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OMF I Imagem Lucas Silva • Uma das principais propriedades dos raios-X é a sua capacidade de penetrar a matéria. Entretanto, nem todos os raios X que entram na matéria a penetram, alguns deles são absolvidos. • Vão haver estruturas onde os raios vão passar com facilidade e nas imagens ele representa a parte PRETA ou HIPERTRANSPARENTE. • Haverá ainda estruturas onde os raios não vão passar e serão absorvidos e nas imagens representará a parte BRANCA ou HIPOTRANSPARENTE. • A transparência quer dizer se os raios-x passam com facilidade ou se eles são barrados, ou seja, se a estrutura absorve ou não esses raios. o Hipertransparencia: regiões negras do raio-x o Hipotransparente: regiões claras do raio-x • Estruturas anatômicas podem ser identificadas em radiografia simples quando estão circundadas parcial ou totalmente por tecido com densidades diferentes Nunca se deve analisar uma imagem de Raio-x apenas em 1 corte, deve-se analisar sempre em dois ângulos diferentes para que não se perca nenhum detalhe, já que a imagem é formada por sobreposição de estruturas. Obs.: A direita e a esquerda nas imagens será sempre o contrário da nossa realidade. OMF I Imagem Lucas Silva • A formação dos raios-x acontece dentro da ampola de um equipamento de raio-x. • Na ampola temos um filamento de energia onde se tem um lado que é formado por um cátion (negativo) e o outro por um ânion (positivo). • Quando o aparelho é ligado os elétrons do filamento atingem altas velocidade, colidem e formam os raios ionizantes. • 99% dessa energia é transformado em calor e apenas 1% é transformado em raios-x. • Os raios que ultrapassam o corpo sensibilizam o filme, formando as imagens. Obs.: Não se pode usar raio-x em mulheres gravidas e uma vez exposto a radiação ela sempre estará com o indivíduo, a radiação é acumulativa. ➔ Cada órgão/tecido tem umas características próprias em relação aos raios ionizantes. • Quanto mais preciso for o exame mais especifico será a avaliação. • A nitidez da imagem depende da imobilidade do corpo, da distância do objeto ao filme e do tamanho do foco. 1. O ponto focal deve ser o menor possível 2. O receptor de imagem, filme, deve estar o mais perto possível do objeto a ser radiografado o O paciente deve estar o mais próximo do filme para garantir uma imagem nítida. Isso garante a precisão do exame, evitando diagnósticos incorretos devido a distorção da realidade. (ex. um coração visto de forma errada pode aparentar ter cardiomegalia). 3. A distância entre o tubo de raios X e o objeto a ser examinado deve ser a maior possível 4. De modo geral, o raio central deve ser perpendicular ao filme para gravar estruturas adjacentes em suas verdadeiras relações espaciais. o O ideal é que a ampola esteja perpendicular ao objeto, podendo fazer angulações na ampola se for preciso. 5. Conforme possível, o plano de interesse no objeto deve ser paralelo ao filme Obs.: Quanto mais próximo o objeto estiver do filme menor e mais precisa vai ser a imagem e, quanto mais afastado do filme maior e menos preciso vai ser a imagem (ampliada). OMF I Imagem Lucas Silva • Miliamperagem (mAs) – a sua variação depende da quantidade de raios X produzidos. • Kilovoltagem (Kv) – depende a qualidade dos raios-x, ou seja, sua força de penetração. • Ondas eletromagnéticas de alta frequência capazes de atravessar a matéria orgânica ou de serem absorvidas por ela e ioniza-la. • Propagam-se em linha reta • Velocidade da luz • Produzem imagens em superfícies fotossensíveis • Produzem efeitos fosforescentes em alguns cristais • Produzem efeitos biológicos Tecidos com alta densidade atenuam fortemente os RX -> Aparecem BRANCOS (RADIOPACOS) nos filmes Tecidos com baia densidade atenuam fracamente os RX -> Aparecerem ESCUROS (RADIOTRANSPARENTE) nos filmes ➔ • Ortostatismo • Sentado • Decúbito dorsal e ventral • Decúbito lateral ➔ • Anteroposterior (AP) OMF I Imagem Lucas Silva • Posteroanterior (PA) • Perfil • Obliquais - (recebe o nome da posição mais próximo ao filme) Pacientes que precisam ficar acamados se faz em decúbito dorsal e ventral ou decúbito lateral. Todas as vezes que a luz penetra no objeto na parte anterior: ANTERO-POSTERIOR Toda vez que a luz penetra na parte posterior: