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ESTADO DE ALAGOAS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS Rua Doutor Jorge de Lima, 113, - Bairro Trapiche da Barra, Maceió/AL, CEP 57010-382 Telefone: (82) 3315-6739 - www.uncisal.edu.br/ CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM Erica Elisama Dos Santos Letícia Suellen Da Silva Matheus Fellipe Soares Da Silva Orlany Maria Dos Santos Silva VASCULARIZAÇÃO E DRENAGEM VENOSA E LINFÁTICA DE MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES. Maceió 2021 Erica Elisama Dos Santos Letícia Suellen Da Silva Matheus Fellipe Soares Da Silva Orlany Maria Dos Santos Silva VASCULARIZAÇÃO E DRENAGEM VENOSA E LINFÁTICA DE MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES. Trabalho de solicitado pela professora Katharina Juca, como complemento de nota da matéria de anatomia do curso de enfermagem. Maceió 2021 MEMBROS SUPERIORES DRENAGEM VENOSA DO MEMBRO SUPERIOR VEIAS SUPERFICIAIS DO MEMBRO SUPERIOR As principais veias superficiais do membro superior, as veias cefálica e basílica, originam-se na tela subcutânea do dorso da mão a partir da rede venosa dorsal. Veias perfurantes formam comunicações entre as veias superficiais e profundas. Como o padrão de dermátomos, a lógica da denominação das principais veias superficiais do membro superior cefálica (em direção à cabeça) e basílica (em direção à base) torna-se evidente quando o membro é colocado em sua posição embrionária inicial. A veia cefálica ascende na tela subcutânea a partir da face lateral da rede venosa dorsal, prosseguindo ao longo da margem lateral do punho e da face anterolateral da região proximal do antebraço e do braço; muitas vezes é visível através da pele. Anteriormente ao cotovelo, a veia cefálica comunica-se com a veia intermédia do cotovelo, que tem trajeto oblíquo através da face anterior do cotovelo na fossa cubital (uma depressão na parte frontal do cotovelo) e se une à veia basílica. A veia cefálica segue superiormente entre os músculos deltoide e peitoral maior ao longo do sulco deltopeitoral e, então, entra no trígono clavipeitoral. A seguir, perfura a membrana costocoracoide e parte da fáscia clavipeitoral, unindo-se à parte terminal da veia axilar. A veia basílica ascende na tela subcutânea a partir da extremidade medial da rede venosa dorsal ao longo da face medial do antebraço e da parte inferior do braço; muitas vezes é visível através da pele. Em seguida, passa profundamente perto da junção dos terços médio e inferior do braço, perfurando a fáscia do braço e seguindo em sentido superior paralelamente à artéria braquial e ao nervo cutâneo medial do antebraço até a axila, onde se funde com as veias acompanhantes da artéria axilar para formar a veia axilar. A veia intermédia do antebraço é muito variável. Inicia-se na base do dorso do polegar, curva-se ao redor da face lateral do punho e ascende no meio da face anterior do antebraço entre as veias cefálica e basílica. Às vezes a veia intermédia do antebraço divide-se em uma veia intermédia basílica, que se une à veia basílica, e uma veia intermédia cefálica, que se une à veia cefálica. VEIAS PROFUNDAS DO MEMBRO SUPERIOR As veias profundas situam-se internamente à fáscia muscular, e — ao contrário das veias superficiais — geralmente são pares de veias acompanhantes (com interanastomoses contínuas) que seguem as principais artérias do membro e recebem o mesmo nome dela. DRENAGEM LINFÁTICA DO MEMBRO SUPERIOR Os vasos linfáticos superficiais originam-se de plexos linfáticos na pele dos dedos, palma e dorso da mão e ascendem principalmente junto com as veias superficiais, como as veias cefálica e basílica. Alguns vasos que acompanham a veia basílica entram nos linfonodos cubitais, situados proximais ao epicôndilo medial e mediais à veia basílica. Os vasos eferentes dos linfonodos ascendem no braço e terminam nos linfonodos axilares umerais (laterais). A maioria dos vasos linfáticos superficiais que acompanham a veia cefálica cruza a parte proximal do braço e a face anterior do ombro para entrar nos linfonodos axilares apicais; mas alguns vasos entram antes nos linfonodos deltopeitorais mais superficiais. Os vasos linfáticos profundos, menos numerosos do que os vasos superficiais, acompanham as grandes veias profundas no membro superior (basílica, cefálica e braquial; e terminam nos linfonodos axilares umerais. Eles drenam linfa das cápsulas articulares, periósteo, tendões, nervos e músculos e ascendem com as veias profundas; pode haver alguns linfonodos profundos ao longo de seu trajeto. Os linfonodos axilares são drenados pelo tronco linfático subclávio; ambos são analisados com mais detalhes junto com a axilar. Vasos linfáticos superficiais originam-se dos vasos linfáticos digitais e do plexo linfático da palma. A maior parte da drenagem da palma segue até o dorso da mão. VASCULARIZAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR A artéria axilar começa na margem lateral da costela 1ª como a continuação da artéria subclávia e termina na margem inferior do músculo redondo maior. Segue posteriormente ao músculo peitoral menor até o braço e torna-se a artéria braquial quando passa na margem inferior do músculo redondo maior, quando geralmente chegou ao úmero. Para fins descritivos, a artéria axilar é dividida em três partes pelo músculo peitoral menor (o número da parte também indica o número de seus ramos): A primeira parte da artéria axilar está situada entre a margem lateral da costela 1ª e a margem medial do músculo peitoral menor; é envolvida pela bainha axilar e tem um ramo — a artéria torácica superior. A segunda parte da artéria axilar situa-se posteriormente ao músculo peitoral menor e tem dois ramos — as artérias toracoacromial e torácica lateral — que seguem medial e lateralmente ao músculo, respectivamente. A terceira parte da artéria axilar estende-se da margem lateral do músculo peitoral menor até a margem inferior do músculo redondo maior e tem três ramos. A artéria subescapular é o maior ramo da artéria axilar. Diante da origem dessa artéria, têm origem as artérias circunflexa anterior do úmero e circunflexa posterior do úmero, às vezes por meio de um tronco comum. A artéria torácica superior é um vaso pequeno, muito variável, que se origina imediatamente inferior ao músculo subclávio. Costuma seguir em sentido inferomedial posteriormente à veia axilar e irriga o músculo subclávio, músculos no 1 e 2 espaços intercostais, alças superiores do músculo serrátil anterior e músculos peitorais sobrejacentes. Anastomosa-se com as artérias intercostal e/ou torácica interna. A artéria