os Estados Unidos e o processo de
internacionalização da empresa.
•
•
•
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•
- -8
Há três pontos essenciais durante as negociações preliminares entre as partes: o preço, as condições de venda e
as formas de pagamento. Clique para conhecer esses pontos.
•
Preço e condições de venda
Quanto ao preço unitário, além de negociar um possível desconto, o comprador desejará definir a
condição de vendas representada pelos Incoterms atualmente utilizados no comércio
internacional.
Como veremos posteriormente, os tipos de transporte vão influenciar em algo muito importante: o
prazo. Além de influenciarem no prazo, os tipos de transporte também influenciam no tempo
necessário para o desembaraço aduaneiro, por isso, é importante estar ciente desses entremeios
no processo de importação e exportação.
•
Formas de pagamento
No Brasil, não há restrições de caráter cambial, de acordo com as normas vigentes do Banco
Central. Já no que diz respeito ao uso de cartas de crédito, o importador geralmente tenta
persuadir o exportador a evitar essa forma de pagamento, pois como os encargos bancários e
exigência de garantias locais nos bancos brasileiros são muito rigorosos, isso pode inviabilizar o
acompanhamento da transação (BRASIL, 2016). No caso do exportador sul-americano, a
modalidade de carta de crédito é uma vantagem: não há necessidade de confirmação de crédito. O
documento deve ser irrevogável, garantindo sua validade e excluindo a necessidade de
confirmação de crédito.
O governo brasileiro exige que haja requisitos e instruções estabelecidas por lei, com foco nos termos de
embarque e nos documentos necessários para o desembaraço aduaneiro, como a eventual inspeção de carga
antes do embarque, por exemplo, que é realizada por uma empresa de inspeção. Todavia, a inspeção de
mercadorias no embarque não é mais obrigatória no Brasil. No caso de desacordos e litígios internacionais, eles
deverão ser resolvidos pela legislação da Câmara de Comércio Internacional (CCI), ou se não houver acordo, por
meios judiciais dentro da jurisdição do foro escolhido, que pode ser no país do fornecedor ou do comprador
(BRASIL, 2016).
Em qualquer país, o governo é um grandecliente. Em qualquer instância do governo, a aquisição é regulada por
regulamentos atuais, que estabelecem a necessidade de licitação para quaisquer compras, de bens ou serviços,
incluindo aqueles originários do exterior. Os ministérios, empresas de capital misto, autarquias e outras agências
estatais são obrigados a realizar operações de importação publicando proclamações de aquisições, bem como
VOCÊ QUER LER?
O livro “Integração latino-americana: 50 anos da ALALC/ALADI”, do Palácio do Itamaraty, trata
da integração latino-americana e sua representação institucional nas últimas décadas. É uma
leitura importante para um profissional de comércio exterior porque aborda as peculiaridades
da região no que tange à integração econômica e comercial, ainda mais considerando a
importância da América Latina dentro da balança comercial brasileira.
•
•
- -9
estatais são obrigados a realizar operações de importação publicando proclamações de aquisições, bem como
convidar partes interessadas em participar de uma oferta pública de preços. Os critérios para seleção dependem
do conteúdo das proclamações, mas o critério de preço mais baixo normalmente prevalece, desde que os
requisitos técnicos do produto e o fornecimento de condições sejam cumpridos. Normalmente, é exigida uma
garantia bancária juntamente com a proposta para cobrir as despesas de uma nova licitação, caso a empresa
vencedora renuncie à assinatura do contrato de fornecimento ou execução.
2.2.1 Modais de transporte
Para que possamos negociar e planejar as operações de comércio exterior, também é fundamental conhecer os
modais de transporte. Os modais ou meios de transporte consistem nas diferentes modalidades utilizadas para
se movimentar uma mercadoria de um ponto a outro. Os principais modais de transporte utilizados hoje são
divididos em três categorias: terrestre, aquaviário e aéreo.
Figura 5 - Os modais de transporte são parte essencial das operações de comércio exterior.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018.
Além das opções individuais de transporte, pode-se, ainda, realizar o que chamamos de transporte multimodal,
que consiste na associação de dois ou mais modais como forma de percorrer o trajeto internacional desejado da
origem até o destino específico.
O transporte rodoviário pode ser a opção mais flexível para o seu negócio internacional dentro da União
Europeia. Clique nas abas para entender as vantagens e riscos deste tipo de transporte.
