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SERVICO SOCIAL HISTORICO RECONCEITUACAO E INTERSETORIALIDADE NAS POLITICAS PUBLICAS

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SERVIÇO SOCIAL: HISTÓRICO, RECONCEITUAÇÃO E INTERSE TORIALIDADE 
NAS POLÍTICAS PÚBLICAS 
 
Sonia Fatima de Miranda Wychoski 1 
Souza, Izaque Pereira2 
 
Eixo 03: Eficiência e Eficácia de Políticas Sociais 
 
RESUMO: No presente artigo buscaremos demonstrar, a partir de um breve 
apanhado histórico e sua reconceituação, as perspectivas atuais e a relevância do 
Serviço Social nas propostas de trabalho interdisciplinar nas políticas públicas. 
Considerando que o Serviço Social surge como amparo para a sociedade menos 
favorecida que vivia à margem das políticas e do acesso aos direitos existentes à 
época nossa reflexão será no sentido de compreendermos a trajetória desta 
categoria profissional com vistas a buscar a emancipação e autonomia da classe 
vulnerável. Ressaltamos também sobre os desafios enfrentados pelos Assistentes 
Sociais nas atividades privativas, do comprometimento na composição e elaboração 
de uma nova classe social, o compromisso com seu projeto profissional 
considerando os embates com as propostas do capital no período que sucedem o 
ideário da Revolução Industrial. 
 
Palavras-chave: Serviço Social. Intersetorialidade. Políticas Públicas. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
1.1 De onde vem, para onde vai? Reflexões sobre a origem do Serviço Social 
 
A origem do Serviço Social remonta às práticas assistenciais e de ajuda ao 
outro, se constituindo em prática antiga na humanidade e que ao longo dos anos - 
como apoio aos pobres, doentes e incapazes - fica sob a incumbência de religiosos. 
Esta ajuda, vista como solidariedade social, é inserida nas diferentes sociedades do 
mundo se tornando algo natural. Conforme Damásio, (2009 p.11) 
 
 
1 Academica do Curso de Serviço Social pelas Faculdades Itecne/Cascavel (2014). E-mail: 
Soninha_fm@hotmail.com. 
2 Graduado em Direito pela Univel/Cascavel (2003). Especialista em Educação pela Unioeste (2009). 
Mestre em Educação e Políticas Sociais pela Unioeste (2012). Professor de Graduação e Pós 
Graduação nas Faculdades Itecnes de Cascavel. Membro do Grupo de Pesquisa em Politicas Sociais 
(GEPPES) e Grupo de Pesquisa em Direitos Humanos para Criança e Adolescente (GEPDDICA). 
Membro da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS). Lider do 
Nucleo de Pesquisas em Diversidade Etnicorracial e de Orientação Sexual NUPEDI/ITECNE). E-mail: 
ipsouza.souza@gmail.com. 
 
[...] essa ajuda sempre seguiu o pensamento construído historicamente de 
que em toda sociedade haverá sempre os mais pobres, os doentes, os 
frágeis, os incapazes, os que nunca conseguirão reverter essa condição de 
miserabilidade, precisando sempre de ajuda e da misericórdia dos outros. 
 
Ainda segundo o mesmo autor, a idéia de assistência no século XIV era 
dirigida apenas aqueles que pudessem comprovar sua incapacidade para o trabalho, 
uma vez que havia ações interventivas apoiavam as classes menos favorecidas 
economicamente, fiscalizando, contudo a mendicância – como era o caso das leis 
dos pobres. 
 
[...] adotadas inicialmente em âmbito local, foram retomadas pelas 
legislações nacionais em quase todos os países que hoje constituem a 
Europa, sendo as mais conhecidas as poor laws3 inglesas que irão resultar 
na lei Elisabetana de 1601. As poor laws eram voltadas para proteção 
social, destinadas àqueles incapazes de produzir devido à sua pouca idade 
ou doença, e àqueles que se reconheciam como fracassados, incapazes de 
obter o suficiente sustento e de sua família. Os indigentes eram obrigados a 
abrir mão dos seus direitos de cidadania (DAMASIO, 2009, p.12) 
 
Já no século XVII, foram implantadas em grande escala na Europa as 
Workhouses, que tinham como proposta a assistência social com o intuito de 
resolver o problema da população que se encontrava em vulnerabilidade social. 
Como seu propósito era o de equacionar as mazelas pelo trabalho (e com isso 
conter a desordem social) O regulamento das Workhouses, na visão institucional, se 
entendia como trabalho forçado, sendo a assistência direcionada aos incapazes 
para a prática laboral e as igrejas responsáveis por atender esta demanda em local 
predeterminado – já que, segundo a poor Law havia proibição no deslocamento 
desses sujeitos. 
Com o advento da Revolução industrial em meados do século XIX na 
Inglaterra, momento em que ocorreram as primeiras manifestações dos proletariados 
em busca de melhores condições de sobrevivência, passam a questionar a 
imposição de parâmetros ideológicos que afetam a si (classe trabalhadora) e aos 
demais sujeitos que não tinham os meios de produção. 
Com a evolução da produção veio a decadência da força de trabalho, no 
entanto, com o aumento da demanda surgiu a necessidade da substituição do 
 
3A poor Law lei publicada para os necessitados quefoi proclamada em 19 de Dezembro de 1601 pela 
Rainha Izabel na Europa era direcionada aos mais necessitados, com o propósito de tirar certas 
pessoas das ruas, um meio de sobrevivência, aqueles que não tinham meios de se manter e 
sustentar e de sustentar a família, por enfermidade, ou por algum motivo não podiam trabalhar. 
 