toracoacromial, um tronco largo e curto, perfura a membrana costocoracoide e divide-se em quatro ramos (acromial, deltóideo, peitoral e clavicular), profundamente à parte clavicular do músculo peitoral maior. ARTÉRIAS A artéria torácica lateral tem origem variável. Em geral, origina-se como o segundo ramo da segunda parte da artéria axilar e desce ao longo da margem lateral do músculo peitoral menor, seguindo-o até a parede torácica; entretanto, pode originar-se em lugar das artérias toracoacromial, supraescapular ou subescapular. A artéria torácica lateral irriga os músculos peitoral, serrátil anterior e intercostal, os linfonodos axilares e a face lateral da mama. A artéria subescapular, o ramo da artéria axilar de maior diâmetro, porém de menor comprimento, desce ao longo da margem lateral do músculo subescapular na parede posterior da axila. Logo termina dividindo-se nas artérias circunflexa da escápula e toracodorsal. A artéria circunflexa da escápula, não raro o maior ramo terminal da artéria subescapular,curva-se posteriormente ao redor da margem lateral da escápula, seguindo posteriormente entre os músculos subescapular e redondo maior para irrigar músculos no dorso da escápula. Participa das anastomoses ao redor da escápula. A artéria toracodorsal continua o trajeto geral da artéria subescapular até o ângulo inferior da escápula e irriga os músculos adjacentes, sobretudo o latíssimo do dorso. Também participa das anastomoses arteriais ao redor da escápula. As artérias circunflexas do úmero circundam o colo cirúrgico do úmero, anastomosando-se entre si. A artéria circunflexa anterior do úmero, menor, segue em sentido lateral, profundamente aos músculos coracobraquial e bíceps braquial. Dá origem a um ramo ascendente que supre o ombro. A artéria circunflexa posterior do úmero, maior, atravessa a parede posterior da axila medialmente, através do espaço quadrangular, com o nervo axilar para irrigar a articulação do ombro e os músculos adjacentes (p. ex., deltoide, redondos maior e menor, e cabeça longa do tríceps braquial). DRENAGEM VENOSA VEIA AXILAR A veia axilar situa-se inicialmente (distalmente) na face anteromedial da artéria axilar, e sua parte terminal está posicionada anteroinferiormente à artéria. Essa grande veia é formada pela união da veia braquial (as veias acompanhantes da artéria braquial) e veia basílica na margem inferior do músculo redondo maior. A veia axilar tem três partes que correspondem às três partes da artéria axilar. Assim, a extremidade inicial distal é a terceira parte, enquanto a extremidade proximal terminal é a primeira. A veia axilar (primeira parte) termina na margem lateral da costela I, onde se torna a veia subclávia. As veias da axila são mais abundantes do que as artérias, são muito variáveis e anastomosam-se com frequência. A veia axilar recebe tributárias que geralmente correspondem a ramos da artéria axilar, com algumas importantes exceções: As veias correspondentes aos ramos da artéria toracoacromial não se fundem para entrar por uma tributária comum; algumas entram independentemente na veia axilar, mas outras drenam para a veia cefálica, que então entra na veia axilar superiormente ao músculo peitoral menor, perto de sua transição para a veia subclávia. A veia axilar recebe, direta ou indiretamente, a(s) veia(s) toracoepigástrica(s), que é(são) formada(s) pelas anastomoses das veias superficiais da região inguinal com tributárias da veia axilar (geralmente a veia torácica lateral). Essas veias constituem uma via colateral que permite o retorno venoso em caso de obstrução da veia cava inferior. DRENAGEM LINFÁTICA LINFONODOS AXILARES O tecido conjuntivo fibroadiposo da axila (gordura axilar) contém muitos linfonodos. Os linfonodos axilares são organizados em cinco grupos principais: peitoral, subescapular, umeral, central e apical. Os grupos são dispostos de um modo que reflete o formato piramidal da axila. Três grupos de linfonodos axilares estão relacionados com a base triangular, um grupo em cada ângulo da pirâmide. Os linfonodos peitorais (anteriores) consistem em três a cinco linfonodos situados ao longo da parede medial da axila, ao redor da veia torácica lateral e da margem inferior do músculo peitoral menor. Os linfonodos peitorais recebem linfa principalmente da parede torácica anterior, aí incluída a maior parte da mama. Os linfonodos subescapulares (posteriores) consistem em seis ou sete linfonodos situados ao longo da prega axilar posterior e vasos sanguíneos subescapulares. Esses linfonodos recebem linfa da face posterior da parede torácica e região escapular. Os linfonodos umerais (laterais) consistem em quatro a seis linfonodos situados ao longo da parede lateral da axila, mediais e posteriores à veia axilar. Esses linfonodos recebem quase toda a linfa do membro superior, com exceção daquela conduzida por vasos linfáticos que acompanham a veia celíaca, que, na maioria das vezes, drenam diretamente para os linfonodos axilares apicais e infraclaviculares. Os vasos linfáticos eferentes desses três grupos seguem até os linfonodos centrais. Há três ou quatro desses grandes linfonodos situados profundamente ao músculo peitoral menor, perto da base da axila, associados à segunda parte da artéria axilar. Os vasos eferentes dos linfonodos centrais seguem até os linfonodos apicais, que estão localizados no ápice da axila, ao longo da face medial da veia axilar e primeira parte da artéria axilar. Os linfonodos apicais recebem linfa de todos os outros grupos de linfonodos axilares, bem como dos linfáticos que acompanham a veia cefálica proximal. Os vasos eferentes do grupo apical atravessam o canal cervicoaxilar. Por fim, esses vasos eferentes unem-se para formar o tronco linfático subclávio, embora alguns vasos possam drenar através dos linfonodos claviculares (infraclaviculares e supraclaviculares). Uma vez formado, o tronco subclávio pode receber os troncos jugular e broncomediastinal no lado direito para formar o ducto linfático direito, ou pode entrar no ângulo venoso direito em separado. No lado esquerdo, o tronco subclávio une-se com maior frequência ao ducto torácico. BRAÇO A artéria braquial é responsável pela irrigação arterial principal do braço e é a continuação da artéria axilar. Começa na margem inferior do músculo redondo maior e termina na fossa cubital, diante do colo do rádio, onde, sob o revestimento da aponeurose do músculo bíceps braquial, divide-se nas artérias radial e ulnar. A artéria braquial, relativamente superficial e palpável em todo o seu trajeto, situa-se anteriormente aos músculos tríceps braquial e braquial. No início situa-se