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Revista Saberes da Faculdade São Paulo – FSP 
 EDIÇÃO ESPECIAL – ARTIGOS A PARTIR DOS TRABALHOS DE CURSO ORIENTADOS PELA PROFª MARIA 
ANTONIA FERNANDES N. DE O. BENATI 
Rev. Saberes, Rolim de Moura, vol. 13, n. 1, jun, 2020. ISSN: 2358-0909. 
 
 
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA PREVENÇÃO DE 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM GESTANTES 
 
Dayane Jaqueline Moura Savassini1 
Flávia Roberta Pisoler Hell2 
Maria Antonia Fernandes Nabarro de Oliveira Benati3 
Jéssica Jamali Lira4 
 
RESUMO 
O objetivo deste trabalho é demonstrar a eficácia da intervenção fisioterapêutica na prevenção 
da incontinência urinária (IU) em gestantes. A IU pode gerar diversos impactos negativos na 
vida da mulher, impondo-lhe restrições, comprometendo seu convívio social, interferindo 
diretamente em sua qualidade de vida. Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica 
baseada em livros, artigos e afins publicados entre os anos de 2010 a 2019, disponíveis em 
renomadas plataformas científicas como SciElo, Google Acadêmico, Researchgate, dentre 
outros, e materiais de teor científico disponíveis na Biblioteca José Mastrângelo da Faculdade 
São Paulo – FSP. Conclui-se que o fisioterapeuta é capacitado para atuar em todos os níveis de 
atenção em saúde, considerado como primeira opção de escolha no manejo da IU com ações 
desde orientação, conscientização até a implementação de exercícios para fortalecimento 
muscular específico para prevenir a ocorrência desta afecção em diferentes momentos da vida 
da mulher, inclusive a gestação. 
 
Palavras-Chave: Fisioterapia. Prevenção. Gestante. Incontinência Urinária. 
 
ABSTRACT 
The aim of this study is to demonstrate the effectiveness of physical therapy intervention in 
preventing urinary incontinence (UI) in pregnant women. UI can have several negative impacts 
on women's lives, imposing restrictions on them, compromising their social life, directly 
interfering with their quality of life. This work is a bibliographical research based on books, 
articles and the like published between 2010 and 2019, available on renowned scientific 
platforms, such as SciElo, Google Scholar, Researchgate, among others, and scientific materials 
available at the José Mastrângelo Library of Faculdade São Paulo. - FSP. It is concluded that 
the physiotherapist is qualified to work in all levels of health care, considered the first choice 
of UI management, with actions ranging from orientation, awareness to the implementation of 
exercises for specific muscle strengthening to prevent the occurrence. of this condition. at 
different times in a woman's life, including pregnancy. 
Keywords: Physiotherapy. Prevention. Pregnant. Urinary incontinence. 
 
 
1 Fisioterapeuta, graduada pela Faculdade São Paulo – FSP. E-mail: dayane.mig@hotmail.com 
2 Fisioterapeuta, graduada pela Faculdade São Paulo – FSP. E-mail: flaviaroberta15@outlook.com 
3 Doutoranda em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Estado de Rondônia – UNIR. E-mail: 
ma.benati@gmail.com. 
4 Coordenadora do curso de Bacharelado em Fisioterapia da Faculdade São Paulo. Mestra. Email: 
fisio@facsaopaulo.edu.br 
 