trabalho artesanal por máquinas. Por conta da modernização industrial, houve o 
aumento da exploração da classe trabalhadora, trazendo consigo a alienação e o 
crescimento da autoridade dos burgueses. Com a grande quantidade de 
trabalhadores num só local e de mesma produção, a classe trabalhadora perde sua 
autonomia, em seguida são obrigados a entrarem na produção porém, com divisão 
entre o intelectual e trabalho manual e através da divisão mecânica, hierárquica e 
imposta racionalmente vem o acumulo do capital e a fragmentação da inteligência 
operária. 
Esses obstáculos, a velocidade e o progresso com relação às forças 
produtivas, fez com que a classe trabalhadora percebesse que estava sendo 
explorada, sendo obrigados a produzir maior quantidade em menos tempo de 
trabalho em razão da maquinaria. Conforme Marx ( apud BIZERRA, 1988, p. 30) 
 
[...] a aplicação capitalista da maquinaria produz, por um lado, novos e 
poderosos motivos para o prolongamento desmedido da jornada de trabalho 
e revoluciona o próprio modo de trabalho, bem como o caráter do corpo 
social do trabalho, de tal maneira que quebra a oposição contra essa 
tendência, ela produz, por outro lado, em parte mediante a incorporação do 
capital de camadas da classe trabalhadora antes inacessíveis, em parte 
mediante liberação dos trabalhadores deslocados pela máquina, uma 
população operária excedente compelida a aceitar a lei ditada pelo capital. 
 
 
Há que se considerar que Revolução Industrial deu um salto para o progresso 
e, à medida em que avança a urbanização, as condições de vida passam a ser 
insuficientes bem como, a alimentação, saúde, higiene, locais impróprios de trabalho 
aglutinados e imundos e em condições subumanas, por conta dos baixos salários, 
privando os trabalhadores de uma vida digna e, consequentemente, acarretando a 
proliferação de muitas doenças e/ou a inaptidão para o trabalho. Em virtude disso os 
proletariados amadureceram a idéia sobre suas condições de vida e de trabalho se 
organizaram e decidiram lutar com os grupos da oposição, já declarados como 
anticapitalistas, ou seja, se uniram aos problemas econômicos, sociais, políticos, 
culturais e ideológicos. 
O movimento e organização dos trabalhadores, neste contexto de luta, busca 
melhorias para a classe operaria mas visam também que estas conquistas sejam 
ampliadas com vistas a suprir as expressões da questão social4 que passam a se 
apresentar. Nessa época a situação de vida da classe operária principalmente, na 
parte central, era de pauperização extrema se considerarmos que o sistema passou 
a ser estimulado pela mecanização. Para o pensamento capitalista, para a 
institucionalização da mão-de-obra era preciso que o trabalhador vendessesua 
força de trabalho, única fonte de renda, tão importante quanto os burgueses unidos 
ao Estado inovando leis trabalhistas e as intervenções de trabalho capitalistas, como 
as aposentadorias e pensões, ou seja, interesse entre a indústria e os proletariados 
igualando à conservação do salário sendo este o primeiro desejo de repressão a 
aliança. Portanto todas as conquistas nesta esfera foram objetos de amplas lutas, 
com vistas a atingir um mesmo ponto de chegada: transformar tais conquistas em 
elementos de caráter publico. 
Neste momento a Assistência Social era tratada de forma subordinada e 
obscura na relação entre o poder publico, o Estado e as empresas, atribuindo-se o 
caráter meramente caritativo independentemente das intervenções e fazendo 
confundir o direito do cidadão com caridade. Com esta postura, torna-se a miséria 
passa a ser confundida com desigualdade social. É fato que, por conta dos 
movimentos populares, o Estado implantou programas, projetos e serviços para 
amenizar as necessidades básicas, porém como uma maneira de controle social, as 
políticas sociais não possuíam um crivo político e/ou crítico e muito menos 
emancipatório. 
Se considerarmos de forma contextualizada que o Estado age a atender a 
ideologia dominante, compreenderemos o motivo pelo qual este buscou atender a 
população de forma fragmentada. Conforme Iamamoto e Carvalho (2004, p. 30) 
 
[...] O Estado buscava canalizar o fundo público, tanto para o financiamento 
do capital, quanto para a reprodução da força de trabalho, movido pela 
lógica de que, para impulsionar a produção, há ampliar mercados e 
preservar um certo poder aquisitivo da população, capaz de viabilizar o 
consumo de mercadorias e dinamização da economia. 
 
 
4 A questão social nesse estudo é definida como o conjunto de expressões das desigualdades sociais 
engendradas na sociedade capitalista madura, impensáveis sem a intermediação do Estado, ou seja, 
constitui-se como expressão das desigualdades sociais produzidas e reproduzidas nas dinâmica 
contraditória das relações sociais, no conflito entre o “capital e o Trabalho” (Iamamoto,2001, apud 
Pereira, 2009, p. 14) 
 
O atingimento desse objetivo foi estimulado pelas normas empregatícias uma 
vez que, padronizando o salário, consegue-se o aumento da produção e assegura–
se o giro de mercadorias e logo o acúmulo do capital. A classe trabalhadora por sua 
vez em relação ao capital, por essa razão aumenta o exército de reserva bem como 
a exploração da força de trabalho, transformando a vida do homem trabalhador em 
sofrimento estranhamento com o capital5. 
O panorama vislumbrado neste momento histórico é nítido: de um lado a 
classe social dominante procurava explicar estratégias para aumentar seu capital; 
por outro lado os operários buscavam se organizar com as manifestações, no intuito 
de ter uma vida melhor e mais digna, lutando por melhores salários e condições de 
trabalho. Segundo Iamamoto e Carvalho(2004, p. 30) 
 
O processo capitalista de produção expressa, portanto, uma maneira 
historicamente determinada de os homens produzirem e reproduzirem as 
condições materiais da existência humana e as relações sociais através das 
quais levam a efeito a produção. Neste processo se reproduzem, 
concomitantemente, as idéias e representações que expressam estas 
relações e as condições materiais em que se produzem, encobrindo o 
antagonismo que as permeiam. 
 
