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Apostila - Metodologia do Trabalho Científico - Unica Prominas

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METODOLOGIA DO TRABALHO 
CIENTÍFICO 
 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste 
material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de 
armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 3 
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍFICO ......................... 5 
1.1 Metodologia Cientifica e Ciência ........................................................................................... 5 
1.2 Os métodos da Ciência: Conceito e Definições................................................................ 8 
1.2.1 Método Indutivo .................................................................................................. 9 
1.2.2 Método Dedutivo .............................................................................................. 11 
1.2.3 Indutiva x dedutiva ........................................................................................... 11 
1.2.4 Método Hipotético-dedutivo .............................................................................. 12 
1.2.5 Método Dialético ............................................................................................... 12 
1.2.6 Método Fenomenológico .................................................................................. 13 
1.3 Processo Científico .................................................................................................................. 14 
1.4 Linguagem e Argumentação Científica ............................................................................. 15 
1.5 Ferramentas Teóricas ............................................................................................................. 16 
1.5.1 Teorias, Hipóteses, Variáveis dependentes e independentes .......................... 16 
1.5.2 Nível I - Observações → (Variáveis) → Nível II - Hipóteses → Nível III - 
Hipóteses Válidas e Teorias. ..................................................................................... 17 
1.6 Delineamentos de um estudo cientifico: projeto de pesquisa .................................... 18 
1.6.1 Tipos de delineamento de pesquisa: ................................................................ 18 
CAPÍTULO 2 – PESQUISA CIENTÍFICA ................................................................. 22 
2.1 Processo de Elaboração da Pesquisa Científica ............................................................ 22 
2.2 Etapas da Pesquisa ................................................................................................................. 23 
2.3 Aplicação de Questionário ..................................................................................................... 31 
2.4 Ética na Pesquisa ..................................................................................................................... 32 
2.5 Princípios éticos comuns em disciplinas científicas: ..................................................... 35 
CAPÍTULO 3 – ELABORAÇÃO ............................................................................... 36 
3.1 Estruturas do Artigo Científico .............................................................................................. 36 
3.1.1 Elementos pré-textuais ..................................................................................... 36 
3.1.2 Elementos textuais ........................................................................................... 38 
3.1.3 Elementos pós-textuais .................................................................................... 38 
3.2 Linguagem do Artigo ............................................................................................................... 39 
3.2.1 Leitura Crítica ................................................................................................... 40 
3.3 Fichamentos ............................................................................................................................... 42 
3.3.1 Tipos de Fichamento: ....................................................................................... 43 
3.4 Resumo Científico .................................................................................................................... 45 
3.5 Resenha ...................................................................................................................................... 46 
3.6 Relatórios de pesquisa ........................................................................................................... 47 
3.7 Ficha catalográfica ................................................................................................................... 48 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 50 
 
3 
 
 
 
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
O conhecimento científico obtido no processo metodológico tem como 
finalidade, na maioria das vezes, explicar e discutir um fenômeno baseado na 
verificação de uma ou mais hipóteses. Sendo assim, está diretamente vinculado a 
questões específicas que trata de explicá-las e relacioná-las com outros fatos. 
Dessa maneira, observa-se que, quando se analisa determinado fato, não se pode 
limitar apenas a tentar explicar os questionamentos que são suscitados acerca dos 
problemas, mas é importante também observar que existe a necessidade de se 
buscar elementos que possam realizar uma ligação estreita com outros fatos e, 
sendo assim, tentar explica-los. 
O método científico pode ser definido como um conjunto de etapas e 
instrumentos pelo qual o pesquisador direciona seu projeto de trabalho com critérios 
de caráter científico para alcançar dados que suportam ou não sua teoria inicial. 
Desta forma, ele tem toda a liberdade para definir quais os melhores instrumentos 
vai utilizar para cada tipo de pesquisa a fim de obter resultados confiáveis e com 
possibilidades de serem generalizados para outros casos. 
Esse fato pode ser baseado em alguns fenômenos pré-universitários como, por 
exemplo, baixa qualidade na formação de alunos interessados, curiosos e 
exploradores que ingressam na comunidade acadêmica, assim como, no próprio 
grau de especificidade técnica para desenvolvimento dos projetos propostos. 
A pesquisa bibliográfica é fonte inesgotável de informação, ocupando um lugar 
de destaque na vida do pesquisador, por constituir os primeiros passos para a busca 
de conhecimento. Ela auxilia na atividade intelectual e contribui para o conhecimento 
em todas as suas formas. 
É um estudo sistematizado, desenvolvido a partir de tudo aquilo que foi escrito, 
gravado ou filmado sobre determinado tema, assunto ou área do conhecimento. O 
material bibliográfico é reunido em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, ou seja, 
material de acesso ao público em geral. A pesquisa bibliográfica tem a finalidade de 
colocar o pesquisador em contato direto com a informação sobre determinado objeto 
de estudo. 
Qual seria sua principal característica? Para Knechtel (2014), seria a leitura, a 
pesquisa em fontes concretas que forneçam fundamentos analíticos para todo o tipo 
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de pesquisa, criando um universo de debate entre o pesquisador e outros autores. 
Ou seja, a pesquisa bibliográfica é a base para qualquer tipo de pesquisa, com ela, o 
pesquisador inicia seus primeiros conhecimentos sobre o tema e objeto de estudo. 
Neste material veremos que a identificação bibliográfica é classificada em 
fontes primárias e secundárias, sendo que será nessas fontes que o pesquisador irá 
encontrar as informações necessárias para a sua pesquisa. Por fontes primárias, 
entende-se a bibliografia básica sobre o assunto, que traz embasamento teórico. Já 
as fontes secundárias se caracterizam por serem bibliografias complementares, que 
servem de apoio para o assunto pesquisado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
 
1.1 Metodologia Cientifica e Ciência 
 
O desenvolvimento do método científico envolve algumas das culturas mais 
esclarecidas da história, bem como alguns grandes cientistas, filósofos e teólogos. 
Além de analisar as mudanças na filosofia subjacente à descoberta científica, não 
podemos esquecer algumas das ferramentas que tornam a ciência possível, 
incluindo indexação de bibliotecas e revistas científicas revisadas por pares. Desde 
as observações dos antigos gregos e zoroastrianos até o telescópio espacial 
Hubble, a história do método científico está subjacente ao desenvolvimento de toda 
ciência e tecnologia, e devemos nossa tecnologia moderna a algumas mentes 
grandes e inovadoras. 
O método científico deve ser diferenciado dos objetivos e produtos da ciência, 
como conhecimento, previsões ou controle. Métodos são os meios pelos quais 
esses objetivos são alcançados. O método científico também deve ser diferenciado 
da meta-metodologia, que inclui os valores e justificativas por trás de uma 
caracterização específica do método científico (isto é, uma metodologia) - valores 
como objetividade, reprodutibilidade, simplicidade ou sucessos do passado. 
Regras metodológicas são propostas para governar o método e é uma questão 
meta-metodológica se os métodos que obedecem a essas regras satisfazem 
determinados valores. Finalmente, o método é distinto, até certo ponto, das práticas 
detalhadas e contextuais através das quais os métodos são implementados. 
O último pode variar: técnicas laboratoriais específicas; formalismos 
matemáticos ou outras línguas especializadas usadas nas descrições e no 
raciocínio; meios tecnológicos ou outros meios materiais; maneiras de comunicar e 
compartilhar resultados, seja com outros cientistas ou com o público em geral; ou as 
convenções, hábitos, costumes impostos e controles institucionais sobre como e que 
ciência é realizada. 
Embora seja importante reconhecer essas distinções, seus limites são 
confusos. Portanto, os relatos de método não podem ser totalmente divorciados de 
suas motivações ou justificativas metodológicas e meta-metodológicas. 
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Além disso, cada aspecto desempenha um papel crucial na identificação de 
métodos. Portanto, as disputas sobre o método ocorreram nos níveis de detalhe, 
regra e meta-regra. Mudanças nas crenças sobre a certeza ou falibilidade do 
conhecimento científico, por exemplo (que é uma consideração meta-metodológica 
do que podemos esperar que os métodos produzam), significaram diferentes 
ênfases no raciocínio dedutivo e indutivo ou na importância relativa atribuída ao 
raciocínio sobre observação (isto é, diferenças sobre métodos particulares). Crenças 
sobre o papel da ciência na sociedade afetarão o lugar que se atribui aos valores no 
método científico. 
“Etimologicamente, a palavra metodologia vem do grego metá, que significa ‘na 
direção de’, hodós, que significa ‘caminho’, e logos, que significa ‘estudo’” 
(Rodrigues, 2006, p.19), logo inferimos que é o estudo crítico dos métodos 
utilizados. São as opções disponíveis para o estudo daquilo que o pesquisador 
acredita poder saber mais. 
Podemos considerar a metodologia científica como uma ferramenta maior que 
agrega vários meios que auxiliam na realização da pesquisa científica. Que ajuda 
nas questões éticas e legais, que ajuda a delimitar os temas e não deixa fugir do 
proposto, ou melhor, ajuda a deixar obvio as decisões, os meios e a questão a ser 
trabalhada para que não haja uma extensão desapropriada do assunto proposto, 
tampouco um desfalque. Destarte Rodrigues, define de modo resumido o que 
podemos identificar como metodologia científica: 
 
