Buscar

Aula 06- SAA

Prévia do material em texto

CAPTAÇÃO DE ÁGUAS 
SUBTERRÂNEAS 
Conceitos 
Captação 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
INTRODUÇÃO 
 Pelo fato de ser um recurso cercado de incertezas, as aguas subterrâneas 
foram sendo preteridas pelas águas superficiais. 
 Atualmente, existe uma conscientização sobre o uso múltiplo das aguas. 
 Mossoró tem grande parte se seu abastecimento provindo de aguas 
subterrâneas, 70%. 
 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
ASPECTOS LEGAIS 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 O poço tubular profundo é uma obra de engenharia geológica, com 
recolhimento de ART junto ao CREA com projeto específico. 
 NBR 12.212/2003 – Projeto de poço para captação de água subterrânea. 
 NBR 12.244/2003 – Construção de poço para captação de água 
subterrânea. 
 
 
 
 
 
ASPECTOS LEGAIS 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 A perfuração de poços indiscriminada sem obediência à técnica e a 
legislação traz desvantagens: 
 Riscos à saúde pública; 
 Perigo de contaminação dos aquíferos; 
 Falta de recolhimento de taxas aos órgãos gestores e companhias de 
saneamento; 
 
 
 
 
 
 
ASPECTOS LEGAIS 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 A água subterrânea é mais barata em função do tratamento. Destacam-
se as vantagens: 
 Facilidade de locação próximo ao ponto de reservação e distribuição; 
 Água de qualidade satisfatória (normalmente). 
 
 
 
 
 
 
AQUÍFEROS 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 O que é um aquífero? 
 Um aquífero é toda formação geológica subterrânea capaz de 
armazenar água e que possua permeabilidade suficiente para permitir 
que esta se movimente. 
 São verdadeiros reservatórios subterrâneos de água formados por rochas 
com características porosas e permeáveis que retém a água das chuvas, 
que se infiltra pelo solo, e a transmitem, sob a ação de um diferencial de 
pressão hidrostática, para que, aos poucos, abasteça rios e poços 
artesianos. 
AQUÍFEROS 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
TIPOS DE AQUÍFEROS 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 Aquífero livre, freático ou não-confinado. 
 São reservatórios formados por rochas permeáveis, parcialmente saturados 
de água, cuja base é formada por uma camada impermeável (por 
exemplo, argila) ou semipermeável. 
 O topo é limitado por uma superfície livre de água (superfície freática) que 
se encontra sob pressão atmosférica. 
 O nível da água é determinado pelo regime de chuvas. 
 
TIPOS DE AQUÍFEROS 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É o tipo de aquífero mais comum e mais explorado e, portanto, o mais 
suscetível à contaminação. 
 
TIPOS DE AQUÍFEROS 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 Aquífero confinado ou subterrâneo. 
 É completamente saturado de água cujas capas (superior e inferior) são 
extratos impermeáveis. A água deste aquífero se chama artesiana ou 
confinada, sua pressão geralmente é mais alta que a pressão atmosférica 
e quando se perfura o aquífero, a água sobe para nível bem superior ao 
limite do aquífero. 
 
TIPOS DE AQUÍFEROS 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 Aquífero semiconfinado. 
 O aquífero saturado que tem como limite superior um extrato 
semipermeável e como limite inferior, um extrato impermeável. 
 
 
 
TIPOS DE AQUÍFEROS 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 Aquífero poroso 
 Esses tipos de aquíferos apresentam poros por onde a água circula; 
 São comumente formados por rochas sedimentares consolidadas (os 
detritos apresentam-se ligados por um cimento, como é o caso das 
brechas) ou não consolidadas (os detritos não estão ligados entre si, como 
no caso das dunas) e solos arenosos. 
 Representam os tipos de aquíferos mais importante, pelo grande volume 
de água que armazenam, e por sua ocorrência em grandes áreas. 
 
 
 
AQUÍFERO GUARANI 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 No Brasil, está localizada uma das maiores reserva subterrânea de água 
doce do mundo, o Aquífero Guarani. 
 Tem, aproximadamente, 1,2 milhão de km², abrange partes dos territórios 
do Uruguai, Argentina, Paraguai e principalmente Brasil, onde está 70% da 
sua área total (840 mil km²), sob a região centro-sudoeste. 
 O Guarani é um aquífero livre e poroso. 
 Nomeado em homenagem ao povo Guarani, em 1996, possui um volume 
de aproximadamente 55 mil km³ e profundidade máxima por volta de 
1.800 metros, com uma capacidade de recarregamento de 
aproximadamente 166 km³ ao ano por precipitação 
 
 
 
 
CONCEITOS IMPORTANTES 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 Superfície do aquífero: 
 Superfície da água que limita a parte superior do aquífero. Em um aquífero 
livre é o nível freático; 
 Em um aquífero confinado, em que a água está com pressão artesiana, é 
a superfície inferior do teto do aquífero. 
 
