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AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS C/C TUTELA ANTECIPADA

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Peça Processual 
 
Em 15 de janeiro de 2020, Jair, militar aposentado, domiciliado em Salvador/BA, efetuou a 
compra de um aparelho de ar-condicionado fabricado pela empresa “Você Mais Fresco S. A.”, 
empresa sediada em São Paulo/SP. Ocorre que o referido produto, apesar de devidamente 
entregue, desde o momento de sua instalação, passou a apresentar problemas, desarmando e 
não refrigerando adequadamente o ambiente. Em virtude dos problemas apresentados, Jair, no 
dia 25 de janeiro de 2020, entrou em contato com o fornecedor, que prestou devidamente o 
serviço de assistência técnica. Nessa oportunidade, foi trocado o termostato do aparelho. 
Todavia, apesar disso, o problema persistiu, razão pela qual Jair, por diversas outras vezes, 
entrou em contato com a “Você Mais Fresco S. A.” a fim de tentar resolver a questão 
amigavelmente. Porém, tendo transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias sem a resolução do defeito 
pelo fornecedor, Jair requereu a substituição do produto. 
Ocorre que, para a surpresa de Jair, a empresa negou a substituição do mesmo, afirmando que 
enviaria um novo técnico à sua residência para analisar novamente o produto. Sem embargo, a 
assistência técnica somente poderia ser realizada após 15 (quinze) dias, devido à grande 
quantidade de demandas no período do verão. 
Registre-se, ainda, que, em pleno verão, a troca do aparelho de ar-condicionado se faz uma 
medida urgente, posto que as temperaturas atingem níveis cada vez mais alarmantes. Ademais, 
Jair comprou o produto justamente em função da chegada do verão. 
Inconformado, Jair o procura, para que, na qualidade de advogado, proponha a medida judicial 
adequada para a troca do aparelho, bem como para ser indenizado em razão dos danos morais 
que lhe foram causados, abordando todos os aspectos de direito material e processual 
pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AO JUIZO DA __VARA CÍVEL DA COMARCA DE SALVADOR/BA 
 
(10 linhas) 
 
Jair ..., nacionalidade ..., estado civil ..., militar aposentado, portador do documento de 
identidade RG nº ..., inscrito no CPF sob o nº ..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliado 
na rua ..., nº ..., bairro ..., na cidade de Salvador/BA, CEP ..., por seu advogado infra assinado 
(procuração anexa), vem, respeitosamente perante a presença desse juízo, propor a presente 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS C/C 
TUTELA ANTECIPADA pelo procedimento comum, com fundamento no artigo 318 e seguintes 
do Código de Processo Civil, contra: 
Você Mais Fresco S. A., inscrita sob o CNPJ de nº ..., endereço eletrônico ..., com sede 
na rua ..., nº ..., bairro ..., na cidade de São Paulo/SP, CEP ..., pelos motivos de fato e de direito 
a seguir expostos: 
 