Assim pode-se dizer que a metodologia científica consiste no estudo, na 
geração e na verificação dos métodos, das técnicas e dos processos 
utilizados na investigação e resolução de problemas, com vistas ao 
desenvolvimento do conhecimento cientifico. O conhecimento cientifico se 
constrói por meio da investigação científica, da pesquisa utilizando-se a 
metodologia (2006, p.19). 
 
Barros & Lehfeld (1986) afirmam que a metodologia não procura soluções, mas 
escolhe as maneiras de encontrá-las, integrando os conhecimentos a respeito dos 
métodos em vigor nas diferentes disciplinas científicas ou filosóficas. E com relação 
à importância da disciplina metodologia científica, essa é baseada na apresentação 
e exame de diretrizes aptas a instrumentar o universitário no que tange a estudar e 
aprender. 
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armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Para nós, mais vale o conhecimento e manejo dessa instrumentação para o 
trabalho científico do que o conhecimento de uma série de problemas ou o aumento 
de informações acumuladas sistematicamente. Essa disciplina está, pois, voltada a 
assessorar e colaborar com o crescimento intelectual do aluno para a formação de 
um compromisso científico frente à realidade empírica. 
A complexidade do método fez dele uma disciplina denominada metodologia. 
Metodologia cientifica é o estudo dos métodos de conhecer. Trata-se de métodos de 
buscar o conhecimento, é uma forma de pensar para se chegar à natureza de um 
determinado problema, seja para explicá-lo ou estudá-lo. O método científico é 
entendido como o conjunto de processos orientados por uma habilidade crítica e 
criadora voltada para a descoberta da verdade e para a construção da ciência hoje, 
a pesquisa constitui seu principal instrumento ou meio de acesso (Cervo & Bervian, 
2002). 
Se contemplarmos o conceito de ciência, ou simplesmente nos perguntarmos o 
que é ciência, teremos que recorrer a uma disciplina externa: a filosofia da ciência. 
Nessa perspectiva a filosofia se divide em três vastos grupos: a metodologia da pura 
filosofia ou epistemologia, o estudo do conhecimento científico ou a filosofia da 
ciência e o estudo de possíveis coisas ou metafísica,ou meta-ciência. Usando uma 
terminologia menos precisa, a filosofia analisa o mundo do que é possível e a 
ciência é limitada ao mundo comprovado. Se a filosofia da ciência não tem provas, 
restringe conceitos; enquanto a filosofia geral precisa de provas para limitar um 
conceito. 
A filosofia da ciência entendida como um nível de raciocínio que nos leva ao 
conceito de ciência e não como uma disciplina acadêmica que usa muitas palavras 
latinas ou gregas e cita inúmeros autores. A filosofia da ciência é como a 
autolimitação que o pequeno filósofo estabelece para descobrir as maravilhas do 
novo mundo que têm profundo senso comum. 
As definições dos termos ciência e metodologia são em si mesmas um objeto 
de estudo. Esse estudo, levado a efeito pela filosofia da ciência, deve nortear o 
pensamento humano sobre suas próprias descobertas e representações. Tendo em 
vista a pergunta pela definição da ciência, vejamos: a ciência é todo um conjunto de 
atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo 
limitado, capaz de ser submetido à verificação onde [...] A ciência é um conjunto de 
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conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, 
sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma 
natureza. (LAKATOS & MARCONI, 1991, p.80). 
Para Bunge (1980) a ciência é como um sistema de ideias estabelecidas 
(conhecimento científico) é como uma atividade produtora de novas ideias 
(investigação científica). Gil (1999) mais próximo ao sentido cartesiano, diz que, 
etimologicamente, ciência significa conhecimento, sendo o seu objetivo fundamental 
à veracidade dos fatos, com o objetivo de formular, mediante linguagem rigorosa e 
apropriada às leis que regem os fenômenos. 
Segundo Andery “a ciência caracteriza-se por ser a tentativa do homem 
entender e explicar racionalmente a natureza, buscando formular leis que, em última 
instância, permitam a atuação humana” (1996, p. 13). Ao longo dos anos, o homem 
sempre buscou entender-se e ao universo ao seu redor, formulando leis e 
procurando entender os mecanismos pelos quais o mundo “funciona”, através de 
ferramentas criadas para esse fim, como a ciência. 
Já na “sociedade ocidental, no entanto, a ciência é a forma hegemônica de 
construção da realidade, considerada por muitos críticos como um novo mito, por 
sua pretensão de único promotor e critério de verdade” (Minayo, 2007, p. 9). E já 
que, assim como Minayo, não interessa para os fins deste trabalho, compactuar 
dessa visão compartilharemos da visão de Meadows e Ziman que respalda a 
concepção de que conceituar ciência é, além de polêmico e pretensioso, quase 
desnecessário já que “um cientista pode alcançar sucesso sem ter noção exata do 
que é ciência” (Targino, 2000). 
 
1.2 Os métodos da Ciência: Conceito e Definições 
 
Os conceitos de método, que ora apresentamos, foram fundamentados em 
focos que remetem aos caminhos da metodologia, pois a história do método 
científico se confunde com a história da própria ciência. Salienta-se a importância da 
escolha de um método de pesquisa, por certificar que não há ciência sem método, 
embora nem todos os estudos se constituam em ciência. Veja alguns conceitos e 
definições: 
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 A metodologia científica nos ensina um caminho para chegarmos a um fim 
científico. A palavra "científica" vem de ciência. 
 A metodologia corresponde a um conjunto de procedimentos a serem utilizados 
na obtenção do conhecimento. É a aplicação do método através de técnicas que 
garantem a legitimidade do saber obtido. 
 Considera-se a Ciência como conjunto de leis que buscam explicar alguns 
fenômenos até que existem outras leis para nos dar uma explicação mais completa 
sobre o assunto. 
 Papel da ciência: Trazer luz onde reinam as trevas. O rigor científico nega, na 
sua essência, as crendices, a magia, as superstições antigas e atuais. 
 Segundo o dicionário Aurélio: Ciência é o conjunto organizado de 
conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os obtidos 
mediante a observação, a experiência dos fatos e um método próprio. 
Podemos dizer que métodos e técnicas são coisas diferentes. Alguns autores 
defendem que a técnica é responsável por informar a maneira de fazer uma 
atividade. Dessa forma, podemos dizer que a técnica é responsável por 
informar como fazer, enquanto que o método estabelece o que fazer. A forma de 
aplicação do método é a técnica. 
Os métodos que fornecem as bases lógicas ao conhecimento científico 
são: método indutivo, método dedutivo, método hipotético-dedutivo, método 
dialético, método fenomenológico. Vejamos detalhadamente: 
 
