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Tópicos Avançados em Espectroanalítica e Eletroanalítica • Voltametria 2 O que é Voltametria? Método que controla reações e fenômenos eletroquímicos entre espécies em solução e um eletrodo. A informação do analito é obtida através da medida da resposta da corrente, em função do potencial aplicado durante um determinado tempo, em um eletrodo de trabalho Ox + n e − ⇌ Red Resposta gráfica 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0 1 2 3 4 5 C o rr e n te / m A Potencial / V Voltamograma • Indica qual foi a corrente elétrica ( i ) medida na célula durante uma varredura de potencial • Um aumento da corrente em um determinado potencial representa o início de uma reação eletroquímica ( i concentração) -0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0,0 0,1 0,2 0,00 0,25 0,50 0,75 1,00 1,25 1,50 c o rr e n te / A Potencial / V Convenção Americana Diferentes maneiras de apresentação da resposta Convenção da IUPAC Diferentes maneiras de apresentação da resposta Potenciostato acoplado a uma célula eletroquímica Célula eletroquímica Potenciostato Quem controla? Onde tudo acontece? Em 1920 com a análise dos processos eletroquímicos em eletrodos de mercúrio (polarografia), realizada pelo químico Jaroslav Heyrovsky. 7 Como surgiu a Voltametria? Pela descoberta, em 1959 foi agraciado com o prêmio Nobel da Química. Considerado “pai dos métodos eletroanalíticos” Dupla Camada Dupla Camada Elétrica (DCE) Região interfacial localizada entre o eletrodo e uma solução eletrolítica Suas propriedades afetam significantemente as medidas eletroquímicas Variação do potencial na dupla-camada formada na superfície de um metal carregado negativamente IHP: Inner Helmholtz Plane OHP: Outer Helmholtz Plane Estrutura da DCE A estrutura da dupla-camada e sua capacitância depende de vários parâmetros, como: • material do eletrodo, • tipo de solvente, • tipo de eletrólito de suporte, • extensão da adsorção específica de íons e moléculas, • temperatura. Composição da DCE A composição da DCE influencia na velocidade de transferência de elétrons. Influência de íons e moléculas adsorvidos • Eletrocatalisadores: aprovocam o aumento da velocidade do processo • Inibidores: diminuem a velocidade de transferência de elétrons • Bloqueadores: bloqueiam totalmente a trasnferência de elétrons Camada e Difusão Camada de Difusão () Região estagnada nas proximidades do eletrodo onde as concentrações são diferentes de seus valores no seio da solução 𝛿𝑜~𝑥 Τ1 2𝜐 Τ1 6𝐷𝑜 Τ1 3 𝑣 𝑥 − Τ1 2 𝑣 𝑥 é velocidade do fluxo à distância x do eletrodo x é o centro do plano do eletrodo 𝜐 é a viscosidade cinemática Do é coeficiente de difusão da espécie oxidada Variação da expessura da camada de difusão em função da distância do eletrodo em diferentes tempos Camada de Difusão () Regime estacionário Regime estacionário Aplicado um potencial, cessa-se a excitação e observa-se a resposta. Não há convecção. Correntes Corrente Fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica ou o deslocamento de cargas dentro de um condutor, quando existe uma diferença de potencial elétrico entre as extremidades. • Capacitiva • Faradáica Correntes Voltamétricas Capacitância Para se aplicar um potencial desejado na superfície de um eletrodo, o capacitor da dupla- camada tem que ser apropriadamente carregada. Em consequência, flui uma corrente que carrega informações da dupla- camada e sua estrutura, a corrente capacitiva Corrente Capacitiva Fluxo gerado pelo carregamento/descarregamento da dupla camada elétrica, por espécies com carga oposta a carga do eletrodo 𝑖𝐶 = 𝐶𝑑𝐴 𝐸 𝑡 A dupla camada é uma camada fina de solução, normalmente com até 100 Å de espessura, na qual cátions e ânions se acumulam para contrabalançar o excesso de carga do eletrodo que é polarizado para um determinado potencial. Corrente Faradáica Gerada pela reação de transferência de carga através da interface eletrodo- solução 𝑖𝐹 = 𝑑𝑄 𝑑𝑡 = 𝑛𝐹 𝑁 𝑡 Corrente Medida no sistema Fluxo gerado pela contribuição da corrente capacitiva e faradáica. 