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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO FISCAL E TRIBUTÁRIA Resenha Crítica Érica Maria de Lima Alves Trabalho da disciplina de Introdução ao Direito Tributário. Tutor: Prof. George Wilton Toledo Ceará 2020 2 ATIVIDADE AVALIATIVA Aula 1 – Introdução ao Direito Tributário. Direito Tributário é compreendido como sendo o ramo do direito público que dispõe sobre as relações jurídicas entre o Estado e o Particular, o seu intuito é regulamentar a criação, ou seja, a instituição dos tributos, fiscalização e arrecadação das respectivas prestações de natureza tributária. O Estado na posição de credor da relação jurídica estabelecida, atua de forma compulsória afim de arrecadar receitas para assim exercer as suas funções públicas e atender o interesse público. Em regra, a atividade do Estado em arrecadar e fiscalizar é compulsória, salvo na hipótese de cobrança ilegítima, isto é, aquela que de alguma forma extrapolou o previsto na Constituição Federal, podendo assim, a questão ser levada ao conhecimento do Poder Judiciário. Aula 2 – Obrigação Tributária e Sujeição Ativa e Passiva. A obrigação tributária trata-se do vínculo onde o contribuinte fica comprometido a prestação em favor de outra, gerando assim um fato gerador, onde o contribuinte tem por prestação (por dever) o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (multa em dinheiro). A obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador e extingue-se juntamente com o crédito tributário dela decorrente. Exemplo: fato gerador – circulação de mercadorias, sujeita ao ICMS. A obrigação principal somente se extingue com o pagamento (recolhimento) do valor integral devido. Já a obrigação acessória se dá com o intuito de controlar a arrecadação ou a fiscalização de tributos. Exemplo: escrituração das operações de circulação de mercadoria, sujeitas ao ICMS, e apuração do respectivo saldo devedor ou credor nos livros fiscais. Ressalve-se que, independentemente de ser exigido ou não o cumprimento de obrigação principal, o contribuinte é sempre obrigado a cumprir a obrigação acessória Aula 3 – As Grandes Espécies Tributárias: Imposto, taxas, contribuições e Empréstimo compulsório. O Código Tributário Nacional destaca três tipos de tributos existentes são eles: Impostos, Taxas e contribuições de Melhoria. O Imposto como a própria definição já diz, ele é independente de qualquer contraprestação de algo, a sua obrigação se dá através de fato gerador, originado de uma situação. Já as Taxas e Contribuições de Melhoria, estão atrelados com a realização de alguns serviços públicos ou uma valorização imobiliária. 3 Já o Empréstimo Compulsório trata-se do ingresso temporário de recursos aos cofres do estado, sendo transitório, pois terá de ser devolvido, esse tributo é instituído somente pela União, sendo vinculado, ou seja, só poderá ser utilizado para a despesa no qual foi instituído. Aula 4 – Sistema Constitucional Tributária: O Federalismo Tributário. Na Constituição Federal encontramos a ideias de eficiência dentro dos princípios de organização e funcionamento dos órgãos estatais, ou seja, cada órgão estatal desenvolve amplamente, dentro dos limites de sua competência, a iniciativa dirigida ao aproveitamento dos recursos e possibilidades locais e a incorporação de novos tributos. A Constituição Federal consagrou o princípio do federalismo delimitando e dividindo entre os entes políticos (União, Estados-Membros, Distrito Federal e Município) o poder de tributar. O estabelecimento do sistema tributário nacional é de suma importância, por trazer os princípios gerais em matéria tributária, dispor a respeito de competência, limitações à imposição tributária, discriminação das rendas, imunidades, isenções e outras questões de suma importância para sociedade. Aula 5 – Limitações do Poder de Tributar. O poder de tributar é o poder fiscal, ou seja, a capacidade de criar tributos, além do mais o poder de tributar é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou executar leis, serviços ou decisões administrativas em matéria tributária, sendo assim, a capacidade tributaria ativa é delegável. A Constituição Federal estabelece que há limites ao poder de tributar, esses limites servem de amparo para o contribuinte, justamente para que o Estado não invada e retire do seu patrimônio além do que lhe é de direito, sob pena de se caracterizar o confisco tributário. As limitações constitucionais ao poder de tributar não podem continuar a ser ideia fora do lugar, nem vistas sob visão estreita e formal. Poucas pessoas percebem isso. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são pessoas jurídicas de direito público que possuem competência tributária, ou seja, possuem o poder de tributar. Mas ao mesmo tempo a Constituição Federal traça limites ao tal órgãos. Para o Superior Tribunal Federal, essas limitações são Direitos Fundamentais do contribuinte, embora entenda que não são somente Direitos Fundamentais, mas sim Direitos e Garantias Individuais do cidadão. Aula 6 – Tributos em Espécie. Tributo é uma obrigação que, deve ser paga em moeda corrente. Se o ocorrer à hipótese prevista em lei, o contribuinte fica obrigado a pagar o tributo, independente de sua vontade. O tributo nasce por meio de lei, e necessariamente deve prever uma situação lícita. A cobrança deve ser efetuada por um dos entes governamentais ou por esses delegados. Tributo é gênero que comporta cinco (5) espécies. O imposto incide independente da vontade do contribuinte, quando houver o fato 4 gerador, logo será devido o imposto. Não tem atuação direta do Estado no fato gerador, isto é, existe uma previsão legal, ou seja, uma Lei, que determina que se houver fato gerador efetuado pelo contribuinte, será devido o imposto. Exemplos: IR, IPI, ICMS, IPTU, ISS etc. Aula 7 – Técnica de Tributação e Lançamento. A constituição do crédito tributário se dá em forma de lançamento, ato que declara a obrigação tributário, demonstrando como ocorreu e se há todos os elementos descritos pela lei, só assim o fisco poderá cobrar o tributo. O lançamento poderá ocorrer por homologação que é quando o contribuinte oferece as informações ao fisco ou poderá ser por lançamento por ofício quando o fisco age, ou seja, quando o contribuinte não tem participação no processo. A Extinção do crédito tributário é o desaparecimento deste. As hipóteses de extinção do crédito tributário é matéria compreendida na reserva legal, portanto, só a lei pode estipular os casos em que se verifica. No entanto, pode haver causas extintivas em outros diplomas legais afora o Código Tributário Nacional, que se aplicam em matéria tributária. O Código Tributário Nacional define as modalidades extintivas do crédito tributário. Essas modalidades podem ser subdividas em diretas, indiretas e de caráter processual. Aula 8 – Procedimento de Fiscalização. O processo de fiscalização inicia-se através do primeiro ato, ou seja, pelo ofício, escrito, praticado por servidor competente, intimando o sujeito passivo de interesse do fisco que apresente documentos, com o intuito de assim analisar sua situação fiscal. Lembrando que o contribuinte perder a espontaneidade no momento que recebe o termo de fiscalização. Conforme o ART. 142 a atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, devendo o agente lavrar o auto de infração, caso contrário podendo ser penalizado. O contribuinte após formalizada a exigência poderá impugnar, pagar, parcelar ou não tomar ciência do auto de infração ou notificação. O crédito tributário passa a ser definitiva quando o contribuinte no prazo de 30 não se manifestar, em recurso e o processo seguirá para cobrança administrativa, caso seja pago, será liquidada a cobrança. A formaçãodo processo administrativo fiscal é uma faculdade legal concedida ao sujeito passivo da obrigação tributária, o qual, se desejar, poderá abdicar da via administrativa e questionar a exigência fiscal diretamente junto ao Poder Judiciário. Essa faculdade decorre do comando insculpido, segundo o qual a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciária lesão ou ameaça a direito. 5 2. Operação da Fazenda combate sonegação de impostos com fraudes de empresas fantasmas De 128 contribuintes investigados no estado, 22 estão nas regiões de Itapetininga, Jundiaí e Sorocaba. Segundo a secretaria estadual, irregularidades causaram mais de R$ 100 milhões de prejuízo em imposto desde 2015. A Secretaria da Fazenda do Estado deflagrou nesta quinta-feira (10) uma operação para coibir fraudes com a criação de empresas "fantasmas" para sonegação de impostos como o ICMS. Segundo a secretaria, as irregularidades já causaram o desvio de mais de R$ 100 milhões em imposto desde 2015. A ação da Secretaria da Fazenda acontece simultaneamente em 15 Delegacias Regionais Tributárias (DRTs) do estado e conta com 250 fiscais. A Operação Forasteiro investiga 128 contribuintes no estado e, só nas regiões de Itapetininga, Jundiaí e Sorocaba, são 22 pessoas. Segundo a pasta, o Fisco identificou que os maiores volumes de créditos espúrios foram emitidos em 2019, porém ao ampliar a fiscalização, encontrou operações suspeitas também nos últimos quatro anos. Durante as investigações, uma das articulações identificada tinha como modus operandi a criação de empresas de fachada, com quadro societário simulado e endereço falso em outro Estado, informou a Fazenda. Essas empresas simulavam a transferência de créditos, através de Notas Fiscais emitidas com destaque de imposto a contribuintes paulistas, para diminuir o imposto devido ao Estado de São Paulo pelos destinatários. Os 128 contribuintes paulistas, destinatários dos documentos fiscais emitidos, serão diligenciados a partir desta quinta-feira e deverão prestar esclarecimentos sobre as operações realizadas com os comércios inexistentes dos outros estados envolvidos.
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