Buscar

AVALIAÇÃO ESTUDOS DISCIPLINARES I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
 
Energia eólica no Brasil 
 
 
No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil 
diminuiu o nível de água nas barragens hidrelétricas do 
país, causando uma grave escassez de energia. A crise, que 
devastou a economia do país e levou ao racionamento de 
energia elétrica, ressaltou a necessidade urgente do país 
em diversificar suas fontes de energia. 
 
 
[...] A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi 
instalada em Fernando de Noronha em 1992. Dez anos 
depois, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes 
Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a 
utilização de outras fontes renováveis, como eólica, 
biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). [...] 
Desde a criação do Proinfa, a produção de energia eólica 
no Brasil aumentou de 22MW em 2003 para cerca de 
1000MW em 2011 (quantidade suficiente para abastecer 
uma cidade de cerca de 400 mil residências). 
 
 
[...] Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, 
publicado pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da 
Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para 
gerar cerca de 140GW. 
 
 
O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de 
junho a dezembro, coincidindo com os meses de menor 
intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que falta 
chuva é exatamente quando venta mais! Isso coloca o 
vento como uma grande fonte suplementar à energia 
gerada por hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica 
do país. 
 
 
Durante esse período podem-se preservar as bacias 
hidrográficas fechando ou minimizando o uso das 
hidrelétricas. O melhor exemplo disto é na região do Rio 
São Francisco. Por essa razão, esse tipo de energia é 
excelente contra a baixa pluviosidade e a distribuição 
geográfica dos recursos hídricos existentes no país. 
 
 
A maior parte dos parques eólicos se concentra nas 
regiões nordeste e sul do Brasil. No entanto, quase todo o 
território nacional tem potencial para geração desse tipo 
de energia. 
 
Disponível em < https://goo.gl/zGP0ZM> 
Acesso em 05 nov. 2014 (com adaptações) 
 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a 
alternativa correta: 
I De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa 
viável para atender à demanda de cidades com até 400 mil 
habitantes. 
II Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos 
de 1% do potencial eólico do país. 
III De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 
978%. 
Assim: 
Resposta Selecionada: b. 
Apenas a afirmativa II 
está correta. 
 
Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
São Paulo, a capital mundial do grafite 
A cidade mais populosa da América Latina concentra um 
dos mais grandiosos museus a céu aberto de arte urbana 
do mundo. Quando estiver andando por São Paulo, olhe 
para cima. Ou para os lados. Não importa muito se está 
caminhando por um bairro de classe média ou pela 
periferia. Há uma característica comum às diferentes 
regiões da maior cidade mais populosa da América Latina: 
os grafites e pichações, que vêm tomando conta dos 
muros nos mais de 1.500 quilômetros quadrados da área 
de extensão, estão transformando São Paulo na capital 
mundial do grafite. 
De maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os 
gostos. Mas é unânime a opinião de que São Paulo é uma 
cidade cinza, e o grafite insere cor a esse cenário. "O 
grafite é uma manifestação artística que faz parte do 
cotidiano de todos, quer você goste ou não. Ele se impõe", 
dizem os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, mais 
conhecidos como Os Gêmeos. A dupla de artistas é 
conhecida, ao redor do mundo, pelos trabalhos que 
misturam certo realismo fantástico com personagens bem 
característicos, sempre com cores e figuras geométricas 
parecidas. 
Os irmãos começaram a grafitar em 1987 no bairro onde 
cresceram, o Cambuci, na zona sul da capital paulista. "A 
arte não é para você gostar, é para você refletir e pensar", 
https://goo.gl/zGP0ZM
completa Thiago Mundano, 27 anos, que se autointitula 
“artivista”, por atrelar o grafite a ações sociais. 
Na Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem 
próximo a uma das duas rodoviárias da cidade, um grupo 
de 58 artistas fez 66 painéis, criando, em 2011, o primeiro 
Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo (MAAU). Eles 
levaram para as ruas uma das maiores características 
dessa arte: a acessibilidade. "O fato de a arte estar na rua 
já é muito mais democrático. A pessoa não precisa entrar 
numa galeria fechada para ver", diz a artista e grafiteira 
Prila Paiva, 35 anos. 
Organizado com autorização da Prefeitura, esse museu é 
uma exceção. Como o grande negócio do grafite é ocupar 
a cidade, os artistas nem sempre pintam em muros 
autorizados. Existe um aspecto de subversão, que envolve, 
entre outras coisas, "a adrenalina de pichar", segundo 
Mundano. Para ele, tudo é relativo. “Um outdoor é tão 
agressivo quanto um grafite. Eu posso achar ruim, para a 
minha filha, por exemplo, abrir a janela de casa e dar de 
cara com uma mulher de calcinha e sutiã numa 
propaganda para vender lingerie”. 
São Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa, 
durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), 
proibindo a propaganda em outdoors e em imóveis 
públicos e privados. Já em relação aos grafites, ainda não 
houve um acordo entre artistas e o poder público. Por isso, 
de um lado, a Prefeitura apaga, cobrindo com tinta cinza, 
muitos dos muros grafitados. De outro, grafiteiros e 
pichadores pintam os locais apagados novamente. "Nunca 
sentimos, por parte da prefeitura, interesse de entender e 
respeitar a cultura do grafite", contam Os Gêmeos. 
"Existem problemas sérios em São Paulo que precisam 
desse dinheiro do contribuinte, em vez de ser investido em 
tinta cinza para apagar trabalhos de arte". Mesmo assim, 
no final da gestão de Kassab, a Prefeitura publicou um guia 
bilíngue de lugares para ver os grafites na cidade, com uma 
pequena ficha de alguns artistas. 
Por tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra 
está lá e no outro pode já ter sido apagada, o consultor 
financeiro Ricardo Czapski e a produtora cultural Marina 
Gonzalez tiveram a ideia de eternizar algumas pinturas. 
Eles acabam de lançar o livro Graffiti em São Paulo, que 
nasceu de um acervo de mais de dez mil fotos que Czapski 
tirou, por cinco anos, de muros grafitados. "O grafite tem 
uma recepção muito boa em todos os níveis. Não tem mais 
aquela má impressão da arte marginal", diz Gonzalez. Com 
o passar dos anos, além do reconhecimento do público, o 
grafite foi se tornando um negócio mais rentável. Hoje, a 
arte urbana está presente em galerias e exposições pelo 
Brasil e pelo mundo. 
Pimp My Carroça: Exemplo do cunho social que o grafite 
pode desenvolver, em 2007, Thiago Mundano começou a 
pintar as carroças dos mais de 20.000 catadores de lixo 
reciclável de São Paulo que transportam, em um carrinho 
improvisado, toneladas de papelão, vidro e alumínio para 
os centros de reciclagem. "Percebi que essas pessoas são 
invisíveis, ninguém olha para elas", diz Mundano. 
A meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o 
tempo, Mundano viu que apenas pintar não bastava. As 
carroças precisavam de itens de segurança, como tintas 
refletoras para a noite, espelhos retrovisores, luvas e 
cordas para os catadores. Assim, nasceu o projeto Pimp 
My Carroça. 
Por meio do site de crowdfunding Catarse, Mundano 
arrecadou 64.000 reais (27,8 mil dólares), de 792 
apoiadores. O projeto cresceu, se transformou em um 
evento no centro de São Paulo, onde as carroças foram 
pintadas e os catadores ganharam camisetas, alimentos e 
uma consulta com um clínico geral. 
De lá pra cá, o Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do 
Paraná, no Sul do país, receberam uma edição do projeto, 
contabilizando mais de 120 voluntários e um número já 
incontável de carroças pintadas. O próximo passo é 
desenvolver um aplicativo para que qualquer um possa 
localizar os catadores que estiveremmais próximos e 
entregar a eles o lixo reciclável. 
 
 
Disponível em <https://goo.gl/zuZU2e>. 
Acesso em 05 jun. 2016 (com adaptações). 
 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I Apesar de haver controvérsias quanto a aceitação do 
grafite e da pichação como formas de arte, há indícios de 
que o reconhecimento dessas expressões artísticas está 
aumentando, como a criação do Museu Aberto de Arte 
Urbana de São Paulo. 
II O grafite agrava o preconceito social contra as pessoas 
mais pobres, uma vez que se trata de uma manifestação 
popular que não alcança o prestígio das artes oficialmente 
reconhecidas. 
III De acordo com o texto, o grafite e a pichação são 
comparáveis aos outdoors e deveria haver uma legislação 
semelhante à Cidade Limpa para proibir essas 
manifestações. 
IV A acessibilidade, a efemeridade e a relação com causas 
sociais são características da arte urbana. 
 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: d. 
I e IV. 
 
Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
 
Tá lá mais um corpo estendido no chão 
Flavio Moura 
 
 
Uma juíza de São Paulo mandou soltar o policial que 
matou o camelô Carlos Augusto Muniz Braga durante ação 
na Lapa, no último dia 18. De acordo com a ordem de 
soltura, o assassinato se deveu ao fato de que o braço 
esquerdo do PM foi seguro “bruscamente”. E ainda à 
situação tensa em que ele se encontrava, cercado de 
“populares insatisfeitos com a polícia no local”. 
 
 
O tumulto, no entender da juíza, justifica a necessidade de 
o policial “então encontrar-se armado”. O vídeo circulou 
por todo canto. O policial aponta por três minutos a arma 
em todas as direções. As pessoas em volta gritam “baixa a 
arma!”, enquanto dois colegas seus tentam imobilizar um 
vendedor de rua no chão. 
 
 
O vendedor se recusara a entregar os CDs piratas que 
tinha na mão. A polícia partiu pra cima e a situação se 
criou. 
Acuado, o assassino tira do bolso um spray de pimenta 
para dispersar o grupo ao redor. Ato contínuo, Carlos 
Augusto tenta tirar o spray de sua mão. É o que basta para 
ser executado. 
 
