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PRÁTICAS CONTÁBEIS EM 
LABORATÓRIO 
AULA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Edenise Aparecida dos Anjos 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Caros alunos, anteriormente apresentamos procedimentos necessários 
para a abertura de empresas, registros nos órgãos governamentais, obrigações 
acessórias, entre outros temas. Nesta aula, vamos apresentar alguns elementos 
básicos necessários para a parametrização dos sistemas, sejam sistemas 
integrados utilizados por empresas que possuem a contabilidade interna, ou 
sistemas contábeis utilizados em escritórios. 
CONTEXTUALIZANDO 
A contabilidade é o principal sistema de informação das organizações. 
Assim, é evidente a importância do contador na implementação de sistemas 
integrados de gestão, fundamentais para a geração de informações úteis para a 
tomada de decisão. 
As micro e pequenas empresas buscam os serviços dos escritórios de 
contabilidade como apoio às suas atividades. As empresas mais estruturadas 
conseguem manter na sua estrutura um departamento contábil, com uma equipe 
de profissionais, responsáveis pela geração de informações contábeis, 
tributárias e gerenciais. 
Mas o que é comum a esses dois tipos de serviços oferecidos pela 
contabilidade? O sistema utilizado para os registros contábeis. 
O sistema pode ser abordado por duas perspectivas: do escritório de 
contabilidade onde são efetuados todos os lançamentos, migrados dos sistemas 
dos clientes ou lançamentos manualmente. E dos sistemas integrados de gestão 
(ERP – Enterprise Resource Planning), onde as transações feitas nos módulos 
ou subsistemas carregam automaticamente o sistema contábil. 
É sobre esse contexto que preparamos esta aula, para tratar da 
importância de conhecimento e habilidades do profissional contábil em 
implementação, desenho de rotinas e parametrização de sistemas contábeis. 
TEMA 1 – ESTRUTURA CADASTRAL CONTÁBIL – PLANO DE CONTAS E 
CENTRO DE CUSTOS/RESULTADOS 
O contador, com base em sua visão de negócio, tem como função analisar 
e parametrizar sistemas para receber os lançamentos contábeis. Entre os 
 
 
3 
primeiros passos, é preciso elaborar um elenco do plano de contas, identificar 
as principais atividades da empresa, e classificar as contas em contábeis e 
gerenciais. 
As contas contábeis são estruturadas, ordenadas e codificadas de acordo 
com os níveis de informação de cada empresa, segmentadas em contas de 
centros de custos ou centros de resultados. O processo de ordenação de contas 
permite o armazenamento e a acumulação de dados, que ao serem agrupados 
de forma lógica (Ativos, Passivos, Receitas e Despesas) sistematizam o trabalho 
contábil na forma de plano de contas. 
No plano de contas, elas são classificadas em contas patrimoniais e de 
resultados. As contas patrimoniais são contas permanentes, cuja função é 
classificar e evidenciar a qualidade do ativo e do passivo (bens, direitos, 
obrigações, patrimônio líquido), e as contas de resultados são contas 
transitórias, com o objetivo de determinar o lucro ou prejuízo de um período 
convencionado (Padoveze, 2015). 
Assim, ao preparar um projeto para desenvolver um Plano de Contas, a 
empresa deve ter em mente as várias possibilidades de relatórios gerenciais 
para uso interno, além de relatórios contábeis e financeiros para uso externo. 
Neste entendimento, o projeto deve levar em consideração as contas e a 
necessidade informacional da organização (Gelbcke et al., 2018). Vamos, agora, 
entender o que são contas e como os planos de contas são estruturados. 
1.1 Plano de contas 
A “Conta Contábil” é definida por Padoveze (2015, p. 190) como a 
“representação contábil de elementos patrimoniais de natureza igual ou 
semelhante”. Assim, as contas são criadas com a função de acumular, sintetizar 
e classificar os elementos patrimoniais necessários para os lançamentos 
contábeis. 
O plano de contas é numerado ou codificado de forma racional, de modo 
a facilitar os lançamentos por meio de processos mecânicos ou processos 
eletrônicos. Segundo Marion e Santos (2018, p. 116), “o plano de contas é o 
agrupamento ordenado de todas as contas utilizadas pela Contabilidade dentro 
de determinada empresa, considerado indispensável para os registros de todos 
os fatos contábeis.” 
 
 
4 
A ordenação se dá por convenção, de modo que todas as contas 
patrimoniais de ativos são codificadas com o número 1, e as de passivo com o 
número 2. Já as contas de resultados, de receitas e despesas normalmente 
recebem os códigos 3 e 4, não necessariamente nesta ordem. 
Figura 1 – Plano de Contas sintético 
 
Crédito: Sistema Datacempro. 
A elaboração do plano de contas deve respeitar, ainda, a natureza da 
conta. Por exemplo, as Contas Patrimoniais (ativo e passivo) são necessárias 
para a elaboração do Balanço Patrimonial e Contas de resultados (receitas e 
despesas) devem compor a Demonstração do Resultado. Um último 
agrupamento de contas ainda é necessário para o encerramento do exercício; 
as contas de apuração de resultados ou contas transitórias são utilizadas, como 
já descrito anteriormente, somente para zerar as contas de resultados e transferir 
o resultado (lucro ou prejuízo) para o patrimônio líquido. 
Importante observar que cada conta contábil do plano de contas tem um 
desdobramento, para que receba o detalhamento necessário para identificar o 
lançamento contábil. Esse detalhamento é discriminado, por Padoveze (2015), 
como uma estrutura de relacionamento do plano de contas tradicional. 
Apresentado em forma de hierarquia ou árvore, é possível identificar, por 
exemplo, classe, subgrupo, conta, subconta e item que recebe lançamentos da 
conta nos bancos de conta corrente. 
As contas são agrupadas de acordo com o nível. Primeiro, observa-se a 
classe de contas inserida (Conta de Ativo – nível 1), seguida de subgrupo (Ativo 
Circulante – nível 2), conta contábil (Bancos – nível 3) e detalhamento por 
subconta (Bancos conta corrente – nível 4). Esse agrupamento é definido como 
contas sintéticas, e por fim há a conta analítica, que receberá o lançamento – 
nível 5. São identificadas pelos nomes dos bancos, como: Banco do Brasil, 
Bradesco, Santander (veja figura 2) 
 
