Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aula 1 Introdução M od el ag em e si m ul aç ão d e p ro ce ss os D ou gl as R ic ht er , M .S c. – 20 21 Modelos e aplicações Classificação de modelos matemáticos Conteúdo Como obter modelos Aplicações e exemplos 0 1 0 2 0 4 0 3 1. Modelos e aplicações Conceitos e nomenclatura fundamentais para o entendimento do conteúdo Tipos de modelos Protótipos, plantas-piloto, unidades semi- industriais Representação abstrata da realidade, feita através de equações FÍSICOS MATEMÁTICOS O que é um modelo matemático? EYKHOFF (1974) É uma representação dos aspectos essenciais de um sistema, que apresenta conhecimento do mesmo de forma utilizável. DENN (1986) É um sistema de equações cuja solução, dado um conjunto de dados de entrada, é representativa da resposta do processo. RICHTER (2021) É uma aplicação de ferramentas matemáticas, de forma lógica e direta, que retorna um resultado associado a uma confiabilidade. Simulação é a obtenção da resposta temporal das variáveis de interesse […] de um modelo, quando se excita suas variáveis de entrada com sinais desejados e se definem os valores das condições iniciais das variáveis dependentes.” “ —Garcia, 2009 EQUAÇÕES Aproximação do modelo real, mas nunca a realidade! CUSTO O profissional deve conciliar o custo da obtenção do modelo e seu resultado prático (precisão) ESCOPO A disciplina terá seu foco em processos conhecidos dos alunos Pontos importantes ao determinar um modelo 02 03 01 f (X, Y, P) YX P 8 PROJETO de equipamentos e unidades industriais completas, desde o conceito até o detalhamento OPERAÇÃO inclusive pré-operação de unidades industriais, facilitando a posta em marcha, o comissionamento ou o descomissionamento SISTEMAS DE CONTROLE Definição de características operacionais fundamentais de sistemas de controle OTIMIZAÇÃO Com modelos estáticos, busca maximizar rendimentos e minimizar custos Aplicações de modelos na engenharia 2. Classificação de modelos Tipos de modelos matemáticos e suas aplicações específicas na engenharia Com relação aos parâmetros Variações espaciais desprezadas. Propriedades e estados do sistema são considerados homogêneos em todo o volume de controle Geram sistemas de EDOs Consideram variações espaciais no comportamento das variáveis (sistemas reais) Geram sistemas de EDOs parciais CONCENTRADOS DISTRIBUÍDOS Com relação à linearidade Variáveis dependentes ou suas derivadas aparecem apenas no primeiro grau Regra da superposição é aplicável: J(x1 + x2) = J(x1) + J(x2) J(kx) = k. J(x) Variáveis aparecem no segundo e terceiro graus, e assim por diante LINEARES NÃO LINEARES Com relação à continuidade Variáveis podem assumir qualquer valor dentro de um determinado intervalo Variáveis assumem somente valores específicos em dado intervalo CONTÍNUO DISCRETO Com relação ao tempo Ou estacionário, ou invariante no tempo Variáveis permanecem constante ao longo do tempo Modelo = sistema de equações algébricas Ou transiente ou transitório Variáveis variam ao longo do tempo (independentes) Solução completa abrange regimes permanente e transitório (EDOs) ESTÁTICO DINÂMICO 3. Como obter modelos Maneiras, justificativas, aplicações Dependendo de como é obtido, como se enquadra um modelo? TEÓRICO (OU ANALÍTICO) Desenvolvido com o uso dos princípios de Física e Química e suas diversas aplicações em problemas de engenharia (FT, Termo, etc.) Possível extrapolação EMPÍRICO (OU EURÍSTICO) Desenvolvido a partir da observação direta dos dados operacionais do processo, relações causa-efeito, relações entre dados de entrada e saída Extrapolação difícil POR ANALOGIA Utiliza equações que descrevem um sistema parecido (análogo), com variáveis identificadas individualmente Extrapolação pode ser inútil (efeito de escala) EQUAÇÕES LINEARES EQUAÇÕES NÃO LINEARES N° DE EQUAÇÕES Uma Algumas Muitas Uma Algumas Muitas Algébrica Trivial Fácil PI Muito difícil Muito difícil Impossível EDO Fácil Difícil PI Muito difícil Impossível Impossível Diferencial parcial Difícil PI Impossível Impossível Impossível Impossível Problemas matemáticos e suas soluções por métodos analíticos Estágios no estudo da dinâmica de sistemas Validação do modelo Testes para coleta de dados Estágio A: Modelamento matemático Estágio B: Comportamento dinâmico Estágio C: Aplicação da solução encontrada Comportamento dinâmico medido Correções no modelo físico Modelo matemático Eventuais alterações no sistema real Sistema real Comport. din. previsto 4. Aplicações e exemplos Achou que ia ficar só olhando de câmera fechada? Elementos característicos de processos industriais Atraso de transferência Armazenam energia mecânica (inércia), elétrica (capacitância), térmica (capacitância térmica) e fluidos (tanques) Resistem à transferência de energia Atrito, resistores, perda de carga e resistência térmica CAPACITÂNCIA RESISTÊNCIA É a combinação entre capacitância e resistência, que corresponde a um atraso na saída (variável) do processo. Constante de tempo: atraso de transferência de primeira ordem Multiplicando unidades coerentemente, tem-se o atraso RC, ou capacitivo, ou lag Atraso de transferência Atraso de transferência numa armazenagem de fluidos Supondo não haver perdas de calor, fluido com densidade constante, regime estacionário Ao variar T1 (degrau), T2 lentamente entra em equilíbrio (função de Arrhenius) Considere o degrau como a variação entre o T1 inicial e o T1 no tempo t Atraso de transferência numa armazenagem de fluidos 𝑇2 𝑡 = 𝑇2,0 + 𝐴 1 − 𝑒 − 𝑡 𝜏𝑇 , t > 0, onde 𝜏𝑇 = 𝑉 𝑄 𝐴 = 𝑇1 𝑡 − 𝑇1,0 Atraso de transferência numa armazenagem de fluidos 𝜏𝑇 = 𝑃 𝑄 . 