Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Miomas/fibromas uterinos. Tumor ginecológico mais comum. Principal causa de histerectomia. Tumor mesenquimatoso, benigno e monoclonal, com origem nas células musculares lisas do miométrio. Sintomas dependem do número, tamanho e localização dentro do útero. 20 a 30% (idade fértil) e 40% (> 40 anos). A incidência é subestimada pelo alto nª de casos assintomáticos. Tumores sensíveis ao estrogênio e à progesterona. (se desenvolvem durante os anos reprodutivos). Tumores redondos, brancos nacarados, firmes, elásticos e que, na superfície de corte, exibem um padrão espiralado. Encontram-se autonomamente isolados do miométrio ao seu redor por uma camada tecidual fina, conectiva externa. Histologicamente, os leiomiomas contêm células alongadas de músculo liso agregadas em feixes. A atividade mitótica é rara. A aparência pode ser alterada quando o tecido muscular é substituído por várias substâncias degenerativas após hemorragia e necrose, devido suprimento limitado de sangue (formas hialina, calcificada, cística, mixoide, carnosa ou vermelha e gordurosa). Os leiomiomas criam um ambiente hiperestrogênico, que parece ser requisito para seu crescimento e manutenção. • Em comparação com o miométrio normal, as células dos leiomiomas contêm maior densidade de receptores de estrogênio, o que resulta em maior ligação de estradiol. • Esses tumores convertem menos estradiol em estrona menos ativa. • Possui níveis mais altos da aromatase citocromo P450 (catalisa a conversão dos androgênios em estrogênios). História familiar Idade (+ comum na id. fértil) Raça (+ prevalente em negras) > IMC Anticoncepção (protetivo) Falta de exercício físico Diabetes Hipertensão arterial sistêmica Menarca precoce Dieta (carne vermelha) Nuliparidade Tabagismo (protetivo) Na camada miometrial, com menos de 50% de seu volume protruindo na superfície serosa do útero Localizados na camada interna do miométrio, com projeção para a cavidade uterina Quando possuem mais de 50% do seu volume projetado na camada serosa do útero Ligados ao útero por um pedículo Quando se localizam no colo do útero O diagnóstico é baseado na história clínica (sinais e sintomas), no toque vaginal bimanual e na ultrassonografia. Ao exame ginecológico rotineiro, palpa-se o útero aumentado de volume com consistência firme, superfície lisa, regular ou não. Os exames de imagem são importantes quando existe dúvida diagnóstica, para diferenciar de outras massas anexiais e para definir a localização dos miomas. Sangramento: menorragia e hipermenorréia (+ comum). Os tumores mais volumosos exercem pressão nas vênulas, dilatando-as. Os submucosos podem aumentar a superfície endometrial. Desconforto e dismenorreia: miomas maiores podem causar sensação de pressão, frequência urinária, incontinências ou constipação. Dor pélvica aguda: menos comum, ocorre em casos de degeneração, prolapso e torção do mioma. Infertilidade: submucosos distorcem a cavidade endometrial, podem obstruir o óstio tubário. Tumor pélvico: miomas com volume compatível com gestação de 12 semanas ou mais podem causar aumento do hipogastro. Utilizada nas grandes massas pélvicas, e a transvaginal nos tumores menores. Tem alta sensibilidade (95-100%) na detecção de miomas em úteros de tamanho correspondente a até 10 semanas de gestação. A localização dos miomas em úteros maiores ou quando estes são múltiplos é limitada. A instilação de solução salina intrauterina, associada ao exame ultrassonográfico, possibilita o estudo detalhado dos miomas submucosos, dos pólipos e dos intramurais com compressão do endométrio. Permite uma excelente visualização da localização e do tamanho de praticamente todos os miomas em úteros volumosos, além de auxiliar no diagnóstico diferencial com adenomiose, mas o custo ainda é inviável. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são exames de exceção. Estrogênio: parece agir diretamente sobre a proliferação celular dos miomas ou mediado por fatores de crescimento como EGF, IGF-1 e insulina. Age aumentando os receptores de progesterona Progesterona: já dois receptores de progesterona conhecidos: o A e o B, estando os dois aumentados no mioma. Existem evidências de que a progesterona estimule o crescimento celular e iniba a apoptose, através do aumento da expressão da proteína bcl-2 (uma inibidora da apoptose) e diminuição do fator de necrose tumoral alfa (um promotor da apoptose). Além disso, este hormônio aumenta o fator de crescimento epidérmico, também responsável pelo crescimento tecidual. 17-OH-desidrogenase: no mioma há um aumento da enzima 17-beta-OH-desidrogenase do tipo I, que transforma a estrona em estradiol e diminuição da 17-beta-OH-desidrogenase tipo II, transforma o estradiol em estrona.
Compartilhar