 
5 
 
 Figura 2 – Exemplo de agrupamento de contas por níveis 
No nível 1 ao 4 são denominadas como contas sintéticas. não recebem 
lançamentos, são o que chamamos de contas sintéticas 
Apenas no nível 5 estarão as 
contas analíticas que recebem 
os lançamentos de valores. 
Ativo Ativo circulante Disponível Bancos conta corrente 
1 1.01 1.01.01 1.01.01.02 1.01.01.02.0001 
1.01.01.02.0002 
1.01.01.02.0003 
Classe Subgrupo Conta Subconta item 
 
No exemplo exposto, pode-se observar que a nomenclatura é clara e 
concisa, e assim a codificação do grupo de contas permite identificar o 
posicionamento da conta na estrutura do plano. Os termos utilizados são comuns 
às características da empresa. 
Ressalta-se que o plano de contas deve ser organizado de forma a 
permitir a inserção de novas contas ou grupos de contas, possibilitando assim 
acompanhar o crescimento e a consequente evolução da estrutura 
organizacional da empresa (Favero; Lonardoni; De Souza, 2011). 
Os sistemas contábeis utilizados em escritórios, e até mesmo nos 
sistemas de gestão integrados (ERP), já vêm parametrizados com um plano de 
1.Nível 1 1.1 1.Ativo
1.Nível 2 1.1.01 1.Ativo Circulante
1.Nível 3 1.1.01.01 1.Disponível
1.Nível 4 1.1.01.01.02 1.Bancos Conta Corrente
1.Nível 5
1.1.01.01.02.0001 1.Banco do Brasil
1.1.01.01.02.0002 1.Banco bradesco
1.1.01.01.02.0003 1.Banco Santander
 
 
6contas padrão, com uma máscara de contas, e desdobrados em até cinco níveis. 
Permitem também que as empresas utilizem planos de contas ampliados, para 
identificar lançamentos em centros de custos ou centros resultados para geração 
de relatório gerenciais. 
1.2 Plano de contas ampliado 
A estrutura do plano de contas ampliado deve criar relações dos 
segmentos e necessidades informacionais das empresas com a estrutura do 
plano de contas contábil tradicional (Padoveze, 2015). O contador deve 
considerar as seguintes informações para parametrizar o plano de contas da 
empresa: 
Quadro 1 – Tabelas de plano de contas 
Tabelas de empresas a empresa e suas filiais 
Tabelas de Unidades divisões ou fábricas; a empresa poder ser 
administrada por seus negócios menores. 
Tabela de centros ou 
subcentro de custos 
detalhamento de centro de custos, permite a 
emissão de relatório analíticos gerenciais, por 
faturamento, custos dos produtos, atividades. 
Tabela de contas e 
subcontas contábeis 
ampliação do conceito tradicional das contas, 
ampliação. 
Tabela de contas 
gerenciais 
acumulação de dados para emissão de relatórios 
gerenciais. 
Tabela de ordens de 
trabalho, projeto ou 
serviço 
dependendo da empresa, podem ser necessárias a 
acumulação de dados e a emissão de relatórios por 
ordem de execução ou ordem de serviço. 
Tabela de produtos e 
linhas de produtos 
este detalhamento das contas é importante, na 
medida em que fornece informações de rentabilidade 
por produtos, vendas, desempenho. 
Tabela de recursos acumulação de informações contábeis; apresenta o 
detalhamento relativo ao consumo de recursos e 
receitas. 
Fonte: Padoveze, 2015, p. 187-189. 
 Vejam uma sugestão de plano de contas ampliado, conforme figura a 
seguir. 
 
 
 
7 
Figura 3 – Plano de Contas ampliado 
 
 
Fonte: Padoveze, 2015. 
1.3 Departamentalização (Centros de Custos, Despesas e Receitas) 
A departamentalização compreende uma segunda classificação das 
contas contábeis, com a função de absorver os endereçamentos das contas de 
resultados (receitas e despesas) por departamentos, setores ou atividades que 
consomem recursos. Neste sentido, é imprescindível que a departamentalização 
seja complementar ao plano de contas tradicional. Na visão de Padoveze (2015), 
a departamentalização tem como base a estrutura organizacional da empresa, 
conforme a Figura 4. 
Figura 4 – Exemplo de estrutura organizacional 
 
Fonte: Padoveze, 2015, p. 208. 
Presidência
Diretoria 
Administração 
Financeira
Controladoria
Tesouraria
Recursos 
Humanos
Tecnologia da 
informação
Administração
Diretoria 
Operacional
Suprimentos
Compras
Estoques
Planejamento
Marketing
Produtos
Diretoria de 
Produção
Loja 1
Gerência
Manutenção
Frios
Secos
Utensílios
Loja 2
Gerência
Manutenção
Frios
Secos
Utensílios
Loja 3
Gerência
Manutenção
Frios
Secos
Utensílios
Auditoria 
Interna
 