Diante dessas ocorrências em que o real interesse das relações sociais são 
camuflados e a maneira de administrar a assistência social (que não atendia o que 
era imprescindível na ocasião, nem tinha como prioridade um Serviço Social de 
caráter técnico e não divorciado da caridade) percebe-se a necessidade de se 
adquirirem conhecimentos e técnicas que permitissem qualificar o Serviço Social. A 
partir dessa idéia foi efetivada em Nova Iorque, em 1898, a primeira Escola 
filantrópica (Training School in Applied Philantropy) sendo que, ao final da II Guerra 
Mundial, havia inúmeras escolas em funcionamento na Europa, Estados Unidos e 
América Latina. “A pioneira do Trabalho Social” e tendo como destaque a escola 
Florence Nightingale, tendo como objetivo a visita domiciliar6cujas alunas eram 
treinadas para este fim (DAMASIO, 2009). 
 
5 “A lei da acumulação capitalista que se pretende mistificar, convertendo-a em lei natural, não 
expressa mais que uma coisa: que sua natureza exclui toda redução do grau de exploração do 
trabalho ou toda alta do preço deste, que possa colocar em perigo seriamente a reprodução 
constante do regime capitalista e a reprodução do capital em uma escala cada vez mais alta. E, 
forçosamente, tem que ser assim em um regime de produção de valores já criados, em vez da 
riqueza material existir para as necessidades do trabalhador”. (MARX, 1998 apud IAMAMOTO 2004, 
p.101). 
6 A visita domiciliar visa prestar uma assistência educativa e assistencial no âmbito do domicílio. 
“Éatravés dela que fazemos um levantamento e avaliação das condições sócio-econômicas em que 
No Brasil, o Serviço Social começou no início da década de 1930, em uma 
trajetória que começou no setor da burguesia e em conjunto com a Igreja Católica, 
copiando o modelo do Serviço Social Europeu. Segundo Martinelli, (1999, p. 127) 
 
[...] ao chegar ao Brasil, o Serviço Social encontrou já a esperá-lo uma 
missão e uma causa, as quais demandavam um imediato engajamento, até 
mesmo no sentido de somar esforços com aqueles que por elas estavam 
lutando. 
 
Justamente por conta da industrialização - que marca o período democrático 
tanto rural como urbano na reivindicação por melhorias como saúde, educação, 
alimentação entre outros a classe trabalhadora lutava por uma vida melhor tais 
demandas passam a surgir principalmente em razão das dinâmicas que são 
impressas em razão dos processos criados pelo próprio modo de produção sendo 
inclusive expressões deste. Conforme Iamamoto (2004, p.168) 
 
A preocupação que move tais reflexões é de construir, no âmbito do Serviço 
Social, uma proposta de formação profissional conciliada com os novos 
tempos, radicalmente comprometida com os valores democráticos e com a 
prática de construção de uma nova cidadania na vida social, Isto é, de um 
novo ordenamento das relações sociais. 
 
Seria um novo projeto baseando-se em ensinamentos voltados para 
profissão, o reordenamento da sociedade, ou seja, uma nova obrigação e 
reformulação das intervenções entre a sociedade civil. Nesse período as igrejas 
trabalhavam em conjunto com o governo, opostos a Questão Social·. 
É interessante frisar que a Questão Social ficou interligada ao mau 
funcionamento com relação a algumas pessoas na ordem social. No século XIX 
devido a situação crítica da classe operária e sua passagem no bojo político 
batalhando pelos direitos trabalhistas a favor do reconhecimento da ação legal por 
seus direitos e em particular o Estado. Na década de 1970 a questão social foi 
modificada direcionada para a sociedade brasileira na contemporaneidade, as 
mudanças capitalistas aumentam a sequência e privatização das classes 
trabalhadoras, diminuindo a responsabilidade do Estado em relação às políticas 
publicas sociais no atendimento as necessidades básicas na maioria das classes de 
maior necessidade, causando indignação e preconceito frente uns e outros. 
 
vive o indivíduo e seus familiares, elaborando assim uma assistência específica a cada caso” 
(Kawamoto.Cavaglieiro e Iamamoto, s.d.). 
Já na década de 1960 (mais especificamente nos anos de 1965) tem inicio o 
Movimento de reconceituação do Serviço Social, período em que se vivencia crise 
econômica e socialno Brasil, momento em que se fez necessário à profissão a 
tomada de novos rumos e o olhar para novos horizontes. 
 