1.2.1 Método Indutivo 
Indução significa oferecer uma verdade geral mostrando que, se é verdade 
para um determinado caso. É verdade para todos esses casos. A abordagem 
indutiva é de natureza psicológica. O método indutivo desenvolve a curiosidade no 
indivíduo que é a necessidade do dia. 
O exercício metódico do conhecer afirma uma posição indutiva do sujeito em 
relação ao objeto, na qual a investigação científica é uma questão de generalização 
provável, a partir dos resultados obtidos por meio das observações e das 
experiências. Francis Bacon foi o “sistematizador do Método Indutivo, pois a técnica 
de raciocínio da indução já existia desde Sócrates e Platão”, conforme (Lakatos; 
Marconi, 2000, p. 71). 
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Conforme Ferreira (1998), o método indutivo define suas regras e etapas a 
partir de dois pressupostos que se sustentam na ideia da existência de um 
determinismo nas leis observadas na natureza, são eles: 
 Determinadas causas produzem sempre os mesmos efeitos, sob as mesmas 
circunstâncias e determinações; 
 A verdade observada em situações investigadas, torna-se verdade para toda 
situação universal correspondente. 
Raciocínio 
A abordagem indutiva, também conhecida no raciocínio indutivo, começa com 
as observações e as teorias são propostas no final do processo de pesquisa como 
resultado das observações (Goddard, 2004). A pesquisa indutiva "envolve a busca 
de padrões a partir da observação e o desenvolvimento de explicações - teorias - 
para esses padrões através de séries de hipóteses" (Bernard, 2011). Nenhuma 
teoria ou hipótese se aplicaria em estudos indutivos no início da pesquisa e o 
pesquisador é livre em termos de alteração da direção do estudo após o início do 
processo de pesquisa. 
É importante enfatizar que a abordagem indutiva não implica desconsiderar as 
teorias ao formular questões e objetivos de pesquisa. Essa abordagem visa gerar 
significados a partir do conjunto de dados coletados, a fim de identificar padrões e 
relacionamentos para construir uma teoria; no entanto, a abordagem indutiva não 
impede o pesquisador de usar a teoria existente para formular a questão de 
pesquisaa ser explorada (Saunders, 2012). 
O raciocínio indutivo é baseado no aprendizado da experiência. Padrões, 
semelhanças e regularidades na experiência (premissas) são observados para se 
chegar a conclusões (ou gerar teoria). O raciocínio indutivo começa com 
observações detalhadas do mundo, que avançam em direção a generalizações e 
ideias mais abstratas (Neuman, 2003). Ao seguir uma abordagem indutiva, 
começando com um tópico, um pesquisador tende a desenvolver generalizações 
empíricas e a identificar relações preliminares à medida que progride em sua 
pesquisa. Nenhuma hipótese pode ser encontrada nos estágios iniciais da pesquisa 
e o pesquisador não tem certeza sobre o tipo e a natureza dos resultados da 
pesquisa até que o estudo seja concluído. 
 
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1.2.2 Método Dedutivo 
O método dedutivo, por sua vez, realiza-se por meio do desenvolvimento de 
um raciocínio lógico, que tem por ponto de partida uma ideia geral, uma verdade 
estabelecida, da qual decorrerão preposições particulares. O raciocínio, neste caso, 
parte de uma ideia geral para conclusões particulares. Enquanto que o processo 
analógico representa um raciocínio baseado em razões de relevante similitude. 
Raciocínio 
O raciocínio dedutivo geralmente segue etapas. Primeiro, há uma premissa, 
depois uma segunda premissa e, finalmente, uma inferência. Uma forma comum de 
raciocínio dedutivo é o silogismo, no qual duas afirmações - uma premissa principal 
e uma premissa menor - chegam a uma conclusão lógica. Por exemplo, a premissa 
"Todo A é B" pode ser seguida por outra premissa, "Este C é A." Essas declarações 
levariam à conclusão "Este C é B." Os silogismos são considerados uma boa 
maneira de testar o raciocínio dedutivo para garantir que o argumento seja válido. 
O raciocínio dedutivo, a dedução lógica ou a lógica “de cima para baixo” é o 
processo de raciocínio de uma ou mais declarações para chegar a uma conclusão 
logicamente certa. O método dedutivo de ensino é totalmente diferente do método 
indutivo. Uma dedução-método é uma abordagem mais centrada no professor. Isso 
significa que o professor dá um novo conceito, explica e depois os alunos praticam o 
uso do método conceito. 
 
1.2.3 Indutiva x dedutiva 
O ponto mais importante a ter em mente ao considerar se deve usar uma 
abordagem indutiva ou dedutiva é, primeiro, o objetivo de sua pesquisa; e segundo, 
os métodos mais adequados para testar uma hipótese, explorar uma área nova ou 
emergente dentro da disciplina ou para responder a perguntas específicas de 
pesquisa. 
Por fim, entende-se que o método indutivo (geralmente chamado de método 
científico) é o método dedutivo "virado de cabeça para baixo". O método dedutivo 
começa com algumas afirmações verdadeiras (axiomas) com o objetivo de provar 
muitas afirmações verdadeiras (teoremas) que logicamente seguem-se a ele. O 
método indutivo começa com muitas observações da natureza, com o objetivo de 
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encontrar algumas afirmações poderosas sobre como a natureza funciona 
(leis e teorias). 
No método dedutivo, a lógica é a autoridade. Se uma afirmação segue 
logicamente a partir dos axiomas do sistema, deve ser verdadeira. No método 
científico, a observação da natureza é a autoridade. Se uma ideia entra em conflito 
com o que acontece na natureza, ela deve ser alterada ou abandonada. 
 
1.2.4 Método Hipotético-dedutivo 
O modelo ou método hipotético-dedutivo é uma descrição proposta 
do científico. Segundo ele, a investigação científica prossegue formulando 
uma hipótese de uma forma que pode ser falsificável, usando um teste em dados 
observáveis, onde o resultado ainda não é conhecido. Um resultado de teste que 
pode ter e é contrário às previsões da hipótese é considerado uma falsificação da 
hipótese. Um resultado de teste que poderia ter, mas não corre contrário à hipótese, 
corrobora a teoria. Propõe-se, então, comparar o valor explicativo das hipóteses 
concorrentes, testando quão rigorosamente elas são corroboradas por suas 
previsões. 
O método hipotético-dedutivo, ou o teste de hipóteses, não levanta problemas 
em princípio, uma vez que sua validade depende dos resultados do teste empírico 
apropriado. O mesmo tende a ser usado para melhorar ou esclarecer teorias 
anteriores de acordo com novos conhecimentos, onde a complexidade do modelo 
não permite formulações lógicas. Portanto, possui caráter e necessidades 
predominantemente intuitivos, não apenas para rejeitar uma teoria, mas também 
para impor sua validade, o contraste de suas conclusões. 
 
1.2.5 Método Dialético 
O método dialético é diferente do método científico. Este último, o teimoso 
legado da maneira antiquada de formular o pensamento, derivado de conceitos 
religiosos baseados na revelação dogmática, apresenta os conceitos das coisas 
como imutáveis, absolutas, eternas, fundamentadas em alguns primeiros princípios, 
alheios um ao outro e com um tipo de vida independente. 
Para o método dialético, não apenas tudo está em movimento, mas todas as 
coisas se influenciam reciprocamente, e isso também vale para seus conceitos, ou 
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os reflexos dessas coisas em nossas mentes, que estão “conectadas e unidas” 
(entre si). A metafísica procede por meio de antinomia, isto é, por termos absolutos 
que se opõem. Esses termos opostos nunca podem se misturar ou tocar. 
A lógica e a dialética nos ajudam a seguir um caminho que não é falso se, após 
começarmos a formular certos resultados da observação do mundo real, queremos 
poder enunciar outras propriedades além daquelas que acabamos de deduzir. Se 
tais propriedades forem verificadas experimentalmente, poder-se-ia dizer que 
nossas fórmulas e a maneira como as empregamos eram suficientemente precisas. 
 