 
8 
Esta segmentação dá origem à criação das contas de centros de custos, 
detalhada até o menor nível hierárquico. Deve seguir a mesma lógica de 
codificação em níveis. Segue exemplo: 
Figura 5 – Centros de custos e de receitas 
Centros de Custos e de Receitas: 
1 
11 
111 
112 
12 
121 
122 
123 
124 
125 
126 
2 
21 
211 
212 
212.01 
212,02 
213 
213.01 
213.02 
Administração 
Presidência 
Presidência 
Auditoria Interna 
Diretoria Administrativa e Financeira 
Diretoria Administrativa e Financeira 
Controladoria 
Tesouraria 
Recursos Humanos 
Tecnologia de Informação 
Administração Geral 
Diretoria Operacional 
Diretoria Operacional 
Diretoria Operacional 
Suprimentos 
Compras 
Estoques 
Planejamento 
Marketing 
Produto 
3 
311 
312 
312.01 
312.02 
312.03 
312.04 
312.05 
313 
313.01 
313.02 
313.03 
313.04 
313.05 
314 
314.01 
314.02 
314.03 
314.04 
314.05 
Diretoria de Produção 
Diretoria de Produção 
Loja 1 
Gerência 
Manutenção 
Frios 
Secos 
Utensílios 
Loja 2 
Gerência 
Manutenção 
Frios 
Secos 
Utensílios 
Loja 3 
Gerência 
Manutenção 
Frios 
Secos 
Utensílios 
 
A parametrização do plano de conta contábil padrão recebe o 
desdobramento do centro de custo, conforme tela apresentada na sequência. 
Figura 6 – Exemplo de Centro de Custos 
 
Crédito: Sistema WK solução. 
 
 
9 
Após a parametrização do plano de contas e os centros de custos, deve-
se ainda proceder a conciliação do plano de contas da empresa com o plano de 
contas referencial da receita federal, para que se possa enviar as obrigações 
acessórias relativas aos SPED (Sistema público de escrituração digital) da 
Receita Federal. 
Figura 7 – Parametrização do Plano de contas Referencial (SPED) 
 
 
O procedimento seguinte consiste na parametrização do exercício social, 
e assim o sistema estará pronto para a parametrização de contas padrões, 
saldos e lançamentos iniciais. 
Figura 8 – Exercício social 
 
Na sequência, vamos apresentar os componentes necessários para os 
lançamentos contábeis, como: data, conta debitada, conta creditada, histórico e 
valor. 
 
 
 
10 
TEMA 2 – HISTÓRICOS E LANÇAMENTOS PADRONIZADOS 
 Após a parametrização do plano de contas e a definição do exercício 
social, vamos agora verificar quais os elementos necessários para a escrituração 
contábil dos eventos organizacionais. 
2.1 Componentes do lançamento contábil 
 Os componentes do lançamento contábil devem ser suficientes para 
entender, identificar e compreender a transação dos eventos econômicos e 
fiscais das operações da empresa. São eles: 
 Data: 
o A informação da data é importante por retratar o momento da 
ocorrência dos atos e fatos contábeis. São necessários ainda para 
a modelagem e padronização do sistema para fechamento do 
período e emissão de relatórios para tomada de decisão. 
o Datas possíveis: data de emissão de nota fiscal, data de 
recebimento de produtos ou insumos, data de pagamento, 
recebimento de produto físico, entre outros. 
 Conta debitada e conta creditada: 
o O lançamento contábil, usa como base o plano de contas, permite 
a revisão das atividades. 
o Segue o método das partidas dobradas, para cada lançamento a 
débito existe pelo um crédito de igual valor. 
o Permite acumulação de dados por conta, sendo de de vital 
importância para a geração das informações contábeis e 
gerenciais. 
Exemplo: Lançamento contábil de venda a prazo: Conta debitada – 
Clientes; Conta Creditada – Receita de Vendas a Prazo. 
 
 
 
11 
 Histórico: 
o O elemento do histórico do lançamento deve conter as informações 
referente ao registro efetuado. Descrevendo a ação do evento, 
como compra, venda, transferência, pagamento etc. 
o Algumas empresas padronizam seus históricos, atribuindo códigos 
para cada evento. 
o Cada módulo deve conter pelo menos um histórico padrão. 
Figura 9 – Histórico padrão 
 
 Valor: 
o Este elemento é o item de maior relevância do lançamento contábil. 
o É o que se denomina como valor base ou contábil da transação. 
o Composição de valor: quantidade, preço unitário, total, valor dos 
impostos, valor do frete e seguros (Padoveze, 2015). 
Figura 10 – Elementos básicos para lançamento contábil 
 
 
 
