Resenha crítica de caso - Sustentabilidade em Gestão de Pessoas

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
Stephanie Viviane Costa Pelozini 
 
 
 
Trabalho da disciplina Sustentabilidade em Gestão de Pessoas 
Tutor: Prof. Helem Borges Figueira 
 
 
Itu/SP 
2021 
http://portal.estacio.br/
 
 
 
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IMPORTÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE PARA A SOBREVIVÊNCIA DAS EMPRESAS 
 
 
Referências: Silva, Daniela da. Estender, Antonio Carlos. Macedo, Daniela Luisa de. 
Murarolli, Priscila Ligabo. Empreendedorismo, Gestão e Negócios, v. 5, n. 5, Mar. 2016, 
p. 74-91 
 
 
Esta resenha crítica apresenta a importância da sustentabilidade nos dias de hoje, exemplos 
de grandes empresas focadas em sustentabilidade, o resumo de um pesquisa feita sobre o 
assunto onde é possível perceber o quão esse tema é cada vez mais essencial para as 
empresas que desejam se manter neste mercado cada dia mais competitivo. 
Foi nesse início de século que a preocupação com o meio ambiente foi evidenciada, por 
conta dos efeitos de desequilíbrio causados pelo homem. O termo “desenvolvimento 
sustentável” surgiu na década de 80, onde as grandes industriais passaram a refletir sobre os 
danos causados ao meio ambiente através de suas produções. 
Existem 4 motivos pelo qual as empresas devem se preocupar em conquistar a 
sustentabilidade: a primeira delas esta relacionada a busca por inovações tecnológicas, a 
segunda seria o envolvimento em decisões políticas e regulamentares do governo, a terceira 
seria tornando-se integradora do meio social acumulando poder, recursos e conhecimento 
para influenciar em questões do quesito ambiental e a última estaria ligada ao benefício 
obtido com a criação de inovações em produtos e serviços, resolvendo problemas 
ambientais. 
Atualmente são poucas as empresas que investem em um sistema de gestão ambiental, 
ainda existe o pensamento de que ser sustentável “custa caro” e a falta de análise de custos 
e benefícios por parte dos administradores, gerando ainda mais lentidão na aplicação de uma 
gestão ambiental mais eficiente. 
Para que uma empresa tenha êxito nesse aspecto, é necessário entender o significado de 
sustentabilidade e então trazer ela para o planejamento estratégico, identificando todas as 
áreas e atividades que podem ser impactadas, trazendo ao conhecimento de todos os 
funcionários o que mudará na rotina e o que deve mudar no comportamento deles. 
 
 
 
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É compreensível que no início haja algum tipo de resistência por parte dos funcionários, mas 
conforme as práticas vão sendo inseridas no dia a dia, a sustentabilidade acaba se tornando 
um hábito e isso acaba refletindo diretamente na redução de custos da empresa. 
Hoje em dia as empresas que incorporam práticas sustentáveis, adotam uma postura de 
respeito ao meio ambiente e ao negócio, reduzindo insumos e custos, podendo gerar 
também receitas adicionais a partir de produtos melhores. 
É importante ressaltar que sustentabilidade não se limita apenas as questões ambientais, 
mas também a questões econômicas e sociais, e que todos esses pilares somados se 
tornam um diferencial entre as empresas no mercado. 
Nem todas as práticas sustentáveis requerem grandes investimentos, muitas das vezes 
pequenas ações já geram mudanças de hábitos na rotina da empresa e dos colaboradores. 
Acredita-se que ao gerar experiências práticas, é possível mostrar o quão viável é ser uma 
empresa sustentável nos dias de hoje. 
O termo "sustentável" provém do latim sustentare e significa: sustentar; defender; favorecer, 
apoiar; conservar, cuidar. A sustentabilidade tem como objetivo a melhoria na qualidade de 
vida do indivíduo e a redução nos impactos ambientais. É por isso que esse assunto tem se 
tornado rotineiro nas discussões das empresas, das agências e departamentos 
governamentais, das organizações não governamentais, no meio acadêmico e na mídia. 
As empresas que demonstram interesse na sustentabilidade, são aquelas que já perceberam 
a importância desse critério para sua sobrevivência perante a concorrência. 
O termo gestão ambiental é utilizado para denominar a gestão empresarial em que o foco é 
evitar na medida do possível, os problemas causados pelas empresas ao meio ambiente. A 
gestão ambiental esta totalmente ligada às normas elaboradas pelas instituições públicas, 
que regulamentam sobre o descarte de resíduos, volume de esgoto, uso de produtos 
químicos e substância tóxicas, consumo de água, entre outras ações que impactam 
diretamente o meio ambiente. 
Uma visão voltada à sustentabilidade é o que se espera dos administradores atuais, em que 
maximizem cada vez mais a valorização do meio ambiente em suas decisões, adotando 
princípios administrativos e tecnológicos que contribuam para o sustento do mundo. 
Com a escassez dos recursos naturais, a gestão ambiental tem sido tema presente em 
pautas de empresas do mundo todo e se tornado um fator determinante quando o assunto é 
investimento. Grandes investidores têm procurado investir seus recursos em empresas que 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim
 