1.2 O Serviço Social em movimento: a reconceituação e do Serviço Social e sua 
atuação nas Políticas Públicas 
 
Os profissionais de Serviço Social assumiram esse desafio inovador, por um 
estudo minucioso e profundo referente à atuação profissional na América Latina, 
assim como, em seus fundamentos teóricos, abrindo um leque para uma perspectiva 
de atuação mais critica. Essa ação de recomeço do Serviço Social na America 
Latina precisou romper com o agir tradicional e conservador7, no intuito de uma nova 
identificação profissional, direcionada diante da procura dos proletariados, no 
entanto com a nova identidade Americana, buscou novas recompensas para o 
Serviço Social separando do tradicional ao qual estavam ligados. Segundo Netto 
(1999 apud Aguiar 1995, p. 125) 
 
[...] a reflexão cai para o aspecto técnico e o “fetiche de uma teoria 
metodológica invade os círculos institucionalizados, se transfere para os 
seminários profissionais e se estende para as atividades docentes”. Esta 
perspectiva do Serviço Social chegou a grandes construções, mas na linha 
do estrutural-funcional e do discurso lógico no neopositivismo. 
 
Os Assistentes Sociais acreditavam que o estudo técnico não seria suficiente 
mas que, para a o currículo da profissão, seria necessário obter a formação moral. 
Esse pensamento do Serviço Social percorreu por grandes construções porém na 
linha doutrinária de domínio do capital adaptado. No III Congresso Brasileiro de 
Assistentes Sociais marcaram a carreira dos profissionais de Serviço Social, esse 
período foi de grandes promessas foi quando se responsabilizaram em defender a 
classe trabalhadora politicamente dizendo, desde então se comprometeram em 
explanar os direitos civis e políticos. Já em meados dos anos 1980, os profissionais 
lutaram para a concretização do pensamento e o rendimento marxista, a partir daí a 
superação e inicio da idéia de rompimento e redefinição, a ética profissional dando 
 
7 Termo usado para descrever posições político-filosóficas, alinhadas com o tradicionalismo e a 
transformação gradual, que em geral se contrapõem a mudanças repentinas de determinado marco 
econômico e político-institucional ou no sistema de crenças, usos e costumes de uma sociedade. 
ênfase e expansão do Serviço Social, tendo como papel principal, o pensamento de 
Marx e Gramsci, os quais interceptaram a favor na nova identidade do Serviço 
Social, contribuindo para a institucionalização e a prática profissional. Conforme 
Barroco (2010, p. 174-175) 
 
Apesar de este marco ser pautado na crítica aos referenciais e valores que 
tradicionalmente orientaram a prática profissional, indicando, de forma 
hegemônica, o marxismo como referencial a ser privilegiado, não se coloca 
em pauta a discussão sobre a ética marxista ou sobre o debate filosófico do 
marxismo. Isto é contraditório, na medida em que tais disciplinas são, 
historicamente, espaços privilegiados de fundamentação ética e de 
apreensão dos valores e princípios éticos da profissão. 
 
Diante de tal acontecimento metódico com relação ao julgamento de valores 
conservador, auxiliaram na rotina profissional, informando de forma democrática, 
tendo o marxismo como exemplo sobre sua ética, ausentando a filosofia do 
marxismo. Sendo da oposição em certos regulamentos dos fatos ou áreas especiais 
de construção ética e de aprendizagem dos princípios valorativo éticos da profissão. 
Segundo Barroco (2010, p. 173). 
 
Cabe destacar que, se a perspectiva gramsciana do Serviço Social não 
sistematiza os fundamentos éticos da nova moralidade profissional, isto não 
significa afirmar que esta tendência seja a mesma da origem do processo 
de ruptura; inseridas no conjunto de avanços teórico-práticos influenciados 
pelo pensamento marxista, as primeiras tentativas de afirmação de uma 
nova ética e a ética subjacente às análises pautadas em Gramsci 
expressam dois momentos de um mesmo processo.Alem disso, é preciso 
lembrar, também, que Gramsci significou o fortalecimento de 
posicionamentos teórico-políticos importantes no contexto de enfrentamento 
do conservadorismo profissional. 
 
Na área da mediação teórica, pelos caminhos aos quais progrediu com 
vontade da construção do projeto de ruptura, tais progressões teórico-políticos não 
seguiram a mesma mediação ético sistemática8. 
No entanto esse acontecimento foi de forma gradual e censurada baseados 
tradicionalmente aos valores que passaram a prática profissional, esboçando de 
forma hegemônica, o pensamento marxista como modelo a ser favorecido. De certa 
forma é contraditório, ao passo que as disciplinas eram de modo histórico, em áreas 
 