medialmente ao úmero, onde suas pulsações são palpáveis no sulco bicipital medial. Em seguida, passa anteriormente à crista supraepicondilar medial e tróclea do úmero. No trajeto inferolateral, a artéria braquial acompanha o nervo mediano, que cruza anteriormente à artéria. Durante o trajeto no braço, a artéria braquial dá origem a muitos ramos musculares não nomeados e à artéria nutrícia do úmero, que se origina de sua face lateral. Os ramos musculares anônimos costumam ser omitidos das ilustrações, mas são visíveis durante a dissecção. Os principais ramos nomeados da artéria braquial originados de sua face medial são a artéria braquial profunda e as artérias colaterais ulnares superior e inferior. As artérias colaterais ajudam a formar as anastomoses arteriais periarticulares da região do cotovelo. Outras artérias participantes são ramos recorrentes, às vezes duplos, das artérias radial, ulnar e interóssea, que seguem superior, anterior e posteriormente à articulação do cotovelo. Essas artérias anastomosam-se aos ramos articulares descendentes da artéria braquial profunda e às artérias colaterais ulnares. ARTÉRIA BRAQUIAL PROFUNDA A artéria braquial profunda é o maior ramo da artéria braquial e tem a origem mais alta. A artéria braquial profunda acompanha o nervo radial ao longo do sulco radial enquanto segue posteriormente ao redor do corpo do úmero. A artéria braquial profunda termina dividindo-se em artérias colaterais média e radial, que participam das anastomoses periarticulares do cotovelo. ARTÉRIA NUTRÍCIA DO ÚMERO A principal artéria nutrícia do úmero origina-se da artéria braquial no meio do braço e entra no canal nutrício na face anteromedial do úmero. A artéria segue distalmente no canal em direção ao cotovelo. Também existem outras artérias nutrícias menores do úmero. ARTÉRIA COLATERAL ULNAR SUPERIOR A artéria colateral ulnar superior origina-se da face medial da artéria braquial, perto do meio do braço, e acompanha o nervo ulnar posteriormente ao epicôndilo medial do úmero. Aqui se anastomosa com a artéria recorrente ulnar posterior e a artéria colateral ulnar inferior, participando das anastomoses arteriaisperiarticulares do cotovelo. ARTÉRIA COLATERAL ULNAR INFERIOR A artéria colateral ulnar inferior origina-se da artéria braquial cerca de 5 cm proximal à prega do cotovelo. Depois, segue inferomedialmente anterior ao epicôndilo medial do úmero e se une às anastomoses arteriais periarticulares da região do cotovelo, anastomosando-se com a artéria recorrente ulnar anterior. VEIAS DO BRAÇO Dois grupos de veias do braço, superficiais e profundas, anastomosam-se livremente entre si. As veias superficiais estão situadas na tela subcutânea, e as veias profundas acompanham as artérias. Os dois grupos de veias têm válvulas, mas estas são mais numerosas nas veias profundas do que nas veias superficiais. VEIAS SUPERFICIAIS As duas principais veias superficiais do braço, as veias cefálica e basílica. VEIAS PROFUNDAS As veias profundas pareadas, que coletivamente formam a veia braquial, acompanham a artéria braquial. Suas conexões frequentes compreendem a artéria, e formam uma rede anastomótica em uma bainha vascular comum. As pulsações da artéria braquial ajudam a deslocar o sangue através dessa rede venosa. A veia braquial começa no cotovelo pela união das veias acompanhantes das artérias ulnar e radial e termina fundindose com a veia basílica para formar a veia axilar. Não raramente, as veias profundas unem-se para formar uma veia braquial durante parte de seu trajeto. CURIOSIDADE: Variação das veias na fossa cubital O padrão de veias na fossa cubital varia muito. Em cerca de 20% das pessoas, a veia intermédia do antebraço divide-se em uma veia intermédia basílica, que se une à veia basílica, e uma veia intermédia cefálica, que se une à veia cefálica. Nesses casos, as veias cubitais produzem formação em M nitida. É importante observar e lembrar que a veia intermédia do cotovelo ou a veia intermédia basílica, qualquer que seja o padrão, cruza superficialmente à artéria braquial, da qual é separada pela aponeurose do músculo bíceps braquial. Essas veias são bons locais para coletar sangue, mas não são ideais para injetar uma droga irritante ante o risco de injetá-la na artéria braquial. Em pessoas obesas, pode haver muito tecido adiposo sobre a veia. ANTEBRAÇO ARTÉRIAS DO ANTEBRAÇO: As principais artérias do antebraço são as artérias ulnar e radial, que geralmente se originam em posição oposta ao colo do rádio na parte inferior da fossa cubital como ramos terminais da artéria braquia. ARTÉRIA ULNAR As pulsações da artéria ulnar podem ser palpadas na face lateral do tendão do músculo FUC, onde se situa anteriormente à cabeça da ulna. O nervo ulnar está posicionado sobre a face medial da artéria ulnar. Ramos da artéria ulnar originados no antebraço participam das anastomoses periarticulares do cotovelo e irrigam os músculos da região medial e central do antebraço, a bainha comum dos músculos flexores e os nervos ulnar e mediano. As artérias recorrentes ulnares anterior e posterior anastomosam-se com as artérias colaterais ulnares inferior e superior, respectivamente, assim participando das anastomoses arteriais periarticulares do cotovelo. As artérias anterior e posterior podem estar presentes como ramos anteriores e posteriores de uma artéria recorrente ulnar (comum). A artéria interóssea comum, um ramo curto da artéria ulnar, origina-se na parte distal da fossa cubital e divide-se quase imediatamente nas artérias interósseas anterior e posterior. A artéria interóssea anterior tem trajeto distal, seguindo diretamente sobre a face anterior da membrana interóssea com o nervo interósseo anterior, enquanto a artéria interóssea posterior segue entre as camadas superficial e profunda dos músculos extensores na companhia do nervo interósseo posterior. A artéria interóssea posterior, relativamente pequena, é a principal artéria que serve às estruturas do terço médio do compartimento posterior. Assim, está quase esgotada na região distal do antebraço e é substituída pela artéria interóssea anterior, que perfura a membrana interóssea perto da margem proximal do músculo pronador quadrado. Ramos musculares da artéria ulnar, sem nome, irrigam músculos na face medial do antebraço, principalmente no grupo flexor–pronador. ARTÉRIAS DO ANTEBRAÇO E DO PUNHO ARTÉRIA RADIAL A artéria radial situa-se sobre o músculo até chegar à parte distal do antebraço. Aí está situada na face anterior do rádio e é coberta apenas por pele e fáscia, tornando esse o local ideal para verificação do pulso radial. O trajeto da artéria radial no