 
 
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possuem iniciativas voltadas à sustentabilidade, a exemplo disso, temos um índice de 
sustentabilidade empresarial (ISE) da Bovespa, que lista justamente as empresas que 
possuem boa performance em relação a gestão ambiental. 
É a constante busca por iniciativas voltadas a sustentabilidade que mantem as empresas 
competitivas e colaboram para sua sobrevivência. 
Existem duas maneiras em que as empresas podem abordar questões de sustentabilidade. A 
primeira delas esta voltada ao investimento em projetos e processos de redução no consumo 
de recursos naturais e energia, fazendo uso de energia limpa e gerando menos resíduos 
poluentes, buscando relacionamento com autoridades governamentais, ONGs, comunidade, 
associações de classe, tendo como principal objetivo a obtenção de resultados positivos em 
relação aos impactos ambientais no local onde a empresa desenvolve suas atividades. A 
segunda maneira, seria através do financiamento de projetos que apoiem a comunidade, 
estejam eles ligados direta ou indiretamente aos negócios da empresa. 
O maior desafio em relação a gestão sustentável fica a cargo dos administradores das 
empresas, que são os principais responsáveis por difundir o conceito em todos os níveis da 
empresa, acompanhando para que as iniciativas sejam colocadas em prática e incorporadas 
no dia a dia dos colaboradores. Por ser um tema importante, deve fazer parte do 
planejamento estratégico da empresa e não apenas do planejamento tático e operacional. 
Como trabalho desenvolvido pelos autores deste artigo, foi realizada uma pesquisa 
qualitativa, descritiva, onde os dados foram levantados através de fontes bibliográficas, 
documentais em entrevistas nas cidades de Arujá e Guarulhos, sendo assim, não houve uma 
delimitação em relação ao número adequado de sujeitos entrevistados. 
As entrevistas foram realizadas individualmente pelos escritores, em seus respectivos locais 
de trabalho, com funcionários de diferentes níveis hierárquicos, totalizando 50 colaboradores 
entrevistados entre os dias 01 de setembro à 20 de setembro de 2014, durante o horário 
comercial. 
Os colaboradores entrevistados foram escolhidos pelo critério de estarem relacionados, 
direta ou indiretamente, com o tema “A importância da sustentabilidade para a sobrevivência 
das empresas”. 
Pode-se dizer que o que deu início às drásticas alterações no meio ambiente, foi a revolução 
industrial que teve início no século XVIII, na Inglaterra, juntamente com o crescimento 
econômico desalinhado e o uso desenfreado dos recursos naturais. Além disso existiram 
 
 
 