8 Um dos primeiros textos referidos à ética de ruptura é o de Souza (1978), orientado pela ética 
marxista tradicional. Porém 1986, as entidades nacionais (CFAS/ABESS/ANAS) promoveram o 
Seminário Nacional de Ética Profissional que contou com a palestra da profa. Vicentina Valesco, 
publicada após sua morte, em 1990. É importante ressaltar que a crítica ao conservadorismo 
profissional, efetuada por Iamamoto (1982 e 1992), foi fundamental para o desvelamento do ethos 
tradicional. (Barroco, 2010, p. 222) 
especiais para documentação ética e de percepção de aproveitamento e 
antecedentes éticos da profissão, a falta de uma discussão ética que demonstrou da 
idéia de Marx, que auxiliou para o nascimento da idéia ontológica contribuída para o 
pensamento e benevolência valorativa para a profissão nos anos 80. A introdução 
dos Assistentes Sociais unidos a educação da filosofia ou na institucionalização do 
Serviço Social, direcionaram ao estrangulamento do pensamento na 
institucionalização profissional. 
Uma das chances de encarar a questão ética embutida na tradição marxista; 
portanto sua atribuição pelo Serviço Social só se manifesta nos anos 1990. No 
entanto o Código de 1986, de determinação marxista, não tem forças para se 
reerguer no olhar marxista tradicional, reduzido a ética de interesse de classe. 
O Código de Ética de 1986 pré estabelecido foram estudados cientificamente 
se havia a necessidade de sua mudança em função do estudo social e se estava 
relacionado com a profissão, direcionada às classes trabalhadoras.De acordo com 
os pensamentos e necessidades de renascimento dos costumes de uma nação vai 
se modificando e conforme o andamento cotidiano constitui-separa a produção dos 
valores tidos como universais. 
A nova ética foi instituída a caráter das lutas dos proletariados, e 
consecutivamente do Estado social brasileira, sendo assim foi exibida como o inicio 
de uma nova ética, de comprometimento com a classe trabalhadora, porem de forma 
exemplificada, por intermédio de suas estruturas de direito a pratica profissional em 
conjunto aos desejos da mesma. No entanto o comprometimento político propôs 
assegurar uma atuação profissional e de quem tinha direito com o caráter político é 
a intervenção que trata da ruptura na profissão, com esse propósito se compromete 
com a classe trabalhadora como forma de um plano profissional estratégico a um 
projeto de sociedade, sem ser problema do Código, porem de como é situado e sim 
da forma colocada no Código de Ética Profissional e adquirido a idéia de Marx. 
Conforme Barroco ( 2010, p. 176-177) 
 
O Código expressa uma concepção ética mecanicista; ao derivar, 
imediatamente, a moral da produção econômica e dos interesses de classe, 
não apreende as mediações, peculiaridades e dinâmicas da ética. Ao 
vincular, mecanicamente, o compromisso profissional com a classe 
trabalhadora, sem estabelecer a mediação dos valores próprios à ética, 
reproduz uma visão tão abstrata quanto a que pretende negar. Por exemplo, 
onde o Código de 1975 afirma que o assistente socialpode romper o sigilo 
em casos de prejuízo ao bem comum, lê-se em 1986; “a quebra do sigilo só 
é admissível, quando se tratar de situação cuja gravidade possa trazer 
prejuízo aos interesses da classe trabalhadora. 
 
 
O Código se mostra com uma versão mecânica e atribuiu uma forma de 
produção segura e da importância da categoria, sem a compreensão de divisão 
própria e estudos da ética. Ao unir-se mecanicamente, o acordo político da profissão 
com a classe trabalhadora, sem o envolvimento dos valores próprios à ética, 
multiplicava uma imaginação vaga no que desejava recusar, como o Código de 1975 
no qual era confirmado que o assistente social deveria quebrar o segredo em casos 
de danos ao bem comum, só podendo ser desfeito caso relatasse a causa do perigo 
ou que viesse a prejudicara classe trabalhadora. 
Dependia da responsabilidade das categorias próximas as intervenções na 
época da ética profissional, o Código não era preocupação da mesma classe ao 
invés de se responsabilizar com conceitos, se empenhava em função da categoria, 
se igualando a classe antiga, recordista dos méritos visionários e desgarrado do 
caso de alienação. Não estipulando as intervenções com a parte econômica e o 
caráter, entre outros, como: a política e a ética, dentre a prática e política, a distancia 
entre política da prática profissional, o Código evolui baseado na tradição da ética 
marxista. O Código de 1986 teve muitas vantagens alem dos avanços teórico-
metodológicos e democráticos impostos na década de 80;no entanto esses avanços 
foram expostos em debate ético que transformou e inovou o instrumento de 
comunicação de modo próprio.Conforme Iamamoto (2004, p. 77) 
 
O Código de Ética nos indica um rumo ético-político, um horizonte para o 
exercício profissional. O desafio é a materialização dos princípios éticos na 
cotidianidade do trabalho, evitando que se transformem em indicativos 
abstratos, deslocados do processo social. Afirma como valor ético central, o 
compromisso com a parceria inseparável, a liberdade. Implica a autonomia, 
emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais, o que tem 
repercussões efetivas nas formas de realização do trabalho profissional e 
nos rumos a ele impressos. 
 
O código de ética serve como princípios e normas a seguir na profissão 
desafio e principio de concretização no dia a dia da prática profissional, do que é 
certo ou errado, e na responsabilidade por seus atos, com a finalidade das pessoas 
viverem bem, são valores, princípios e normas morais, visa a interioridade do ser 
humano, fazendo com que a atualização do profissional siga uma norma diante das 
responsabilidades impostas ao profissional na cotidianidade. 
Na década de 1990 foi alterado o código de ética com o objetivo da 
conscientização pelo descontentamento social, a fiscalização voltada às políticas 
públicas causaram o impeachment do presidente no ano de 1992. No entanto o 
poder público buscava apoio para o capitalismo internacional, visava aderir à 
globalização do mundo para defender o neoliberalismo que provocou grandes 
divergências capitalistas. 
Em 1992 a argumentação sobre o Código de ética da profissão alcançou seu 
objetivo passando a fazer parte da mesa redonda do VIII CBAS. Inúmeras foram as 
comprovações sobre a prática profissional e sua fundamentação teórica bem como o 
comprometimento ético, que colaboraram para solidificar o projeto profissional, e 
garantir suas vitorias. O Código foi visto como uma peça fundamental do método de 
renovação profissional junto às lutas políticas oposto a ditadura, contribuindo para a 
construção dos direitos sendo a Constituição Federal de 1988,derivando daí um 
novo regresso a respeito da política social. 
Com a Constituição Federal abriram-se novos horizontes principalmente nos 
direitos sociais, diante dos problemas sociais que ao longo dos tempos e o aumento 
da demanda, o profissional de Serviço Social se inseriu nas políticas públicas, pois o 
assistente Social era um profissional com capacidade de trabalhar 
independentemente do oficio os profissionais eram perfil também em áreas que 
envolvia o social como:na saúde, educação, assistência entre outros. 
Nesse momento, as políticas públicas ganham interesse nas mais variadas 
esferas – em particular a econômica - por conta de questões referentes à limitação 
de gastos e desenvolvimento o que, posteriormente, fez com que surgisse a área 
social que foi inserida nos planos do governo. Nos Estados Unidos, por exemplo, 
essa inserção se destacou nas atuações de um governo isento das teorias 
funcionais do Estado; na Europa, os estudos demonstram que estas eram voltadas 
para o Estado. De acordo com Maciel (s.d.) 
 