antebraço é representado por uma linha que une o ponto médio da fossa cubital até um ponto logo medial ao processo estiloide do rádio. A artéria radial deixa o antebraço espiralando-se ao redor da face lateral do punho e cruza o assoalho da tabaqueira anatômica. A artéria recorrente radial participa das anastomoses arteriais periarticulares no cotovelo por meio de anastomose com a artéria colateral radial, um ramo da artéria braquial profunda. Os ramos carpais palmar e dorsal da artéria radial participam da anastomose arterial periarticular no punho por meio de anastomoses com os ramos correspondentes da artéria ulnar e ramos terminais das artérias interósseas anterior e posterior, formando os arcos carpais palmar e dorsal. Os ramos musculares da artéria radial, sem nome, irrigam músculos nas faces adjacentes (anterolaterais) dos compartimentos dos músculos flexores e extensores, pois a artéria radial segue ao longo do (e demarca o) limite anterolateral entre os compartimentos. DRENAGEM VENOSA ANTEBRAÇO VEIAS DO ANTEBRAÇO No antebraço, como no braço, há veias superficiais e profundas. As veias superficiais ascendem na tela subcutânea. As veias profundas acompanham as artérias profundas do antebraço. VEIAS SUPERFICIAIS O padrão, as variações comuns e a importância clínica das veias superficiais do membro superior já foram analisados anteriormente. VEIAS PROFUNDAS Há muitas veias profundas que acompanham artérias no antebraço. Essas veias acompanhantes originam-se das anastomoses do arco palmar venoso profundo na mão. Da região lateral do arco originam-se pares de veias radiais que acompanham a artéria radial; da região medial, surgem pares de veias ulnares que acompanham a artéria ulnar. As veias que acompanham cada artéria anastomosam-se livremente entre si. As veias radial e ulnar drenam o antebraço, mas levam relativamente pouco sangue da mão. As veias profundas ascendem no antebraço ao lado das artérias correspondentes, recebendo veias tributárias que deixam os músculos com os quais mantêm relação. As veias profundas comunicam-se com as veias superficiais. As veias interósseas profundas, que acompanham as artérias interósseas, unem-se às veias acompanhantes das artérias radial e ulnar. Na fossa cubital, as veias profundas estão unidas à veia intermédia do cotovelo, uma veia superficial. Essas veias profundas da região cubital também se unem às veias acompanhantes da artéria braquial. VASCULARIZAÇÃO DA MÃO ARTÉRIAS DA MÃO As artérias ulnar e radial e seus ramos são responsáveis por todo o fluxo sanguíneo na mão. ARTÉRIA ULNAR NA MÃO A artéria ulnar entra na mão anteriormente ao retináculo dos músculos flexores entre o osso pisiforme e o hâmulo do osso hamato através do túnel ulnar. A artéria divide-se em dois ramos terminais, o arco palmar superficial e o ramo palmar profundo. O arco palmar superficial, o principal término da artéria ulnar, dá origem a três artérias digitais palmares comuns que se anastomosam com as artérias metacarpais palmares do arco palmar profundo. Cada artéria digital palmar comum divide-se em um par de artérias digitaispalmares próprias, que seguem ao longo das laterais adjacentes do 2 ao 4 dedos. ARTÉRIA RADIAL NA MÃO A artéria radial curva-se dorsalmente ao redor dos ossos escafóide e trapézio e atravessa o assoalho da tabaqueira anatômica. Entra na palma da mão passando entre as cabeças do 1 músculo interósseo dorsal e depois gira medialmente, passando entre as cabeças do músculo adutor do polegar. A artéria radial termina anastomosando-se com o ramo profundo da artéria ulnar para dar origem ao arco palmar profundo, formado principalmente pela artéria radial. Esse arco atravessa os ossos metacarpais na porção imediatamente distal às suas bases. O arco palmar profundo dá origem a três artérias metacarpais palmares e à artéria principal do polegar. A artéria radial do indicador segue ao longo da face lateral do dedo indicador. Geralmente é um ramo da artéria radial, mas pode originar-se da artéria principal do polegar. DRENAGEM VENOSA DA MÃO VEIAS DA MÃO Os arcos palmares venosos superficiais e profundos, associados aos arcos palmares (arteriais) superficiais e profundos, drenam para as veias profundas do antebraço. As veias digitais dorsais drenam para três veias metacarpais dorsais, que se unem para formar uma rede venosa dorsal. Superficialmente ao metacarpo, essa rede prolonga-se em sentido proximal na face lateral como a veia cefálica. A veia basílica origina-se da face medial da rede venosa dorsal. ARTÉRIAS DA MÃO MEMBROS INFERIORES DRENAGEM VENOSA DO MEMBRO INFERIOR O membro inferior tem veias superficiais e profundas: as veias superficiais estão situadas no tecido subcutâneo e seguem independentemente das artérias correspondentes e as veias profundas situam-se profundamente à fáscia muscular e acompanham todas as grandes artérias. As veias superficiais e profundas têm válvulas, que são mais numerosas nas veias profundas. VEIAS SUPERFICIAIS DO MEMBRO INFERIOR As duas principais veias superficiais no membro inferior são as veias safenas magna e parva. A maioria das tributárias não tem nome. A veia safena magna é formada pela união da veia dorsal do hálux e o arco venoso dorsal do pé. A veia safena magna: Ascende anteriormente até o maléolo medial. Segue posteriormente ao côndilo medial do fêmur (cerca de quatro dedos posteriormente à margem medial da patela) Anastomosa-se livremente com a veia safena parva. Atravessa o hiato safeno na fáscia lata. Desemboca na veia femoral. A veia safena magna tem 10 a 12 válvulas, que são mais numerosas na perna do que na coxa. Essas válvulas geralmente estão localizadas logo abaixo das veias perfurantes. As veias perfurantes também têm válvulas. Enquanto ascende na perna e na coxa, a veia safena magna recebe várias tributárias e comunica-se em vários locais com a veia safena parva. As tributárias das faces medial e posterior da coxa costumam se unir para formar uma veia safena acessória. Quando presente, essa veia é a principal comunicação entre as veias safenas magna e parva. Além disso, vasos bem grandes, as veias cutâneas lateral e anterior, originam-se de redes venosas na parte inferior da coxa e entram na veia safena magna superiormente, logo antes de sua entrada na veia femoral. Perto de seu fim, a veia safena magna também recebe as veias circunflexa ilíaca superficial, epigástrica superficial e pudenda externa. A veia safena parva origina-se na face lateral do pé, a partir da união da veia dorsal do quinto dedo com o arco venoso dorsal. A veia safena parva: Ascende posteriormente ao maléolo lateral como uma continuação da veia marginal