Revista Saberes da Faculdade São Paulo – FSP 
 EDIÇÃO ESPECIAL – ARTIGOS A PARTIR DOS TRABALHOS DE CURSO ORIENTADOS PELA PROFª MARIA 
ANTONIA FERNANDES N. DE O. BENATI 
Rev. Saberes, Rolim de Moura, vol. 13, n. 1, jun, 2020. ISSN: 2358-0909. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Apesar de não muito conhecida, Oliveira (2018) afirma que a Incontinência Urinária 
(IU) afeta cerca de 400 milhões de pessoas no mundo. Trata-se de uma afecção do sistema de 
micção, onde há alguma alteração estrutural ou funcional na bexiga, uretra e esfíncteres, 
principalmente durante o esvaziamento da bexiga. Farias et al (2017) define Incontinência 
Urinária (IU) como perda involuntária de urina, que leva à diminuição da qualidade de vida dos 
acometidos, atingindo aspectos físicos, emocionais, sociais e sexuais. 
 A IU pode acometer qualquer pessoa, independente de idade e gênero, entretanto, na 
mulher, o desenvolvimento dessa morbidade está fortemente relacionada a gravidez, já que 
durante este período há diversas alterações no organismo feminino, tais como, aumento das 
dimensões renais, dilatação pieloureteral, bexiga intra-abdominal, hipertrofia muscular vesical, 
aumento do útero, dentre outros, perturbando o nível psicológico, ocupacional, doméstico, 
físico e sexual (RIBAS et al, 2019). Dessa forma, a IU torna-se um problema comum durante 
o período gestacional (SACOMORI et al, 2013). Dados apontam que cerca de 3,6% a 15% das 
mulheres podem desenvolver IU antes do período gestacional, esse número aumenta 
consideravelmente para 28% a 64% durante a gravidez (ALVES, 2012). 
Tal fato pode gerar uma série de impactos negativos na vida da mulher que afeta seu 
cotidiano modificando seus comportamentos diários, impondo-lhe restrições e comprometendo 
até mesmo o convívio social, quando a mulher se isola a fim de evitar possíveis 
constrangimentos, interferindo diretamente em sua qualidade de vida. 
Glisoi e Girelli (2011) contribuem dizendo que a fisioterapia desempenha papel crucial 
na conscientização do que é assoalho pélvico, qual a sua função e como ativar essa musculatura 
a fim de treiná-la para prover um fechamento uretral eficaz. Inclusive, apesar de alguns casos 
haver a necessidade de tratamento farmacológico adicional, a fisioterapia deve ser indicada 
como primeira opção de tratamento, já que apresenta vantagens como: ser um método não 
invasivo, de baixo custo, e não apresentar efeitos colaterais. As autoras completam dizendo que 
a realização de exercícios para o AP evitam 50% das cirurgias de IU. 
 Diante do que foi apontado, a ocorrência de IU durante a gestação é comum e 
desencadeia uma série de prejuízos à saúde física e psicossocial da mulher. Tal disfunção é por 
vezes negligenciada, seja por desinformação ou até constrangimento por parte da pessoa afetada 
refletindo em sua qualidade de vida, Henkes et al (2015) afirmam que a maioria das mulheres 
buscam tratamento fisioterapêutico tardio por não conhecerem essa modalidade terapêutica, já 
Carrara et al (2012) declaram que a atuação preventiva da fisioterapia na IU ainda é pouco 
 
Revista Saberes da Faculdade São Paulo – FSP 
 EDIÇÃO ESPECIAL – ARTIGOS A PARTIR DOS TRABALHOS DE CURSO ORIENTADOS PELA PROFª MARIA 
ANTONIA FERNANDES N. DE O. BENATI 
Rev. Saberes, Rolim de Moura, vol. 13, n. 1, jun, 2020. ISSN: 2358-0909. 
 
 
difundida. Os autores realizaram um estudo observacional prospectivo envolvendo 300 
mulheres, no período de julho a agosto de 2010, onde apontou-se que somente 14% da amostra 
tinha algum grau de orientação quanto a abordagem conservadora na afecção em questão. 
 