𝑉 𝑃 = 𝑉 𝑄 = 𝑅. 𝐶 Na equação anterior, fazendo t = τt, determina-se o ponto intermediário no gráfico Este problema equivale-se ao circuito elétrico RC em série, com uma tensão E E se fôssemos modelar H em vez de T, com escoamento por gravidade? 25 Sistemas de primeira ordem Sistemas cuja resposta seja afetada por um atraso de transferência de primeira ordem e possuem a seguinte equação constitutiva, considerando ganho K não unitário: 𝐺 𝑠 = 𝐾 1 + 𝑠. 𝜏 26 Atraso de transporte (θ) No exemplo, é o tempo necessário para que o fluido percorra a tubulação até checar ao transmissor de temperatura. Consegue pensar em outros exemplos? Também chamado de atraso puro ou tempo morto (dead time)! Atraso de transferência com ordem superior a 1 Ocorre quando conjuntos tipo RC de um processo estão em série! Como H1 independe de H2, neste caso a função de transferência passa a ser de segunda ordem 𝐺 𝑠 = 𝐺1 𝑠 . 𝐺2 𝑠 (1) ESPECIFICAR O SISTEMA Imagine um modelo físico cujo comportamento se ajuste ao seu sistema. É necessário assumir simplificaçãoes e escolher as variáveis de entrada Método analítico para obtenção de modelos matemáticos 02 03 (2) DERIVAR UM MODELO MATEMÁTICO Neste caso, o modelo matemático representa o modelo físico. Aplicação de leis físicas e EDOs para obtenção de variáveis de entrada e saída. (3) COMPORTAMENTO DINÂMICO Após obter analiticamente o modelo matemático, é possível verificar o comportamento dinâmico do sistema. Aquí você pode simular! 01 Especificar o sistema é simplificar sem invalidar! 29 DESPREZAR PEQUENOS EFEITOS Para reduzir o número de variáveis. Ex.: assumir que os componentes de um circuito elétrico sejam puramente resistivos Ambiente do entorno não afetado pelo sistema. Ex.: num circuito elétrico, assumir fonte ideal SUBSTITUIR CARACTERÍSTICAS DISTRIBUÍDAS POR CONCENTRADAS Com isso, você sai de EDs parciais para EDOs. Ex.: barra engastada com massa na ponta DESPREZAR INCERTEZAS E RUÍDOS Ruídos são componentes aleatórios do sistema. Abordagem determinística (ao invés da estocástica) ASSUMIR INVARIABILIDADENO TEMPO Conduz a EDOs invariantes no tempo. Ex.: resistores com baixa sensibilidade a T ASSUMIR RELAÇÕES DE CAUSA E EFEITO Entre as variáveis físicas. Facilita a análise por método direto e, uma vez resolvida, a solução se torna geral ASSUMIR AMBIENTE INDEPENDENTE Exemplo de simplificação com sistema massa-mola Relação entre força (F) e deslocamento (x) em uma mola. Comparação com V, i e R em um circuito elétrico Como se obtém um modelo físico? (1) RELAÇÃO DAS VARIÁVEIS FÍSICAS A relação entre as variáveis de um sistema descreve o estado instantâneo de um sistema COM TUDO ISSO… Combina-se as relações e equações de forma algébrica para obter o modelo matemático do sistema Derivando modelos matemáticos dos modelos físicos 02 03 (2) ESCREVER RELAÇÕES DE EQUILÍBRIO Balanço de forças, vazões, massa, energia ou relacionar os diversos movimentos do sistema (3) APLICAÇÃO DAS LEIS FÍSICAS Relações mecânicas entre força e movimento, torque e energia, reações, etc. Também chamadas de relações constitutivas 01 Definição das fronteiras físicas do sistema: é necessário atribuir adequadamente o volume de controle Relações constitutivas são determinadas a partir de experimentos, ou seja, são empiricas! Pontos importantes Encontrando as soluções das equações de movimento que descrevem a resposta temporal do sistema, utilizando métodos analíticos; ou Realizando a integração das equações de movimento do sistema, empregando métodos numéricos de integração Modelos matemáticos são simulados de duas formas (1) EQUAÇÕES DESCRITIVAS A relação entre as variáveis e o tempo E AGORA? Bom, agora chega de teoria! Vamos à prática! Mas só na aula que vem, para você relaxar… ☺ Para simular modelos matemáticos, é necessário: 02 03 (2) VALORES DOS PARÂMETROS DO MODELO Também chamado de calibração. Isso pode ser feito para o modelo de Nageswararao (ciclones) (3) CONDIÇÕES INICIAIS Variáveis de interesse (ou incógnitas). O chute inicial é fundamental neste aspecto 01 Re de s s oc ia is: th eb el ow se ve n Valeu! Se tiver dúvidas, pode entrar em contato pelo Classroom, pelo e-mail ou pelo WhatsApp
Compartilhar