 
12 
2.1.1 Lançamentos contábeis padronizados 
Os lançamentos contábeis são parametrizados de acordo com a natureza 
da transação, de modo a facilitar o trabalho de contabilização. Em alguns 
sistemas, apenas os dados importados ou migrados de outros sistemas são 
padronizados, comoas notas fiscais de saída (venda) que com o advento da 
obrigatoriedade da nota fiscal eletrônica dos clientes, até mesmo nos escritórios 
de contabilidade são importadas do sistema do cliente. 
Nas empresas que possuem ERP, a maioria dos lançamentos são 
padronizados. Ou seja, no ato do registro de uma venda pelo departamento 
comercial, automaticamente o sistema faz pelo menos 3 lançamentos: 
1. Credita a conta de estoques, fazendo a baixa por venda, e debita a conta 
de custo mercadoria vendida (CMV). 
2. Credita a conta de receitas de vendas e debita a conta caixa (se a vista) 
ou a conta clientes (se a prazo). 
3. Debita a conta de dedução de impostos sobre vendas (ICMS, PIS, Cofins) 
e credita a conta de impostos a recolher (ICMS, PIS, Cofins). 
4. Se for uma empresa fabril, gera informações ao departamento de 
planejamento de produção (PCP), indicando que houve a venda, 
sinalizando a necessidade de reposição do produto. 
Neste exemplo citado, observe a importância da contabilidade na 
parametrização do plano de contas, devido ao relacionamento entre os 
lançamentos. Isto posto, na sequência vamos apresentar a parametrização de 
um lançamento de venda por CFOP (Código Fiscal de Operação e de 
Prestações), códigos atribuídos para lançamentos de compra e vendas de 
mercadorias ou insumos. Segue exemplo. 
Figura 11 – Exemplo de Parametrização de Vendas 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Observação: É importante destacar que esse é um exemplo de um sistema específico e não 
significa que todos os sistemas funcionam iguais. Provavelmente, apresentam as mesmas 
configurações, mas não necessariamente igual a desse modelo. 
 Conforme pode-se observar na Figura 11, serão configuradas as contas 
contábeis a serem utilizadas por CFOP. Assim como os históricos padrões que 
sempre serão utilizados ao exportar os dados da Escrituração Fiscal para a 
Contabilidade, a padronização dos lançamentos, por natureza de operação, 
permite que os dados sejam acumulados nas mesmas contas contábeis 
automaticamente. 
No caso de não haver esta integração via sistema, as notas deverão ser 
lançadas manualmente na contabilidade, para que o processo de acúmulo de 
dados sejam equivalente. 
 Dando sequência, além disso, muitos sistemas (softwares) contábeis 
permitem que sejam configurados os complementos dos históricos padrões dos 
lançamentos, de modo a deixá-los mais detalhados, conforme exemplo a seguir. 
Figura 12 – Histórico padrão para vendas por CFOP 
Observação: É importante destacar que esse é um exemplo de um sistema específico e não 
significa que todos os sistemas funcionam iguais. Provavelmente, apresentam as mesmas 
configurações, mas não necessariamente igual a desse modelo. 
 A configuração mostrada acima abrange no Histórico os dados “Conforme 
NF (nota fiscal) – número: “9999”, emitida em (data): “99/99/9999” para o cliente 
“nome do cliente”. Os campos serão preenchidos automaticamente pelo sistema 
conforme os dados das notas fiscais lançados na escrituração fiscal da empresa. 
Assim, o histórico será padronizado em seu início com a descrição de qual tipo 
 
 
14 
de operação se refere, mas o complemento acrescentará ao histórico os dados 
específicos de cada nota fiscal escriturada. 
 Anteriormente, evidenciamos as relações de uma transação de vendas; 
vamos apresentar, agora, a parametrização do sistema para o lançamento 
padronizado. 
Figura 13 – Exemplo de criação de um lançamento padrão 
 
 
 
 
 
 
Observação: É importante destacar que esse é um exemplo de um sistema específico e não 
significa que todos os sistemas funcionam igualmente. Provavelmente, apresentam as mesmas 
configurações, mas não necessariamente iguais à do modelo. 
Na Figura 13, pode-se observar que o sistema permite informar as contas 
que serão utilizadas em um lançamento padrão. Ou seja, toda revenda de 
mercadoria a vista utilizará esse lançamento com estas contas contábeis e esse 
histórico. 
 Outro exemplo de padronização dos lançamentos pode ser visualizado na 
configuração de importações dos sistemas contábeis diversos, em que são 
informadas as descrições de contas e históricos que serão utilizados em todas 
os dados importados, como é o caso a seguir, um modelo de parametrização de 
dados da área fiscal. 
Figura 14 – Exemplo de configuração de CFOP por tipo de operação 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Observação: É importante destacar que esse é um exemplo de um sistema específico e não 
significa que todos os sistemas funcionam iguais. Provavelmente, apresentam as mesmas 
configurações, mas não necessariamente igual a desse modelo. 
 
Importante: em um único CFOP, podem ser configurados vários tipos de 
operações. No exemplo temos a operação de “Venda de Mercadoria”, que 
operação pode ocorrer à vista e a prazo; sendo a prazo, podem ser informados 
os dados dos vencimentos e pagamentos das duplicatas, assim como seus 
respectivos juros ou descontos em caso de pagamento atrasado ou antecipado. 
Além disso, podem ser informados os créditos de impostos diversos que 
vier a ter direito, assim como seguros, despesas acessórias, entre outros tipos 
de operações. Ou seja, considerando as situações que podem ocorrer em função 
da escrituração de determinada nota fiscal, todos os seus escriturados poderão 
ser configurados/parametrizados com as contas contábeis, que deverão ser 
exportadas para a escrituração fiscal. Isso é uma “padronização de 
lançamentos”. 
TEMA 3 – CONTABILIZAÇÃO 
O processo de contabilização compreende os registros de todos os 
eventos e transações que acontecem no cotidiano das empresas, desde a sua 
constituição. Na contabilidade, mesmo em um sistema ERP, alguns lançamentos 
não estão relacionados a outros eventos, devendo ser efetuados manualmente. 
Um destes exemplos é o lançamento de constituição de uma empresa. 
3.1 Eventos e fatos contábeis na constituição da empresa 
 A constituição de uma empresa normalmente é regida pela decisão do 
proprietário, ou sócios, e formalizada em forma de contrato social, estatuto 
social, onde são redigidas e estruturadas as regras da entidade. Uma das regras 
fundamentais refere-se à subscrição/promessa de capital inicial, que 
posteriormente deve ser entregue à organização que está sendo instituída. 
Contabilmente, este valor deve ser registrado. A Tabela 1 apresenta um trecho 
do contrato social como exemplo. 
 