lateral. Segue ao longo da margem lateral do tendão do calcâneo. Inclina-se em direção à linha mediana da fíbula e penetra na fáscia muscular. Ascende entre as cabeças do músculo gastrocnêmio. Drena para a veia poplítea na fossa poplítea. Embora as veias safenas recebam muitas tributárias, seus diâmetros se mantêm razoavelmente constantes no trajeto de ascensão no membro. Isso é possível porque o sangue recebido pelas veias safenas é continuamente desviado dessas veias superficiais na tela subcutânea para as veias profundas, situadas internamente à fáscia muscular, através de muitas veias perfurantes. As veias perfurantes penetram na fáscia muscular perto do local onde se originam das veias superficiais e têm válvulas que permitem o fluxo sanguíneo apenas das veias superficiais para as veias profundas. As veias perfurantes atravessam a fáscia muscular em um ângulo oblíquo, de modo que, quando os músculos se contraem e a pressão aumenta no interior da fáscia muscular, as veias perfurantes são comprimidas. A compressão também impede o fluxo sanguíneo das veias profundas para as veias superficiais. VEIAS PROFUNDAS DO MEMBRO INFERIOR As veias profundas acompanham todas as grandes artérias e seus ramos. Em vez de ocorrerem como uma veia única nos membros (embora muitas vezes sejam ilustradas e denominadas como uma veia única), as veias acompanhantes geralmente são pares, muitas vezes interconectadas, situadas ao lado da artéria que acompanham. Estão contidas na bainha vascular com a artéria, cujas pulsações também ajudam a comprimir e deslocar o sangue nas veias. Embora o arco venoso dorsal drene basicamente pelas veias safenas, as veias perfurantes penetram na fáscia muscular, formando e suprindo continuamente uma veia tibial anterior no compartimento anterior da perna. As veias plantares medial e lateral da face plantar do pé formam as veias tibiais posteriores e fibulares, situadas posteriormente aos maléolos medial e lateral. As três veias profundas da perna fluem para a veia poplítea posterior ao joelho, que se torna a veia femoral na coxa. As veias que acompanham as artérias perfurantes da artéria femoral profunda drenam sangue dos músculos da coxa e terminam na veia femoral profunda, que se une à parte terminal da veia femoral. A veia femoral segue profundamente ao ligamento inguinal para se tornar a veia ilíaca externa. As veias profundas são mais variáveis e se anastomosam com frequência muito maior do que as artérias que acompanham. Tanto as veias superficiais quanto as veias profundas podem ser ligadas, se necessário. DRENAGEM LINFÁTICA DO MEMBRO INFERIOR O membro inferior tem vasos linfáticos superficiais e profundos. Os vasos linfáticos superficiais convergem e acompanham as veias safenas e suas tributárias. Os vasos linfáticos que acompanham a veia safena magna terminam no grupo vertical de linfonodos inguinais superficiais. A maior parte da linfa desses linfonodos segue direto para os linfonodos ilíacos externos, situados ao longo da veia ilíaca externa. Uma parte também segue para os linfonodos inguinais profundos, situados sob a fáscia muscular na face medial da veia femoral. Os vasos linfáticos que acompanham a veia safena parva entram nos linfonodos poplíteos, que circundam a veia poplítea na gordura da fossa poplítea. Os vasos linfáticos profundos da perna acompanham veias profundas e também entram nos linfonodos poplíteos. A maior parte da linfa desses linfonodos ascende através de vasos linfáticos profundos até os linfonodos inguinais profundos. A linfa dos linfonodos profundos segue até os linfonodos ilíacos externos e comuns e, em seguida, chega aos troncos linfáticos lombares. VASCULARIZAÇÃO DO MEMBRO INFERIOR A artéria femoral, a continuação da artéria ilíaca externa distal ao ligamento inguinal, é a principal artéria do membro inferior. Entra no trígono femoral profundamente ao ponto médio do ligamento inguinal (a meio caminho entre a EIAS e o tubérculo púbico), lateral à veia femoral. As pulsações da artéria femoral são palpáveis no trígono em razão de sua posição relativamente superficial, profunda (posterior) em relação à fáscia lata. A artéria está situadasobre as margens adjacentes dos músculos iliopsoas e pectíneo, que formam o assoalho do trígono, e desce sobre elas. A artéria epigástrica superficial, as artérias circunflexas ilíacas superficiais (e às vezes as profundas) e as artérias pudendas externas superficiais e profundas originam-se na face anterior da parte proximal da artéria femoral. A artéria femoral profunda é o maior ramo da artéria femoral e a principal artéria da coxa. Origina-se da face lateral ou posterior da artéria femoral no trígono femoral. No terço médio da coxa, onde está separada da artéria e veia femorais pelo músculo adutor longo, emite 3 a 4 artérias perfurantes que passam ao redor da face posterior do fêmur. As artérias perfurantes suprem músculos dos três compartimentos fasciais (Mm. adutor magno, isquiotibiais e vasto lateral). As artérias circunflexas femorais circundam a parte superior do corpo do fêmur e se anastomosam entre si e com outras artérias, que suprem os músculos da coxa e a extremidade superior (proximal) do fêmur. A artéria circunflexa femoral medial é muito importante, porque é responsável pela maior parte da vascularização para a cabeça e o colo do fêmur através de seus ramos, as artérias retinaculares posteriores. A artéria circunflexa femoral lateral, menos capaz de suprir a cabeça e o colo do fêmur quando passa lateralmente através da parte mais espessa da cápsula articular do quadril, supre principalmente os músculos na face lateral da coxa. COXA: ARTÉRIAS: ARTÉRIA OBTURATÓRIA A artéria obturatória ajuda a artéria femoral profunda a suprir os músculos adutores através dos ramos anteriores e posteriores, que se anastomosam. O ramo posterior emite um ramo acetabular que supre a cabeça do fêmur. VEIA FEMORAL A veia femoral é a continuação da veia poplítea proximal ao hiato dos adutores. Em sua ascensão através do canal dos adutores, a veia femoral situa-se posterolateral e depois posteriormente à artéria femoral. A veia femoral entra na bainha femoral lateralmente ao canal femoral e termina posteriormente ao ligamento inguinal, onde se torna a veia ilíaca externa. Na parte inferior do trígono femoral, a veia femoral recebe a veia femoral profunda, a veia safena magna e outras tributárias. A veia femoral profunda, formada pela união de três ou quatro veias perfurantes, entra na veia femoral cerca de 8 cm abaixo do ligamento inguinal e cerca de 5 cm antes do término da veia safena magna. ARTÉRIAS DAS REGIÕES GLÚTEA E FEMORAL