POSTERO-ANTERIOR Obs.: Quando o técnico vai fazer o exame de raio-x ele deve analisar as condições do paciente, uma vez eu cada região do corpo tem um protocolo de imagem diferente. o Imagem do tórax em PA: Mais utilizada. O coração fica mais próximo do receptor de imagens – reduz a magnificação do coração. o Imagem do tórax em AP: Escapulas sobre os pulmões, clavículas sobre os ápices e amplificação do coração. PA AP • Imagem do tórax em perfil OMF I Imagem Lucas Silva O RX faz uma imagem como uma sombra do corpo, ou seja, sobrepondo estruturas. Portanto, sempre deve ser feito uma segunda projeção (geralmente em perfil). Isso só não é possível em casos onde o paciente não tem condições(acamados). o Apenas com uma incidência não é possível afirmar onde exatamente se encontra o objeto identificado. o Logo, com uma segunda incidência em perfil é possível afirmais a região em que se encontra o objeto. • Sempre utilizamos dois planos ortogonais. Nos exames de raio-x nunca se faz apenas uma imagem pois podemos ter uma estrutura sobreposta. o Anatomia radiologica normal do ombro. o Radiografia do ombro indicando a presença de uma ossificação tendínea OMF I Imagem Lucas Silva • Na tentativa de melhorar a diferenciação entre estruturas de densidade semelhante são utilizados meios de contraste naturais (ar) ou artificiais (a base de bário e iodo). • Usado principalmente no estudo dos tratos digestórios alto e baio, urinário, biliar, e no estudo vascular e de articulações. Contrastes a base de sulfato de bário: Ex.: Estudo do trato digestório em geral Contraste a base de iodo: Ex.: Calangiografia, urologia, angiografia, artrografia • Ao contrário do RX, que usa a sobreposição de imagens, a TC utiliza o fatiamento das estruturas, apresentando imagens em fatias. o Ex. No R do tórax ocorre a sobreposição de pele, gordura, ossos e pulmão, enquanto na TC obtêm-se fatias dessas estruturas. • A radiação ionizante nos exames de TC é muito maior do que nos de RX. E por isso deve-se avaliar a história clinica dos pacientes e suas condições. • A tomografia pega o diagnóstico de raio-X acoplados a computadores para colher imagens detalhadas e segmentos corporais. OMF I Imagem Lucas Silva • O plano de aquisição das imagens na TC é o plano AXIAL. As imagens nos planos coronais e sagitais são reformatações do aparelho. • O plano verdadeiro da TC é o plano axial. A reconstrução nos planos sagital e coronal podem ser feitos posteriormente. Deve-se observar a TC produzida como se estivesse olhando para ela de baixo para cima (a partir dos pés do paciente), assim é importante lembrar que as estruturas vistas a sua direita são aquelas do lado esquerdo do corpo do paciente. Obs.: Na TC há diferenciação das estruturas deixando a avaliação mais especifica. Porém, não se deve descartar o RX, pois são exames complementares. • Utiliza maior quantidade de radiação ionizante • As imagens seccionais são baseadas no mesmo principio de atenuação dos RX • Possibilita as reformações em diferentes planos e reconstruções 3D. • Os RX atravessam o paciente e são atenuados pelas diferentes estruturas do corpo. • Essa atenuação é codificada pelo sistema de detectores como um sinal elétrico. • O sinal elétrico é digitalizado e assim o sistema de computação monta uma matriz de dadosque no final resultará na imagem que vemos. • Há uma fonte emissora de raios ionizantes e sensores acoplados que farão a leitura e a determinação das imagens seccionadas. 1. Fonte emissora de raio-x, que gira 360º 2. Feixe de raios ionizantes gerados 3. Secção do corpo do paciente “varrida” pelo feixe 4. Tela fluorescente onde incidem os raio-x 5. Detectores (sensores) que traduzem os impulsos recebidos e os envia ao computador em forma de dados. OMF I Imagem Lucas Silva • Primeira geração: 1 detector com varreduras de 18 graus. Tempo de varredura e de exame longos. E a imagem apresenta um único plano de corte. • Segunda geração: 5 a 50 detectores com redução no tempo de varredura e no tempo de exame. • Terceira geração: 200 a 600 detectores com varredura de 360 graus em torno do paciente • Quarta geração: 300 a 1000 detectores com melhora significativa na imagem e diminuição da geração de artefatos devido a problemas mecânicos. Obs.: Tomografia Helicoidal: Ocorre a movimentação da mesa em relação a máquina, ou seja, o Tubo de RX e o sistema de sensores giram 360 graus em torno do corpo com a mesa também em movimento. • Parte dos raios ionizantes é absorvido (uma vez que os tecidos corporais apresentam diferentes níveis de absorção e atenuação desses raios) e a parte restante incide sobre os detectores de radiação que se encontram localizados do lado oposto ao momento do tubo de raio X. • Originam-se nestes detectores, sinais elétricos diretamente proporcional ao numero de feixes de raio X. • Estes sinais elétricos são quantificados e gravados nos computadores • As imagens são produzidas por múltiplos pontos (pixels) em diferentes tons de cinzas. ➔ • É a atenuação da estrutura em absorver ou não a radiação medida em Unidades de Hounsfield. • Para localizar a origem dos sinais elétricos nos detectores o sistema de computação monta uma matriz virtual. • A matriz bidimensional (Pixels) é baseada em uma matriz tridimensional (vóxels), que leva em conta a espessura do corte. • Quanto menor a matriz, mais rápido é a reconstrução da imagem, porém menos numero de pixels e menor a qualidade da imagem. • Um valor de UH é atribuído a cada elemento de volume (vóxel) • As unidades de UH tem como parâmetro a água, com valor zero. As UH são fundamentais para ajudar na identificação dos tecidos/substancias: ar, gordura, líquidos, ossos, metais e etc. Sabendo seus valores é possível determinar a estrutura observada na imagem. +1000 – Branco -> Tecido ósseo – RADIOPACO 0 – Valor para a água -1000 – Negro -> Ar – RADIOTRANSPARENTE • O técnico deve selecionar uma determinada gama de variação em escala de cinza para podermos analisar as imagens. OMF I Imagem Lucas Silva o Valores de referência em UH para alguns órgãos e tecidos do corpo. Na maioria dos serviços radiológicos, protocolos de TC são redigidos e seguidos, detalhando a técnica mais adequada para examinar várias regiões do corpo. Cada região a ser estuda apresenta um protocolo de exame pré-fixado. (Dose de raios, janelas, contraste oral, venoso ou retal, ângulo da mesa, extensão do estudo, espessura, documentação.) (A) Lesão hiperdensa - Hematoma (B) Lesão hipodensa – Sequela de lesão vascular • Hipoatenuantes – HIPODENSAS o Cinza ou preto • Hiperatenuantes – HIPERDENSAS o Branco • O corpo vertebral é osso e na TC terá muito absorção de raio, então fica branco pois foi muito absorvido. • A gordura e parte do intestino não tem barreiras para os raios, passam com facilidade e por isso ficam cinza. • O tecido utilizado como parâmetro é chamado de isodenso. PARA DIFERENCIAR ALGUMAS ESTRUTURAS E ORGÃO DEVE-SE ANALISAR A AESCALA UH +1000UH OSSO – HIPERDENSO - BRANCO -1000UH AR – HIPODENSO – PRETO OMF I Imagem Lucas Silva • Processo de modificação da relação entre os números e escala de tons de cinza na TC. • Usado para estudar regiões especificas. • A importância do janelamento adequado reside em ampliar a possibilidade de se detectar pequenas diferenças de absorção que implicam condições patológicas. OMF I Imagem Lucas Silva • Obtenção de imagens sem superposição • Capacidade de capturar diferenças mínimas de densidade tissular • Capacidade de detectar diferenças de densidade entre tecidos, por meio da análise dos valores numéricos do coeficiente de atenuação • Possibilidade de processar as imagens em diversos tempos, mediante o armazenamento dos dados • Ser método não-invasivo • Permitir que procedimentos invasivos, como biópsias e punções, sejam realizados durante a sua execução • Emprego de maior quantidade de radiação ionizante • Ainda precisa do contraste iodado para diferenciar vasos e alças intestinais • Artefatos do aparelho ou da técnica (placas e parafusos metálicos) • Método mais oneroso • Mulheres grávidas; • Pessoas muito obesas (superior a 180 kg); • Pessoas alérgicas ao contraste (só se submete a fase sem contraste); • Pessoas que se submeteram a exames contrastados recentemente com a utilização de sulfato de bário; • Distúrbios neurológicos (Parkinson ou outras afecções que causam movimentos involuntários); • Distúrbios psiquiátricos; • Crianças ou adultos senis (dificuldade de compreensão quanto a necessidade de imobilização prolongada)
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