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Aleitamento Materno A Organização Mundial de Saúde recomenda que o aleitamento materno seja feito até os 6 meses e complementado até os 2 anos ou mais de vida da criança, com o objetivo de reduzir a desnutrição e a mortalidade infantil. Traz benefícios para o bebê, para a mulher e/ou família e meio ambiente. COMPOSIÇÃO É composto por calorias, gorduras, proteínas, vitaminas, água e outros nutrientes essenciais para o desenvolvimento da criança. A quantidade de leite produzida depende do quanto o leite está sendo consumido pela criança e/ou sendo retirado da mama na ordenha mamária. A “descida do leite”, conhecida como apojadura, costuma ocorrer entre o 3° ao 5° dia após o parto. Colostro: o leite dos primeiros dias. Nele contém proteínas, anticorpos e outras substâncias, possui menor presença de gordura quando comparado ao leite maduro. A composição e cor do leite podem variar dependendo da dieta da mãe e do momento da mamada. É importante que a criança mame bastante em uma mama antes de ofertar a outra. O primeiro leite que sai durante a mamada pode ter a aparência de “fraco” ou “ralo” por ser mais transparente, mas, em seguida, a sua aparência torna-se mais esbranquiçada ou amarelada (leite posterior). CLASSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO LÁCTEA Colostro: leite do primeiro ao sétimo dia de puerpério, com aparência transparente / amarelada. Leite de transição: do oitavo ao 15° dia, com aparência de água de coco e produção de 500 ml/dia. Leite maduro: do 16° em diante, sendo o leite branco com redução na produção a partir do 6° mês. É importante que as informações adequadas sobre a amamentação e o leite sejam passadas à mãe para que ela se sinta confortável e bem durante o momento da amamentação, tendo o desejo de amamentar sempre. DEFINIÇÕES DE ALEITAMENTO MATERNO Aleitamento materno exclusivo Aleitamento materno predominante Aleitamento materno Aleitamento materno complementado Aleitamento materno misto ou parcial MANEJO DA AMAMENTAÇÃO Amamentar é um ato complexo e nem sempre fácil. Todas as mães são biologicamente capazes de amamentar e a quantidade de leite produzida pela mulher depende do quando a criança mama. A amamentação desde a primeira hora de vida deve ser de livre demanda, sendo assim, a mãe não precisa esperar a criança chorar para poder amamentar. A sucção é o ato reflexo que o bebê apresente durante a mamada, já a amamentação precisa ser ensinada e aprendida pela mãe. Para o preparo da amamentação deve ser feita uma higienização das mãos com água e sabão; a mãe deve ficar em um local tranquilo e confortável e as roupas tanto da mãe quanto do bebê devem ser adequadas, sem restringir os movimentos. Antes de iniciar, deve verificar se a região areolar está flexível. Quando a mama está muito cheia, é recomendado oferecer primeiramente o peito ao bebê e retirar manualmente por meio da ordenha. O bebê deve estar calmo e alerta. Posicionamento e pega adequados: a mãe deve estar na posição que desejar confortável, relaxada, bem apoiada, não curvada para trás e nem para frente e deve ter um apoio para os pés. O corpo do bebê deve estar bem próximo ao corpo da mãe, todo voltado para ela; corpo e cabeça alinhados, com braço inferior posicionado e curvado sobre a mãe com as nádegas firmemente apoiadas; o pescoço deve estar levemente estendido. Pega do bebê: o enfermeiro deve orientar a mãe a segurar a mama formando a letra “C”, assim há uma boa pega. A cabeça deve estar no mesmo nível da mama, com o nariz na altura do mamilo. É muito importante que a mãe espere o bebê abrir a boca e abaixar a língua para colocá-lo no peito. São sinais de posicionamento adequado da mãe-bebê: Rosto do bebê de frente para a mama, com o nariz na altura do mamilo Corpo do bebê próximo ao da mãe Bebê com cabeça e tronco alinhados Bebê bem apoiado Quando o bebê abocanha a mama de maneira adequada com ampla abertura da boca, abocanhando o mamilo o máximo possível da aréola, forma-se o vácuo. São sinais indicativos de técnica inadequada de amamentação: Bochechas do bebê encovadas quando realiza sucção Ruídos da língua Mama esticada ou deformada durante a mamada Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama O tempo de amamentação veria de criança para criança. A produção de leite aumenta na apojadura, sendo assim a mãe consegue produzir mais leito do que a criança consegue mamar. Deve ser retirado um pouco de leite por meio da ordenha até que a mama fique mais macia e o bebê consiga mamar. SITUAÇÕES QUE PODEM RESTRINGIR O ALEITAMENTO MATERNO HIV e HTLV Medicações incompatíveis com a amamentação – ganciclovir, amiodarona etc NÃO CONTRAINDICA A AMAMENTAÇÃO Tuberculose, hanseníase, hepatite B/C, dengue, tabagismo, consumo de álcool. COVID-19 – segundo a OMS a manutenção da amamentação por falta de elementos que comprovem que o leite materno possa disseminar o COVID, até o momento. São as seguintes recomendações: Que a amamentação seja mantida em caso de infecção pelo COVID 19 Mãe infectada deve ser orientada para reduzir o risco de transmissão do vírus como lavar as mãos, usar máscara durante as mamadas e evitar tossir/falar, a máscara deve ser trocada se caso espirrar/tossir e a cada nova mamada.
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