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Antipsicóticos

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Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo
 Esquizo#enia e psicose 
Tem a capacidade de reduzir os sintomas 
psicóticos em várias condições, como 
esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão 
psicótica, psicoses senis, psicoses orgânicas 
e induzidas por substâncias. 
 Natureza da psicose e da esquizofrenia 
• Psicose 
- Variedade de transtornos mentais : 
presença de de l í r ios , a luc inações 
(gera lmente audit ivas ou v isuais) , 
desorganização manifesta do pensamento 
que levam a uma perda de contato com a 
realidade. 
• Esquizofrenia 
- É um t ipo par t i cula r de ps i cose , 
caracterizada principalmente por sensório 
claro, porém com transtorno pronunciado 
do pensamento. 
- A psicose não é exclusiva da esquizofrenia. 
- É co n s i dera d a u m tra n s tor n o de 
neurodesenvolvimento. 
- Alterações estruturais e funcionais do 
cérebro. 
- É um transtorno genético com alta 
hereditariedade. 
• Sintomas posit ivos e negativos da 
esquizofrenia: 
• Hipótese serotoninérgica da esquizofrenia 
- A estimulação de subtipos de receptores 5-
HT (receptores da serotonina) como 5-
HT2A e 5-HT2C constitui a base dos efeitos 
alucinatórios. 
- Esses receptores modulam a liberação de 
dopamina, norepinefrina, glutamato, GABA 
e acet i lco l ina , ass im como outros 
receptores no SNC (córtex, região límbica 
e estriado). 
- Fármacos agonistas inversos da 5-HT2A 
representam a principal classe de agentes 
antipsicóticos atípicos. 
- Esses fármacos bloqueiam a atividade 
construtiva dos receptores 5-HT2A. 
- Estimulação de 5-HT2A ⇢ despolarização 
d e n e u r ô n i o s g l u ta m a t é r g i c o s e 
estabilização de receptores NMDA. 
- Alucinógenos são capazes de estabilizar e 
modular esse complexo acima. 
- Já os receptores 5-HT2C são um meio 
adicional de modulação da atividade 
dopaminérgica cortical e límbica, sua 
estimulação leva à inibição de liberação de 
dopamina pelo córtex e sistema límbico. 
- A maioria dos agentes antipsicóticos 
atípicos são agonistas inversos dos 
receptores 5-HT2C. 
• Hipótese dopaminérgica da esquizofrenia 
- Mais utilizada para entender sintomas 
positivos e negativos como embotamento 
emocional, isolamento social, falta de 
motivação, comprometimento cognitivo e 
depressão na esquizofrenia. 
- Também necessária para entender os 
mecanismos de ação da maioria dos 
fármacos antipsicóticos. 
- Evidências sugerem que a atividade 
domaminérg ica l ímb ica excess iva 
desempenha um papel na psicose. 
- Também sugerem que a diminuição da 
atividade dopaminérgica cortical ou 
hipocampal está subjacente ao prejuízo 
cognitivo e sintomas negativos da 
esquizofrenia. 
- Os fármacos antipsicóticos atípicos 
c o m p a r t i l h a m a p r o p r i e d a d e d e 
antagonismo fraco dos receptores D2 (de 
Sintomas positivos Sintomas negativos
Alucinações Falta de iniciativa
Delírios Embotamento afetivo
Distúrbios do 
pensamento
Anedonia
- Isolamento social e 
pobreza de linguagem
Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo
dopamina) e bloqueio mais potente dos 
receptores serotoninérgicos (5-HT2A). 
- Antipsicóticos reduzem o funcionamento 
da via dopaminérgica. 
• Hipótese glutaminérgica da esquizofrenia 
- A inibição de receptores NMDA (receptor 
d o g l u t a m a t o ) e x a r c e b a m o 
comprometimento cognitivo e a psicose 
em pacientes com esquizofrenia. 
 Agentes antipsicóticos 
 Indicações clínicas 
1) Indicações psiquiátricas 
- Esquizofrenia 
- Transtorno bipolar psicótico 
- Depressão psicótica 
- Depressão resistente ao tratamento 
- Transtornos esquizoafetivos 
- Transtorno Bipolar (associado a outros 
medicamentos, geralmente na fase 
maníaca do transtorno) 
- Síndorme de Tourette 
- Transtorno do comportamento em 
pacientes com Alzheimer 
- Depressão psicótica 
2) Indicações não psiquiátricas 
- A maioria dos fármacos antipsicóticos 
apresenam acentuado efeito antiemético - 
evitar êmese - (exceto a tioridazina). 