 
Ele ainda correu por alguns metros com a bala na cabeça, 
antes de tombar no asfalto. Isso às 17h, numa rua 
movimentada de um bairro de classe média de São Paulo. 
Não chega a surpreender a decisão da juíza (o nome da 
figura é Eliana Cassales Tosi de Melo e ela faz parte da 5a 
Vara do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo). A 
lógica peculiar é praxe entre seus colegas. Basta lembrar o 
juiz que recentemente queria manter preso o 
manifestante Fabio Hideki, detido injustamente em 
manifestação durante a Copa do Mundo, por considerá-lo 
“esquerda caviar”. 
 
 
O que assusta é a comoção relativamente branda em 
torno do episódio. Da declaração tosca do prefeito, “foi 
um ato isolado”, aos indignados de plantão das redes 
sociais, tudo se passou como se fosse mais um tropeço da 
polícia, entre tantos outros. 
 
 
Fiquei pensando o que ocorreria se a cena fosse na 
Paulista, nas manifestações de junho do ano passado. E se 
a vítima fosse um jovem de classe média quebrando uma 
vitrine de loja ou banco (gesto a meu ver mais grave do 
que vender CD pirata). O governo estadual corria o risco 
de ser deposto. 
Não custa lembrar que foi a violência policial o estopim 
para as manifestações de junho de 2013. As primeiras 
passeatas foram pequenas e reprovadas pela imprensa e 
pela maioria da população. Quando vieram à tona as cenas 
de manifestantes feridos por balas de borracha, o cenário 
virou. Dali em diante, os editoriais deram razão aos 
manifestantes e a classe média ganhou as ruas em defesa 
do direito de protestar. 
 
 
O episódio da semana passada me fez lembrar uma 
declaração do poeta Sergio Vaz, organizador dos saraus da 
Cooperifa. No documentário “Junho”, produzido pela TV 
Folha e bom retrato das manifestações do ano passado, 
ele pondera. “Bala de borracha? Se lá no meu bairro a 
polícia usasse bala de borracha meus amigos ainda 
estavam vivos”. 
Com todo respeito aos feridos em junho de 2013, o que se 
deu com o camelô Carlos Augusto é motivo para alguns 
milhares de passeatas. 
 
 
A letalidade da polícia brasileira é quatro vezes maior que 
a dos EUA e 100 vezes maior que a inglesa. Se antes o Rio 
era o palco dos principais descalabros da corporação, esse 
posto agora parece ser ocupado por São Paulo. Na véspera 
do assassinato na Lapa, a PM paulista transformou o 
centro da cidade num campo de guerra, com gás 
lacrimogêneo e barricadas em chamas para despejar 200 
ocupantes de um prédio vazio. 
 
 
Em apenas uma semana, a cidade viu repetir-se o 
despreparo e a truculência em duas regiões próximas. Se 
voltamos para trás no tempo, há exemplos a perder de 
vista. O governador segue blindado e na liderança das 
intenções de voto para as próximas eleições. E o prefeito, 
que não tem responsabilidade direta pela ação da PM, 
poderia retificar sua frase infeliz. 
 
 
Bem que a gente gostaria, mas o crime da semana passada 
não foi um ato isolado. 
 
 
Disponível em <https://goo.gl/rvlYxd>. 
Acesso em 7 nov. 2014. 
 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I O autor mostra-se indignado com a banalização da 
morte, afirmando que as pessoas não se mobilizam diante 
da violência da polícia, seja ela contra ricos ou pobres. 
II O autor destaca que a violência policial contra os 
trabalhadores e contra os moradores de periferia 
geralmente não ganha grande repercussão na mídia e não 
estimula protestos populares. 
III O objetivo do texto é criticar a pirataria, que é crime e 
gera confrontos entre ambulantes e policiais, espalhando 
violência pela cidade. 
IV O texto critica a violência da polícia brasileira, mas 
defende a atuação repressiva diante de manifestações e 
crimes, uma vez que é esse o papel da instituição. 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: e. 
II. 
 
 
 
 
 
Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
O que Portugal tem a ver com o Brasil 
Alexandra Lucas Coelho 
Os portugueses não parecem ter uma boa relação com os 
brasileiros, disse-me uma alemã, conhecedora profissional 
de Portugal e Brasil. Estávamos na Alemanha, o Brasil 
temia uma guerra civil, foi há dez dias. Agora, de volta a 
casa, continuo a pensar na observação desta veterana, 
que nada tinha de provocadora, era só vontade de 
entender. Mas é impossível ignorar o que se tem 
manifestado em Portugal de equívoco face ao Brasil ao 
longo destes dias. 
Segundo um desses equívocos, provável pai dos outros, o 
tema da colonização encerrou-se, chega de falar dele, é 
passado. Penso o contrário, que mal começamos, que é 
presente, e a atual crise brasileira acentua isso. Não só 
pelo que expõe das estruturas brasileiras, como pelo que 
revelou do olhar de Portugal sobre o Brasil, e sobre si 
mesmo. 
Com esse nome, o Brasil viveu 322 anos de ocupação 
portuguesa e 194 de independência. Se alguém acredita 
que o tempo da independência poderia já ter curado o 
tempo da ocupação, precisa de voltar à história luso-
brasileira, porque o alcance da violência vai longe, e em 
muitas direções. 
Esses 322 anos atuam diariamente naquilo que é hoje o 
Brasil, na clivagem entre São Paulo e o Nordeste, nos 
milhões que ainda moram em favelas na relação Casa-
Grande & Senzala das elites com os empregados, na 
violência da polícia que continua a ser militar, no 
desmando oligárquico dos que controlam aparelhos e 
estados, no saque catastrófico da natureza, na traição aos 
grupos indígenas, na evangelização dos pobres, 
radicalizando o conservadorismo num país onde se morre 
de aborto. Não é elenco para uma crônica, tem sido e será 
para muitas, livros, bibliotecas. 
O lulismo fez coisas importantes contra parte dessa 
herança (nas desigualdades mais urgentes, na cultura), 
não fez o suficiente contra boa parte disto (na educação, 
na saúde, na polícia), fez coisas que pioraram isto (um 
capitalismo com consequências devastadoras no 
ambiente e nas questões indígenas) e historicamenteproduziu uma geração que o critica e supera pela esquerda 
num caldo inédito de periferias politicamente 
empoderadas e uma nova faixa politizada vinda da elite. 
A violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas 
violências fundadoras da colonização portuguesa, 
extermínio indígena e escravatura africana. Os 
portugueses não inventaram a escravatura, mas 
inauguraram o tráfico em grande escala. Dos 12 milhões 
de indivíduos que as potências europeias deportaram de 
África até ao século XVIII, 5,8 milhões foram traficados por 
Portugal. Isto significa 47 por cento, ou seja, quase metade 
do tráfico foi assegurado por Portugal, e a maioria 
destinava-se a sustentar a colonização do Brasil. 
A escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os 
séculos XV e XVIII a forma portuguesa de a praticar foi 
secundada por ingleses, espanhóis, franceses, holandeses, 
sim. Mas a Portugal coube esta iniciativa: deportação em 
massa, para nela assentar a exploração brutal de um 
território gigante, à custa do qual um território minúsculo 
viveu, como toda uma bibliografia tem mostrado de forma 
cada vez mais desassombrada. 
Não aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que 
a maior parte dos portugueses faça ideia de que Portugal, 
sozinho, deportou tantos africanos como os judeus 
mortos no Holocausto, com a ajuda teológica e logística da 
Igreja Católica, depois de ter levado ao extermínio de 
ninguém sabe quantos índios, provavelmente não menos 
de um milhão. 
 
 
Com base no texto, assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: b. 
Os atuais problemas 
brasileiros, das mais 
diversas naturezas, 
tiveram origem no 
sistema português de 
colonização do Brasil, 
cujos reflexos são 
sentidos até hoje. 
 
Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
 
(Enade 2011). Leia o excerto a seguir: 
A definição de desenvolvimento sustentável mais 
usualmente utilizada é a que procura atender às 
necessidades atuais sem comprometer a capacidade das 
gerações futuras. O mundo assiste a um questionamento 
crescente de paradigmas estabelecidos na economia e 
também na cultura política. A crise ambiental no planeta, 
quando traduzida na mudança climática, é uma ameaça 
real ao pleno desenvolvimento das potencialidades dos 
países. O Brasil está em uma posição privilegiada para 
enfrentar os enormes desafios que se acumulam. Abriga 
elementos fundamentais para o desenvolvimento: parte 
significativa da biodiversidade e da água doce existentes 
no planeta; grande extensão de terras cultiváveis; 
diversidade étnica e cultural e rica variedade de reservas 
naturais. O campo do desenvolvimento sustentável pode 
ser conceitualmente dividido em 3 componentes: 
sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica 
e sustentabilidade sociopolítica. 
Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável 
pressupõe: 
Resposta Selecionada: b. 
A redefinição de critérios 
e instrumentos de 
avaliação de custo-
benefício que reflitam os 
efeitos socioeconômicos 
e os valores reais do 
consumo e da 
preservação. 
 
Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
 
Energia solar contra a escuridão do Amazonas: 
Brasil gera com placas fotovoltaicas apenas 0,02% da 
produção total de eletricidade 
Heriberto Araújo – 08 maio 2016. 
 
