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EXCELENTISSIMO (a) SENHOR (a) DOUTOR (a) JUIZ (a) DA ___ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE PORTO VELHO/RO ALINE MARIA DE VÊNUS, brasileira, estado civil xxxx, agente de aeroporto, titular da CTPS n° xxx, inscrito no CPF sob o n° xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliado à rua xxx, bairro, cidade de Porto Velho, CEP xxx, no Estado de Rondônia, por seu procurador infra-assinado, mandato em anexo (doc1), vem à presença de Vossa Excelência propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Em face de SAMBA Linhas Aéreas inscrita no CNPJ sob o n° xxx, situada à rua xxxx, n° xxx, bairro xxx, cidade de Porto Velho, Cep xxxx, no estado de Rondônia, pelos fatos que a seguir expõe: I- DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA No caso, o requerente não possui condições de pagar à custa e despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme consta da declaração de hipossuficiência, em anexo. Ademais, há previsão no artigo 5º, LXXIV e LXXVII da CFRB/88, e art. 98 e 99, CPC/2015, estabelece normas para a concessão da assistência judiciária aos legalmente necessitados, autorizando a concessão do benefício da gratuidade judiciária frente à mera alegação de necessidade, que goza de Presunção juris tantum de veracidade, milita em seu favor a presunção de veracidade da declaração por ele firmada. Cabe ressaltar que a reclamante não possui renda fixa tendo em vista que foi demitida e seu salário era de ou seja, inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social, portanto, enquadra-se nas condições estabelecidas no art. 790, da CLT. Considerando o previsto em lei e que a reclamante não retornou ao mercado de trabalho, merece ser concedido o benefício da Justiça Gratuita, dispensando a mesma do recolhimento de custas, honorários advocatícios a parte contraria em caso de sucumbência e emolumentos. II- DO CONTRATO DE TRABALHO A reclamante foi contratada pela empresa SAMBA Linhas Aéreas em 01.03.2018 para exercer a função de agente de aeroporto na cidade de Porto Velho/RO, laborando em escala de revezamento 6x1, ou seja, trabalhava 6 dias e folgava 1 dia a cada semana, sempre em turnos de 6 horas por dia e com salário de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Na data de 01/03/2021 Aline foi demitida sem justa causa, recebeu todas as verbas rescisórias e teve baixa em sua CTPS, porém, a mesma entende que sua atividade como agente de aeroporto a deixava exposta aos riscos inerentes do abastecimento da aeronave, motivo pelo qual ajuíza a presente. III- DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE E SEUS REFLEXOS A reclamante durante o período de trabalho, não recebeu o adicional de periculosidade em face da função exercida, conforme preceitua o art. 193, inciso II, § 1°, da CLT e art. 7°, inciso XXIII da CF/88, que diz: Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquela que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalho a: I.Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (...) § 1°- O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações prémios ou participações nos lucros da empresa. Art. 7°. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXIII- adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; Os dispositivos a cima citados, cabe destaque em relação ao adicional de periculosidade para o caso em tela. Destaca-se que diante das atividades desempenhadas pela reclamante de agente de aeroporto entre elas executava a checagem e acompanhava-os ao embarque, caminhando até a porta da aeronave durante o tempo em que a aeronave estava sendo abastecida de combustível. Nesse contexto, não resta duvidas, que a reclamante faz jus ao adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento), sobre os salários de todo o período contratual, conforme os reflexos dos termos do §1° do art. 193 da CLT. Sendo assim a reclamada deverá pagar a reclamante valor correspondente a R$() devidamente corrigidos monetariamente e acrescidos dos juros legais. IV- PEDIDOS Diante do exposto requer: a) O benefício da gratuidade de justiça assegurado pelo art. 5°, inciso LXXIV da constituição federal e artigos 98 da Lei n° 13.105/2015 do CPC; b) Que a reclamada seja notificada para o comparecimento em audiência, e querendo conteste a presente ação, sob pena de não o fazendo incidirem os efeitos de revelia; c) A condenação da reclamada ao pagamento das seguintes verbas, acrescidas de juros e correção monetária, na forma apurada em liquidação de sentença. d) A condenação da reclamada ao pagamento das custas e demais despesas processuais; e) A condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência, atribuídos a 15%(quinze por cento) sobre o valor da liquidação de sentença ou do valor da causa, nos termos do artigo 791-A da CLT; f) A procedência total da presente reclamação trabalhista, com deferimento dos pedidos. V- PANILHA DE CAUCULOS SALARIO INICIAL R$ 2.000,00 (dois mil reais) DURAÇÃO DO CONTRATO 01/03/2018 A 01/03/2021 PERICULOSIDADE 30% SOBRE O SALARIO MENSAL R$ 600,00 (seiscentos reais) VALOR TOTAL (3ANOS) R$ 21.600,00 (vinte e um mil e seiscentos reais) Por fim, requer a produção de todos os meios de provas admitidas em direito, em especial a documental, depoimento pessoal, e oitiva de testemunhas, além do depoimento pessoal do representante legal da reclamada. Dá-se a causa o valor de R$ 21.600,00 (vinte e um mil e seiscentos reais) . Nestes termos Pede deferimento. Porto Velho, 24 de março de 2021. Advogado/OAB