- A butirofenona e droperidol, associadas a 
um opioide como a fentalina podem ser 
usadas na neuroleptoanestesia. 
 Antipsicóticos de primeira geração 
- Típicos. 
- I n i b e m n e u r o t r a n s m i s s o r e s 
dopaminérgicos, em especial o D2. Atua no 
bloqueio dos receptores noradrenérgicos, 
colinérgicos e histaminérgicos. 
• Utilizados para manejos de curto e longo 
prazo reduzindo sintomas agudos e 
prevenindo recidivas. 
• Atuam principalmente em sintomas 
positivos. 
• Seus efeitos colaterais podem piorar os 
sintomas negativos. 
⇢ Efeitos colaterais 
• Sitomas extrapiramidais: 
1) Acatisia: inquietação psicomotora. 
2) Distonia aguda: movimento irregular 
controlado por espasmos musculares. 
3) Parksonismo farmacológico: tríade 
clássica - bradicinesia, rigidez muscular e 
tremor. 
4) Discinesia tardia: movimentos irregulares, 
involuntários que desaparecem durante o 
sono e são exarcebados durante 
situações estressantes. 
5) Síndrome neuroléptica maligna: sintomas 
como hipertemia estrema, r igidez 
muscular grave e distonia, confusão, 
agitação e aumento da frequência 
cardíaca e da pressão arterial. 
• Redução do limiar de convulsão. 
• Sedação (bloqueio de receptores H1) 
• Efeitos anticolinérgicos centrais. 
• Efeitos cardíacos. 
• Efeitos hematológicos 
• Morte súbita. 
• Hipotensão postural. 
• Efeitos anticolinérgicos periféricos. 
• Efeitos endócrinos. 
• Efeitos sexuais adversos. 
• Icterícia. 
Baixa potência Clorpromazina 
e tioridazina
Se relacionam 
com o maior 
aumento de 
peso e sedação 
Alta potência Haloperidol e 
flufenazina
Maior incidência 
de sintomas 
extrapiramidais
Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo
 Antipisicóticos de segunda geração 
- Atípicos. 
- C a p a c i d a d e d e p r o m o v e r a ç ã o 
antipsicótica em doses que não produzam 
muitos efeitos extrapiramidais. 
- Bloqueiam os receptores de dopamina D2 
que os diferencia dos antipsicóticos típicos 
por possuir maior interação com subtipos 
de receptores de serotonina, como o 5-
HT2A, e outros neurotransmissores. 
1) Clozpina 
- É o fármaco antipsicótico de referência, 
atua inibindo D1 e D2. 
- Melhora dos sintomas negativos. 
- Ausência de discinesia tardia. 
- Não causa sintomas extrapiramidais e 
hiperprolactinemia. 
- Pode ser usado para tratar pacientes com 
discinesia tardia. 
⇢ Efeitos colaterais: sedação, efeitos 
anticolinérgicos como hipersalivaçnao, 
hipotensão, taquicardia, aumento de peso. 
Discrasias sanguíneas como agranulocitose. 
2) Risperidona 
- Bloqueia d2 e 5-HT2, interagem também 
com receptores alfa 1 e 2 e H1. 
- Quase não tem efeitos anticolinérgicos. 
- Eficácia para sintomas posit ivos e 
negativos. 
⇢ Efeitos colaterais: insônia, agitação, 
sedação, tontura, hipotensão, ganho de peso 
e distúrbios menstruais. 
3) Olonzapina 
- Eficaz em sintoma positivos e negativos. 
- Não causa efeitos anticolinérgicos. 
⇢ Efeitos colaterais: ganho de peso. 
4) Quetiapina 
- Está relacionada estruturalmente com a 
clozapina. 
- É antagonista dos receptores D2 e 5-HT2. 
- Bloqueia receptores 5-HT6, D1 e H1, alfa 1 e 
2. 
- Não bloqueia os receptores muscarínicos e 
benzodiazepínicos. 
⇢ Efeitos colaterais: cefaleia e ganho de 
peso. 
5) Ziprasidona 
- Antagonista dos receptores de 5-HT1D, 5-
HT2C, D3, D4, alfa 1 e H1. 
- Afinidade muito baixa com receptores d1, 
M1 e alfa 2. 
- Agonista dos receptores serotoninérgicos 
5-HT1! sendo um ISRS e inibidor da 
recaptação de norepinefrina. 
⇢ Efeitos colaterais: cefaleia, agitação, 
ansiedade e náusea.

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