 
A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num 
lugar idílico em que a pegada humana esteja entre as 
menores do planeta. Mas a vida na maior reserva natural 
é dura para o homem, como Daniel Everett narrou em seu 
clássico Don‘t Sleep, There are Snakes (Não durma, há 
serpentes, sem tradução para o português). 
Comunidades inteiras vivem completamente 
desconectadas, e não apenas nas profundezas da selva, 
mas sim nas movimentadas margens dos rios — únicas 
vias de comunicação, num ambiente em que a eletricidade 
é um bem desejado, escasso e administrado a conta-gotas. 
“No Estado do Amazonas há mais de dois milhões de 
pessoas sem eletricidade de qualidade”, explica Otacílio 
Soares Brito, membro do Instituto de Desenvolvimento 
Sustentável Mamirauá. “A enorme área da floresta torna 
inviável a criação de uma rede de distribuição, e os 
povoados só conseguem produzir eletricidade das 6 às 10 
da noite, com geradores a gasolina fornecidos pelo 
Governo. Depois dessa hora acaba tudo: luz, refrigeração 
e lazer”, relata do município amazônico de Tefé. 
O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto 
para fornecer eletricidade por meio de painéis solares a 
dezenas de comunidades amazônicas de pescadores e 
camponeses, com o objetivo de melhorar suas condições 
de vida, segundo Soares Brito. 
Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas — um 
sistema flutuante, sobre boias no rio, e o outro no telhado 
de uma fábrica de gelo — para permitir, um, o envio da 
água desde o leito do rio até as casas, e o outro, a 
fabricação de barras de gelo. O fornecimento da água do 
rio por meio de uma bomba elétrica alimentada por 
painéis permitiu, entre outras coisas, que as crianças 
passassem a tomar quantos banhos quisessem sem que 
seus pais fiquem com medo que um jacaré lhes tire a vida 
na escuridão das margens. 
“Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas 
também queremos permitir que elas agreguem valor a 
produtos como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses 
produtos dificilmente podem ser comercializados no 
exterior ou simplesmente conservados”, diz Soares Brito. 
Os resultados positivos da fase experimental estão criando 
consciência nessa imensa região normalmente esquecida 
pelos centros brasileiros de poder, concentrados no 
Sudeste e que priorizam as políticas públicas nas regiões 
densamente povoadas (de eleitores). Um grupo de 
pescadores da comunidade amazônica de Boa Esperança 
pediu ao Mamirauá a construção de uma pequena fábrica 
– prevista para abril – com três congeladores alimentados 
por painéis solares para poder extrair das frutas a polpa, 
congelá-la e vendê-la em mercados situados a horas de 
barco do povoado, como Manaus. 
A revolução solar que alguns especialistas preveem para o 
Brasil durante a próxima década, após a implementação 
em 1º de março de novas regras que permitem, pela 
primeira vez, a geração distribuída de energia e sua ligação 
às redes de distribuição, trará consequências 
principalmente para os grandes centros urbanos. 
Depois de três anos de secas históricas e consequentes 
apagões, que evidenciaram a excessiva dependência do 
Brasil de seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de 70% 
da eletricidade consumida, milhões de brasileiros poderão 
se tornar agora prosumidores, neologismo que reflete o 
novo paradigma sob o qual parece avançar a geração de 
eletricidade: o consumidor é o produtor de pelo menos 
uma parte de sua demanda. 
“Estamos diante do início de uma revolução, porque pela 
primeira vez a sociedade brasileira pode participar 
diretamente da criação de uma nova matriz energética”, 
diz Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de 
Energia Fotovoltaica (Absolar). 
As regras aprovadas pela Agência Nacional de Energia 
Elétrica (Aneel) permitem, segundo Sauaia, “a geração 
compartilhada de energia solar entre vários clientes, que 
podem se agrupar em forma de consórcio ou de 
cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas 
fotovoltaicos domésticos ou comerciais à rede elétrica 
para abastecê-la quando os painéis produzirem mais do 
que o que é consumido, e vice-versa”. 
A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares 
em todas as residências do país, a produção de energia 
abasteceria mais que o dobro da totalidade da demanda 
dos domicílios brasileiros. Os especialistas indicam que a 
região brasileira menos exposta à irradiação solar tem 
potencial para gerar pelo menos 25% mais energia que a 
região mais favorecida na Alemanha, país que já gera cerca 
de 7% de sua eletricidade com placas fotovoltaicas. 
 
 
Disponível em <https://goo.gl/xzTS3i>. 
Acesso em 10 jun. 2016. 
 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I O novo paradigma da geração de energia elétricaé o de 
que o próprio consumidor produza 30% da sua demanda, 
tornando-se proconsumidor. 
II De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de 
painéis solares em todas as residências do país faria com 
que a produção brasileira de energia superasse a alemã 
em 18%. 
III O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem 
como foco comunidades da Amazônia, onde há 
aproximadamente dois milhões de pessoas sem acesso à 
energia elétrica de qualidade. 
IV O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta 
sua produção hidrelétrica e, por isso, a energia solar é uma 
boa alternativa. 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas a afirmativa III é 
correta. 
 
Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
 
Obesidade, consumo e política: uma conversa sobre as 
mudanças mundiais na alimentação 
Por que estamos engordando? O que a política tem a ver 
com os alimentos? Por que não vemos publicidade de 
legumes na TV? 
Essas e outras questões relacionadas às transformações 
na alimentação e suas consequências no cenário 
internacional foram abordadas por Pedro Graça, diretor 
do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação 
Saudável do Ministério da Saúde de Portugal e doutor em 
Nutrição Humana pela Universidade do Porto. Em visita ao 
Brasil, ele participou do Seminário Internacional: Escolhas 
Alimentares e seus Impactos, no Sesc Santos. Confira 
algumas questões levantadas. 
 