POSTERIOR As artérias da região glútea originam-se, direta ou indiretamente, das artérias ilíacas internas, mas os padrões de origem das artérias são variáveis. Os principais ramos da artéria ilíaca interna que suprem ou atravessam a região glútea são 1ª artéria glútea superior, 2ª artéria glútea inferior, e 3ª artéria pudenda interna. O compartimento posterior da coxa não tem uma grande artéria exclusiva; recebe sangue de várias fontes: artérias glútea inferior, circunflexa femoral medial, perfurantes e poplítea. Artéria glútea superior. A artéria glútea superior é o maior ramo da artéria ilíaca interna e segue posteriormente entre o tronco lombossacral e o nervo S1. Essa artéria sai da pelve através do forame isquiático maior, superiormente ao músculo piriforme, e divide-se imediatamente em ramos superficial e profundo. O ramo superficial irriga o músculo glúteo máximo e a pele sobre a fixação proximal desse músculo. O ramo profundo irriga os músculos glúteo médio, glúteo mínimo e tensor da fáscia lata. A artéria glútea superior anastomosa-se com as artérias glútea inferior e circunflexa femoral medial. Artéria glútea inferior. A artéria glútea inferior origina-se da artéria ilíaca interna e segue posteriormente através da fáscia pélvica parietal, entre os nervos S1 e S2 (ou S2 e S3). A artéria glútea inferior sai da pelve através do forame isquiático maior, inferiormente ao músculo piriforme. Entra na região glútea profundamente ao músculo glúteo máximo e desce medialmente ao nervo isquiático. *Todas essas artérias originam-se da artéria ilíaca interna A artéria glútea inferior supre os músculos glúteo máximo, obturador interno, quadrado femoral e as partes superiores dos músculos isquiotibiais. Anastomosa-se com a artéria glútea superior e, amiúde, mas nem sempre, participa da anastomose cruzada da coxa, que inclui as primeiras artérias perfurantes da artéria femoral profunda e as artérias circunflexas femorais medial e lateral. Todos esses vasos participam da irrigação das estruturas da parte proximal posterior da coxa. Antes do nascimento, a artéria glútea inferior é a principal artéria do compartimento posterior, atravessando sua extensão e tornando-se contínua com a artéria poplítea. Entretanto, essa parte da artéria diminui, persistindo após o nascimento como a artéria para o nervo isquiático. Artéria pudenda interna. A artéria pudenda interna origina-se da artéria ilíaca interna e situa-se anteriormente à artéria glútea inferior. Segue paralelamente ao nervo pudendo, entrando na região glútea através do forame isquiático maior abaixo do músculo piriforme. A artéria pudenda interna deixa a região glútea imediatamente, cruzando a espinha isquiática/ligamento sacroespinal, e entra no períneo através do forame isquiático menor. Como o nervo pudendo, supre a pele, os órgãos genitais externos e os músculos na região do períneo. Não supre nenhuma estrutura nas regiões glútea ou femoral posterior. ARTÉRIAS PERFURANTES Em geral, a artéria femoral profunda emite quatro artérias perfurantes, três originam-se no compartimento anterior e a quarta é o ramo terminal da própria artéria profunda. As artérias perfurantes são grandes vasos, incomuns nos membros por seu trajeto intercompartimental, transversal. Elas perfuram a parte aponeurótica da fixação distal do músculo adutor magno e entram no compartimento posterior. No compartimento posterior, dão origem tipicamente a ramos musculares para os músculos do jarrete e ramos anastomóticos que sobem ou descem para se unir aos ramos originados superior ou inferiormente das outras artérias perfurantes ou das artérias glútea inferior e poplítea. Assim, uma cadeia anastomótica contínua estende-se das regiões glúteas para as regiões poplíteas, o que dá origem a outros ramos para músculos e para o nervo isquiático. Depois de emitirem seus ramos do compartimento posterior, as artérias perfurantes atravessam o septo intermuscular lateral e entram no compartimento anterior, onde suprem o músculo vasto lateral. VEIAS DAS REGIÕES GLÚTEA E FEMORAL POSTERIOR As veias glúteas são tributárias das veias ilíacas internas que drenam sangue da região glútea. As veias glúteas superiores e inferiores acompanham as artérias correspondentes através do forame isquiático maior, superior e inferiormente ao músculo piriforme, respectivamente. Elas se comunicam com tributárias da veia femoral, oferecendo, assim, vias alternativas para o retorno do sangue do membro inferior. As veias pudendas internas acompanham as artérias pudendas internas e unem-se para formar uma única veia que entra na veia ilíaca interna. Essas veias drenam sangue dos órgãos genitais externos ou pudendo. As veias perfurantes acompanham as artérias do mesmo nome e drenam sangue do compartimento posterior da coxa para a veia femoral profunda. Em geral, as veias perfurantes, como as artérias, também se comunicam inferiormente com a veia poplítea e superiormente com a veia glútea inferior. DRENAGEM LINFÁTICA DAS REGIÕES GLÚTEA E FEMORAL A linfa dos tecidos profundos das nádegas segue os vasos glúteos até os linfonodos glúteos superiores e inferiores e deles para os linfonodos ilíacos internos, externos e comuns e daípara os linfonodos (aórticos/cavais) laterais lombares. A linfa dos tecidos superficiais da região glútea entra nos linfonodos inguinais superficiais, que também recebem linfa da coxa. Todos os linfonodos inguinais superficiais enviam vasos linfáticos eferentes para os linfonodos ilíacos externos. PERNA VASOS SANGUÍNEOS NA FOSSA POPLÍTEA A artéria poplítea, a continuação da artéria femoral, começa quando esta atravessa o hiato dos adutores. A artéria poplítea segue em sentido inferolateral através da fossa poplítea e termina na margem inferior do músculo poplíteo, dividindo-se nas artérias tibiais anterior e posterior. A estrutura profunda (anterior) na fossa, a artéria poplítea, segue bem próximo da cápsula articular do joelho e se estende sobre a fossa intercondilar. Cinco ramos geniculares da artéria poplítea suprem a cápsula e os ligamentos da articulação do joelho. As artérias do joelho são as artérias superior lateral, superior medial, média, inferior lateral e inferior medial do joelho. Elas participam na formação da rede articular do joelho periarticular, uma rede de vasos que circundam o joelho e garantem circulação colateral capaz de manter a vascularização da perna durante a flexão completa do joelho, o que pode causar acotovelamento da artéria poplítea. Outras artérias que contribuem para essa importante rede no joelho são: Artéria descendente do joelho, um ramo superomedial da artéria femoral. Ramo