2. METODOLOGIA 
 
Este estudo trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva e quantitativa realizada por 
meio de pesquisa bibliográfica, elaborada a partir de material já publicado, ou seja, extraído de 
“livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, 
dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o pesquisador em 
contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa” (PRODANOV e 
FREITAS, 2013, p. 54). 
Para tanto, realizou-se uma pesquisa sobre temas relevantes do assunto em questão 
publicados entre os anos de 2010 a 2019, obedecendo aos critérios explicitados, dispostos em 
conceituadas plataformas cientificas como SciElo, Google Acadêmico, Researchgate, dentre 
outros, a partir dos seguintes descritores: incontinência urinária em gestantes, prevenção de IU 
em gestantes, fisioterapia para gestantes, fisioterapia preventiva e fortalecimento do AP em 
gestantes, e materiais de teor científico disponíveis na Biblioteca José Mastrângelo da 
Faculdade São Paulo – FSP. 
Os dados serão confrontados de acordo com a visão dos autores melhoresconceituados 
e dispostos e discutidos em forma de resultados. 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
3.1 Incontinência Urinária (IU) 
 
A perda involuntária de urina pode acometer qualquer indivíduo independente de sexo 
ou idade e é conhecida como incontinência urinária (IU). Apesar de geralmente estar associada 
ao processo de envelhecimento, estudos apontam que essa morbidade atinge a população mais 
jovem, e de duas a quatro vezes mais o sexo feminino, com maior frequência durante o ciclo 
gravídico (MELO et al, 2012), isso porque, conforme Sacomori et al (2013), tal período 
provoca inúmeras alterações fisiológicas no corpo feminino, inclusive, no assoalho pélvico 
(AP). 
 
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 Lima (2010) aponta alterações biomecânicas e variações hormonais como fatores 
provocantes para o surgimento da IU, pois exercem influência sobre o tônus, força muscular e 
aumento da sobrecarga no assoalho pélvico. 
 
3.2 Assoalho Pélvico (AP) 
 
O assoalho pélvico (AP) tem a função de auxiliar na sustentação dos órgãos pélvicos, 
continência fecal e urinária e ainda desempenha papel significativo na sexualidade feminina. 
Compõe-se dos músculos levantador do ânus, coccígeos e suas fáscias, e mais superficialmente, 
pelos músculos bulboesponjoso, isquiocavernoso, isquiococcígeo e transverso superficial do 
períneo. O músculo levantador do ânus é um dos principais do AP e é formado pelos músculos 
pubococcígeo e iliococcígeo (FORTUNATO et al, 2017). 
Moreira e Arruda (2010) salientam que o músculo levantador do ânus é composto por 
fibras do tipo I ou de contração lenta e fibras do tipo II ou de contração rápida. As fibras do tipo 
I possuem força de contração relativamente baixa, porém duradoura, enquanto que as fibras do 
tipo II produzem grande força em contrações rápidas. 
As autoras prosseguem afirmando que as fibras de contração rápida são as mais 
requisitadas durante a contração voluntária do AP, e são fundamentais para o suporte pélvico e 
uretral, promovendo a continência urinária durante ocasiões como a tosse. 
Durante o período gestacional o corpo feminino tende a sofrer alterações hormonais e 
mecânicas, e ajustes, tanto em órgãos quanto em sistemas. A atuação da progesterona na uretra 
contribui para o relaxamento da musculatura lisa, e a relaxina dispõe a redução do tônus e da 
força dos músculos do AP, relaxando ligamentos da pelve pelo distanciamento das fibras 
colágenas e aumento da deposição hídrica no tecido conjuntivo. Em decorrência dessas 
alterações a pressão máxima de fechamento uretral fica prejudicada, o aumento da progesterona 
pode desencadear a hipotonicidade das estruturas do AP, o que desencadeia sintomas da IU 
durante a gestação (ARAGÃO et al, 2013). 
Magajewski, Beckhauser e Grott (2013) afirmam que cerca de 27,6 % das mulheres 
apresentam IU, entretanto durante a gravidez esses valores variam de 20% a 67%, contrapondo 
Alves (2012) que afirma ser de 28% a 64%. 
 Tais fatos corroboram a necessidade de estudos que demonstrem as alternativas não só 
de tratamento, mas principalmente de prevenção para a IU, nesse sentido, Glisoi e Girelli (2011) 
asseguram que a fisioterapia desempenha papel crucial na conscientização do que é assoalho 
 
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pélvico, qual a sua função e como ativar essa musculatura a fim de treiná-la para prover um 
fechamento uretral eficaz, a partir de orientações, cinesioterapia, treino funcional da 
musculatura e biofeedback. 
 