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diversos acidentes industriais que causaram sérios dados irreversíveis ao meio ambiente, 
alertando então para a gravidade do problema. Foi somente na metade do século XX que 
iniciaram um movimento global para tratar com mais atenção sobre o tema sustentabilidade.Foram criados diversos modelos de gestão empresarial para incorporar as dimensões da 
sustentabilidade no âmbito empresarial. Um dos conceitos mais conhecidos é o Triple Bottom 
Line, também conhecido como os “3 Ps”: People, Planet and Profit, onde People refere-se ao 
capital humano da empresa, Planet o capital natural da empresa ou sociedade e o Profit é o 
lucro. 
Nem todas as práticas sustentáveis exigem investimento. Na maioria dos casos, a adoção de 
pequenas práticas, mudanças em simples processos, acabam resultando em projetos bem 
sucedidos em pequenas e grandes empresas, demonstrando experiência para seguir com 
novas medidas relacionadas à sustentabilidade. 
Grandes empresas são exemplos nos dias de hoje. Uma delas é a Natura, uma empresa de 
cosméticos que tem a sustentabilidade em seu DNA, sendo referência de comportamento 
empresarial voltado à sustentabilidade. A empresa tem criado diversas iniciativas voltadas a 
sustentabilidade, tornando-se um exemplo a ser seguido e ganhando notoriedade ao marcar 
presença nas 14 edições da Revista Exame de Sustentabilidade. 
Dentre as inúmeras iniciativas da Natura, existe a linha de produto “Sou”, criada em 2014, 
onde optaram por não usar corantes nos produtos, utilizando uma fragrância única para a 
linha, cortando gastos com água e energia que antes eram usados para realizar a limpeza 
dos equipamentos para produção de produtos com aroma diferente, gerando uma redução 
no custo de produção, consumindo menos plásticos, emitindo menos gás carbônico e 
gerando 1/3 de resíduos. 
Outro exemplo é a IBM, que marcou presença em 2 edições da revista Exame 
Sustentabilidade e criou no ano de 2011, um programa chamado Desafio para as Cidades 
Mais Inteligentes, onde o principal objetivo era a transferência de conhecimento para as 
prefeituras, onde a comunidade cadastrava a cidade no programa e descreviam a grande 
dificuldade enfrentada pela administração atual da cidade. A IBM, selecionava de 6 a 8 
executivos e enviava o grupo para a cidade escolhida com a missão de mudar o 
entendimento do gestor público a cerca do problema, desenvolvendo ações de melhoria para 
os problemas identificados. 
 
 
 
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Entre alguns exemplos, podemos citar o Rio de Janeiro, onde o programa ajudou no combate 
a enchentes e aumentou a comunicação sobre o assunto através das redes sociais. Em 
Curitiba, incentivou e aproximou os habitantes a participar mais ativamente das decisões da 
cidade. Em porto Alegre, incentivou os taxistas a aumentar o atendimento através de 
aplicativos de celular. Pode-se dizer que o retorno que a IBM tem com esse projeto é em 
relação ao capital humano, onde possibilita aos profissionais inseridos no programa o 
sentimento de “fazer a diferença no mundo” através de pequenos projetos. 
Outro grande exemplo é o da empresa Conde do Sanduíche, que foi fundada em 2008 e 
conta com apenas 2 lojas. Suas práticas sustentáveis reduziram o consumo e as despesas 
com energia elétrica, realizando troca de lâmpadas por outras mais econômicas e otimizando 
o uso dos freezers nas lojas. 
Além dessas iniciativas, também realiza a separação do lixo reciclável (plástico e alumínio), 
revertendo o valor da venda desses itens em lucro de quase R$ 600,00 por mês – 
equivalente ao custo de energia elétrica de uma loja. O encaminhamento do óleo de cozinha 
para uma empresa de biodiesel, cujo valor é trocado e doado às entidades que cuidam de 
crianças com câncer. 
Outro grande exemplo de gestão sustentável é da empresa Romavil Autocenter, que investiu 
em reformas de suas instalações, pagando por taxas e realizando adequações para o 
licenciamento ambiental. A reforma propiciou a instalação de caixas separadoras de água e 
óleo, permitindo o descarte mais seguro dos rejeitos na rede de esgoto e realizando o 
descarte correto de resíduos contaminados através de empresa especializada. Realizando a 
venda de sucatas e pneus usados em bom estado. Fazendo a troca da bomba d’água do 
lava-jato que consumia 800 litros por hora, por uma bomba de pressão que reduz o consumo 
hídrico para 100 litros por hora. Substituição de lâmpadas mais econômicas e com vida útil 
maior, gerando uma economia em torno de 10% ao mês. 
Uma iniciativa bacana é a de captar o resíduo de óleo lubrificante que ficava na embalagem. 
Eles passaram a colocar as garrafas de boca para baixo em uma plataforma, reaproveitando 
as gotas e vendendo posteriormente como óleo virgem. Esse valor da venda era usado para 
pagar o café da manhã das segundas-feiras, que era o dia em que a equipe se reunia com o 
dono da empresa. Cada funcionário tinha sua caneca e o uso de copos descartáveis ficava 
restrito apenas aos clientes. Teve redução do uso de papel sulfite também, com o uso de e-
 