1.2.6 Método Fenomenológico 
A disciplina da fenomenologia é definida por seu domínio de estudo, seus 
métodos e seus principais resultados. A fenomenologia é uma produção teórica 
deste mundo vívido, que se mostra a cada ser. No decorrer do texto, encontramos, 
logo a seguir a seguinte frase: “A fenomenologia só é acessível a um método 
fenomenológico” (Merleau-Ponty, 1971, pág. 6). Isso significa que a fenomenologia 
tem um conjunto de ferramentas próprias, que só tem finalidade para essa 
investigação. 
A fenomenologia estuda a estrutura de vários tipos de experiência, variando de 
percepção, pensamento, memória, imaginação, emoção, desejo e vontade à 
consciência corporal, ação incorporada e atividade social, incluindo a atividade 
linguística. A estrutura dessas formas de experiência envolve tipicamente o que 
Husserl chamou de "intencionalidade", isto é, a direção da experiência em relação às 
coisas no mundo, a propriedade da consciência de que é uma consciência de ou 
sobre algo. 
De acordo com a fenomenologia clássica husserliana, nossa experiência é 
direcionada para - representaou "pretende" - coisas somente através de conceitos, 
pensamentos, ideias, imagens etc. específicos. Estes compõem o significado ou o 
conteúdo de uma determinada experiência e são distintos das coisas. eles 
apresentam ou significam. 
O método fenomenológico não é, portanto, o método dedutivo da lógica, nem o 
método empírico das ciências naturais; em vez disso, consiste em perceber a 
presença de um objeto e elucidar seu significado por meio da intuição. Husserl 
considerou o objeto do método fenomenológico a apreensão imediata, em um ato de 
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visão, do conteúdo inteligível ideal do fenômeno” (Husserl, 1992). Sua obra-chave e 
definidora do início do século XX é agora reimpressa em uma tradução para o 
inglês. 
Como a fenomenologia trata de observáveis, ela tem uma relação com a 
hermenêutica, a teoria da interpretação (Winograd & Flores, 1986, p. 27), para 
preencher a necessidade de explicar o que é observado. Historicamente, a 
hermenêutica tratava da interpretação de obras artísticas e literárias, especialmente 
de textos míticos e sagrados, e de como a compreensão humana desses textos 
mudou ao longo do tempo. Contudo, “uma das ideias fundamentais da 
fenomenologia é que essa atividade de interpretação não se limita a tais situações, 
mas permeia nossa vida cotidiana” (Winograd & Flores, 1986, p. 27). 
Então, segundo Bento (2004), a existência de outros métodos também merece 
destaque: 
 Método analítico (análise): compreende a decomposição do todo em suas 
partes. 
 Método de Direito Comparado: pesquisas legislativas, doutrinárias e 
jurisprudenciais de outros países; 
 Método histórico: observação da evolução histórica sobre o tema; 
 Método lógico: desenvolvimento de raciocínio relacionado entre si; 
 Método sistemático: envolve em sistema de ideias relacionadas, sistemas de 
referências, teoria, hipóteses, fontes de informação, todos relacionados; 
Muitos cientistas que conduzem um projeto de pesquisa maior começam com 
um estudo indutivo (desenvolvendo uma teoria). O estudo indutivo é acompanhado 
de pesquisas dedutivas para confirmar ou invalidar a conclusão. 
 
1.3 Processo Científico 
 
Um conceito científico é uma ideia ou modelo explicando algum fenômeno 
natural. Por exemplo, nosso entendimento de objetos caindo em direção à Terra é 
explicado em nosso conceito de gravidade. Existem diferentes formas de conceitos. 
Eles diferem principalmente na quantidade de evidência de apoio e aceitação por a 
comunidade científica. 
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Os cientistas aprendem e adquirem conhecimento com observações e 
experimentos. O processo científico começa com uma pergunta, desenvolvendo 
uma hipótese e fazendo previsões educadas. Seguem-se experiências, avaliação de 
dados, ajustes e confirmação de resultados. Os resultados científicos devem ser 
observáveis, mensuráveis e repetíveis. Elementos comuns do processo científico 
incluem identificar, medir e relatar causa e efeito. O processo científico é importante 
porque elimina preconceitos pessoais e pode mudar o que os outros decidem 
acreditar. 
Organizar objetos e fenômenos em uma ordem lógica ajuda as pessoas a 
entender a complexidade de um sujeito ou colocá-lo em uma lista de 
hierarquias. Por exemplo, plantas e animais são organizados por reino, filo, classe, 
ordem, família, gênero e espécie. Os cientistas também organizam vários 
componentes em sistemas. Um sistema solar, por exemplo, contém sol, planetas, 
luas, planetas anões e cometas. 
 
1.4 Linguagem e Argumentação Científica 
 
De acordo com Jorge e Puig (2000), só há uma maneira de se produzir a 
argumentação científica, que é através da produção de textos argumentativos, nos 
quais se devem utilizar determinadas habilidades como descrever, definir, explicar, 
justificar, argumentar e demonstrar. Esta aprendizagem implica ao aluno analisar, 
comparar, deduzir, inferir, avaliar. 
No que tange à argumentação no ensino de ciências, Velloso (2009) aponta 
que alguns pesquisadores têm trabalhado nessa perspectiva com ênfase nos 
seguintes aspectos: o espaço ocupado pela argumentação em aulas de ciências; 
atividades de ensino que se mostram eficientes no fomento ao discurso 
argumentativo; mecanismos que possam favorecer o aperfeiçoamento das 
habilidades argumentativas e a qualidade dos argumentos produzidos pelos alunos 
em aulas de ciências. 
A argumentação é imprescindível na linguagem científica, vários pesquisadores 
propõem que o ensino e a aprendizagem das ciências devem ser estruturados a 
partir da argumentação, pois isso contribuiria para o desenvolvimento de 
competências como relacionar os dados, avaliar afirmações teóricas e/ou empíricos, 
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modificar as afirmações de novos dados e utilizar conceitos e modelos científicos 
para apoiar as conclusões (Kelly et al, 2009; Nascimento; Vieira, 2008; Sá; Queiroz, 
2007). 
 
1.5 Ferramentas Teóricas 
1.5.1 Teorias, Hipóteses, Variáveis dependentes e independentes 
Hipóteses, variáveis dependentes e independentes formam um conjunto de 
ferramentas que nos auxiliam a criar teorias sobre fenômenos da natureza. O 
processo para investigar um determinado fenômeno da natureza normalmente 
envolve três níveis. No primeiro nível acontece a observação dos fatos, fenômenos, 
comportamentos e atividades; no segundo nível, temos as hipóteses e finalmente, 
no terceiro nível, surgem as teorias, hipóteses válidas e sustentáveis (aquelas que 
foram testadas). 
Por hipótese, conforme Marconi e Lakatos (2000, p. 139), define-se um 
enunciado geral de relação entre variáveis (fatos, fenômenos) que é elaborado como 
solução provisória para um determinado problema, apresentando caráter explicativo 
ou preditivo, consistência lógica (coerência interna), compatibilidade com o 
conhecimento científico (coerência externa) e verificabilidade empírica. Diante de um 
problema qualquer o pesquisador supõe uma resposta que, em princípio, ainda não 
é a sua solução. O processo de investigação consiste justamente em verificar se a 
suposta solução, de fato, resolve o problema. Dito de modo informal e anedótico, 
uma hipótese é “uma resposta que não é, mas que o pesquisador supõe que seja 
para ver o que seria se de fato fosse”. 
Uma variável pode ser definida como classificação ou medida, quantidade 
variável, conceito operacional que expressa valores, aspecto, propriedade ou fator, 
que pode ser distinguido em um objeto examinado e que seja susceptível à medição. 
De maneira simbólica, podemos idealizar o "universo" da ciência como 
organizado em três níveis: no primeiro, acontecem as observações dos fatos e 
fenômenos reais; no segundo, estabelecem-se as hipóteses; no terceiro, emergem 
as teorias e hipóteses válidas. A passagem de maior interesse e importância é a que 
ocorre entre o primeiro e o segundo nível, que é, por sua vez, fundamentadano 
enunciado das variáveis. De forma esquemática podemos descrever esta relação 
como: 
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1.5.2 Nível I - Observações → (Variáveis) → Nível II - Hipóteses → Nível III - 
Hipóteses Válidas e Teorias. 
Variáveis são quaisquer características de pessoas ou objetos que podem 
assumir diferentes valores numa situação experimental. Uma variável é qualquer 
atributo que pode assumir diferentes valores entre os membros de uma classe de 
sujeitos ou acontecimentos, mas que só tem um valor para um dado membro dessa 
classe num momento qualquer. 
Variável independente: 
Uma variável independente é uma variável que representa uma grandeza que 
está sendo manipulada em um experimento. Para dizê-lo simplesmente, a “causa, 
antecedente, origem de um fenómeno, um processo, que constitui o objeto de 
estudo” (Carrasco). Para mim, é a “primeira”. Pode ser manipulada em estudos 
experimentais ou comparativos com grupos de controle. 
Variáveis dependentes: 
Uma variável dependente representa uma grandeza cujo valor depende de 
como a variável independente é manipulada. Sendo o efeito, consequência, o 
resultado observado da influência da Variável independente. 
Em suma, no contexto da pesquisa a variável independente é o antecedente e 
a variável dependente é o consequente. Os cientistas procuram fazer previsões 
acerca do comportamento das variáveis dependentes com base no aspecto das 
variáveis independentes, e, de maneira inversa, podem desejar aclarar um 
determinado fato ou fenômeno (variável dependente), por meio da identificação do 
acontecimento (variável independente) que o ocasionou. 
Em essência, toda pesquisa quantitativa gira em torno da noção de variáveis 
quantificadas. Segundo Hegenberg (1976, p. 80-81), nesse tipo de pesquisa, a 
quantificação é relevante na proporção em que se supõe que a quantificação 
caracteriza mais adequadamente certos conceitos (por exemplo, ‘100 metros’ é 
expressão mais precisa do que ‘perto’); gera descrições precisas que seriam 
impraticáveis sem a atribuição de números; conduz a classificações mais acuradas; 
contribui decisivamente para a formulação de hipóteses, estabelecendo nexos mais 
precisos entre variáveis e fórmulas; e permite confrontar hipóteses e teorias rivais. 
 