Estamos engordando: Ao comparar gráficos da presença 
da obesidade nas populações dos Estados Unidos e da 
área rural de Bangladesh, por exemplo, o professor Pedro 
Graça conclui: essa é uma epidemia global. A obesidade 
cresceu nos últimos 20 anos não só em países 
industrializados, com ampla oferta de alimentos, mas 
chegou até áreas rurais da Ásia. 
Os mais pobres engordam mais: Até recentemente, 
acreditava-se que essa era uma epidemia que atingia 
principalmente as populações que estavam melhorando 
economicamente, associada ao acesso à alimentação, ao 
acesso à caloria, à gordura, à proteína. Mas não é bem 
assim: “O que nós estamos a viver é não só o aumento da 
doença no mundo inteiro, mas, ao contrário do que se 
esperava, quem é mais afetada é a população mais 
carente, mais vulnerável. Pobreza e obesidade se 
aproximam de tal maneira que a pessoa pode ter fome e 
ser obesa ao mesmo tempo. Coisa que para nós da 
biologia é um paradoxo”, afirma. 
 
Somos treinados para engordar: “Nós somos uma 
máquina de engordar”. Isso porque a capacidade de 
acumular reservas de energia na forma de gordura foi 
essencial para a sobrevivência do ser humano, diante da 
escassez de alimentos. “O ser humano está preparado 
para lidar com a fome há dois milhões de anos. E começou 
a lidar com excesso de calorias há 50 anos. Não estamos 
preparados biologicamente para isso”, afirma Pedro. 
 
O que mudou?: Diversas alterações demográficas 
causaram mudanças na alimentação: a entrada da mulher 
no mercado de trabalho e na vida acadêmica, o 
envelhecimento da população e a necessidade de se 
trabalhar mais horas são alguns exemplos. E, se aumenta 
o tempo do trabalho, o que fica para trás é o tempo de 
cozinhar e de ficar com os filhos. Os alimentos que já vêm 
prontos têm, portanto, muito mais apelo do que aqueles 
que exigem tempo e conhecimentos culinários para o 
preparo. Além disso, em muitos lugares é mais fácil e 
barato encontrar produtos ultraprocessados e calóricos – 
ricos em açúcar, sal e gordura – em vez de alimentos 
frescos. 
 
Você já viu propaganda de alface na TV?: Provavelmente 
não. Mas vemos diariamente publicidade de produtos 
ultraprocessados e super calóricos, não é mesmo? Pedro 
Graça chama atenção para o fato de que grandes 
indústrias alimentícias lucram muito, enquanto quem 
trabalha no campo com frutas e legumes, em geral, tem 
ganhos pequenos e são os que mais sofrem com as 
oscilações na economia e nos preços dos alimentos. Assim 
fica fácil entender como um lado tem muito mais 
capacidade de investir e produzir comunicação 
(publicidade, marketing etc.) do que o outro. 
 
É preciso reconhecer o ambiente: De acordo com o 
pesquisador W. Philip James, durante décadas pensou-se 
que a atenção e o esforço individual fossem suficientes 
para prevenir a obesidade, porém depois de décadas 
desse esforço, as taxas de ganho de peso continuaram a 
subir. Essa epidemia reflete a presença de um ambiente 
tóxico ou obesogênico. Isso significa que não adianta 
ensinar as pessoas sobre alimentação saudável, se não há 
um ambiente favorável a isso, ou seja, se não há oferta de 
alimentos saudáveis em local próximo, a preços acessíveis. 
 
“Eu tenho primeiro que me preocupar com as condições 
que existem ou que eu posso criar para que o suco de 
laranja apareça, para em seguida dizer como é importante 
consumir suco de laranja”, exemplifica Pedro Graça. 
 
 
Disponível em <https://goo.gl/926x1l>. 
Acesso em 08 jun 2016 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a 
alternativa correta: 
I De acordo com o texto, o cuidado com o peso é uma 
questão de educação individual e a obesidade aumenta 
entre os mais pobres por falta de instrução. 
II As alterações no modo de vida têm responsabilidade 
pelo aumento da obesidade, uma vez que há incentivo ao 
consumo de produtos ultraprocessados, mais práticos do 
que os alimentos frescos. 
III A melhora econômica facilita o acesso da população 
aos alimentos e, consequentemente, aumenta a 
prevalência de obesidade... 
IV A propaganda e o marketing têm influência sobre a 
venda de produtos industrializados e atingem apenas as 
regiões urbanas. 
Assim: 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas a afirmativa II 
está correta. 
 
Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
 
Geografia e meio ambiente: uma análise da legislação 
dos resíduos sólidos. 
Fernanda Sampaio da Silva 
O processo de industrialização foi responsável por grandes 
transformações urbanas. Influenciou a multiplicação de 
diversos ramos de serviços que caracterizam a cidade 
moderna. Também influenciou no desenvolvimento dos 
meios de transporte e comunicação, que interligaram 
distintas regiões. Foi responsável pela maior 
produtividade e pela consequente elevação da produção 
agrícola. Contribuiu ainda com o êxodo rural. 
 
Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos 
hábitos de consumo, criou novas profissões, promoveu 
uma nova estratificação da sociedade e uma nova relação 
desta com a natureza. Algumas das tecnologias existentes 
hoje no mercado ainda trazem problemas ao meio 
ambiente. 
 
Entre os resíduos gerados pelo avanço desenfreado da 
produção e do consumo são encontrados os resíduos 
sólidos industriais, que podem trazer impactos com 
consequências para a saúde das pessoas e ao meio 
ambiente, desde uma escala local até mesmo global. 
 
Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos 
industriais, minimizando possíveis impactos negativos ao 
meio ambiente, é necessário que haja um processo de 
gestão para a diminuição de resíduos durante o processo 
produtivo e/ou, quando possível, substituição do material 
utilizado, por outro que tenha maior facilidade de ser 
reciclado. Portanto, a reciclagem é um elemento 
importante para a minimização de resíduos em lixões e 
aterros sanitários. 
 
[...] Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos 
industriais em locais inapropriados constituem um 
problema ambiental e, por isso, seu gerenciamento deve 
ocorrer de forma correta e dentro da legislação, para que 
não seja comprometida a qualidade de vida das pessoas e 
do meio ambiente. 
 
O controle do acondicionamento, armazenamento e 
destinação final dos resíduos sólidos perigosos deve 
ocorrer de acordo com a norma ABNT - NBR 1004 de 2004, 
que faz uma classificação dos resíduos. Os resíduos são 
classificados em Classe I quando se trata de resíduos 
sólidos perigosos (classificados pelo seu grau de risco a 
saúde pública) e Classe II quando são resíduos não 
perigosos. 
 
Os resíduosde Classe II são subdivididos em: Classe II A, 
quando não são inertes e Classe II B, inertes. Os resíduos 
sólidos gerados devem ser controlados nas indústrias, pois 
fazem parte do licenciamento pelo órgão ambiental 
competente. 
 
Por isso, para que esse órgão tenha conhecimento dos 
resíduos gerados, o Conselho Nacional do Meio Ambiente 
- CONAMA dispõe de uma resolução com o objetivo de 
inventariar os resíduos sólidos gerados em todo o país, 
para que seja elaborado o Plano Nacional para 
Gerenciamento de Resíduos Sólidos Gerados. O inventário 
é elaborado a partir de informações como quantidade, 
formas de acondicionamento e armazenamento e 
destinação final, enviadas trimestralmente ao órgão 
estadual competente (Resolução CONAMA Nº 313/2002). 
 
 
Disponível em < https://goo.gl/06swDe>. 
Acesso em 12 nov. 2014 (com adaptações). 
Com base nas informações do texto, analise as afirmativas: 
I O controle da geração de resíduos sólidos industriais 
depende da conscientização do consumidor a fim de que 
modifique seus hábitos. 
II A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada 
ao gerenciamento do acondicionamento, armazenamento 
e destinação final dos resíduos classificados como 
perigosos. 
III A resolução CONAMA Nº 313/2002, que trata do Plano 
Nacional para Gerenciamento de Resíduos Sólidos, tem 
como objetivo conscientizar a área industrial para que 
exista a redução da geração de resíduos sólidos. 
Com base nas informações do texto, assinale a alternativa 
correta: 
Resposta Selecionada: e. 
Nenhuma afirmativa está 
correta. 
 
 
Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir: 
 
 
Quem tem o direito de falar? 
https://goo.gl/06swDe
Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas 
de seu grupo é uma forma astuta de silenciamento. 
 
 
A política não é uma questão apenas de circulação de bens 
e riquezas. Ou seja, ela não se funda simplesmente em 
uma decisão a respeito de como as riquezas e os bens 
devem circular, como eles devem ser distribuídos. Embora 
essa seja uma questão central que mobiliza todos nós, ela 
não é tudo, nem é razão suficiente de todos os fenômenos 
internos ao campo que nomeamos "política". Na verdade, 
a política é também uma questão de circulação de afetos, 
da maneira com que eles irão criar vínculos sociais, 
afetando os que fazem parte destes vínculos. 
A maneira com que somos afetados define o que somos e 
o que não somos capazes de ver, o que somos e não somos 
capazes de sentir e perceber. Definido o que vejo, sinto e 
percebo, define-se o campo das minhas ações, a maneira 
com que julgarei, o que faz parte e o que está excluído do 
meu mundo. 
 
 
Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos 
políticos de 2015 foi a circulação de uma mera foto, a foto 
do menino sírio morto em um naufrágio no Mar 
Mediterrâneo. Nesse sentido, foi muito interessante 
pesquisar as reações de certos europeus que invadiram 
sites de notícias de seu continente com posts e 
comentários. 
 