descendente da artéria circunflexa femoral lateral, superolateral Artéria recorrente tibial anterior, ramo da artéria tibial anterior, inferolateral. Rede articular do joelho. Os ramos musculares da artéria poplítea suprem os músculos isquiotibiais, gastrocnêmio, sóleo e plantar. Os ramos musculares superiores da artéria poplítea fazem anastomoses clinicamente importantes com a parte terminal das artérias femoral profunda e glútea. DRENAGEM VENOSA PERNA A veia poplítea começa na margem distal do músculo poplíteo como uma continuação da veia tibial posterior. Em todo o seu trajeto, a veia situa-se perto da artéria poplítea, superficial a ela e na mesma bainha fibrosa. Inicialmente, a veia poplítea situa-se posteromedialmente à artéria e lateralmente ao nervo tibial. Mais acima, a veia poplítea situa-se posteriormente à artéria, entre esse vaso e o nervo tibial sobrejacente. Na parte superior, a veia poplítea, que tem várias válvulas, torna-se a veia femoral quando atravessa o hiato dos adutores. A veia safena parva segue da face posterior do maléolo lateral até a fossa poplítea, onde perfura a fáscia muscular poplítea e entra na veia poplítea. DRENAGEM LINFÁTICA PERNA Linfonodos na fossa poplítea. Os linfonodos poplíteos superficiais geralmente são pequenos e situam-se na tela subcutânea. Um linfonodo situa-se na extremidade da veia safena parva e recebe linfa dos vasos linfáticos que acompanham essa veia. Os linfonodos poplíteos profundos circundam os vasos e recebem linfa da cápsula articular do joelho e dos vasos linfáticos que acompanham as veias profundas da perna. Os vasos linfáticos dos linfonodos poplíteos seguem os vasos femorais até os linfonodos inguinais profundos. ARTÉRIA NO COMPARTIMENTO ANTERIOR DA PERNA A artéria tibial anterior irriga estruturas no compartimento anterior. O menor ramo terminal da artéria poplítea, a artéria tibial anterior, inicia-se na margem inferior do músculo poplíteo (quando a artéria poplítea passa profundamente ao arco tendíneo do músculo sóleo). Imediatamente, a artéria segue em direção anterior através de uma abertura na parte superior da membrana interóssea para descer na face anterior dessa membrana entre os músculos TA e ELD. Na articulação talocrural, a meio caminho entre os maléolos, a artéria tibial anterior muda de nome, tornando-se a artéria dorsal do pé. ARTÉRIAS NO COMPARTIMENTO POSTERIOR A artéria tibial posterior, o maior e mais direto ramo terminal da artéria poplítea, é responsável pela vascularização do compartimento posterior da perna e do pé. Começa na margem distal do músculo poplíteo quando a artéria poplítea passa profundamente ao arco tendíneo do músculo sóleo e, ao mesmo tempo, bifurca-se em seus ramos terminais. Perto de sua origem, a artéria tibial posterior dá origem a seu maior ramo, a artéria fibular, que segue lateral e paralelamente a ela, também dentro da parte profunda. Durante a descida, a artéria tibial posterior é acompanhada pelo nervo e veias tibiais. A artéria segue posteriormente ao maléolo medial, do qual está separada pelos tendões do TP e do FLD. Inferiormente ao maléolo medial, segue entre os tendões dos músculos FLH e FLD. Profundamente ao retináculo dos músculos flexores e à origem do músculo abdutor do hálux, a artéria tibial posterior divide-se em artérias plantares medial e lateral, as artérias da planta do pé. A artéria fibular, o maior e mais importante ramo da artéria tibial posterior, origina-se inferiormente à margem distal do músculo poplíteo e ao arco tendíneo do músculo sóleo. Desce obliquamente em direção à fíbula e segue ao longo de sua face medial, em geral dentro do músculo FLH. A artéria fibular emite ramos musculares para o músculo poplíteo e para outros músculos nos compartimentos posterior e lateral da perna. Também dá origem à artéria nutrícia da fíbula. Na parte distal, a artéria fibular dá origem a um ramo perfurante e aos ramos maleolar lateral terminal e calcâneo. O ramo perfurante atravessa a membrana interóssea e segue até o dorso do pé, onde se anastomosa com a artéria arqueada. Os ramos calcâneos laterais suprem o calcanhar, e o ramo maleolar lateral une-se a outros ramos maleolares para formar uma anastomose arterial do tornozelo, periarticular. A artéria circunflexa fibular inicia-se na origem da artéria tibial anterior ou posterior no joelho e segue lateralmente sobre o colo da fíbula até as anastomoses ao redor do joelho. PÉ ARTÉRIAS DO PÉ As artérias do pé são ramos terminais das artérias tibiais anterior e posterior, respectivamente: a artérias dorsal do pé e plantares. Artéria dorsal do pé. A artéria dorsal do pé, que costuma ser importante na vascularização da parte anterior do pé, é a continuação direta da artéria tibial anterior. A artéria dorsal do pé começa a meio caminho entre os maléolos e segue em sentido anteromedial, profundamente ao retináculo inferior dos músculos extensores, entre os tendões do extensor longo do hálux e do extensor longo dos dedos no dorso do pé. A artéria dorsal do pé segue até o primeiro espaço interósseo, onde se divide e dá origem à 1a artéria metatarsal dorsal e a uma artéria plantar profunda. Esta segue profundamente entre as cabeças do primeiro músculo interósseo dorsal e entra na planta do pé, onde se une à artéria plantar lateral para formar o arco plantar profundo. O trajeto e o destino da artéria dorsal e sua principal continuação, a artéria plantar profunda, são comparáveis à artéria radial da mão, que completa um arco arterial profundo na palma. A artéria tarsal lateral, um ramo da artéria dorsal do pé, segue lateralmente em um trajeto curvo sob o músculo ECD para irrigar esse músculo e os ossos tarsais e as articulações subjacentes. Anastomosa-se com outros ramos, como a artéria arqueada. A 1ª artéria metatarsal dorsal divide-se em ramos que suprem os dois lados do hálux e a face medial do 2º dedo. A artéria arqueada segue lateralmente através das bases dos quatro metatarsais laterais, profundamente aos tendões dos músculos extensores, até chegar à face lateral do antepé, onde pode anastomosar-se à artéria tarsal lateral para formar uma alça arterial. A artéria arqueada dá origem às 2ª, 3ª e 4ª artérias metatarsais dorsais. Esses vasos seguem distalmente até as fendasdos dedos e são unidos ao arco plantar e às artérias metatarsais plantares por ramos perfurantes. Na parte distal, cada artéria metatarsal dorsal divide-se em duas artérias digitais dorsais para a face dorsal das laterais dos dedos adjacentes; entretanto, essas artérias geralmente terminam proximais à articulação interfalângica distal e são substituídas ou reabastecidas por ramos