1. DOS FATOS 
O autor adquiriu na data de 15 de janeiro de 2020 um aparelho de ar condicionado 
fabricado pela empresa requerida. Contudo, após sua entrega, o aparelho passou a apresentar 
problemas técnicos, desarmando e não refrigerando o ambiente. 
Diante do ocorrido, depois de entrar em contato com o fornecedor do produto, foi 
prestado devidamente o serviço de assistência técnica, trocando o termostato do refrigerador do 
ar condicionado na data de 25 de janeiro de 2020. 
Entretanto, para sua infelicidade, mesmo após a troca da peça ser efetuada, o aparelho 
continuou a apresentar problemas. Isto posto, tentou-se por diversas vezes resolver 
amigavelmente a questão, contudo, após passar o prazo de 30 (trinta) dias sem a resolução do 
problema, optou-se pela tentativa de substituição do ar condicionado. 
A empresa requerida, após contato efetuado, informou não conseguir efetuar a troca do 
aparelho por conta da demanda ser muito grande no período do verão, mas comunicou que 
enviaria um novo técnico à residência no período de 15 (quinze) dias para verificar o problema 
do aparelho. 
Oportuno destacar que a substituição do produto possui caráter de urgência, dado as 
alarmantes temperaturas no verão, tendo o autor adquirido o produto justamente por este motivo. 
Diante dos fatos, não resta outra alternativa, senão recorrer ao judiciário para satisfazer 
a obrigação. 
2. DOS FUNDAMENTOS 
2.1. Da tutela antecipada 
Os níveis alarmantes de temperatura incidente sobre a cidade em que o requerente 
reside é fato notório que, inclusive, não depende de prova, conforme dispõe o artigo 374, inciso 
I do Código de Processo Civil. 
Diante disso, requer-se a antecipação da tutela em caráter antecedente com fundamento 
no artigo 303 e seguintes do Código de Processo Civil, para determinar que a empresa requerida 
substitua o aparelho, sob pena de aplicação de multa nos termos do artigo 84 do Código de 
Defesa do Consumidor. 
2.2. Da relação de consumo de aplicação do Código de Defesa do Consumidor 
Posteriormente a compra do produto, foi instalado o ar condicionado na residência do 
requerente, o que objetiva a retirada do objeto de circulação do mercado. Conforme artigo 2º do 
Código de Defesa do Consumidor, o requerente é a pessoa física que adquire produto como 
destinatário final. Neste viés, a empresa requerida é classificada como a fornecedora do referido 
produto, encaixando-se perfeitamente no artigo 3º do Código de Defesa do Consumidor. 
Logo, evidente é a relação de consumo entre as partes, devendo assim ser imposto a 
inversão do ônus da prova conforme preceitua o artigo 6º, inciso VIII do Código de Defesa do 
Consumidor, cabendo a requerida demostrar provas em contrário ao que foi exposto pela 
requerente, pois se trata de princípios básicos do consumidor. 
2.3. Da obrigação de fazer ou conversão em perdas e danos 
Jair faz jus à troca do aparelho, visto que, conforme já apontado acima a presente 
demanda trata-se de relação de consumo, e que de acordo com o artigo 18, § 1º, inciso I do 
Código de Defesa do Consumidor, não havendo a resolução do problema do ar condicionado 
dentro do prazo de 30 (trinta) dias, poderá ser exigido a substituição do produto por outro em 
perfeitas condições de uso. 
 Portanto, resta evidente o não cabimento da negativa da empresa requerida em substituir 
o produto por outro da mesma espécie, sob pena de multa diária. 
 De outro lado, caso a empresa requerida não cumpra suas obrigações, será totalmente 
cabível a sua conversão em indenização por perdas e danos, conforme preceitua o artigo 247 
do Código Civil, necessitando a restituição do valor pago pelo ar condicionado, que na época era 
de R$ ..., devidamente corrigido. 
2.4. Do dano moral 
A demora excessiva na manutenção do ar condicionado impossibilitou o requerente de 
utilizar seu aparelho. Ao agir desta forma, a empresa cometeu ato ilícito, o qual está previsto no 
artigo 186 do CC, ocasionando danos ao requente que devem ser reparados. 
Sucessivas tentativas de reparo ao produto, somado a tudo isso a frustação de não 
convencer a empresa requerida a efetuar a troca do produto mencionado configura, certamente, 
em dano moral. 
Assim, é inegável a responsabilidade do fornecedor, pois os danos morais são também 
aplicados como forma coercitiva, ou seja, de modo a reprimir a conduta praticada pela parte 
requerida, que de fato prejudicou o requerente, ferindo assim o previso no artigo 5º, inciso X da 
Constituição Federal de 1988. 
Por tais argumentos, pugna-se pela decretação de danos morais no montante de R$ ... 
3. Dos pedidos 
Diante do exposto, requer-se: 
3.1. O requerente pugna pelo recebimento da presente ação com os documentos que a 
instruem, determinando-se a citação da requerida para comparecer à audiência de conciliação 
designada e querendo, contestar a presente ação no prazo legal; 
3.2. A concessão de tutela antecipada, a qual será ratificada por ser sentença, para 
determinar a substituição do aparelho, sob pena de aplicação de multa diária; 
3.3. A inversão do ônus da prova; 
3.4. Sejam os pedidos julgados totalmente procedentes, para determinar o cumprimento da 
obrigação, qual seja, substituir o aparelho de ar condicionado, sob pena deconversão em 
indenização por perdas e danos, além de aplicação de multa a ser arbitrada pelo juízo, incluindo 
juros e correção sobre o valor da causa; 
3.5. A condenação da requerida ao pagamento de custas processuais e honorários de 
sucumbência de 20% sobre o valor da causa; 
3.6. A condenação da parte requerida a pagar os danos morais no montante justo de R$ ...; 
3.7. A juntada do comprovante de pagamento da guia de recolhimento de custas processuais; 
Para provar o alegado, requer a produção de todos as provas em direito admitidas, 
especialmente documental, testemunhal e pericial; 
Da se a causa o valor de R$ ... (artigo 291 e seguintes do CPC). 
 
Nestes termos, 
Pede e espera deferimento 
 
Local/data 
Advogado (a) 
OAB/UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 01 
Paulo celebrou contrato de locação residencial, por escrito, com Henrique, relativamente ao 
imóvel situado na Av. Ataulfo de Paiva, 10.000 – Leblon/RJ, ficando ajustado o valor para 
pagamento do aluguel mensal em R$5.000,00. 
Por serem velhos amigos, Paulo dispensou Henrique de apresentar um fiador ou qualquer outra 
garantia da locação. Sucede que, decorridos 10 meses de vigência do contrato, Henrique passou 
a não mais honrar sua obrigação quanto ao pagamento dos aluguéis e acessórios. 
Com base em tal situação, responda aos itens a seguir, utilizando os argumentos jurídicos 
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
A) Caso Paulo venha a ajuizar a ação de despejo por falta de pagamento, qual deverá ser o valor 
atribuído à causa? 
O valor a ser atribuído à causa é de R$ 60mil reais, conforme previsto na primeira parte do artigo 
58, inciso III da Lei do Inquilinato, ou seja, R$ 5mil x 12 meses. 
B) O que poderá Paulo pleitear em tal situação a fim de que Henrique desocupe imediatamente 
o imóvel? 
Paulo poderá ajuizar ação de despejo liminar, para que o imóvel seja desocupado no prazo de 
15 dias. Entretanto, somente será possível mediante o pagamento de caução equivalente a três 
meses de aluguel, ou seja, R$ 15mil (artigo 59, §1º, IX, da Lei nº 8.245/91). 
C) Indique os procedimentos que Henrique deverá adotar para evitar a rescisão do contrato. 
Para evitar a rescisão do contrato, Henrique deverá efetuar o pagamento correspondente aos 
valores devidos dentro dos 15 dias concedidos na ação (artigo 59, §3° da Lei de Locações), 
respeitando o previsto no artigo 62, parágrafo único da Lei de Locações.

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