Vantagens
A rede de estradas é boa e atravessar as fronteiras nacionais é geralmente rápido e eficiente. Apesar da
qualidade das estradas no Brasil não ser tão boa quanto dos países europeus, é o tipo de transporte mais
utilizado no país.
Outras vantagens desse tipo de transporte incluem: custo relativamente baixo; redes de rodovias extensas; os
dias de entrega programada e os serviços de entrega no dia seguinte são uma opção viável; você pode programar
o transporte para se adequar a você; você pode rastrear a localização de mercadorias; e as remessas podem ser
seguras e privadas.
Riscos
Também há riscos para o transporte rodoviário: longas distâncias por terra podem levar mais tempo; pode
haver atrasos e interrupções no tráfego; existe o risco de danos nas mercadorias, especialmente em longas
distâncias; as tarifas de pedágio são altas em alguns países; e, ainda, alguns países têm diferentes
regulamentações rodoviárias e de trânsito (GONÇALVES, 2013).
Para fazer esse tipo de transporte, você pode utilizar seus próprios veículos ou uma transportadora. Se você
- -10
Para fazer esse tipo de transporte, você pode utilizar seus próprios veículos ou uma transportadora. Se você
operar com seus próprios veículos, precisará considerar licenças, custos de combustível, regulamentações,
treinamento de motoristas e impostos.
Quadro 1 - O transporte rodoviário pode ser articulado no veículo adequado para o volume transportado.
Fonte: ANTT, 2014.
Se o seu negócio precisa transportar grandes quantidades, mas não há pressão para entregar rapidamente, o
transporte aquaviário pode ser adequado. Entre suas vantagens, pode-se apontar a possibilidade de enviar
grandes volumes a baixo custo; um agente de carga pode consolidar remessas para reduzir custos; e os
contêineres marítimos também podem ser usados para transporte adicional rodoviário ou ferroviário.
Figura 6 - O transporte marítimo é amplamente indicado para mercadorias de grande porte, em especial quando 
- -11
Figura 6 - O transporte marítimo é amplamente indicado para mercadorias de grande porte, em especial quando 
não há urgência na entrega da mercadoria.
Fonte: Shutterstock, 2018.
Contudo, existem também riscos para o transporte marítimo: o transporte por mar pode ser mais lento do que
outros modos de transporte; o mau tempo pode adicionar mais atrasos; rotas e horários são geralmente
inflexíveis; acompanhar o progresso de seus produtos é difícil; você precisará pagar taxas e impostos portuários;
e o transporte terrestre será necessário para se chegar ao destino final (GONÇALVES, 2013).
Para o transporte internacional aquaviário, é fundamental conhecer os tipos de contêineres. A figura a seguir
apresenta seus principais tipos.
- -12
Figura 7 - Há tipos de contêineres adequados para todos os grupos de mercadorias.
Fonte: OLIVER, s/d.
De acordo com as convenções de transporte marítimo, você tem cobertura de seguro limitada sob as regras de
Haia-Visby e Hamburgo. No entanto, é aconselhável obter um seguro adicional, como seguro de carga geral.
O transporte ferroviário é uma maneira econômica e eficiente de movimentar suas mercadorias. Ele oferece a
você as seguintes vantagens: rapidez no transporte, sem congestionamentos; bom para o meio ambiente em
comparação com outros modais, visto a baixa emissão de poluentes.
Todavia, também existem riscos para esse tipo de transporte: rotas e horários disponíveis podem ser inflexíveis;
- -13
Todavia, também existem riscos para esse tipo de transporte: rotas e horários disponíveis podem ser inflexíveis;
pode ser mais caro do que o transporte rodoviário; falhas mecânicas ou ação industrial podem atrasar o
transporte; e necessita de infraestrutura de ferrovia, ou seja, em locais como o Brasil, com pequenos trechos de
estrutura, o transporte se torna limitado e por vezes pode ser até inviabilizado.
Figura 8 - O transporte ferroviário é uma alternativa muito limitada no Brasil, mas em países com infraestrutura 
de ferrovias pode ser uma opção eficiente para movimentar grandes volumes de mercadoria.
Fonte: Bob Orsillo, Shutterstock, 2018.
O transporte dutoviário é realizado por dutos, que podem transportar líquidos ou gases em alta velocidade, por
grandes distâncias e a baixo custo por transporte. Contudo, faz-se necessário um grande volume de investimento
de infraestrutura para manter esse modal, além da própria restrição de tipo de mercadoria que pode fazer uso
desse meio de transporte.