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1.6 Delineamentos de um estudo cientifico: projeto de pesquisa 
 
Segundo Cervo & Bervian (2002), o tema de uma pesquisa é qualquer assunto 
que necessite melhores definições, melhor precisão e clareza do que já existe sobre 
o mesmo. O tema da pesquisa indica um assunto, que após a sua elaboração torna-
se determinado, específico, preciso, com seus limites muito bem definidos. Esta 
elaboração baseia-se no conhecimento do campo de observação e suas respectivas 
unidades de observação bem como de suas variáveis. 
Para Gil (2002) a escolha do tema deve estar relacionada com o interesse do 
estudante, sendo necessário que ele já tenha refletido sobre diferentes temas. A 
primeira escolha deve ser feita com relação a um campo delimitado, dentro da 
respectiva ciência de que trata o trabalho científico (Cervo e Bervian, 2002). 
Segundo Fernandes (2002), a escolha do tema deve-se aos seguintes 
aspectos: interesse da comunidade científica; deve ser relacionado com a atividade 
profissional do pesquisador; viabilidade técnica e financeira. 
O delineamento diz respeito ao planejamento da pesquisa em um sentido mais 
amplo, abrangendo tanto a sua diagramação quanto a perspectiva de análise e a 
respectiva interpretação dos dados que foram coletados. Em outras palavras, o 
delineamento leva em consideração o contexto no qual são retirados os dados, 
assim como os meios de controle das variáveis relacionadas ao caso. 
Outro elemento que define o que é delineamento de pesquisa é que ele 
corresponde a uma fase na qual o pesquisador começa a levar em conta a aplicação 
de metodologias discretas, ou melhor dizendo, aquelas que propiciam os meios 
técnicos para a investigação. 
 
1.6.1 Tipos de delineamento de pesquisa: 
Pesquisa bibliográfica e pesquisa documental 
A pesquisa documental associa paradigmas dissonantes de gerenciamento e 
verificação de evidências documentais, concebidas nas ciências sociais tradicionais, 
com a criação e formulação de apresentações estéticas, como concebidas a partir 
das artes e humanidades. As perspectivas documentais fundamentais incluem 
modos de representação (imagens, diários, publicações, gravações sonoras, 
monumentos e memoriais, etc.) e modos de envolvimento como uma empresa 
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criativa de apresentação, ou seja, a apresentação estética do rádio, filme e fotografia 
documentais (Nichols, 2006). 
A estética dos estudos documentais chama a atenção para os modos de 
narração (o documentário como forma de contar histórias) e os protocolos de 
subjetividades (o alinhamento de diferentes perspectivas e interpretações como 
parte dos itens documentais) (Austin & de Jong, 2008). 
Com o uso de materiais primários e secundários, o pesquisador deve avaliar e 
analisar os próprios documentos antes de extrair o conteúdo. A avaliação de 
documentos geralmente inclui quatro critérios: autenticidade, credibilidade, 
representatividade e significado (Scott, 2006). A autenticidade aborda se os 
materiais são genuínos ou de origem questionável e se sua produção é original e 
confiável e não foi alterada posteriormente. Se o documento tiver sido transformado, 
por meio de edição textual, margens ou outros meios, o pesquisador procura 
identificar claramente essas alterações. A autenticidade é normalmente vista como o 
critério mais fundamental para toda pesquisa documental em educação, uma vez 
que a confirmação da autoria, local e data são tipicamente determinadas antes que 
qualquer pesquisador continue trabalhando com o documento. 
Pesquisa experimental 
Pesquisa experimental é qualquer pesquisa realizada com uma abordagem 
científica, na qual um conjunto de variáveis é mantido constante enquanto o outro 
conjunto de variáveis está sendo medido como objeto do experimento. Há 
momentos em que você não possui dados suficientes para apoiar suas 
decisões. Em tais situações, você precisa realizar experimentos para descobrir os 
fatos. A pesquisa experimental pode reunir muitos dados que podem ajudá-lo a 
tomar melhores decisões. 
A maioria das experiências tende a ficar entre a definição estrita e a ampla. 
Uma regra prática é que as ciências físicas, como física, química e geologia, tendem 
a definir experimentos mais estritamente do que as ciências sociais, como sociologia 
e psicologia, que conduzem experimentos mais próximos da definição mais ampla.
 O exemplo mais simples de uma pesquisa experimental é a realização de um 
teste de laboratório. Enquanto a pesquisa estiver sendo conduzida sob condições 
cientificamente aceitáveis - ela se qualifica como uma pesquisa experimental.Uma 
verdadeira pesquisa experimental é considerada bem-sucedida apenas quando o 
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pesquisador confirma que uma alteração na variável dependente é exclusivamente 
devida à manipulação da variável independente. 
Experimentos são conduzidos para prever fenômenos. Normalmente, um 
experimento é construído para poder explicar algum tipo de causa. A pesquisa 
experimental é importante para a sociedade - ela nos ajuda a melhorar nossa vida 
cotidiana. Após decidir o tópico de interesse, o pesquisador tenta a pesquisa. Isso 
ajuda o pesquisador a se concentrar em uma área de pesquisa mais estreita para 
poder estudá-la adequadamente. Definir o problema de pesquisa ajuda a formular 
uma pesquisa, que é testada contra a nula. 
Existem tipos de pesquisa que auxiliam o estudante na hora de executar essa 
parte do trabalho acadêmico, sendo alguns deles: 
Pesquisa com abordagem e apresentação de resultados quantitativos 
Para Richardson (1999, p. 70) a abordagem quantitativa caracteriza-se pelo 
emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto 
no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como 
percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficientes de 
correlação, análise de regressão, etc. A abordagem quantitativa é importante para 
garantir a precisão dos resultados, evitando assim, distorções de análise e 
interpretação, permitindo uma margem de segurança com relação a possíveis 
interferências, buscando analisar o comportamento de uma população através da 
amostra. 
A pesquisa quantitativa, para Michel (2005, p. 33) realiza-se na busca de 
resultados precisos, exatos, comprovados através de medidas de variáveis 
preestabelecidas, na qual se procura verificar e explicar sua influência sobre outras 
variáveis, através da análise da frequência de incidências e correlações estatísticas. 
Sendo assim, este estudo tem características quantitativas, porque os dados 
coletados serão submetidos às técnicas estatísticas, trabalhando com quantidades e 
percentuais. Pesquisa com abordagem e apresentação de resultados qualitativos: 
 
As pesquisas qualitativas de campo exploram particularmente as técnicas 
de observação e entrevistas devido à propriedade com que esses 
instrumentos penetram na complexidade de um problema” (RICHARDSON, 
1999, p. 82). 
 