3.3 Tipos de IU 
 
 Virtuoso, Mazo e Menezes (2012) apontam três tipos mais comuns de IU, a 
incontinência urinária de esforço (IUE), a incontinência urinária de urgência (IUU) e a 
incontinência urinária mista (IUM), a primeira é definida como a perda de urina relacionada ao 
aumento da pressão intra-abdominal decorrente de esforço físico, a segunda por intenso desejo 
de urinar e a terceira pela combinação dos sintomas das anteriores. 
Riesco et al (2014) em seu estudo mencionam que a IU mais pertinente ao período 
gestacional é a IUE, sendo que há maior prevalência de casos durante a gestação que decorrente 
de partos vaginais. O autor continua, afirmando que ao menos 50% das mulheres durante o 
ciclo gravídico apresentam perda de urina relacionada ao trauma nervoso e muscular do AP, 
além de fraqueza desses músculos, associado à gestação e ao parto, fatores desencadeantes da 
IU. 
A IU causa prejuízos à qualidade de vida, com alterações psicossociais, redução da 
autoestima, estresse, ansiedade já que desperta na mulher insegurança para o convívio social 
por medo de sofrer constrangimentos. A interferência na vida do indivíduo pode ser tamanha, 
que em alguns casos, reduz-se a ingesta de água a fim de diminuir o transtorno levando a 
consequências graves como danos renais (PEDRO et al, 2011). 
 
3.4 Avaliação da contração perineal 
 
 Para que a abordagem fisioterapêutica seja adequada a avaliação da eficiência da 
contração perineal é imprescindível. 
 Na avaliação, Beuttenmüller et al (2011) descrevem que é solicitado que a paciente fique 
em decúbito dorsal com quadris abduzidos, flexão de joelhos e pés apoiados, nesse momento o 
examinador introduz os dedos indicador e médio na genitália da paciente, orienta-se a paciente 
a contrair e relaxar a musculatura ao redor dos dedos do examinador tendo o cuidado de não 
contrair a musculatura glútea, abdominal e anal, após um breve repouso solicita-se que a 
paciente sustente a contração por 6s. 
 
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ANTONIA FERNANDES N. DE O. BENATI 
Rev. Saberes, Rolim de Moura, vol. 13, n. 1, jun, 2020. ISSN: 2358-0909. 
 
 
Beuttenmüller et al (2011) relatam que é orientado a paciente o autotoque digital no 
nódulo fibroso central do períneo (Figura 1) para reconhecimento do AP, já Caroci et al (2014) 
orientam ensinar a mulher a contrair os músculos do AP como se estivesse “segurando” a urina, 
o que é importante, pois Lima et al (2010) afirmam que 30% da população feminina não 
contraem essa musculatura efetivamente, o que inclusive aponta a necessidade do 
acompanhamento profissional qualificado. 
 
Figura 1 – Representação do centro tendíneo do períneo. 
 
 Fonte: Luz et al (2011). 
 
3.5 Intervenções fisioterapêuticas preventivas 
 
Como já foi visto, boa parte dos casos de IU surge pela fraqueza muscular do AP, e é 
importante ressaltar que tal fato pode ser evitado. A prevenção começa na orientação. 
Figueiredo et al (2012) apontam que, infelizmente, o conhecimento acerca desse assunto 
ainda continua restrito mesmo em meio profissional e acadêmico, ficando a população ainda 
mais desavisada quanto à fisiologia do AP e das desordens que podem afetá-lo, e principalmente 
quanto às possibilidades da abordagem preventiva. A atenção básica acaba sendo negligenciada 
e os encaminhamentos para a atenção secundária aumentam. 
As autoras ainda salientam que no Brasil o atendimento fisioterapêutico para a IU na 
atenção básica não é comumente realizado, e que inclusive, não há muitos relatos na literatura 
 