Entende-se por políticas públicas o resultado da dinâmica do jogo de forças 
que se estabelece no âmbito das relações de poder, relações essas 
constituídas pelos grupos econômicos e políticos, classes sociais e demais 
organizações da sociedade civil. Tais relações determinam um conjunto de 
ações atribuídas à instituição estatal, que provocam o direcionamento (e/ou 
o redirecionamento) dos rumos de ações de intervenção administrativa do 
Estado na realidade social e/ou de investimentos. 
 
 
Com o trâmite das notícias relacionadas às carências da sociedade, o poder 
Público busca exercer, conforme necessidades e projetar a atuação de acordo com 
as circunstâncias econômico-social de uma região. O Estado é o autor que repassa 
as informações da resolução vindas do poder, assim como é julgada as políticas 
públicas. No entanto, as políticas públicas não deixam de atribuir a si próprio se 
seguem os projetos sociais de modo distinto por possuir metas e estratégias para 
encarar a questão social burguesa, sua potência e objetividade são de alcance aos 
direitos sociais. Lembrando que as políticas públicas em especial as que são 
designadas de políticas sociais capitalistas contextualizadas historicamente devido 
ao conflito econômico complexo de cada região, se elevando a inquietação na 
questão direcionada aos que provém de uso, em particular as mais utilizadas nas 
políticas sociais9, e ao passo que surgem as contradições o governo desenvolve 
estratégias para acalmar a sociedade e continuar sustentando seu poder de 
governar. 
Isso porque, para amenizar as diferenças sociais geradas pelo crescimento 
econômico, muitas vezes estas políticas são implantadas diferenciadas por 
qualidade e classe, na forma de programas e projetos direcionados ao social ainda 
de forma fragmentada. Isto ocorre porque os burgueses estão preocupados apenas 
no capital elaborando estratégias para uma disciplina social diferenciada, e assim 
garantir uma formação necessária, visto que na contemporaneidade é necessário 
para garantir melhores condições de vida da sociedade, porem para os capitalistas o 
interesse é apenas acumulo de capital. 
Há tempos em que o Estado se opõe entre empresas e proletariados, o 
mesmo age como freio entre a convivência social capitalistas, essa posição 
controladora por intermédio da política social é nitidamente tirada de órbita, é por 
meio da política social que o Estado arrisca solucionar questões das alterações 
duráveis do trabalho não remunerado para o remunerado. Através de projetos 
sociais e políticas o Estado busca prender parte das pessoas integradas no sistema 
lucrativo. O sistema capitalista desenvolve projetos conforme atribuição e difusão 
permanente procura fixar a mão de obra e inserção social das mesmas através da 
 
9
As políticas sociais se referem a ações que determinam o padrão de proteção social implementado 
pelo Estado, voltadas, em princípio, para a redistribuição dos benefícios sociais visando a diminuição 
das desigualdades estruturais produzidas pelo desenvolvimento socioeconômico.As políticas sociais 
têm suas raízes nos movimentos populares do século XIX, voltadas aos conflitos surgidos entrecapital e trabalho, no desenvolvimento das primeiras revoluções industriais. (HOLING, 2001, p. 31) 
mão de obra remunerado. No entanto o Estado é responsável nas questões a serem 
resolvidas, bem como, garantir melhores condições de trabalho mais humana e de 
qualidade tanto para os aptos ou não aptos, através de programas voltados aos 
direitos dos cidadãos, porem os programas de governo não mudam, somente as 
políticas. Sabemos que as políticas públicas procedem de lutas sociais da oposição, 
de maneira que tenha a mesma substância porem não alterando a ordem do fator 
com que é posta no contexto histórico de cada região. No Brasil, na implantação da 
Constituição Federal de 1988 foram instituídas leis visando segurança a todos os 
cidadãos e à sociedade civil, havendo esferas a quem compete a fiscalização – além 
de, é claro, ser de competência cidadã a fiscalização por parte de todos os 
envolvidos. Conforme democracia demarcada dos direitos humanos, as políticas 
públicas se transformam em interesses beneficiando a todos e restabelecendo o 
Estado. Conforme Maciel (s. d.) 
 
Com efeito, a questão social, constituída em torno do pauperismo e da 
miséria das massas, representou o fim de uma concepção idealista de que 
a sociedade, por si só ou, quando muito, acossada pela polícia, pudesse 
encontrar soluções para os problemas sociais. Constatada a falácia dessa 
concepção, impôs-se outra, apoiada na necessidade do sistema liberal-
burguês de responder, por meio da regulação estatal efetiva e ampliada, os 
efeitos diruptivos da questão social. 
 