𝑖𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐶𝑑𝐴 𝐸 𝑡 + 𝑛𝐹 𝑁 𝑡 Corrente Total Corrente de Difusão É o movimento de espécies eletroativas vindas do interior da solução em direção a superfície de um eletrodo carregado, em decorrência gradiente de concentração estabelecido pelo seu consumo. 𝑖𝑑 = 𝑛𝐹𝐴𝐷𝐴 𝜕𝑐𝐴 𝜕𝑥 Difusão É consequência do processo faradáico. Corrente de Migração Gerada pelo gradiente de potencial elétrico existente entre os dois eletrodos da célula. Faz com que os íons se movam por atração ou repulsão eletrostática em relação ao eletrodo de trabalho. Depende da fração transportada, da concentração e do número de transporte dos íons em solução. 𝑖𝑚 = 𝑧𝑖𝐹 𝑅𝑇 𝐷𝑖𝐶𝑖 𝜕∅ 𝑥 𝜕𝑥 Migração Transporte de massa das espécies difusão (jd) migração (jm) 𝐽𝑖 𝑥 = −𝐷𝑖 𝜕𝐶𝑖 𝑥 𝜕𝑥 − 𝑧𝑖𝐹 𝑅𝑇 𝐷𝑖𝐶𝑖 𝜕∅ 𝑥 𝜕𝑥 Equação de Nersnt-Planck 𝐽𝑖 𝑥 = 𝑗𝑖 𝑑 𝑥 + 𝑗𝑖 𝑚 𝑥 Contribuições das correntes de difusão e migração de reagentes com diferentes cargas 25 Cu2+ + 2e- → Cu 𝑖𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑖𝑑 + 𝑖𝑚 𝑖𝑑 Cu2+ 𝑖𝑚 𝑖𝑑 Cu(CN)2-4 𝑖𝑚 Cu(CN)2-4 + 2e- → Cu + 4CN - 𝑖𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑖𝑑 − 𝑖𝑚 𝑖𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑖𝑑 Positiva Negativa Neutra 𝑖𝑑 Cu(CN)2 + 2e- → Cu + 2CN - Cu(CN)2 − −− 𝐽𝑖 𝑥 = −𝐷𝑖 𝜕𝐶𝑖 𝑥 𝜕𝑥 − 𝑧𝑖𝐹 𝑅𝑇 𝐷𝑖𝐶𝑖 𝜕∅ 𝑥 𝜕𝑥 + 𝐶𝑖 𝑣 𝑥 convecção (jconv) E se houver uma perturbação física? Equação de Nersnt-Planck Transporte de massa das espécies difusão (jd) migração (jm) Transporte por Convecção Fluxo gerado pelo transporte induzido das espécies em direção a superfície dos eletrodos, independente da carga. 𝑗𝑐𝑜𝑛𝑣 = 𝐶𝑖 𝑣 𝑥 Transporte por Convecção Pode ocorrer devido a forças internas (convecção natural) e externas (convecção forçada). Natural devido ao gradiente de densidade provocado por alteração local significativa na composição da solução ou devido a variações térmicas. Forçada é resultado da aplicação de forças externas ao sistema (agitação). Convecção Natural Como minimizar? • Escala de tempo curta • Baixa concentração de analito • Células termostatizadas Convecção Forçada • Cessar a agitação 𝐽𝑖 𝑥 = −𝐷𝑖 𝜕𝐶𝑖 𝑥 𝜕𝑥 − 𝑧𝑖𝐹 𝑅𝑇 𝐷𝑖𝐶𝑖 𝜕∅ 𝑥 𝜕𝑥 + 𝐶𝑖 𝑣 𝑥 Equação de Nersnt-Planck Minimização das correntes de migração e convecção Controle das forças internas e externas convecção (jconv)difusão (jd) migração (jm) Quem é responsável pela corrente de migração? Espécies carregadas - - - - - An+ 𝑖𝑚 Espécie atraída à superfície do eletrodo pela ação do campo elétrico gerado após a aplicação de um potencial + + + + + Bn- 𝑖𝑚 e le tr o d o e le tr o d o 𝑗𝑚 = 𝑧𝑖𝐹 𝑅𝑇 𝐷𝑖𝐶𝑖 𝜕∅ 𝑥 𝜕𝑥 Como minimizar o efeito da corrente de migração da espécie eletroativa? Eletrólito de suporte. KCl, NaCl, KNO3, H3PO4, TBABF4 Adição de sal, ácido ou base, constituídos por íons não eletroativos (condutor iônico) que também são atraídos à superfície do eletrodo pela ação do campo elétrico. e le tr o d o e le tr o d o XY → X+ + Y− (carregadas → eletrólito) Cu2+ + 2e-→ Cu (eletroativas) Hipótese Quando a corrente é transportada na sua totalidade pelos íons X+, a corrente transportada pelos íons Cu2+ é desprezível. Ação do Eletrólito de Suporte Participação 50 50 Ambos 1 99 X+ [X+] 100 [Cu2+] Influência da concentração do eletrólito de suporte na resposta voltamétrica A queda ôhmica aumenta com o decréscimo da concentração do eletrólito de suporte. 0 potencial c o rr e n te Espécie eletroativa em presença de concentrações variáveis de eletrólito de suporte (C*sup). O que acontece com um sistema eletroquímico quando se varia linearmente o potencial em um sistema sob convecção?Limitação da velocidade com a qual o reagente é trazido até a superfície do eletrodo pelo processo de transferência de massa Corrente Limite (iL) Cu2+ + 2e- → Cu Eletrodo de Trabalho: Pt Corrente Limite Cu2+ + 2e- → Cu Engloba as correntes devido a difusão, migração e convecção 𝑖𝐿 = 𝑖𝑑 + 𝑖𝑚 + 𝑖𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐 migração difusão convecção Eletrodo de Trabalho: Pt Corrente Residual Fluxo gerado devido à presença de pequenas concentrações de impurezas*. Tem contribuições de difusão e de migração. (*)ex.: eletrólito de suporte
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