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De acordo com Godoy (1995b, p.21) existe três tipos de abordagem qualitativa: 
 Pesquisa Documental. Acontece quando pesquisador analisa materiais, 
documentos e artefatos, possibilitando ao pesquisador que guie sua pesquisa 
considerando enfoques diferenciados. Documentos são fontes ricas de informação 
registradas por um longo período de tempo. 
 Estudo de Caso. Utilizado quando se quer um aprofundamento da unidade de 
estudo, pois tem como objetivo o exame de um sujeito, uma situação particular ou 
até mesmo um ambiente. Para mais detalhes de como executar um estudo de caso. 
 Etnografia. Tem sua origem nas ciências sociais. Seu principal foco é o estudo 
da cultura ou comportamento de grupos de indivíduos. O pesquisador vai até o local 
e faz uma série de observações: tendo contato direto e participando de diferentes 
atividades. 
As diferenças entre os dois grandes grupos de refere-se a lógica usada para 
fazer inferências a partir dos dados coletados. As metodologias quantitativas usam 
uma lógica muito próxima à lógica da matemática, enquanto as metodologias 
qualitativas utilizam-se de uma lógica muito semelhante à lógica de classes. 
Segundo esses autores, a pesquisa qualitativa envolve um processo dialético: coleta 
de dados descritivos, análise e, posteriormente, generalizações. 
Ainda, segundo os autores, os dados são tratados por um processo de análise 
ou crítica que produz uma generalização baseada naquele tipo de raciocínio, que 
permitiria penetrar no significado dos dados existentes. Os métodos quantitativos, 
por sua vez, assim como a maioria das pesquisas nas ciências naturais, usam o 
processo inverso: estabelecem primeiro uma generalização, e depois a testam. Há 
divergências, também, quanto à formulação de conceitos. Na abordagem 
quantitativa inicia-se com uma hipótese, confirmada ou refutada com base em dados 
ou evidência obtida por meios empíricos, e, aplicando aos dados o raciocínio 
dedutivo, são, então, formulados aqueles. Na abordagem qualitativa, porém, é o 
raciocínio indutivo que possibilita a sua formulação. 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 2 – PESQUISA CIENTÍFICA 
 
2.1 Processo de Elaboração da Pesquisa Científica 
 
Para compreender a articulação das etapas de uma pesquisa, Quivy & 
Campenhoudt (1995) falam rapidamente sobre os princípios contidos nos três eixos 
de uma pesquisa e da lógica que os une. 
 
- A ruptura: O primeiro eixo necessário para se fazer pesquisa é a ruptura. 
Nossa bagagem “teórica” possui várias armadilhas, pois uma grande parte 
das nossas ideias se inspira em aparências imediatas ou em partidarismos. 
Elas são seguidamente ilusórias e preconceituosas. Construir uma pesquisa 
nessas bases é construí-la sobre um terreno arenoso. Daí a importância da 
ruptura que consiste em romper com as ideias preconcebidas e com as 
falsas evidências que nos dão somente a ilusão de compreender as coisas. 
A ruptura é, portanto, o primeiro eixo constitutivo das etapas metodológicas 
da pesquisa (p. 15). 
- A construção: Esta ruptura só se efetua ao nos referirmos a um sistema 
conceitual organizado, suscetível de expressar a lógica que o pesquisador 
supõe ser a base do objeto em estudo. É graças a esta teoria que se podem 
construir as propostas explicativas do objeto em estudo e que se pode 
elaborar o plano de pesquisa a ser realizado, as operações necessárias a 
serem colocadas em prática e os resultados esperados ao final da pesquisa. 
Sem esta construção teórica, não há pesquisa válida, pois não podemos 
submeter à prova qualquer proposta. As propostas explicativas devem ser o 
produto de um trabalho racional fundamentado numa lógica e num sistema 
conceitual validamente constituído (p. 17). 
- A constatação: Uma proposta de pesquisa tem direito ao status científico 
quando ela é suscetível de ser verificada por informações da realidade 
concreta. Esta comprovação dos fatos é chamada constatação ou 
experimentação. Ela corresponde ao terceiro eixo das etapas da pesquisa 
(p. 17). 
 
Pesquisa é a construção de conhecimento original de acordo com certas 
exigências científicas. Para que seu estudo seja considerado científico você deve 
obedecer aos critérios de coerência, consistência, originalidade e objetivação. Para 
a realização de uma pesquisa científica, segundo Goldemberg (1999, p.106), é 
imprescindível: 
a) a existência de uma pergunta que se deseja responder; 
b) a elaboração de um conjunto de passos que permitam chegar à resposta;c) a indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida”. 
O planejamento de uma pesquisa dependerá basicamente de três fases: 
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Fase decisória: referente à escolha do tema, à definição e à delimitação do 
problema de pesquisa; 
Fase construtiva: referente à construção de um plano de pesquisa e à 
execução da pesquisa propriamente dita; 
Fase redacional: referente à análise dos dados e informações obtidas na fase 
construtiva. É a organização das ideias de forma sistematizada visando à 
elaboração do relatório final. A apresentação do relatório de pesquisa deverá 
obedecer às formalidades requeridas pela Academia. 
 
2.2 Etapas da Pesquisa 
 
O primeiro passo do processo de pesquisa científica envolve a definição do 
problema e a realização de pesquisas. Primeiro, um tópico amplo é selecionado 
sobre algum tópico ou uma pergunta de pesquisa é feita. O cientista pesquisa a 
pergunta para determinar se ela foi respondida ou os tipos de conclusões que outros 
pesquisadores tiraram e os experimentos realizados em relação à pergunta. 
A pesquisa envolve a leitura de artigos de periódicos acadêmicos de outros 
cientistas, que podem ser encontrados na Internet por meio de bancos de dados de 
pesquisa e periódicos que publicam artigos acadêmicos on-line. Durante a pesquisa, 
o cientista restringe o tópico amplo a uma questão de pesquisa específica sobre 
algum problema. 
Todas as investigações científicas começam com uma pergunta de pesquisa 
específica e a formulação de uma hipótese para responder a essa pergunta. A 
hipótese deve ser clara, específica e objetiva diretamente responder à pergunta da 
pesquisa. Uma hipótese forte e testável é a parte fundamental da pesquisa 
científica. O próximo passo é testar a hipótese usando o método científico para 
aprová-la ou desaprová-la. 
O método científico deve ser neutro, objetivo, racional e, como resultado, deve 
poder aprovar ou desaprovar a hipótese. O plano de pesquisa deve incluir o 
procedimento para obter dados e avaliar as variáveis. Deve garantir que os dados 
analisáveis sejam obtidos. Também deve incluir planos sobre a análise estatística a 
ser realizada. O número de sujeitos e controles necessários para obter resultados 
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estatísticos válidos deve ser calculado e os dados devem ser obtidos em números e 
métodos apropriados. O pesquisador deve observar e registrar continuamente todos 
os dados obtidos. 
A ética é um padrão usado para diferenciar comportamentos aceitáveis e 
inaceitáveis. A adesão a padrões éticos na pesquisa científica é digna de nota por 
muitas razões diferentes. Primeiro, esses padrões promovem os objetivos da 
pesquisa, como conhecimento, verdade e prevenção de erros. Por exemplo, 
proibições contra a fabricação, falsificação ou deturpação de dados de pesquisa 
promovem a verdade e minimizam o erro. Além disso, os padrões éticos promovem 
valores essenciais ao trabalho colaborativo, como confiança, responsabilidade, 
respeito mútuo e justiça. Muitos padrões éticos na pesquisa, como diretrizes para 
autoria, políticas de direitos autorais e patentes, políticas de compartilhamento de 
dados e regras de confidencialidade na revisão por pares, foram projetados para 
proteger os interesses de propriedade intelectual e incentivar a colaboração. 
Muitos padrões éticos, como políticas sobre má conduta na pesquisa e conflitos 
de interesse, são necessários para garantir que os pesquisadores possam ser 
responsabilizados perante o público. Por último, mas não menos importante, os 
padrões éticos da pesquisa promovem uma variedade de outros importantes valores 
morais e sociais, como responsabilidade social, direitos humanos, bem-estar animal, 
conformidade com a lei e saúde e segurança pública (Resnik, 2015). Concluindo, 
para o bem da ciência e da humanidade, a pesquisa tem a inevitável 
responsabilidade de transferir com precisão o conhecimento para as novas gerações 
(Ruacan, 2005). 
Você inicia o processo de pesquisa escolhendo um tópico amplo, selecionando 
um fenômeno específico e, com a ajuda da literatura adequada, precisa justificar seu 
trabalho. Em seguida, você formula o conhecimento adquirido na literatura de 
pesquisa em seu próprio plano. 
Criar um plano de pesquisa é uma etapa essencial desse processo, na qual 
você precisa mencionar as orientações, os métodos, a coleta de dados e a análise 
de dados em detalhes. Seu plano de pesquisa orientará o orientará e poderá até 
transformar ou melhorar esse processo. Depois de coletar e analisar seus dados, 
você precisa informar (escreva seu relatório de pesquisa) sobre os resultados. 
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Seu relatório de pesquisa obedecerá aos princípios da redação científica com o 
objetivo de esclarecer as etapas da pesquisa e discutir a validade dos resultados 
apresentados. Em todas as etapas desse processo é necessário fazer anotações de 
forma organizada em um formato ou outro: escrever comentários em um caderno, 
anotar ideias de pesquisa, escrever plano, escrever a análise e os resultados obtidos 
em seu relatório de pesquisa. 
No final do seu relatório você precisa (embora não seja obrigatório) formular e 
apresentar novas perguntas de pesquisa, o que permitiria a você e a outros 
pesquisadores levar adiante a pesquisa dos fenômenos selecionados. Vejamos mais 
detalhadamente as etapas da pesquisa: 
Etapa 1: Identificar o problema 
O primeiro passo no processo é identificar um problema ou desenvolver uma 
pergunta de pesquisa. O problema de pesquisa pode ser algo que a agência 
identifica como um problema, algum conhecimento ou informação. Veja abaixo a 
interação entre as três primeiras etapas da pesquisa: 
 
