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Doenças do ovário

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Process�� fisiopatológic��
Doenças do ovário.
Rev��ã� �e �vá��o�
* O que são?
- São “órgãos” que compõem o Sistema Reprodutor Feminino;
- Em conjunto com o útero, tubas uterinas, vagina e vulva, compõem o Sistema Reprodutor Feminino;
- São glândulas pois são responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos, estrogênio e progesterona;
- São responsáveis pela produção e armazenamento dos óvulos que serão liberados a cada mês e recolhidos pelas tubas
uterinas (vida fértil );
- Ovulação, ciclo menstrual, gestação;
* Pico do LH desencadeia quebra de estrógeno e aumento de progesterona;
* O pico de LH acontece 2-3 dias antes da ovulação:
- Crescimento e maturação final do folículo.
- Efeito específico nas células da granulosa e tecais : passam a ser secretoras de progesterona (queda do estrógeno).
* Após o pico de LH:
- Crescimento rápido do folículo.
- Menor secreção de estrogênio após fase prolongada de sua secreção excessiva;
- Início da secreção de progesterona;
1. Sìndrome dos ovários policísticos (SOP)
* Definição
- Acúmulo de folículos desenvolvidos incompletamente nos ovários devido à anovulação e associada à produção ovariana de
andrógeno (hiperandrogenismo).
- Em sua forma completa, está associada a ovários policísticos, amenorréia, hirsutismo e obesidade.
- Condições associadas: Diabetes mellitus tipo 2 e resistência a insulina;
* Epidemiologia e fatores demográficos:
- 6% a 25% das mulheres em idade reprodutiva (distúrbio endócrino mais comum nessa população);
- Os sintomas começam geralmente no período da menarca e o diagnóstico é feito durante a adolescência ou quando adulta
jovem;
- Aumento de risco para neoplasias malignas de endométrio e ovário;
- Principal causa de infertilidade anovulatória;
* Fisiopatologia
- Os folículos crescem por um aumento do LH e não amadurecem, ficando atrésicos por diminuição do FSH. Por esse motivo
pode haver a presença de múltiplos cistos;
- Ovários aumentam de tamanho;
● A insulina tem ação sinérgica ao LH nas células da teca interna e do estroma ovariano.
● A hiperinsulinemia, em nível hepático, causa ainda redução dos níveis da globulina carreadora de esteroides sexuais
(SHBG), permitindo que maior fração de androgênios circule em sua forma ativa.
* Características clínicas:
- Oligomenorreia ou amenorreia.
- Sangramento uterino disfuncional.
- Infertilidade.
- Obesidade (40%), predominantemente abdominal.
- Hirsutismo.
- Alopécia, acne, acantose nigrans.
- Resistência à insulina (Diabetes mellitus tipo 2).
- Hipertensão Arterial.
* Exames laboratoriais que confirmam diagnóstico
- LH e FSH : Proporção LH/FSH > 2,5.
- Testosterona.
- USG ou TC abdome - Cistos e ovário aumentado de tamanho.
* Morfologia:
- Macroscopia:
● Os ovários estão aumentados de volume e têm superfície externa brancacenta perolácea
e lisa. Ocasionalmente os ovários podem ter tamanho normal. A superfície de corte
mostra diversos cistos subescapulares de tamanhos variados, envoltos por estroma denso.
- Microscopia
● Encontra-se espessamente fibroso da cápsula e numerosos cistos foliculares, com hiperplasia e luteinização da teca interna.
Estigmas de ovulação (corpo lúteo e corpos brancos) estão em geral ausentes.
2. Cistos não neoplásicos
* São lesões comuns, podem estar associadas a hiperestrogenismo ou hemorragia uterina disfuncional.
* Em exames de imagem (USG) pode ser difícil o diagnóstico diferencial com neoplasias malignas císticas.
* Podem romper e causar sangramento para cavidade pélvica - sangramentos maciços (abdome agudo com repercussão
hemodinâmica):
- Cistos foliculares.
● Resultantes de folículos ovarianos não rotos.
● São geralmente pequenos (< 2,0 cm e, raramente, atingem 5,0 cm).
● Únicos ou múltiplos.
● Superfície interna lisa, sem massas vegetantes na luz.
● O conteúdo seroso, cristalino ou discretamente hemorrágico.
● Microscopicamente, são revestidos por células da granulosa ou da teca, com ou
sem luteinização.
● Podem produzir estrógenos, às vezes causam hiperestrogenismo e hemorragias
uterinas acíclicas ou disfuncionais.
● Podem favorecer torção do ovário.
● Em geral, os cistos foliculares regridem espontaneamente em 2 ou 3 meses.
- Cistos do corpo lúteo.