 
 
16 
Tabela 1 – Exemplo de cláusula do capital social integralizado no ato 
Cláusula xxxxx (conforme a ordem do contrato social): O Capital Social de R$ 100.000,00 
(cem mil reais) é dividido em 100.000 (cem mil) quotas de R$1,00 (Um Real) cada uma, 
integralizados neste ato em moeda corrente nacional, assim subscritas: 
 Parágrafo único: A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, 
mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social, nos termos da 
legislação em vigor. 
SOCIO 1 95.000 R$ 95.000,00 95% 
SÓCIO 2 5.000 R$ 5.000,00 5% 
TOTAL 100.000 R$ 100.000,00 100% 
 Com base no exemplo da Tabela 1, a contabilização ficaria da seguinte 
forma: 
Lançamento: Conta do Patrimônio líquido. 
Subscrição do Capital: 
Débito: Capital Social a integralizar do Sócio 1 R$ 95.000,00 
Débito: Capital Social a integralizar do Sócio 2 R$ 5.000,00 
Crédito: Capital Social subscrito R$ 100.000,00 
Histórico: Capital social subscrito no ato de formalização do contrato ou estatuto social. 
Ativo Passivo 
 Patrimônio líquido 
Capital Social subscrito R$ 100.000,00 
(-) Capital Social a integralizar do Sócio 1 R$ 95.000,00 
(-) Capital Social a integralizar do Sócio 2R$ 5.000,00 
Total do Ativo R$ 0,00 Total do Passivo + PL R$ 0,00 
Neste momento, só há uma promessa de integralização de capital. 
Integralização em caixa do Capital: 
Débito: Caixa ou bancos R$ 100.000,00 
Crédito: Capital Social a integralizar do Sócio 1 R$ 95.000,00 
Crédito: Capital Social a integralizar do Sócio 2 R$ 5.000,00 
Histórico: Capital social integralizado no ato de formalização do contrato ou estatuto social. 
Ativo Passivo 
Caixa ou bancos R$ 100.000 Patrimônio líquido 
Capital Social subscrito R$ 100.000,00 
Total do Ativo R$ 100.000,00 Total do Passivo + PL R$ 100.000,00 
A conta capital social a integralizar é zerada neste momento, em 
decorrência da entrega do capital prometido no caixa ou banco da entidade 
empresarial. 
 
 
17 
No entanto, é importante observar que, no ato da constituição da empresa, 
o proprietário ou sócios se comprometem a realizar o capital, seja em dinheiro 
ou bens. No caso das sociedades anônimas, os acionistas devem integralizar 
imediatamente 10% do capital subscrito (Marion; Santos, 2018). 
 Nos casos em que o capital é parcialmente integralizado, procede-se com 
a subscrição: 
Tabela 2 – Exemplo de cláusula do capital social integralizado parcialmente 
 
Cláusula xxxxx (conforme a ordem do contrato social): O Capital Social de R$ 100.000,00 
(cem mil reais) é dividido em 100.000 (cem mil) quotas de R$1,00 (Um Real) cada uma, 
integralizados metade neste ato em moeda corrente nacional e metade a ser integralizada em 
6 (seis) meses após a constituição, conforme subscrito: 
 Parágrafo único: A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, 
mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social, nos termos da 
legislação em vigor. 
Sócio Integralizado À Integralizar Total % 
SOCIO 1 47.500,00 47.500,00 R$ 95.000,00 95% 
SÓCIO 2 2.500,00 2.500,00 R$ 5.000,00 5% 
TOTAL 50.000,00 50.000,00 R$ 100.000,00 100% 
Com base no exemplo da Tabela 2, a contabilização ficaria da seguinte 
forma: 
Lançamento: Conta do Patrimônio líquido. 
Subscrição do Capital: 
Débito: Capital Social a integralizar do Sócio 1 R$ 95.000,00 
Débito: Capital Social a integralizar do Sócio 2 R$ 5.000,00 
Crédito: Capital Social subscrito R$ 100.000,00 
Histórico: Capital social subscrito no ato de formalização do contrato ou estatuto social. 
Ativo Passivo 
 Patrimônio líquido 
Capital Social subscrito R$ 100.000,00 
(-) Capital Social a integralizar do Sócio 1 R$ 95.000,00 
(-) Capital Social a integralizar do Sócio 2 R$ 5.000,00 
Total do Ativo R$ 0,00 Total do Passivo + PL R$ 0,00 
Neste momento, só há uma promessa de integralização de capital. 
Integralização em caixa do Capital: 
Débito: Caixa ou bancos R$ 50.000,00 
Crédito: Capital Social a integralizar do Sócio 1 R$ 47.500,00 
Crédito: Capital Social a integralizar do Sócio 2 R$ 2.500,00 
 