 
 
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mail para envio de boletos e notas fiscais, e o ajuste na formatação da ordem de serviço de 1 
página inteira, para ½ página. 
Os exemplos citados anteriormente, demonstram que pequenas atitudes podem sim gerar 
impacto no todo. Para que a sustentabilidade seja uma das estratégias organizacionais, tanto 
o administrador como os funcionários devem estar envolvidos nas ações e buscar 
conhecimento contínuo. 
Para que esse assunto seja incorporado com sucesso na empresa, é necessário que o 
administrador invista em ações que aumente a interação entre os envolvidos, incentivando 
novas ideias através de reuniões para tratar sobre o assunto, e com isso, os funcionários 
receberiam recompensas como cursos, prêmios, remuneração ou algum tipo de valorização 
diferenciada. 
Com a pesquisa foi observado que as empresas devem contribuir com uma produção cada 
vez mais limpa, reduzindo progressivamente o impacto de suas produções ao meio 
ambiente, que deve ser compatível com o objetivo social da empresa ou então sendo um 
diferencial para agregar valor à organização. Outro ponto importante apontado pela pesquisa 
foi o nível baixo de conhecimento dos entrevistados de diferentes níveis de escolaridade em 
relação a sustentabilidade, mesmo entre as empresas que já possuem programas 
sustentáveis. Foi possível identificar que para a grande maioria, o termo sustentabilidade 
esta ligado apenas às questões ambientais, não considerando aspectos sociais e 
econômicos. 
Embora o resultado da pesquisa tenha transparecido um conhecimento limitado sobre o tema 
entre os entrevistados, percebeu-se que eles eram capazes de relacionar algumas práticas 
sustentáveis às oportunidades de ganhos para a empresa onde trabalham. 
O maior problema identificado estava relacionado à administração, que tem o foco apenas 
voltado ao lucro, deixando as práticas sustentáveis de lado. Pode-se dizer que o 
administrador é o principal agente de mudança dentro da organização por ser peça 
fundamental para o desenvolvimento sustentável, tendo potencial de trazer retornos 
econômico-financeiros, oportunidades para novos negócios, tendo esse diferencial no 
mercado competitivo. 
Foi constatado que para grande parte dos entrevistados o tema é fortemente ligado a 
questões ambientais, deixando de lado aspectos sociais e a econômicos. Outra constatação 
 
 
 
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é de que é possível sim obter retornos financeiros de investimentos voltados à 
sustentavilidade através de simples ações ou de grandes investimentos de tecnologias. 
Outras empresas já veem que a sustentabilidade é um dos requisitos para sua reputação no 
mercado, mas infelizmente adotam práticas sustentáveis da porta pra fora, deixando de 
investir em ações internas. 
Para que a gestão sustentável ganhe ainda mais força, é necessário haver mudança de 
comportamento e uma busca constante pelo conhecimento em relação a temática em 
questão. Fica claro também que nos dias de hoje, as práticas sustentáveis são um dos 
principais motivos da longevidade de muitas empresas do mercado, sejam elas pequenas ou 
grandes. 
Com essa análise foi possível identificar a importância da sustentabilidadenas ações diárias 
das empresas, não apenas para garantir sua sobrevivência, mas também como uma forma 
de se perpetuar neste mercado cada dia mais competitivo. 
Para que seja possível implantar a sustentabilidade nas empresas, é necessário focar na 
mudança cultural, na mudança de pensamento, onde esse tema deve ser considerado como 
parte importante da estratégia da empresa, também deve ser uma filosofia da administração, 
incluindo o tema também com um dos valores para os funcionários, para os processos 
produtivos, futuras parcerias e prospecções no mercado.