● Resultam de hemorragia excessiva no corpo lúteo e do fechamento cicatricial precoce no ponto de ovulação.
● Em geral, medem mais de 2,5 cm.
● A parede é castanho-amarelada.
● A superfície interna é lisa.
● O conteúdo é hemorrágico no início e incolor quando
ocorre sua reabsorção.
● São revestidos por células da teca e da granulosa
luteinizadas.
● A ruptura ou torção com hemorragia abdominal pode simular gravidez ectópica.
- Cistos endometrióticos.
● Representam formas císticas de endometriose, sendo mais frequentes entre a 4ª e 5ª décadas de vida.
● São uni ou bilaterais, quase sempre múltiplos.
● Podem estar ou não acompanhados de endometriose em outro local.
● Aparecem como nódulos vermelho-azulados ou pardo-amarelados,
cobertos por aderências fibrosas, podendo atingir 10 a 15 cm.
● Causam dor e podem provocar infertilidade.
● Seu conteúdo é vermelho-escuro e espesso (cistos achocolatados) .
● Microscopicamente, são revestidos por epitélio e estroma endometriais, com
áreas de hemorragia recente e antiga. Na fase final, o tecido endometrial é
reabsorvido, ficando apenas a parede fibrosa contornando áreas de
hemorragia e grande número de macrófagos com hemossiderina.
● Podem estar associados a carcinoma do endométrio ou a carcinoma endometrióide do ovário.
- Cistos luteínicos da gravidez.
● Podem ser únicos ou múltiplos.
● Surgem em gestação única ou múltipla
● Em gravidez única, cistos múltiplos são raros.
● Quando múltiplos, estão associados a mola hidatiforme, coriocarcinoma ou gravidez gemelar. Formam-se pela ação
prolongada de gonadotrofinas coriônicas, bastante elevadas nessas condições, resultando em luteinização da teca. ● São
grandes e contêm líquido citrino.
● Microscopicamente, são cistos foliculares revestidos por células da teca, com ou sem camada granulosa interna. A teca é
frequentemente luteinizada; a camada granulosa pode ser ou não luteinizada.
● Involuem espontaneamente após o parto ou remoção da mola ou do coriocarcinoma.
● Macroscopicamente, podem simular neoplasia malignas
- Cistos de inclusão do epitélio (celômicos), cistos de corpos Albicans e cistos de Walthard - pequenos, assintomáticos, sem
atividade hormonal.
3. Torção de ovário
* A torção é definida como a rotação de, pelo menos, uma volta completa dos ovários em torno do ligamento infundíbulo-pélvico e
do tubo-ovariano, o que resulta em isquemia.
* Ocorre com mais frequência no lado direito (70%), talvez em decorrência do
ligamento tubo-ovariano ser mais longo deste lado. * Aproximadamente 15% das
torções ovarianas ocorrem em crianças.
* Aumento no peso dos anexos é o fator de risco primário para torção(cistos e outras
massas ovarianas).
* A incidência de torção ovariana aumenta durante a gravidez, e a estimulação
ovariana é um fator de risco adicional.
* Até 26% dos casos de torção ocorrem em pacientes que têm anexos aparentemente
normais.
* USG pélvico com Doppler é o estudo de imagem de escolha.
* A abordagem transvaginal é mais comumente utilizada, devido a melhor visualização dos vasos ovarianos.
* Os achados comuns: massa ovariana, aumento unilateral do ovário, alteração do fluxo sanguíneo.
4. Doenças inflamatórias pélvicas - ooforites;
* As Inflamações do ovário (ooforites) são raras e, quase sempre, secundárias às inflamações da tuba (doença inflamatória pélvica).
* Os fatores de risco para DIP incluem fatores associados à transmissão de doenças
sexualmente transmissíveis (DSTs): pacientes jovens, parceiros múltiplos, história prévia
de DST ou DIP e a não utilização de preservativo.
* A ducha vaginal contribui para alterações da flora vaginal, dano epitelial e ruptura
da barreira mucosa cervical, sendo também um fator de risco para DIP.
* Existe um risco aumentado de DIP associado ao uso do dispositivointrauterino
(DIU).
* O acometimento ovariano acontece por via ascendente, secundário à inflamação do
sigmóide ou do apêndice cecal, via hematogênica (rara).
* Podem ocorrer como complicação puerperal (passagem de microrganismos do útero
para o ovário através de vasos linfáticos).
* Neisseria gonorrhoeae, Estafilococos, Bactérias anaeróbias e Gram-negativas, vírus( sarampo, caxumba), Tuberculose. Ooforite
auto-imune muito rara.
Ref��ê�c�a: / Patologia; Bogliolo; 7ª ed.; 2006; Capítulo 17

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