 
18 
Histórico: Capital social integralizado parcialmente no ato de formalização do contrato ou 
estatuto social. 
Ativo Passivo 
Caixa ou bancos R$ 50.000 Patrimônio líquido 
Capital Social subscrito R$ 100.000,00 
(-) Capital Social a integralizar do Sócio 1 R$ 47.500,00 
(-) Capital Social a integralizar do Sócio 2 R$ 2.500,00 
Total do Ativo R$ 50.000,00 Total do Passivo + PL R$ 50.000,00 
Neste caso, a empresa tem direitos a receber dos sócios no valor de R$ 
50.000. 
Outra forma de integralizar o capital inicial na empresa é por meio de bens. 
Tabela 3 – Exemplo de cláusula do capital social integralizado com bens 
Cláusula xxxxx (conforme a ordem do contrato social): O Capital Social de R$ 100.000,00 
(cem mil reais) é dividido em 100.000 (cem mil) quotas de R$1,00 (Um Real) cada uma, 
integralizados neste ato em bens imóveis e em moeda corrente nacional, conforme subscritas: 
 Parágrafo único: A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, 
mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social, nos termos da 
legislação em vigor. 
Sócio Moeda Nacional Bens Imóveis Total % 
SOCIO 1 45.000 50.000,00 R$ 95.000,00 95% 
SÓCIO 2 5.000 0,00 R$ 5.000,00 5% 
TOTAL 50.000 50.000,00 R$ 100.000,00 100% 
 Com base no exemplo da Tabela 3, a contabilização ficaria da seguinte 
forma: 
Lançamento: Conta do Patrimônio líquido. 
Subscrição do Capital: 
Débito: Capital Social a integralizar do Sócio 1 R$ 95.000,00 
Débito: Capital Social a integralizar do Sócio 2 R$ 5.000,00 
Crédito: Capital Social subscrito R$ 100.000,00 
Histórico: Capital social subscrito no ato de formalização do contrato ou estatuto social. 
Ativo Passivo 
 Patrimônio líquido 
Capital Social subscrito R$ 100.000,00 
(-) Capital Social a integralizar do Sócio 1 R$ 95.000,00 
(-) Capital Social a integralizar do Sócio 2 R$ 5.000,00 
Total do Ativo R$ 0,00 Total do Passivo + PL R$ 0,00 
Integralização do Capital: 
Débito: Caixa ou bancos R$ 50.000,00 
Débito: Bens e imóveis do sócio 1 R$ 50.000,00 
Crédito: Capital Social a integralizar do Sócio 1 R$ 95.000,00 
 
 
19 
Crédito: Capital Social a integralizar do Sócio 2 R$ 5.000,00 
Histórico: Capital social integralizado no ato de formalização do contrato ou estatuto social. 
Ativo Passivo 
Caixa ou bancos R$ 50.000 
 
Bens e Imóveis R$ 50.000 
Patrimônio líquido 
Capital Social subscrito R$ 100.000,00 
 
Total do Ativo R$ 100.000,00 Total do Passivo + PL R$ 100.000,00 
Neste exemplo o capital foi entregue na forma de bens e valores 
monetários, sendo integralizado integralmente. A conta bens e imóveis receberá 
o detalhamento necessário, para posterior ajuste. 
3.2 Estrutura funcional da empresa – despesas pré-operacionais 
Gastos ou despesas pré-operacionais são relacionados ao investimento 
de recursos para a estruturação da empresa, ou à ampliação de novas plantas 
de fábrica, que incorrem antes da geração de receitas. Na abertura de uma 
empresa, por exemplo, os empresários investem em estrutura, para colocá-la em 
operação, como construção, montagem de imobilizados, entre outros. 
Entende-se desse modo que não podem ser reconhecidas como 
despesas antes da geração de receitas; assim, os lançamentos contábeis são 
registrados em dois momentos. 
Na ocorrência da despesa: D - Despesas ou gastos pré-operacionais 
(ativo circulante); C - Caixa, bancos. Quando da geração e receitas, procede-se 
com a baixa dos gastos. 
Na baixa de despesa: D - Despesas de exercícios anteriores (dra); C - 
Despesas ou gastos pré-operacionais (ativo circulante). 
3.3 Contabilização de imobilizados 
 A contabilização dos ativos imobilizados compreende as transações de 
aquisição e manutenção dos bens tangíveis da organização. São exemplos de 
bens e direitos imobilizados: terrenos; edifícios; instalações; máquinas; móveis 
e utensílios; veículos; obras em andamento; jazidas etc. 
Os sistemas contábeis usados em escritórios ou sistemas ERPs são 
parametrizados para a manutenção dos ativos imobilizados, com campos 
específicos para inserir custo de aquisição, tipos de financiamento, detalhes 
como modelo, origem, impostos que podem ser recuperados (ICMS, PIS e 
COFINS), tempo de vida útil, percentual de depreciação, data em que o bem 
 
 
20 
entra em operaçãopara fins de depreciação, número de controle patrimonial, 
baixa, valor residual, entre outros aspectos. 
A Figura 15 apresenta um exemplo de um sistema que contempla o 
módulo de manutenção de Ativos Imobilizados. 
Figura 15 – Manutenção de Ativos Imobilizados 
 
Essas informações são relevantes na medida em que fornecem dados 
para a emissão de relatórios para a gestão de ativos, capacidade operacional 
ativa, capacidade de geração de benefícios futuros à organização, e 
principalmente o controle e a salvaguarda do patrimônio. Para fins fiscais, a 
parametrização do sistema, efetua automaticamente os lançamentos para 
compensação de impostos, assim como a depreciação mensal. 
No entanto, salienta-se que cada sistema contábil, possui suas 
especificidades, não permitindo a generalização de que “todos” apresentam as 
mesmas funcionalidades. Assim, cabe ao contador analisar as necessidades 
informacionais de cada empresa quando da escolha de um sistema contábil, ou 
ERP. 
 
 
 
21 
TEMA 4 – CONTABILIZAÇÃO E PARAMETRIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES 
BANCÁRIAS 
 A contabilização bancária de uma empresa permeia todas os seus 
eventos e transações financeiras. Este processo se inicia com parametrização 
do sistema, cadastro de bancos, históricos, importação de extratos bancários ou 
lançamentos das transações bancárias, e finaliza com a conciliação das contas. 
4.1 Parametrização da conta bancária 
 A Figura 16 apresenta uma tela de um sistema contábil, apresentando a 
ficha cadastral das contas bancárias nas quais a empresa faz movimentação de 
recursos financeiros. Há elementos básicos para a identificação, como banco, 
agência, tipo da conta. Além desses elementos, o cadastro permite alocação da 
conta contábil, (débito e créditos na estrutura do plano de contas) para 
identificação dos registros das transações bancárias. 
Figura 16 – Cadastro de conta bancária 
 
Após o cadastro de contas, deve-se observar os extratos emitidos pelos 
bancos, e cadastrar o histórico de transações de cada banco, conforme Figura 
17. Este procedimento permite identificar qual o tipo de transação realizada. 
 