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científica da área que demonstrem como seria a abordagem no nível primário de atenção à 
saúde. 
Dessaforma, fica clara a importância da prestação de informações à população sobre a 
anatomia e funcionamento do AP, os distúrbios urinários e pélvicos, e as respectivas 
intervenções fisioterapêuticas disponíveis, sempre prezando pela abordagem precoce, tendo em 
vista sua capacitação e responsabilidade enquanto profissional da atenção básica de saúde 
(KASAWARA et al, 2015). 
Levando em consideração que a continência urinária depende da integridade do controle 
do detrusor e da função de fechamento uretral, o fortalecimento dessa musculatura através de 
recursos da fisioterapia como cinesioterapia, eletroestimulação, biofeedback e tratamento 
comportamental, pode ser uma ótima alternativa para evitar a IU (LIMA, 2010). 
 
3.5.1 Cinesioterapia e exercícios perineais 
 
As contrações do AP, também conhecidos como exercícios de Kegel, formulados pelo 
ginecologista Arnold Kegel, consistem em exercícios perineais e fazem parte da cinesioterapia. 
Trata-se de um método eficaz para a prevenção da IU durante o período gestacional, pois 
provoca hipertrofia e aumento de volume da musculatura do períneo produzindo uma contração 
mais potente, aumento na pressão intra-uretral quando a pressão intra-abdominal se eleva, e 
auxílio na compressão da uretra contra a sínfise púbica, tendo em vista que a manutenção da 
integridade anatômica e funcional do AP é essencial para qualidade de vida da gestante 
(ALVES, 2018). 
Em seu estudo, Nascimento et al (2014), demonstram algumas recomendações sobre a 
prática de exercício físico durante a gestação, neste, o treinamento dos músculos do assoalho 
pélvico (TMAP) foi recomendado desde o primeiro trimestre de gestação, não apresentando 
contraindicações, pelo contrário, é incentivado que os exercícios sejam realizados diariamente 
a partir de contrações rápidas e sustentadas. 
Os autores sugerem que as gestantes realizem diariamente duas séries de oito repetições 
de contrações sustentadas por cinco a dez segundos, e duas séries de dez repetições de 
contrações rápidas (contrair e relaxar) em posturas diversas. O treino pode continuar no segundo 
e terceiro trimestre sem contraindicações, sendo bem assentado na literatura como preventivos 
de desajustes urinários inclusive no pós-parto. 
 
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ANTONIA FERNANDES N. DE O. BENATI 
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Assis (2010) realizou um ensaio clínico pragmático envolvendo 87 gestantes 
primigestas com idade de 20 a 35 anos, divididas em 3 grupos. A autora elaborou um manual 
de orientação fisioterapêutica (MOF), constituído por orientações sobre a contração perineal e 
ilustrações de exercícios para tal, que foi entregue para as gestantes dos grupos GS e GO para 
treinarem em domicilio, além disso as gestantes do GS realizaram os exercícios supervisionados 
pelo fisioterapeuta em encontros mensais, já as do grupo GR não receberam nenhum tipo de 
orientação. 
 O MOF continha as seguintes informações: em decúbito lateral esquerdo e sentada em 
uma cadeira ou em decúbito dorsal com flexão de tronco em 45º, realizar 10 contrações lentas, 
sustentadas por 6s com repouso de 6s, e 3 contrações rápidas; em posição sentada com as pernas 
cruzadas e em pé, realizar 5 contrações lentas, sustentadas por 6s, com repouso de 6s, e 3 
contrações rápidas; e, realizar repouso de 60s entre as transições da contração lenta para a 
rápida, e de uma postura para a outra, conforme a Figura 2. 
 
 
 
Figura 2 - Ilustrações das posições para a contração perineal. 
 