 
Uma quantidade impressionante deles reclamava 
daqueles jornais que decidiram publicar a foto. Por trás de 
sofismas primários, eles diziam basicamente a mesma 
coisa: "parem de nos mostrar o que não queremos ver", 
"isto irá quebrar a força de nosso discurso". 
 
 
Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à 
condição de administrar uma certa zona de invisibilidade. 
É necessário que certos afetos não circulem, que a 
humanização bruta produzida pela morte estúpida de um 
refugiado não nos afete. Todo fascismo ordinário é 
baseado em uma desafecção. Toda verdadeira luta política 
é baseada em uma mudança nos circuitos hegemônicos de 
afetos. Prova disso foi o fato de tal foto produzir o que 
vários discursos até então não haviam conseguido: a 
suspensão temporária da política criminosa de indiferença 
em relação à sorte dos refugiados. 
 
 
Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras 
formas. De fato, sabemos como faz parte das dinâmicas do 
poder decidir qual sofrimento é visível e qual é invisível. 
Mas, para tanto, devemos antes decidir sobre quem fala e 
quem não fala, qual fala ouvirei e qual fala representará, 
para mim, apenas alguma forma de ressentimento. 
 
 
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é 
simplesmente calar quem não tem direito à voz. Isso é o 
que nos lembram todos aqueles que se engajaram na luta 
por grupos sociais vulneráveis e objetos de violência 
contínua (negros, homossexuais, mulheres, travestis, 
palestinos, entre tantos outros). 
 
 
Mas há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em 
limitar sua fala. Assim, um será a voz dos negros e pobres, 
já que o enunciador é negro e pobre. O outro será a voz 
das mulheres e lésbicas, já que o enunciador é mulher e 
lésbica. A princípio, isto pode parecer um ato de dar voz 
aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros 
falem sobre os problemas dos negros, mulheres falem 
sobre os problemas das mulheres, e por aí vai. 
 
 
No entanto, essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e 
deveríamos estar mais atentos a tal estratégia de 
silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a 
acreditar que negros devem apenas falar dos problemas 
dos negros, que mulheres devem apenas falar dos 
problemas das mulheres. 
 
 
Pensar a política como circuito de afetos significa 
compreender que sujeitos políticos são criados quando 
conseguem mudar a forma como o espaço comum é 
afetado. Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes 
não circulavam, mas quando aceito limitar minha fala pela 
identidade que supostamente represento, não mudarei a 
forma de circulação de afetos, pois não conseguirei 
implicar quem não partilha minha identidade na narrativa 
do meu sofrimento. 
 
 
Minha produção de afecções continuará circulando em 
regime restrito, mesmo que agora codificada como região 
setorizada do espaço comum. Ser um sujeito político é 
conseguir enunciar proposições que implicam todo 
mundo, que podem implicar qualquer um, ou seja, que se 
dirigem a esta dimensão do "qualquer um" que faz parte 
de cada um de nós. É quando nos colocamos na posição 
de qualquer um que temos mais força de desestabilização 
de circuitos hegemônicos de afetos. 
O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na 
posição de qualquer um. 
 
 
Disponível em <goo.gl/oWm9nF>. 
Acesso em 13 jun. 2016. 
 
Leia as afirmações a seguir: 
I Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo 
silenciados, pois vivemos em um regime autoritário, não 
democrático. 
II O autor defende que os políticos sejam os legítimos 
representantes dos grupos minoritários, já que as 
minorias tendem a ser silenciadas na sociedade. 
III A publicação da foto do menino sírio, morto no 
naufrágio ao tentar chegar à Europa como imigrante, foi, 
segundo o texto, uma forma de sensacionalismo da 
imprensa e, por isso, gerou conflitos políticos. 
Assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: e. 
Nenhuma alternativa é 
correta. 
 
 
 
Pergunta 10 
0 em 1 pontos 
 
 
(Enade 2011) Leia o poema a seguir: 
Retrato de uma princesa desconhecida 
Para que ela tivesse um pescoço tão fino 
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule 
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos 
Para que a sua espinha fosse tão direita 
E ela usasse a cabeça tão erguida 
Com uma tão simples claridade sobre a testa 
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos 
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes 
Servindo sucessivas gerações de príncipes 
Ainda um pouco toscos e grosseiros 
Ávidos cruéis e fraudulentos 
Foi um imenso desperdiçar de gente 
Para que ela fosse aquela perfeição 
Solitária exilada sem destino 
 
ANDRESEN, Sophia. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 
73. 
 
 
No poema, a autora sugere que: 
Resposta Selecionada: c. 
A beleza da princesa é 
desperdiçada pela 
miscigenação racial. 
 
 
	Pergunta 1
	Pergunta 2
	Pergunta 3
	Pergunta 4
	Pergunta 5
	Pergunta 6
	Pergunta 7
	Pergunta 8
	Pergunta 9
	Pergunta 10

Outros materiais