- -14
Figura 9 - O transporte dutoviário é eficiente para o transporte de gases e líquidos, mas depende de altos 
investimentos de infraestrutura para sua utilização.
Fonte: Vladimir Mulder, Shutterstock, 2018.
O transporte aéreo oferece inúmeras vantagens para o comércio internacional, dependendo de suas
necessidades. Ele pode, por exemplo, entregar itens rapidamente em longas distâncias e oferecer altos níveis de
segurança para itens sensíveis.
- -15
Figura 10 - O transporte aéreo é considerado o mais seguro e ágil, contudo deve-se estar atento a suas restrições.
Fonte: Shutterstock, 2018.
Mas é preciso considerar os seguintes problemas: o transporte aéreo pode envolver custos mais altos do que
outras opções e não é adequado para todas as mercadorias, além da restrição de rotas e frequência de voos
(GONÇALVES, 2013).
2.3 Condições de compra e venda (Incoterms)
Quando compramos ou vendemos algo, é fundamental que fique claro para todos os envolvidos como ficará a
divisão de responsabilidades e o que estará incluído no preço do produto. Por exemplo, o frete estará incluso no
preço da mercadoria?Há seguro embutido? Os impostos são pagos à parte? Se nas negociações nacionais já é
complexo recordar e definir cada detalhe, imagine quando estamos tratando com empresas de outros países!
Foi com o propósito de contribuir para facilitar as negociações internacionais que os Incoterms foram criados. Os
Incoterms – sigla para Termos Internacionais de Comércio – são um conjunto de expressões criadas pela Câmara
Internacional de Comércio (CCI), em 1936, para dar suporte às negociações, esclarecendo riscos e
responsabilidades de importadores e exportadores (MINERVINI, 2012).
Atualizados periodicamente para que estejam adequados à dinâmica do mercado, a versão vigente atualmente é
a dos Incoterms 2010. Os Incoterms são classificados em 4 grupos: E, F, C e D, e determinam basicamente até
onde vai o compromisso do vendedor. Dessa forma, as etapas, custos e processos não cobertos pelo vendedor
devem ser arcados pelo comprador. A figura a seguir apresenta os 11 Incoterms que discutiremos na sequência,
enquadrados nas 4 categorias.
- -16
Figura 11 - Os Incoterms 2010 representam diferentes graus de risco e responsabilidade para compradores e 
vendedores no comércio internacional.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018.
Conforme mostra a figura, os Incoterms das categorias E e F costumam ser menos arriscados para vendedores e
mais arriscados para compradores, que assumem mais custos e responsabilidades. Com os grupos C e D ocorre o
contrário, sendo que os Incoterms da categoria D são os que apresentam maior risco para o vendedor.
Para compreender os Incoterms, é importante entender também as etapas básicas de um processo de
importação ou exportação, uma vez que os termos foram criados justamente devido às características gerais de
uma operação internacional de compra e venda. Vamos conhecê-las?
Figura 12 - Os Incoterms se relacionam com as etapas da operação de comércio exterior.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2018.
Primeiramente, a mercadoria é liberada na empresa do vendedor. Isso significa que todos os trâmites de
negociação já foram realizados e a carga está pronta para iniciar seu processo de internacionalização. Clique e
conheça o que é importante para que esse processo aconteça.
Embalagem
É fundamental que se associe à mercadoria uma embalagem própria para transporte internacional. A logística
internacional tende a envolver diversas movimentações do volume, além de deixar a mercadoria sujeita a
alterações de temperatura e umidade, bem como mais sujeita a impactos e avarias de qualquer gênero, uma vez
- -17
alterações de temperatura e umidade, bem como mais sujeita a impactos e avarias de qualquer gênero, uma vez
que passa por mais pontos de checagem e faz um trajeto geralmente mais longo que no trânsito doméstico. Por
isso, uma embalagem reforçada adicional ou substituta à nacional não só é praxe, como crítica para que a
mercadoria chegue ao destino em bom estado.
Condição EXW
Para representar essa responsabilidade, temos o Incoterm , com sua sigla EXW. Quando o exportadorEx-works
informa que a mercadoria que ele oferta está na condição EXW, significa que ele (vendedor) estará
disponibilizando a mercadoria ao comprador na sua própria empresa na origem, apenas com a embalagem
reforçada. Assim, todo o restante dos procedimentos, custos e riscos ficam a cargo do importador.