 Fonte: Assis (2010). 
 
O ensaio contou com 6 encontros mensais, no primeiro as gestantes passaram por 
avaliação do AP a partir da Avaliação Funcional do Assoalho Pélvico (AFA) sendo classificada 
 
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como mostra o Quadro 1, e pela Perineometria, para mensurar o grau de força dessa 
musculatura, repetindo-se esse procedimento a cada encontro. 
 
Quadro 1 - Escala de intensidade de contração da musculatura do AP 
Grau 0 Contração ausente 
Grau 1 Contração leve 
Grau 2 Contração moderada, não sustentada por 6s. 
Grau 3 Contração normal, sustentada por 6s. 
 Fonte: Assis (2010). 
 
 No primeiro encontro a maioria das gestantes apresentavam grau 2 de contração 
perineal, sendo que o grupo GR possuía maior número de gestantes com grau 3. Após três meses 
realizando os exercícios do MOF, no quarto encontro, observou-se que as gestantes dos grupos 
GS e GO haviam aumentado consideravelmente os graus de contração, já as do grupo GR 
haviam regredido neste quesito. A partir do quinto encontro notou-se uma perda de pressão 
perineal de gestantes dos grupos GS e GO que se encontravam em grau 3, porém não regrediram 
aos valores iniciais do estudo, enquanto que nas gestantes do GR já não havia nenhuma no grau 
de contração 3. Na 38° semana de gestação, no último encontro, notou-se que o grupo GR teve 
grande perda de pressão perineal, onde a maior parte das gestantes estavam com grau 1 de 
contração, em contrapartida as gestantes dos grupos GS e GO apresentaram pelo menos grau 2. 
 Ghaderi e Oskouei (2014) realizaram um estudo de revisão e descreveram que um 
protocolo constituído por três séries de 15 repetições de contrações do AP mantidas por 2 a 4 
segundos realizado num período de 8 semanas se mostrou efetivo na redução da IUE leve a 
moderada em mulheres, e completa dizendo que a eficácia do programa é determinada pela 
frequência e intensidade dos exercícios. Dessa forma, pode-se assumir que os exercícios 
proporcionaram aumento na força da musculatura do AP se mostrando benéfico para tais 
mulheres, e partindo desse pressuposto, protocolos que demonstrem ganho de força para essa 
musculatura, se aplicados em mulheres que apresentem fatores de risco para o surgimento da 
IU, como é o caso das gestantes, podem ter ações preventivas, devendo ser mais explorados. 
 Barbosa (2018) expõe que o treinamento da musculatura do AP tem o objetivo de 
melhorar a força, resistência, potência e relaxamento desses músculos, e alterar a morfologia 
 
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deles, aumentando sua espessura e força nas primeiras 6 a 8 semanas, sendo predominantemente 
neural. A hipertrofia ocorre após 6 a 8 semanas e pode ser prolongada por anos. A autora ainda 
esclarece que o treinamento pode ser complementada com exercícios que envolvam os 
músculos abdominais, glúteos, multífidos, eretores da coluna e diafragma, e realizar o protocolo 
em diferentes posturas a fim de isolar ou otimizar a contração e o sinergismo muscular, outra 
indicação é associar com atividades que provoquem a perda de urina e dessa forma, colaborar 
para que a contração do AP se torne automática. 
Diante do exposto é possível dizer que as abordagens fisioterapêuticas empregadas 
apresentam resultados satisfatórios, o que desperta ainda mais a atenção quanto a efetividade 
da intervenção preventiva, pois constata-se que os exercícios perineais melhoram a função 
muscular do AP evitando o surgimento da IU. 
 