Figura 1: Interação entre as três primeiras etapas da pesquisa 
 
Fonte: Elaborado pela autora (2019), adaptado de Quivy & Campenhoudt (1995). 
 
Etapa 1 - • A questão inicial 
Etapa 2 - • A elaboração 
Etapa 3 - • A problemática 
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material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de 
armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Etapa 2: Revisão de Literatura 
Depois de entender o problema, o pesquisador deve entrar em detalhes sobre 
o tópico. Isso pode ser feito através da revisão da literatura e trabalhos anteriores 
realizados sobre o tema da pesquisa. Isso ajudará a fornecer algumas informações 
sobre o problema de pesquisa ao pesquisador. O pesquisador também terá uma 
ideia de como os estudos anteriores foram realizados e as áreas problemáticas 
desses estudos. 
A revisão de trabalhos anteriores parece mais estranha, pois muitos acham que 
seus trabalhos são únicos e nãoserão cobertos por pesquisas anteriores. Quando 
uma revisão é feita, lança luz sobre as variáveis e a interação entre elas, que 
também podem influenciar sua pesquisa. Além disso, a revisão lança luz 
sobre vieses que podem surgir. Se você não leu as hipóteses de mercado eficientes 
e começou sua pesquisa sobre técnicas de negociação, espera-se que seja um 
trabalho tendencioso ao fogo. É o trabalho de revisão que pode diferenciar um bom 
pesquisador de um mau. A revisão também ajuda a entender o assunto 
adequadamente e a formar hipóteses (é obtida subdividindo a declaração do 
problema em pequenos pedaços mensuráveis). 
Etapa 3: Esclareça o problema 
O problema inicial identificado pelo pesquisador geralmente tem um escopo 
bastante amplo e levaria muito tempo e energia. Nesta etapa, o pesquisador encurta 
os problemas e diminui o escopo do estudo. Isso é possível apenas através do 
conhecimento obtido pelo pesquisador após a revisão da literatura. 
Etapa 4: Examine os resultados e tire conclusões 
Depois que um pesquisador projetou o estudo e coletou os dados, é hora de 
examinar essas informações e tirar conclusões sobre o que foi encontrado. Usando 
estatísticas, os pesquisadores podem resumir os dados, analisar os resultados e 
tirar conclusões com base nessas evidências. 
Então, como um pesquisador decide o que significam os resultados de um 
estudo? A análise estatística não apenas pode apoiar (ou refutar) a hipótese do 
pesquisador; também pode ser usado para determinar se os resultados são 
estatisticamente significativos. 
Quando se diz que os resultados são estatisticamente significativos, isso 
significa que é improvável que esses resultados sejam devidos ao acaso. Com base 
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nessas observações, os pesquisadores devem determinar o que os resultados 
significam. Em alguns casos, um experimento apoiará uma hipótese, mas em outros 
casos, não apoiará a hipótese. Então, o que acontece se os resultados de um 
experimento em psicologia não sustentarem a hipótese do pesquisador? Isso 
significa que o estudo foi inútil? Só porque os resultados não sustentam a hipótese 
não significa que a pesquisa não seja útil ou informativa. 
 
Figura 2: Etapas da pesquisa científica 
 
Fonte: Quivy & Campenhoudt (1995). 
 