Transporte doméstico de origem
Após a mercadoria receber a embalagem reforçada, ela deve seguir viagem por algum meio de transporte do
ponto de origem até a alfândega onde será realizada a liberação aduaneira e, depois, seguir até o ponto de
embarque. Esse transporte ocorre dentro do território do país de origem e é chamado de transporte doméstico
de origem (ou transporte nacional de origem).
Os Incoterms da categoria F são os utilizados pelos vendedores quando desejam justamente informar ao
potencial comprador que quando a venda for efetivada, o exportador se responsabilizará por embalagem
reforçada, transporte doméstico, bem como procedimentos e custos aduaneiros de origem. Portanto, quando
escolhe Incoterms da categoria F, o exportador está dizendo que irá entregar a mercadoria , ou seja, liberadafree
pela aduana do país de origem.
Veja que temos três Incoterms nessa categoria e todos eles têm uma característica em particular. Ainda que os
três termos representem a entrega da mercadoria liberada na alfândega de origem, o modal de transporte é o
que torna necessária sua diferenciação.
No modal marítimo, faz-se necessário o pagamento independente da taxa de movimentação do contêiner no
terminal, chamada de capatazia ou . Por isso, é importante estabelecer com clareza quem é responsávelhandling
por ela. O exportador pode, por exemplo, fazer a liberação da mercadoria na alfândega e deixar a mercadoria no
terminal de embarque. Nesse caso, o Incoterm é o FAS ( ; em tradução livre, liberado ao ladofree alongside ship
do navio). Contudo, o vendedor pode optar por já colocar o contêiner dentro do navio (é importante lembrar
que, na categoria F, quem decide qual navio utilizar e se preocupa com custos e operação de frete é o comprador;
o vendedor apenas entregará no navio de escolha do importador) e nesse caso teremos o Incoterm FOB (free on
em tradução livre, liberado a bordo). Mas essas duas condições ocorrem apenas para o modal marítimoboard; 
especificamente. E se o vendedor estiver vendendo uma mercadoria que seguirá por caminhão, avião, trem e
quiser informar que irá arcar com todos os riscos, responsabilidades e procedimentos até a liberação aduaneira
e disponibilizar a carga no ponto de embarque? Nesse caso, ele utilizará o FCA ( ; em tradução livre,free carrier
liberado para o carregador), utilizado para todos os demais casos que não se enquadrem na exceção FAS/FOB.
Após a disponibilização da mercadoria no ponto de embarque e seu posterior carregamento conforme o modal
de transporte escolhido, inicia-se a etapa chamada de transporte internacional. Clique para conhecê-la melhor.
Faz parte do transporte internacional todos os trechos que envolvem o transporte da mercadoria do país de
origem até o país de destino. Essa etapa inclui contratação de empresa transportadora, realização ou
acompanhamento da operação logística e, principalmente, o custeio do frete internacional, bem como despesas e
taxas relacionadas.
Quando se fala na categoria C, é até este ponto que risco e responsabilidade do vendedor estão avançando.
Repare que o comprometimento do vendedor é cumulativo, ou seja, além de custear e se responsabilizar pelo
transporte internacional, o exportador que vende com um termo da categoria C também será responsável por
embalagem reforçada, transporte doméstico, liberação aduaneira de origem e carregamento no meio de
transporte.
Assim como na categoria F, na categoria C temos Incoterms separados para o modal marítimo. Desse modo, caso
se queira indicar a responsabilidade do vendedor até o frete marítimo internacional, será utilizado o Incoterm
CFR ( ; em tradução livre, custo e frete), mas se quisermos representar a mesma responsabilidadecost and freight
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CFR ( ; em tradução livre, custo e frete), mas se quisermos representar a mesma responsabilidadecost and freight
com qualquer outro modal, utilizaremos o Incoterm CPT ( ; em tradução livre, carregamentocarriage paid to
pago).
Ainda na categoria C, temos a opção de contratação do seguro junto ao frete internacional. O seguro (em idioma
original, ), por não ser obrigatório (ainda que altamente recomendável), é somado às demaisinsurance
responsabilidades, riscos e custos já assumidos pelo vendedor. Assim, caso a opção seja pela contratação do
seguro junto ao frete internacional marítimo, utilizaremos o Incoterm CIF ( emcost, insurance and freight;
tradução livre, custo, seguro e frete), e no caso de se tratar dessa condição para qualquer outro modal de
transporte, o Incoterm CIP ( ; em tradução livre, custo e seguro pago) será a escolhacost and insurance paid to
adequada.