 
 
 
 
CONCEITOS IMPORTANTES 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 Superfície do aquífero: 
 
 
 
 
 
CONCEITOS IMPORTANTES 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
 Superfície piezométrica: 
 É uma superfície real ou fictícia de um aquífero onde a pressão da água é 
igual à pressão atmosférica; a água de um poço ascende até esse nível. 
 Nível piezométrico: 
 Nível piezométrico em um ponto, é a distância vertical entre a superfície 
do terreno neste ponto e a superfície piezométrica. 
 O nível piezométrico é negativo quando a superfície piezométrica tiver 
menor cota que a superfície do terreno e, positivo, quando a água jorra 
acima da superfície do terreno (água surgente). 
 
 
 
 
 
CONCEITOS IMPORTANTES 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
TIPOS DE CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA 
 As captações subterrâneas podem ser feitas: 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
C
a
p
ta
ç
ã
o
 
Em lençol freático 
Em lençol artesiano 
TIPOS DE CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA 
 A captação em lençol freático pode ser realizada por: 
 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
C
a
p
ta
ç
ã
o
 e
m
 l
e
n
ç
o
l 
fr
e
á
ti
c
o
 
Galerias filtrantes 
Drenos 
Fontes 
Poços freáticos 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL FREÁTICO 
 Galerias filtrantes 
 O emprego de galerias filtrantes é característico de terrenos permeáveis, 
mas de pequena espessura (aproximadamente de um a dois metros) onde 
há necessidade de se aumentar a área vertical de captação para coleta 
de maior vazão. 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL FREÁTICO 
 Galerias filtrantes 
 Estas galerias em geral são tubos furados, que convergem para um poço 
de reunião, de onde a água é retirada em geral por bombeamento, não 
sendo incomum outros métodos mais rudimentares. 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL FREÁTICO 
 Drenos: 
 São canalizações coletoras assentadas na superfície ou a pequena 
profundidade em virtude da existência de lençol freático muito superficial. 
 Podem ser construídos com tubos furados ou simplesmente com manilhas 
cerâmicas não rejuntadas. 
 As galerias (filtrantes) são mais comuns sob leitos arenosos de rios com 
grande variação de nível. 
 Os drenos são mais comuns em áreas onde o lençol aflora permanecendo 
praticamente no mesmo nível do terreno saturado ou sob leitos arenosos 
de rios com pequena variação de nível. 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL FREÁTICO 
 Poços 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
T
ip
o
s
 d
e
 P
o
ç
o
s
 
Poço escavado 
Poço tubular 
Têm grandes diâmetros, profundidades inferiores a 25 m, 
normalmente revestidos com cimento, ladrilhos ou pedras. A 
água geralmente é extraída com baldes, bombas de 
pequena potência ou cata-ventos. 
Têm pequenos diâmetros, grandes profundidades, revestidos 
com tubos intercalados com filtros. A água é extraída com 
bombas elétricas e compressores. 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL FREÁTICO 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
Poço escavado Poço tubular 
Tipos dePoços 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL FREÁTICO 
 Poços freáticos 
 Os poços são mais frequentes porque normalmente o lençol freático tem 
grande variação de nível entre os períodos de chuvas (durante a 
estiagem) necessitando de maiores profundidades de escavações para 
garantia da permanência da vazão de captação. 
 Logicamente as camadas permeáveis também são de espessuras 
consideráveis, podendo em algumas situações ser necessário o emprego 
de captores radiais partindo da parte mais profunda do poço para que 
este tenha rendimento mais efetivo. 
 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL FREÁTICO 
 Tipos de poços freáticos 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
P
o
ç
o
s
 f
re
á
ti
c
o
s
 
Poço raso 
Poço Amazonas 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL FREÁTICO 
 Poço freático tipo raso 
 O poço raso comum ou cacimba, é um poço escavado no terreno, 
geralmente cilíndrico, revestimento de alvenaria ou pré-moldado 
(tubulões), diâmetro de um a quatro metros por cinco a vinte de 
profundidade em média, dependendo do lençol freático. 
 
 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL FREÁTICO 
 Poço freático tipo raso 
 A parte inferior, em contato com o 
lençol, deve ser de pedra 
arrumada, de alvenaria furada ou 
de peças cilíndricas pré-moldadas 
furadas quando for o caso. 
 Dependendo da estabilidade do 
terreno o fundo do poço pode 
exigir o não revestimento. 
 
 
 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL FREÁTICO 
 Poço freático tipo raso 
 A retirada de água de seu interior deve ser feita por bombeamento como 
medida de segurança sanitária, mas para abastecimentos “rudimentares” 
usam-se frequentemente sarilhos e outras bombas manuais. 
 