 
 
22 
Figura 17 – Histórico bancário padrão 
 
 Após a cadastro de bancos, contas contábeis e históricos, procede-se 
com a contabilização. Os lançamentos podem ser automatizados (importados) 
ou manuais: 
 Importação de extratos bancários: os sistemas contábeis e ERP 
permitem importação dos extratos para o seu sistema. Quando isto, 
ocorre os lançamentos e históricos são carregados automaticamente. 
 Lançamento manual dos extratos bancários: se o sistema não permitir 
a importação dos extratos, o contador deve efetuar os lançamentos diários 
das transações bancárias; neste caso, deverá já ter o cadastro dos 
históricos para identificar as transações. 
Após os lançamentos das transações bancárias, é necessário fazer a 
conciliação dos eventos e registros das operações de entrada de recursos, 
pagamento, juros, empréstimos etc., com os extratos bancários. 
A Figura 18, apresenta um exemplo da conciliação bancária com os 
lançamentos contábeis registrados. 
 
 
 
23 
Figura 18 – Histórico bancário padrão 
 
Nesta aula, apresentamos a parametrização dos elementos necessários 
para a contabilização bancária. Mais adiante vamos abordar como essas contas 
são conciliadas. 
TEMA 5 – CONTABILIZAÇÃO DO CICLO DE VENDAS E COMPRAS 
A contabilização do ciclo de vendas e compras de uma empresa requer, 
do contador, pleno conhecimento do negócio da empresa, como atividade 
principal, tipo de produtos, mercado e questões tributárias. 
A parametrização do sistema tem como função carregar dados em todos 
os subsistemas relacionados. Pode-se citar como exemplos de subsistemas: 
compras (entrada de produtos por meio de nota fiscal e estoque), faturamento 
(venda de produtos/insumos, baixa dos estoques), fiscal (apuração de impostos 
e obrigações fiscais como os SPEDs) e financeiro (recebimentos e pagamentos). 
Este processo pode ser integrado, por exemplo em sistemas ERPs; a 
parametrização adequada permite que apenas uma transação que promova 
todos os lançamentos, no momento da venda de um produto. Por outro lado, nos 
escritórios contábeis, esses processos, quando não são importados/migrados 
dos sistemas das empresas clientes, são lançadas manualmente. 
5.1 Elementos necessários para a parametrização das compras 
A parametrização das transações de compras é um processo que requer 
que sejam elaboradas tabelas para cadastro do produto, NCM, tipos de produtos, 
 
 
24 
impostos incidentes, fornecedores, sistema de inventário, alocação no 
almoxarifado, controles de inventários, entre outros. Essas tabelas devem ter um 
vínculo relacional entre elas, conforme exemplo de tela de compras, na Figura 
19. 
Figura 19 – Parâmetros de manutenção de compras 
 
 A Figura 19 apresenta uma tela de rotina de compras, como cadastro de 
produtos, cadastro de fornecedor, vínculo com o financeiro (contas a pagar) e 
com as rotinas de vendas (disponibilização de produtos para a venda) e natureza 
das operações, se a compra é para consumo ou para venda. Neste procedimento 
de parametrização, é preciso observar se os dados do sistema serão migrados 
ou digitados. A Figura 20 apresenta a tela de lançamento de uma nota de 
entrada. 
 
 
 
25 
Figura 20 – Lançamento de uma nota de entrada 
 
 No exemplo da Figura 20, pode-se observar, que no sistema, as notas 
podem ser digitadas, ou importadas por meio de arquivo XML da NF-e 
(eXtensible Markup Language) – versão digital da nota fiscal. Se digitadas, o 
operador/contador deve inserir item por item. Caso seja importada, o sistema 
deve estar parametrizado para reconhecer os itens e valores constantes na nota 
fiscal eletrônica. 
Entre as atividades de compra, uma das rotinas de processo mais 
importantes está relacionada com a tributação dos produtos. Esta rotina 
compreende a rotina tributárias e fiscal, onde o contador deve observar e 
cadastrar: a tributação de entrada (ver Figura 21) tributação por produto; por 
estado; NCM; entrada de importação; código fiscal de operação (CFOP). 
Exemplo: entrada, devolução, transferência, retorno, bonificação, entre outros. 
Deve observar também A classificação fiscal e o tipo de tributação de saída. 
 
 
 
26 
Figura 21 – Exemplo de tipos de tributação por produto 
 
No exemplo da Figura 21, pode-se observar que a parametrização do 
sistema é fundamental para a apuração fiscal e o envio das obrigações 
acessórias. Assim, ao cadastrar um produto, a tabela deve fornecer campos para 
inserir as informações necessárias. A Figura 22 apresenta exemplo de campos 
para inserção dos dados necessários para cadastro de produtos, além dos 
aspectos tributários. 
Figura 22 – Cadastro de produtos 
 
 
 
27 
 
E quando uma empresa, não possui um sistema que permita integrar 
todas as tabelas? Neste caso, a empresa pode fazer o controle em planilhas 
eletrônicas, procurando fazer o vínculo das relações, conforme exemplo da 
Figura 23. 
Figura 23 – Exemplo de cadastro do Excel 
 
 Vale esclarecer: quando não há uma integração via sistema, como no 
exemplo do uso de planilhas eletrônicas, a contabilidade deve realizar todos os 
lançamentos manualmente: registrar a nota de entrada, lançar os itens na conta 
estoques, reconhecer a obrigação com fornecedor, além dos impostos. 
5.1 Elementos necessários para a parametrização das Vendas 
Assim como a parametrização das compras, as transações de vendas 
devem ser cadastradas em tabelas, que devem ser inter-relacionadas entre si, e 
com as tabelas de compras,fechando o ciclo operacional das empresas. 
Exemplos de tabelas: cadastro de clientes, cadastro de código fiscal de 
operação, natureza da operação, além do vínculo com estoques, financeiro, 
fiscal e contábil. 
A Figura 24 apresenta alguns elementos básicos da rotina, que devem ser 
definidos para a emissão de nota fiscal, de modo que gerem, por meio da 
parametrização, as informações contábeis e fiscais. 
 