De fato, essa pesquisa desempenha um papel importante em ajudar os 
cientistas a desenvolver novas perguntas e hipóteses a serem exploradas no futuro. 
A etapa final é publicar os resultados e sua subsequente revisão por um 
especialista. Com base no experimento realizado, a hipótese válida é agrupada e o 
resultado publicado. Se alguém puder se lembrar, a coleta de dados das ondas 
gravitacionais terminou em setembro de 2015, mesmo assim, demorou muito tempo 
para executar a análise e publicar os resultados. Uma vez que os resultados são 
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publicados, ele passa por um painel que avalia se a pesquisa foi realizada de 
maneira imparcial, uma vez que está bastante confiante na ausência de vieses, a 
pesquisa é publicada. 
Existem algumas ressalvas nesse processo de pesquisa científica. No 
processo de pesquisa científica acima mencionado, o pesquisador faz o experimento 
para confirmar seu sentimento. Por exemplo, a descoberta de ondas gravitacionais 
era para confirmar se as ondas gravitacionais existem ou não. Esse tipo de 
confirmação do sentimento intestinal é chamado de pesquisa de 
confirmação. Também existe outro ramo de pesquisa chamado pesquisa 
exploratória, que segue um processo de pesquisa científica diferente, mas, em vez 
de testar hipóteses, apenas mede as variáveis e tenta construir uma relação entre as 
variáveis. Após a conclusão, o próximo passo é compartilhar os resultados com o 
resto da comunidade científica. Essa é uma parte importante do processo, pois 
contribui para a base geral de conhecimento e pode ajudar outros cientistas a 
encontrar novos caminhos de pesquisa a serem explorados. 
Etapa 5: Coleta de Dados 
A coleta de dados compreende o conjunto de operações por meio das quais o 
modelo de análise é confrontado aos dados coletados. Ao longo dessa etapa, várias 
informações são, portanto, coletadas. Elas serão sistematicamente analisadas na 
etapa posterior. Conceber essa etapa de coleta de dados deve levar em conta três 
questões a serem respondidas: O que coletar? Com quem coletar? Como coletar? 
O que coletar? Os dados a serem coletados são aqueles úteis para testar as 
hipóteses. Eles são determinados pelas variáveis e pelos indicadores. Podemos 
chamá-los de dados pertinentes. 
Com quem coletar? Trata-se a seguir de recortar o campo das análises 
empíricas em um espaço geográfico e social, bem como num espaço de tempo. De 
acordo com o caso, o pesquisador poderá estudar a população total ou somente 
uma amostra representativa (quantitativamente) ou ilustrativa (qualitativamente) 
dessa população. 
Como coletar? Esta terceira questão refere-se aos instrumentos de coleta de 
dados, que comporta três operações: conceber um instrumento capaz de fornecer 
informações adequadas e necessárias para testar as hipóteses; por exemplo, um 
questionário ou um roteiro de entrevistas ou de observações; testar o instrumento 
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antes de utilizá-lo sistematicamente para se assegurar de seu grau de adequação e 
de precisão; colocá-lo sistematicamente em prática e proceder assim à coleta de 
dados pertinentes (Quivy & Campenhoudt, 1995, p. 209). 
Etapa 6: Analise das Informações 
Nessa etapa as informações coletadas e os resultados são observados para 
entender se correspondem aos resultados esperados pelas hipóteses ou questões 
de pesquisa. Normalmente a coleta de dados traz novos elementos ou outras 
relações não cogitadas inicialmente. Nesse contexto, os fatos não cogitados são 
interpretados e revistos para entender se é necessário refinar as hipóteses e, assim, 
propor e mostrar reflexões para pesquisas futuras. 
No cenário em que o pesquisador opta pela análise de dados quantitativos ele 
deve executar três passos: 
 Descrever os dados e apresentá-los (agregados ou não) sob a forma das 
variáveis requeridas pelas hipóteses. 
 Mensurar as relações entre as variáveis, observando como essa relação foi 
prevista pelas hipóteses. 
Comparar relações observadas com as relações teoricamente esperadas pelas 
hipóteses e verificar o distanciamento entre elas. 
Se o distanciamento é nulo ou muito pequeno podemos concluir que a hipótese 
está confirmada; caso contrário, verificar de onde vem o distanciamento e tirar as 
devidas conclusões. 
Etapa 7: As conclusões 
De acordo com Quivy & Campenhoudt (1995, p. 247-53) podemos dividir essa 
etapa em três partes: 
 Apresentar as questões de pesquisa e as hipóteses. Apresentar como foi feita 
a coleta de dados e o método utilizado. Comparar e comentar os resultados 
esperados pela hipótese com os resultados obtidos. Mostrar no que o estudo descobriu sobre o objeto de estudo e o que pode ser 
descoberto a partir dos seus resultados. 
 Mostrar o que você descobriu sobre a problemática, como fez o teste de 
hipótese e como fez e analisou os dados. 
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 Se possível, mostrar como o seu trabalho tem relação com a prática, em caso 
de estudos mais técnicos. Vale ressaltar que nem sempre é possível fazer essa 
relação entre pesquisa e ação. 
Comunicação e Publicação 
Os cientistas comunicam os resultados da pesquisa por vários meios formais e 
informais. Antigamente, novas descobertas e interpretações eram comunicadas por 
carta, reunião pessoal e publicação. Hoje, redes de computadores e máquinas de 
fax suportam. 
Parte inferior do formulário cartas e telefones complementados, facilitando a 
rápida troca de resultados. As reuniões científicas rotineiramente incluem sessões 
de pôsteres e conferências de imprensa, além de apresentações formais. Embora as 
publicações de pesquisa continuem documentando os resultados da pesquisa, o 
surgimento de publicações eletrônicas e outras tecnologias da informação anunciam 
mudanças. 
Além disso, os incidentes de plágio, o crescente número de autores por artigo 
em campos selecionados e os métodos pelos quais as publicações são avaliadas na 
determinação de compromissos e promoções aumentaram a preocupação com as 
tradições e práticas que orientaram a comunicação e publicação. 
A publicação em periódicos, tradicionalmente um importante meio de 
compartilhar informações e perspectivas entre os cientistas, também é o principal 
meio de estabelecer um registro de realizações científicas. A avaliação das 
realizações de cientistas individuais geralmente envolve não apenas o número de 
artigos que resultaram de um esforço de pesquisa selecionado, mas também os 
periódicos específicos em que os artigos apareceram. As datas de envio de 
periódicos geralmente são importantes para estabelecer reivindicações de prioridade 
e propriedade intelectual. 
 
 
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2.3 Aplicação de Questionário 
 
A ordem na qual as perguntas são apresentadas pode ser crucial para o 
sucesso da pesquisa. Não há regras estabelecidas, mas alguns cuidados devem ser 
tomados. Mattar (1994) recomenda: Iniciar o questionário com uma pergunta aberta 
e interessante (para deixar o respondente mais à vontade e assim ser mais 
espontâneo e sincero ao responder as perguntas restantes). Iniciar com perguntas 
sobre a opinião do respondente pode fazer com que se sinta prestigiado e se torne 
disposto a colaborar. 
O questionário, segundo Gil, pode ser definido “como a técnica de investigação 
composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por 
escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, 
sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc” (1999, p.128). 
 Assim, nas questões de cunho empírico, é o questionário uma técnica que 
servirá para coletar as informações da realidade, tanto do empreendimento quanto 
do mercado que o cerca, e que serão basilares. 
O mesmo autor supracitado (p. 128-129) apresenta as seguintes vantagens do 
questionário sobre as demais técnicas de coleta de dados: 
a) possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas 
numa área geográfica muito extensa, já que o questionário pode ser enviado pelo 
correio; 
b) implica menores gastos com pessoal, posto que o questionário não exige o 
treinamento dos pesquisadores; 
c) garante o anonimato das respostas; 
d) permite que as pessoas o respondam no momento em que julgarem mais 
conveniente; 
e) não expõe os pesquisadores à influência das opiniões e do aspecto pessoal do 
entrevistado. 
Lado outro, ele aponta pontos negativos da técnica em análise: 
a) exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em certas 
circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da investigação; 
b) impede o auxílio ao informante quando este não entende corretamente as 
instruções ou perguntas; 
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c) impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respondido, o que pode 
ser importante na avaliação da qualidade das respostas; 
d) não oferece a garantia de que a maioria das pessoas devolvam-no 
devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa diminuição da 
representatividade da amostra; 
e) envolve, geralmente, número relativamente pequeno de perguntas, porque é 
sabido que questionários muito extensos apresentam alta probabilidade de não 
serem respondidos; 
f) proporciona resultados bastante críticos em relação à objetividade, pois os 
itens podem ter significados diferentes para cada sujeito pesquisado. 
 
2.4 Ética na Pesquisa 
 
 A pesquisa científica é elaborada e conduzida com base nos padrões 
profissionais da ciência e na fundação da confiança do público na comunidade 
científica que gera a relação entre a integridade científica e a confiança da 
sociedade. Os pesquisadores têm a responsabilidade específica de manter e aplicar 
a pesquisa científica e os padrões éticos de maneira a aderir principalmente a esses 
padrões e manter um ambiente de pesquisa positivo para o progresso contínuo da 
pesquisa. 
A integridade da pesquisa e a conduta ética têm sido amplamente discutidas 
como questões importantes na comunidade científica. Esses fatores são entendidos 
como o uso de métodos honestos e verificáveis na proposição, execução e 
avaliação de pesquisas. A integridade da pesquisa inclui a aderência a regras, 
regulamentos, diretrizes e códigos e normas aceitas (Steneck, 2018). 
Os valores da pesquisa incluem honestidade, precisão, eficiência e 
objetividade. Os pesquisadores devem transmitir informações com honestidade 
intelectual. Isso envolve sinceridade e ausência de engano. A precisão envolve 
análise estatística precisa e avaliação correta do valor de um parâmetro 
populacional. Eficiência envolve a capacidade de obter resultados sem desperdiçar 
ou usar indevidamente recursos, esforços ou fundos. Objetividade refere-se à 
prevenção de vieses que possam interferir na pesquisa, como a interferência de 
crenças ou valores do pesquisador (Steneck, 2018). 
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A ética em pesquisa fornece diretrizes para a condução responsável da 
pesquisa. Além disso, educa e monitora cientistas que conduzem pesquisas para 
garantir um alto padrão ético. A seguir, é apresentado um resumo geral de alguns 
princípios éticos: 
Honestidade: 
Desde a tenra idade, muitos

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