 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL FREÁTICO 
 Poço freático tipo amazonas 
 O poço amazonas é uma variável do escavado, próprio de áreas onde o 
terreno é muito instável por excesso de água no solo (areias movediças). 
 Seu método construtivo é que o caracteriza, pois sua construção tem de 
ser executada por pessoal especializado, empregando peças pré-
fabricadas à medida que a escavação vai desenvolvendo-se. 
 
 
 
 
 
 Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL FREÁTICO 
 Poço freático tipo amazonas 
 Também é chamado de cacimbão; 
 Trata-se de um poço com escavação mais de 4 a 10 m de profundidade e 
com maior capacidade de armazenamento de água (3 a 4 m de largura). 
 
 
 
 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL ARTESIANO 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
C
a
p
ta
ç
ã
o
 e
m
 l
e
n
ç
o
l A
rt
e
s
ia
n
o
 
Poços artesianos (tubulares) 
Fontes de encosta 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL ARTESIANO 
 Poços artesianos 
 Também conhecidos como poços tubulares. 
 São profundos. 
 Sua perfuração é feita através de máquinas à percussão, rotativas e 
hidropneumáticas. 
 Possuem pequeno diâmetro de abertura, no máximo 50 cm. 
 São revestidos com tubulações de ferro ou PVC. 
 
 
 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL ARTESIANO 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL ARTESIANO 
 Fontes de encosta 
 Menos utilizado; 
 O aproveitamento de água 
de fonte de encosta é feito 
por meio de captação em 
uma caixa de alumínio ou 
de concreto. 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
CAPTAÇÃO EM LENÇOL ARTESIANO 
 Fontes de encosta 
 Um série de providências devem ser tomadas para proteger a qualidade 
da água: 
 Parede impermeabilizadas; 
 Canaletas para afastar a água de chuva que escoa; 
 Caixa de alvenaria ou concreto tampada; 
 Registro e tubulação para limpeza; 
 Entre outros. 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS 
 A perfuração de poços tubulares é composta por várias etapas até a 
utilização final do poço. 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS 
 Completação. 
 Fase de completar o poço, 
colocar a tubulação do poço 
(revestimento e filtro), o 
cascalho (pré-filtro) e o 
cimento (cimentação). 
 Indicada para poços 
perfurados em material 
inconsolidado e em rochas 
sedimentares, onde são 
instalados filtros. 
 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS 
 Completação (Revestimento). 
 Revestimento: É a tubulação definitiva, que vai constituir as paredes do 
poço propriamente dito. 
Função: 
o Sustentar as paredes da perfuração; 
o Constituir a condução hidráulica que ponha os aquíferos em 
comunicação com a superfície. 
 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS 
 Completação (Revestimento). 
 Os tipos mais utilizados são: 
o Metálicos; 
o PVC aditivado. 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS 
 Completação (Filtro). 
 Dispositivo de admissão para a água: 
Função 
o Permitir que a água entre no poço sem perda excessiva de carga. 
o Impedir a passagem e material fino durante o bombeamento. 
o Servir como suporte estrutural, sustentando a perfuração no referido 
material. 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS 
 Completação (Filtro). 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS 
 Completação (Pré-Filtro). 
 O encascalhamento de um poço oferece diversas vantagens: 
o Aumenta o diâmetro efetivo do poço e a área de captação; 
o Aumentando-se o diâmetro, reduz-se a velocidade de entrada da 
água; 
o Evita colapsos sobre o filtro, resultando maior vida útil ao poço. 
o Reduz as perdas por fricção, diminuindo o rebaixamento e 
aumentando a capacidade específica (Q/s); 
o Diminuindo o rebaixamento, diminui também o total de tubulação a ser 
colocada dentro do poço e a potência da bomba para recalcar a 
água; 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS 
 Completação (Cimentação). 
o Consiste no enchimento do espaço anelar existente entre os tubos e a 
parede da formação e tem a principal finalidade da união da 
tubulação de revestimento com a parede do poço. 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS 
 Desenvolvimento 
 Objetiva a remoção do material mais fino do aqüífero nas proximidades 
do poço, aumentando, assim, a permeabilidade ao redor do poço. 
 Bombeamento 
 É a retirada da água de um poço por intermédio de uma bomba. 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS 
 Instalação 
 É a etapa final na construção de um poço, deixando-o apto à 
funcionar normalmente. Consiste na colocação de um equipamento 
de bombeamento, com tubulações, um sistema de acumulação 
(reservatório) e um sistema de distribuição da água (chafarizes, 
encanação, etc...). 
 
 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 
PERFURAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS 
Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira

Continue navegando