 
 
28 
Figura 24 – Parametrização de Vendas: tributação 
 
Para cada tipo de tributação deve ser informado um código fiscal de 
operação – CFOP. Por exemplo, vendas dentro do estado recebem o código 
5102, interestadual 6102 e internacional 7102, respeitando ainda natureza de 
operação praticada pela empresa (vendas produtos industrializados, venda de 
mercadorias adquiridas por terceiros, vendas de entrega futura (vendas no 
mercado interno ou externo); e saída por: bonificação, transferência, remessa 
simples de entrega futura, devolução de cliente, entre outros tipos). 
Por exemplo, se a empresa vende um produto que produz internamente 
o código CFOP será o “5101. Vendas de produtos industrializados”; se a 
empresa revende mercadorias, deverá usar o “5102. Venda de mercadorias 
adquiridas de terceiros para revenda”. Ver exemplos na Figura 25. 
Figura 25 – Cadastros de códigos fiscais 
 
Recomenda-se que, para cada transação, os lançamentos sejam 
padronizados por código fiscal. E quando a empresa não possui um sistema 
integrado? Neste caso, a empresa pode fazer o controle por meio planilhas 
 
 
29 
eletrônicas, conforme exemplo na Figura 26, contemplando os elementos 
necessários para a identificação de clientes, vendas por produto, vendedor, valor 
e tributação. 
Figura 26 – Controle de Vendas em planilhas eletrônicas 
 
 A rotina de vendas inicia-se com a conferência da disponibilidade do 
produto, onde o vendedor efetua pedido ou a pré-venda (efetua-se o cadastro do 
cliente). Este processo segue os procedimentos normais de análise; após a 
autorização, emite-se a nota fiscal para o cliente. Assim, a simples emissão da 
nota fiscal alimenta com dados os subsistemas, estoques, financeiro, contábil e 
fiscal, além dos subsistemas gerenciais, conforme exemplo na Figura 27. 
Figura 27 – Exemplo de emissão de nota fiscal de venda 
 
 
 
 
30 
Em sistemas integrados, a emissão da nota fiscal efetua o lançamento da 
receita e debita a conta caixa ou clientes a receber; também credita os estoques, 
reconhecendo a baixa por venda, e debita a conta de resultados de Custos da 
mercadoria vendida, reconhecendo os impostos sobre vendas e a recolher. 
E como a contabilidade efetua os registros das transações quando a 
empresa não tem um sistema integrado? Nesses casos, a contabilidade faz os 
lançamentos em cada um dos subsistemas, registrando todas as transações 
manualmente. 
TROCANDO IDEIAS 
Considerando o conteúdo abordado nesta aula, procure identificar na sua 
empresa, ou em uma empresa que conhece, qual o papel do contador na 
implementação e parametrização de um sistema contábil. 
NA PRÁTICA 
Na parametrização padrão dos lançamentos das transações de vendas, 
no mercado interno, deve-se considerar: 
a. Os códigos fiscais de operações internacionais de revenda de 
mercadorias adquiridas de terceiros. 
b. As transações de vendas de produtos industrializados internamente. 
c. Os códigos fiscais de operações e a naturezas da ação praticadas pela 
empresa. 
d. A natureza das ações praticadas dentro e fora do estado. 
e. As transações de vendas de produtos adquiridos de terceiros para 
revenda. 
Gabarito: a resposta correta é a (c), pois na parametrização das 
transações de vendas, é preciso identificar os códigos fiscais de operações, que 
devem estar de acordo com a naturezas da ação praticadas pela empresa. Por 
exemplo, se é uma indústria, utiliza o CFOP 5101 – Venda de produtos 
industrializados. Se a empresa pratica atividades de revenda, utiliza-se o CFOP 
5102 – Venda de mercadorias adquiridas para revenda. 
 
 
 
31 
FINALIZANDO 
Nesta aula, estudamos alguns elementos necessários para a 
parametrização padrão dos lançamentos contábeis e posterior contabilização. 
Evidenciamos a importância dos conhecimentos contábeis na estruturação de 
um plano de contas, com seus históricos, iniciando com a estrutura do plano de 
contas, e partindo para elementos necessários aos lançamentos contábeis, a 
contabilização e parametrização dos lançamentos padronizados das operações 
bancárias e o ciclo de vendas e compras. 
 
 
 
32 
REFERÊNCIAS 
FAVERO, H. L.; LONARDONI, M.; DE SOUZA, C. Contabilidade: teoria e 
prática. São Paulo: Atlas, 2011. 
GELBCKE, E. R. et al. Manual de Contabilidade Societária. 3. ed. 2018. 
Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597018103>. Acesso 
em: 22 jul. 2019. 
MARION, C.; SANTOS, J. Contabilidade Básica. 2018. Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597018103/>. Acesso 
em: 22 jul. 2019. 
PADOVEZE, C. L. Sistemas de informações contábeis: fundamentos e 
análise. São Paulo: Atlas, 2015.

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