Resumo os três tempos do Edipo - Lacan

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Resumo dos três tempos do Édipo.
Lacan propõem uma compreensão do complexo de Édipo a partir deste três tempos.
1º tempo: o que a criança busca, como desejo de desejo, é poder satisfazer o desejo da mãe. A criança não se relaciona com a mãe, mas sim com o desejo dela. Nesta fase o Eu ainda não aparece constituído, embora exista uma implicação. 
“Portanto, é na medida em que a criança assume inicialmente o desejo da mãe - e ela só o assume como que de maneira bruta, na realidade desse discurso - que ela se abre para se inscrever no lugar da metonímia da mãe, isto é, para se transformar no que lhes designei, outro dia, como seu assujeito.”(Lacan, seminário 5, pag;208). 
Criança assujeitado ao desejo do outro.
O Pai aparece velado.
 
2º tempo: Nessa metáfora surge o estádio nodal e negativo. O pai aparece ou faz pressentir, como afirma Lacan, como proibidor. A fala do pai intervém no discurso da mãe, porém não revelado totalmente. Isto porque ele continua mediado pela mãe. A criança representa a alternância da mãe.
Existe uma dúvida quanto ao falo da mãe.
Pai onipotente.
3º tempo: Nesta etapa o pai intervém como real e potente, ele pode dar a mãe o que ela deseja, porque o possui. Para criança é um momento de privação ou castração. Ocorrendo então uma internalização do pai como Ideal do Eu, pois o mesmo intervém como aquele que tem o falo.. Nesta fase ocorre o declínio do complexo de Édipo. A criança detém consigo todas as condições das quais pode se servir no futuro. A metáfora paterna leva à instituição de alguma coisa que é da ordem do significante, que fica guardada de reservada e cuja significação se desenvolverá mais tarde. 
Na mulher, a terceira etapa é diferente. Ela não tem que fazer esta identificação viril. Lacan considera, nesse sentido, que na feminilidade verdadeira há algo meio extraviado.