3.5.2 Pilates 
 
Desenvolvido por Joseph Pilates, o método é conhecido por proporcionar ativação e 
treinamento dos músculos profundos do tronco estimulando o sinergismo da musculatura 
abdomino-pélvica. A técnica é executada a partir de exercícios de baixo impacto que podem ser 
realizados no solo (Mat) e com auxílio de aparelhos e acessórios(BARBOSA, 2014). 
Fernandes e Santos (2016) relatam que o método traz conforto à gestação e ao parto e 
estabilidade ao assoalho pélvico. Tal fato é alcançado trabalhando os seis princípios que são 
concentração, controle, precisão, fluidez, e em especial centro de força (powerhouse) e 
respiração. O powerhouse é composto pela interação dos músculos abdominais, da coluna e do 
assoalho pélvico, sendo que o transverso do abdômen juntamente com o AP são os mais 
utilizados durante a realização dos exercícios, associados a respiração, durante a inspiração 
prepara-se para o movimento e na expiração executa-o, dessa maneira obtém-se força e previne-
se disfunções perineais. 
Santos (2011) salienta que o hormônio relaxina proporciona maior mobilidade dos 
ligamentos pélvicos e simultaneamente reduz a estabilidade das articulações pélvicas o que 
pode prejudicar a função dos músculos do AP. Logo, o fortalecimento dos músculos do AP que 
fazem parte do powerhouse faz-se relevante durante e após a gestação assegurando a 
sustentação plena dos órgãos pélvicos, desempenhando resistência à pressões intra-abdominais 
e controle da IU, prevenindo que essa musculatura se torne alongada demais ou enfraquecida. 
 
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Kroetz e Santos (2015) relatam em seu estudo as indicações de como realizar o Pilates, 
além de citar o que deve ser evitado durante os três trimestres de gravidez. No primeiro trimestre 
é indicado exercícios de pouca carga, aumento da consciência corporal e flexibilidade da 
coluna, optando por treinos leves e globais, além de estimular a assiduidade das sessões, 
evitando exercícios abdominais excêntricos e permanecer em decúbito dorsal por muito tempo. 
No segundo trimestre privilegia cadeias musculares de fortalecimento para adequação da 
biomecânica gestacional, e evita-se alongamentos excessivos ou forçados, neste período é 
indicado inserir os exercícios voluntários do assoalho pélvico na dinâmica de exercícios para 
outras partes do corpo. No terceiro trimestre deve-se aumentar a carga para membros superiores 
e priorizar exercícios para mobilização da pelve, evitando simultaneidade da contração 
abdominal e do AP para facilitar o entendimento da dinâmica do parto normal. Para as gestantes 
iniciantes, o método é indicado a partir da 16° semana de gestação, quando a gravidez já é 
considerada segura. 
Antes de iniciar qualquer programa de exercícios a gestante precisa passar por uma 
avaliação médica a fim de descartar quaisquer contraindicações à tal prática (MIQUELUTTI e 
MAKUCH, 2011). Os autores citam as como contraindicações absolutas: cardiopatias, doenças 
pulmonares restritivas, incompetência istmo-cervical, gestação múltipla com risco de parto 
prematuro, sangramento persistente no segundo ou terceiro trimestre, placenta prévia após 26 
semanas de gestação, trabalho de parto prematuro, ruptura de membrana (bolsa rota) e pré-
eclâmpsia ou hipertensão gestacional; e contraindicações relativas: arritmia cardíaca, bronquite 
crônica, anemia grave, diabetes descontrolada, subpeso (IMC < 12) ou obesidade mórbida, 
estilo de vida extremamente sedentária, tabagismo, restrição do crescimento fetal, hipertensão 
descontrolada, limitações ortopédicas e hipertireoidismo descontrolado. 
Diniz et al (2014) realizaram um estudo com seis mulheres que praticaram o Mat Pilates, 
duas vezes por semana, durante 60 minutos cada sessão, os dados referentes a força do AP 
foram coletados antes e após oito aulas. Notou-se que todas as mulheres adquiriram força 
muscular, tanto nas fibras tipo I quanto tipo II, das quais 84 % obtiveram maior ganho nas fibras 
tipo II, que são justamente as mais requisitadas quando há aumento repentino da pressão intra-
abdominal, logo evita o surgimento de disfunções perineais. 
Em um estudo randomizado com 36 gestantes primíparas, Dias (2017) dividiu-as em 
dois grupos, no grupo Pilates haviam 24 gestantes e no grupo Controle haviam 12, com idade 
gestacional entre a 14-16ª semana à 32-34ª semana. Foram avaliadas por uma única 
 