O inicio histórico da fiscalização por parte do Estado surgiu a partir da miséria 
em massa, fazendo com que o Estado se responsabilizasse em administrar as 
políticas e diante de tantos problemas sociais foi obrigado a garantir o mínimo social, 
ou seja, através de programas sociais trabalhando na gestão das seguintes políticas: 
social, econômica e cultural, logo se estabilizando e mantendo o seu governo. 
Portanto o que realmente interessa aos governos estaduais é o afastamento das 
políticas sociais, principalmente na política de assistência social. Visto que o 
alcance dos direitos dos cidadãos na assistência social funciona de forma 
fragmentada, ou seja, são ações emergenciais são deixadas em segundo plano por 
parte dos governos, acarretando a impossibilidade do alcance total de direitos. 
Desde o começo do século XIX que vem sendo inserido o social já era visto 
claramente se institucionalizando por meio de organização de direito estabelecido na 
constituição federal dos direitos dos cidadãos, porem o que se via era a burguesia 
seguindo rumo contrário, os proletariados tendo seus direitos anulados, esses 
direitos eram vistos através de misérias e humilhação. Sendo assim o social se 
constitui desempenhando seu papel não se opondo em relação ao econômico e nem 
a competência política, ou seja, o serviço social foi uma espécie de assistência- 
social que através de sua intervenção colaborava com o mercado de trabalho, sendo 
um mediador publico. 
Historicamente a assistência social no Brasil não se movimentou como 
política pública de competência do Estado, sendo visível, pois dependia de ações 
solidarias, ou seja, apenas remediando o problema. Até os anos 1980 a atuação do 
Estado direcionada a assistência social era debilitada, vista como favor era um 
trabalho assistencialista e clientelista. Na caminhada da assistência social no país, 
ressaltando que no ano de 1930 a miséria era vista como vagabundagem, sendo 
tratada como caso policial fazendo com que a assistência social se tornasse uma 
política pública no final da década de 1980. 
A formação de profissionais de Serviço Social, uma profissão voltada à 
questão social por meio de políticas públicas para amenizar as deficiências do 
“Estado Mínimo”, entende que os direitos sociais do cidadão devem ser 
operacionalizados e garantidos a partir do Estado sendo este o (re) formulador de 
tais políticas, fazendo a remessa de fundos - a exemplo do Bolsa Família - e 
demonstrando que é sempre bem vinda e necessária a criação de políticas que 
promovam resultados efetivos para com a demanda social. 
O Assistente social nos diversos espaços políticos,busca desempenhar 
papeis juntamente com os profissionais que exercem seu trabalho no setor público 
(e aqui inserimos nosso enfoque da intersetorialidade), o mesmo também tem a 
capacidade de trabalhar em órgãos de assessoria e conselhos. No entanto o 
profissional de Serviço Social foi inserido de forma direta identificado como 
conselheiros e incutia nos grupos e comunidades eram acolhidos através dos 
benefícios sociais públicos, só foi aceito devido à organização do Estado e grande 
contraste capitalista. 
Por outro lado o Assistente Social se profissionalizou renovando o código de 
ética sendo assim se responsabilizava em amparar tais direitos principalmente nas 
políticas sociais tendo como base o código de ética e respeitando essas normas 
estipuladas no código de ética, desse modo cooperava com a demanda posta, fazia 
papel de educador social intervindo e defendendo a exclusão social reafirmando as 
normas do projeto ético-político conforme renovação do mesmo. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Buscou-se neste artigo, através da pesquisa bibliográfica e das informações 
da pesquisa empírica, construir uma reflexão sobre a forma que a intersetorialidade 
que, posta na formulação das políticas públicas, recai sobre o campo dos serviços. 
Para tanto, considerou-se que o terreno em que constitui a política social é marcado 
por dilemas, que afetam o atendimento integral da população. Estes dilemas 
também são percebidos pelos assistentes sociais que atuam principalmente, na 
prestação de serviços a população. 
Neste âmbito, a intersetorialidade relaciona-se, sobretudo, a integralidade e, 
consequentemente, a uma perspectiva de proteção integral. Essa concepção 
informou a elaboração da Seguridade Social brasileira. Esta foi fragilizada pelo 
processo societário intensamente antagônico e desfavorável a consecução dos 
preceitos constitucionais que estabelecem a universalização e a integralidade. 
 Entretanto, atualmente, as políticas de Assistência Social e Saúde a 
tem evocado a intersetorialidade em suas agendas. Apesar desta postulação as 
informações da pesquisa empírica, com assistentes sociais, desvelam que a 
intersetorialidade consiste num dilema de enfrentar um ambiente historicamente 
setorial, fragmentado e parcializado (ANDRADE, 2006). 
Buscou-se neste trabalho, através da pesquisa bibliográfica e das 
informações da pesquisa empírica, construir uma reflexão sobre a forma com que a 
intersetorialidade esta posta na formulação das políticas públicas - recai sobre o 
campo dos serviços. Para tanto, considerou-se que o terreno em que constitui a 
política social é marcado por dilemas, que afetam o atendimento integral da 
população. Estes dilemas também são percebidos pelos assistentes sociais que 
atuam principalmente, na prestação de serviços a população. 
Neste âmbito, a intersetorialidade relaciona-se, sobretudo, a integralidade e, 
consequentemente, a uma perspectiva de proteção integral. Essa concepção 
informou a elaboração da Seguridade Social brasileira. Esta foi fragilizada pelo 