dorsais das artérias digitais plantares. ARTÉRIAS DA PLANTA DO PÉ A planta do pé tem uma vascularização abundante derivada da artéria tibial posterior, que se divide profundamente ao retináculo dos músculos flexores. Os ramos terminais seguem profundamente ao músculo abdutor do hálux (AH) como as artérias plantares medial e lateral, que acompanham os nervos de nomes semelhantes. Artéria plantar medial. A artéria plantar medial é o menor ramo terminal da artéria tibial posterior. Dá origem a um ou mais ramos profundos que suprem principalmente os músculos do hálux. O ramo superficial maior da artéria plantar medial supre a pele na face medial da planta e tem ramos digitais que acompanham ramos digitais do nervo plantar medial; e os ramos mais laterais anastomosam-se com as artérias metatarsais plantares mediais. Às vezes, forma-se um arco plantar superficial quando o ramo superficial anastomosa-se com a artéria plantar lateral ou o arco plantar profundo. Artéria plantar lateral. A artéria plantar lateral, muito maior do que a artéria plantar medial, origina-se com o nervo do mesmo nome e o acompanha. Segue em sentido lateral e anterior, de início profundamente ao músculo AH e, depois, entre músculos FCD e quadrado plantar. A artéria plantar lateral curva-se medialmente através do pé com o ramo profundo do nervo plantar lateral para formar o arco plantar profundo, que é completado pela união com a artéria plantar profunda, um ramo da artéria dorsal do pé. Quando atravessa o pé, o arco plantar profundo dá origem às quatro artérias metatarsais plantares; três ramos perfurantes; e muitos ramos para pele, fáscia e músculos na planta. As artérias metatarsais plantares dividem-se perto da base das falanges proximais para formar as artérias digitais plantares, que suprem os dedos adjacentes; ramos digitais superficiais da artéria plantar medial unem-se às artérias metatarsais mais mediais. Tipicamente, as artérias digitais plantares fornecem a maior parte do sangue que chega à região distal dos dedos, inclusive ao leito ungueal, através dos ramos perfurantes e dorsais– uma distribuição que também é observada nos dedos. DRENAGEM VENOSA DO PÉ Como o resto do membro inferior, o pé tem veias superficiais e musculares. As veias musculares assumem a forma de pares de veias que se anastomosam, acompanhando todas as artérias internas à fáscia muscular. As veias superficiais são subcutâneas e não acompanhadas por artérias. Ao contrário da perna e da coxa, porém, a drenagem venosa do pé é feita basicamente para as principais veias superficiais, tanto das veias acompanhantes profundas quanto de outras veias superficiais menores. As veias perfurantes iniciam o desvio unidirecional de sangue das veias superficiais para as veias profundas, um padrão essencial para operação da bomba musculo venosa, proximal à articulação talocrural. A maior parte do sangue é drenada do pé pelas veias superficiais. As veias digitais dorsais continuam em sentido proximal como veias metatarsais dorsais, que também recebem ramos das veias digitais plantares. Essas veias drenam para o arco venoso dorsal do pé, e proximal a este uma rede venosa dorsal cobre o restante do dorso do pé. Tanto o arco quanto a rede estão localizados na tela subcutânea. Na parte principal, as veias superficiais de uma rede venosa plantar drenam ao redor da margem medial do pé e convergem para a parte medial do arco e da rede venosa dorsal a fim de formar uma veia marginal medial, que se torna a veia safena magna, ou drenam ao redor da margem lateral e convergem para a parte lateral do arco e da rede venosa dorsal afim de formar a veia marginal lateral, que se torna a veia safena parva. As veias perfurantes das veias safenas magna e parva então desviam sangue continuamente para a região profunda enquanto ascendem para tirar vantagem da bomba musculovenosa. DRENAGEM LINFÁTICA DO PÉ Os vasos linfáticos do pé começam em plexos subcutâneos. Os vasos coletores consistem nos vasos linfáticos superficiais e profundos que acompanham as veias superficiais e os principais feixes vasculares, respectivamente. Os vasos linfáticos superficiais são mais numerosos na planta do pé. Os vasos linfáticos superficiais mediais, maiores e mais numerosos do que os laterais, drenam a face medial do dorso e da planta do pé. Esses vasos convergem para a veia safena magna e acompanham-na até o grupo vertical de linfonodos inguinais superficiais, localizados ao longo do término da veia, e daí para os linfonodos inguinais profundos, ao longo da veia femoral proximal. Os vasos linfáticos superficiais laterais drenam a face lateral do dorso e da planta do pé. A maioria desses vasos segue posteriormente ao maléolo lateral e acompanha a veia safena parva até a fossa poplítea, onde entram nos linfonodos poplíteos. As veias profundas acompanham as artérias e seus ramos; elas se anastomosam com frequência e têm muitas válvulas. As principais veias superficiais drenam, através de veias perfurantes, para as veias profundas que ascendem no membro, de modo que a compressão muscular impulsione o sangue em direção ao coração contra a força da gravidade. A parte distal da veia safena magna é acompanhada pelo nervo safeno e a veia safena parva é acompanhada pelo nervo sural e sua raiz medial (nervo cutâneo sural medial). A drenagem linfática da planta drena no sentido dorsal e proximal. Vasos linfáticos superficiais da região medial do pé unem-se aos da região anteromedial da perna, drenando para os linfonodos inguinais superficiais através de linfáticos que acompanham a veia safena magna. Os vasos linfáticos superficiais da região lateral do pé unem-se aos da região posterolateral da perna, convergem para os vasos que acompanham a veia safena parva e drenam para os linfonodos poplíteos. Os vasos linfáticos profundos do pé seguem os principais vasos sanguíneos: veias fibular, tibiais anterior e posterior, poplítea e femoral. Os vasos profundos do pé também drenam para os linfonodos poplíteos. Os vasos linfáticos que saem deles acompanham os vasos femorais, transportando a linfa até os linfonodos inguinais profundos. Dos linfonodos inguinais profundos, toda a linfa do membro inferior segue profundamente ao ligamento inguinal até os linfonodos ilíacos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Keith L. Moore; Arthur F. Dalley; Anne M. R. Argur. Moore Anatomia orientad para clínica; Sétima edição; Rio de Janeiro; Direitos exclusivos para a língua portuguesa Copyright © 2014 by EDITORA GUANABARA KOOGAN LTDA. Uma editora integrante do GEN | Grupo Editorial Nacional.
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