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fisioterapeuta, a qual avaliou a capacidade de contração da musculatura do AP por meio de 
palpação digital. 
Os dois grupos foram supervisionados por duas fisioterapeutas treinadas, duas sessões 
de 60 minutos por semana, no período de fevereiro de 2015 a outubro de 2016. As gestantes do 
grupo Controle receberam intervenções, compostas por exercícios aeróbicos, exercícios de 
fortalecimento com intensidade leve a moderada, alongamentos globais e exercícios de 
relaxamento com frequência e duração semelhante ao grupo Pilates. As gestantes do grupo 
Pilates (Mat Pilates) realizaram exercícios leves e moderados, segundo os princípios do método 
proposto por Joseph Pilates com contração dos músculos dos membros inferiores, superiores e 
tronco, junto ao comando verbal constante para a contração dos músculos do core incluindo a 
contração voluntária da musculatura do AP. Ao final da terapia foram realizados alongamentos 
globais e exercícios de relaxamento. 
Concluiu-se que o grupo Pilates obteve um aumento da capacidade de contração, tempo 
de contração e números de contrações rápidas dos músculos do AP quando equiparado ao grupo 
Controle. 
Apesar dos poucos estudos disponíveis realizados com esse grupo específico pode-se 
observar que o método Pilates traz inúmeros benefícios às gestantes, Burg (2016), destaca 
alívio de dores, melhora do condicionamento físico, flexibilidade, alongamento, alinhamento 
postural, melhora dos níveis de consciência corporal e da coordenação motora, enquanto que 
Marés et al (2012) acrescenta senso de satisfação e aumento do tônus muscular, que favorecem 
o aperfeiçoamento na força dos músculos do AP, que pode culminar na prevenção da IU. 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Diante do que foi apontado, a ocorrência de IU durante a gestação é comum e 
desencadeia uma série de prejuízos à saúde física e psicossocial mulher. Tal disfunção é por 
vezes negligenciada, seja por desinformação ou até constrangimento por parte da pessoa afetada 
refletindo em sua qualidade de vida. 
 Infelizmente, a sociedade ainda tem um pensamento “curativista” forte que predomina 
e norteia as ações de saúde. Com a IU não é diferente. Apesar de ser uma morbidade frequente, 
que afeta tanto mulheres jovens idosas, a IU não é tratada com a devida importância recebendo, 
quando muito, atenção somente depois de instalada, nada é feito para evitar seu surgimento. 
 
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 Esta pesquisa tornou notório os benefícios que os exercícios perineais e/ou método 
pilates promovem em seus praticantes. Tais técnicas contam com inúmeras vantagens, como o 
fato de serem não invasivas, de fácil realização e de baixo custo, o que garante à fisioterapia o 
posto de primeira opção como tratamento para a IU. No entanto, pôde-se demonstrar que tais 
abordagens possuem potencial efeito preventivo para a afecção, e que, portanto, sua prática é 
indicada ainda durante o ciclo gravídico, contribuindo para um período mais confortável e 
seguro para a mulher. 
 O profissional fisioterapeuta é capacitado para atuar em todos os níveis de atenção em 
saúde, suas ações vão desde orientação, conscientização até a implementação de exercícios para 
fortalecimentomuscular específico para prevenir a ocorrência desta afecção em diferentes 
momentos da vida da mulher, inclusive a gestação, entretanto percebe-se que há necessidade 
de mais estudos que abordem o tema visando a prevenção e com mais detalhamento dos 
protocolos usados e suas justificativas, tendo em vista a escassez destes materiais e sua 
importância. 
 
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