O transporte internacional é concluído quando o meio de transporte chega ao ponto de destino.A partir de
então, ocorre o desembarque e as diferentes formas de entrega ( , em idioma original). Por isso, adelivery
categoria D é toda destinada aos Incoterms que representam o compromisso dos vendedores até a entrega
(somados todos os compromissos das categorias anteriores).
Caso o vendedor se responsabilize apenas até o desembarque da mercadoria no ponto de destino (por exemplo,
pátio de aeroporto, de porto ou terminal de zona de fronteira), o Incoterm indicado é o DAT (delivery at terminal;
em tradução livre, entrega no terminal). Já se o vendedor entregar em outro ponto do território de destino,
podendo este ponto ser a empresa do comprador, um depósito ou qualquer outro local de preferência do
importador, o Incoterm adequado será o DAP ( ; em tradução livre, entrega na praça do cliente).delivery at place
Por fim, há o Incoterm mais completo, que o vendedor pode oferecer ao seu comprador: o DDP (delivery duty
, ou entrega com impostos pagos), no qual o vendedor não só assume riscos, custos e responsabilidades depaid
todas as etapas de movimentação e transporte até a porta do cliente (ou seu destino de preferência), como
também realiza a liberação aduaneira de destino e o pagamento dos respectivos impostos e obrigações.
Assista ao vídeo abaixo e aprenda mais sobre os incoterms.
https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id
/1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1547667654&entry_id=1_rgznqj1l
Para que uma negociação seja bem-sucedida, é fundamental que ambas as partes conheçam os Incoterms e
formalizem a escolha do termo mais adequado para o caso específico.
VOCÊ SABIA?
O Incoterm DDP não é permitido para importações para o Brasil, pois a legislação vigente no
país determina que o recolhimento dos tributos ocorra por ente nacional que realiza a
importação, ou seja, pelo comprador. Logo, o incoterm mais completo que um exportador pode
ofertar a um importador brasileiro é o DAP.
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Após definidos, os Incoterms irão constar na documentação oficial e nortearão contratações e pagamentos
durante a operação de comércio exterior.
Síntese
Concluímos a segunda unidade relativa à sistemática de comércio exterior. Agora, você já consegue aplicar os
conceitos e as tipologias apresentadas para resolver determinadas situações. Além disso, você já conhece o
básico para integrar um processo de internacionalização de uma empresa, termos técnicos e condições de
compra e venda.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• conhecer os diferentes sistemas de identificação (classificação) de mercadorias utilizados 
historicamente no comércio exterior brasileiro;
• inteirar-se sobre as regras gerais e específicas da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), bem como 
da nomenclatura da ALADI (NALADI);
• compreender a aplicabilidade da NCM e da NALADI;
• identificar potenciais fornecedores mundiais;
• avaliar a qualidade de um produto;
• inteirar-se sobre os diferentes modais de transporte internacional;
• conhecer os tipos de contêineres;
• entender a dinâmica do sistema portuário brasileiro;
• conhecer os termos do comércio internacional (Incoterms);
• descobrir quais os direitos e deveres das partes envolvidas em uma operação de importação e de 
exportação a partir dos Incoterms 2010.
CASO
A Éclaire’s, uma empresa sueca, está importando insumos alimentícios para sua produção de
chocolate e solicitou uma cotação aos fornecedores mundiais. A empresa brasileira Iabra
enviou uma proposta oferecendo cobrir todos os custos até a entrega no destino. Contudo, a
Éclaire’s já possui contratos de grande porte com transportadoras devido ao grande volume de
insumos que compra internacionalmente e, por isso, solicitou uma segunda proposta para a
Iabra, na qual a empresa exportadora disponibilizasse a mercadoria na fábrica (Incoterm
EXW). Todavia, a Iabra argumentou que os procedimentos aduaneiros no Brasil são complexos
e o processo poderia ser mais eficiente se a equipe da exportadora se preocupasse com a
alfândega. Por fim, ambos os lados optaram pelo Incoterm no qual o exportador cuidaria da
embalagem, faria a liberação aduaneira e disponibilizaria a mercadoria no terminal de
embarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Utilizaram, portanto, o Incoterm FCA.
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