processo societário intensamente antagônico e desfavorável a consecução dos 
preceitos constitucionais que estabelecem a universalização e a integralidade. 
O Serviço Social se qualifica como profissão, na qual tem como instrumental 
de trabalho nas diferentes questões sociais. No entanto seu progresso interventivo 
se dá nesse contexto de forma perceptível por conta da demanda e nos diversos 
campos de atuação, com o déficit habitacional houve a necessidade de inserir o 
Assistente Social no setor de habitação em especial no Programa Minha Casa, 
Minha Vida. Uma vez tem a proteção da Lei 8662/1993 do Código de Ética que 
garante ao assistentesocial os recursos em sua formação para enfrentar os desafios 
expostos na produção capitalista exigindo cada vez mais do profissional de Serviço 
Social. 
O Programa minha Casa, Minha vida é um dos programas mais importantes 
do Governo Federal, promove a produção ou aquisição de novas unidades 
habitacionais sendo Urbano ou rural. Na SEPLAN Secretaria de Planejamento e 
Urbanismo exige-se trabalhar na intersetorialidade – uma prática necessária, pois 
envolve a construção de planos, programas e projetos na linha das políticas públicas 
envolvendo vários setores e disciplinas como: educação, saúde, habitação, cultura, 
lazer, trabalho, mesmo porque segundo as normativas do programa na edificação de 
conjuntos habitacionais engloba tais políticas daí a importância do assistente social 
estar preparado para intervir na real questão e nas demais demandas expostas 
visando definir o conteúdo da função social da cidade e da propriedade urbana, de 
forma a garantir o acesso à terra urbanizada, o direito à moradia, ao saneamento 
básico, aos serviços urbanos a todos os cidadãos. 
Essa necessidade se deu devido às diretrizes colocadas pelo Ministério das 
Cidades para a elaboração do Plano Diretor definindo que se deve assegurar o 
atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça 
social. Conforme os princípios que regem a Política Nacional de Habitação, destaca-
se a “moradia digna como direito e vetor de inclusão social” também é preciso 
articular as diversas políticas sociais capazes de produzir ações, aperfeiçoar a 
aplicação dos recursos, garantido o direito a uma moradia digna em detrimento as 
desigualdades sociais. Tem transformado o direito de aquisição da casa própria em 
realidade, para as famílias que não conseguiriam sua casa própria, sem o suporte 
oferecido pelo programa. A moradia digna é previsto na Constituição Brasileira como 
um direito que deve ser assegurado a todos os cidadãos. 
A construção dos projetos habitacionais visam bons resultados no trabalho 
social englobando assim o trabalho de inclusão social das famílias beneficiadas pelo 
Programa orientando-os sobre os laços afetivos e ensiná–los a conviver em 
comunidade promovendo assim sua independência financeira, esse trabalho visa 
também aumentar o trabalho em rede encaminhando os usuários aos órgãos de 
acordo com suas necessidades citando alguns como: CRAS (Centro de Referência 
de Assistência Social) CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência 
Social) e Cadastro Único e em casos específicos encaminhamentos a outras 
entidades caso necessário for. 
Outro enfoque abordado é a prática do Assistente Social na interdisciplinar e 
intersetorial um acompanhamento cotidiano do profissional de serviço social 
principalmente adquirindo uma visão de prática das múltiplas disciplinas do saber e 
de áreas de cada elemento direto. Dessa forma se desenvolve um importante 
trabalho tanto social quanto administrativo das políticas públicas, com competência 
nas intervenções e mudanças da realidade especialmente nas intervenções físicas. 
É importantíssimo o uso da interdisciplinaridade e da intersetorialidade no 
espaço público, nos programas em processo de progresso urbano, através do 
trabalho social organizado inovando constantemente. Além disso, para a edificação 
de uma cidade justa e sustentável é indispensável essa conexão. O método de 
operação executado por intermédio do trabalho social com responsabilidade e 
participação promove segurança na administração de elaboração de programas de 
Habitação de Interesse Social. 
Conforme as entrevistas efetuadas e através dos conhecimentos obtidos na 
pesquisa bibliográfica conclui que o trabalho intersetorial é indispensável na eficácia 
dos projetos, mas que ainda existe certa dificuldade em se trabalhar na 
interdisciplinaridade nos espaços públicos. 
O Assistente Social no setor de habitação precisa trabalhar com outros 
setores e disciplinas uma vez que estão nas normativas do programa que traz a 
necessidade desse trabalho, mesmo porque são várias questões como; educação, 
saúde, transporte, segurança pública, saneamento visto que cada profissional tem 
que expor seu conhecimento nos projetos e diante de idéias construtivas a eficácia 
do resultado final, bem como a emancipação dessas famílias já que a SEPLAN 
trabalha com a Habitação de Interesse Social.Com base nos critérios elaborados 
pelo setor referendados pelo Conselho da Cidade. -CONSIDADE de Cascavel. O 
trabalho do Assistente Social na SEPLAN é bastante amplo abrangendo diversas 
áreas da política de habitação, realizando entre outros projetos, intervenções junto à 
população. 
No entanto as políticas são modificadas conforme o interesse da sociedade 
por intermédio de movimentos sociais de forma regular edificados pela sociedade. 
Diante de tais demandas existentes em nossa população, há uma necessidade cada 
vez maior do Profissional de Serviço Social nas políticas públicas. 
 
 
 
 
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