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DIREITO CONSTITUCIONAL - EDSON

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CURSO: DIREITO TURNO:_______________
NÚCLEO CAMPOS DE JÚLIO
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA JURÍDICA
PROFª : MARIA DO SOCORRO CASTRO SOARES
ALUNO (A): EDSON FERREIRA NASCIMENTO
AVALIAÇÃO II
1) Tomando como fundamentação o que afirma Gustavo Silveira Siqueira, no texto “Antropologia Jurídica no Brasil: história do direito, movimentos sociais e direito” e, considerando também, as discussões promovidas em nossos encontros virtuais sobre o tema, disserte a respeito do que apresenta o texto abaixo. A elaboração dissertativa deve ater-se à coesão, coerência e objetividade. (Valor: 0 – 10)
“Na antiguidade, a Lei do Talião era aquela, na qual se baseava a punição, mais conhecida como justiça com as próprias mãos (olho por olho, dente por dente). Atualmente, o sistema judiciário brasileiro se baseia em outros princípios de julgamento e punição. Porém, devido às grandes falhas nesse sistema, o número de linchamentos à Lei do Talião cresceu, sobretudo também pelo discurso de ódio. Segundo Hobbes, o homem no seu estado natural é movido pela guerra e por isso é necessário o Estado para remediar, o qual é chamado por ele de Leviatã. Sem esse, viver em sociedade seria impossível. Esse conceito pode ser observado atualmente devido à falha do "Leviatã brasileiro". Por conta da falta de acesso à justiça, que é de 0,38 em uma escala de 0 a 1 (de acordo com pesquisas feitas em 2014), a sensação de impunidade é tamanha, levando alguns à fazer justiça por conta própria. Prova disso, foi o linchamento do Guarujá, onde uma mulher acusada de bruxaria, foi morta por moradores.   Outrossim, segundo Hannah Arendt, na sociedade há uma banalização do mal, ou seja, os indivíduos o fazem sem questionar. Uma dessas ações é o discurso de ódio, que por sua vez pode tomar proporções maiores devido a ausência do Estado. Quando se diz que "bandido bom é bandido morto", claramente ver-se um discurso de ódio movido pela injustiça do sistema jurídico brasileiro e associado á vingança, ao fazer "justiça", claramente conceitos difundidos como um, e que geram os inúmeros casos de linchamento no país.   Fica claro, portanto, que é preciso remediar o problema da justiça com as próprias mão. E para isso, é preciso que a população cobre de seus governantes maior acessibilidade à justiça e que esta seja de fato efetivada, através de manifestações públicas e via internet. Além disso, compete ainda à sociedade, conscientizar os demais sobre as manifestações de ódio, condenando ações violentas tanto no meio verbal como no físico, através das redes sociais”. 
(https://www.imaginie.com.br/a-pratica-da-justica-com-as-proprias-maos-no-brasil/734474)
 
Direito e Justiça
Ao analisarmos todo conteúdo histórico, acontecimentos e evoluções podemos inferir que a busca pela justiça sempre existiu com o objetivo de assegurar direitos e equilíbrio no convívio em sociedade. No entanto, como contextualizado na história da humanidade nem sempre houve de fato a garantia desses direitos, o que geralmente ocorria era a prevalência do mais forte sobre o mais fraco, seja por questões econômicas ou pela garantia de poder exercido na sociedade em que o indivíduo encontrava-se inserido.
Consoante ao exposto, cabe mencionar ainda que, embora o acesso à justiça atualmente seja resultado de lutas e revoluções que resultou em uma significativa evolução para o direito que visa a busca da garantia dos direitos individuais e coletivos de acordo com a tutela jurisdicional paralelamente com os princípios Constitucionais especialmente o da dignidade da pessoa humana. 
Verifica-se ao ler o texto “Antropologia Jurídica no Brasil: história do direito, movimentos sociais e direito”, que na antiguidade especificamente durante o período em que se empregava a “LEI DE TALIÃO” e o lema era olho por olho, dente por dente utilizava-se do princípio da reciprocidade, que consistia na ordem de imputar ao acusado uma sansão equivalente ao crime cometido conforme transcrito no código de Hamurabi em artigo específico. Entretanto, observa-se que, apesar das conquistas alcançadas em relação ao direito e ao acesso à justiça, na prática ainda há muito por fazer, é evidente que o direito positivado existe e está previsto de forma extensa nos códigos Brasileiros, o que não pode por si só garantir direito a alguém, é necessário e imprescindível a atuação efetiva do Estado representado pelo poder Judiciário para resolução dos conflitos de forma que a balança da justiça seja realmente equilibrada para ambos os lados. 
O ideal seria a unificação de ambos os lados, poder do Estado e conscientização da sociedade em relação aos seus direitos e obrigações, para que desse modo cada um possa exercer seu papel de cobrar e de exercer o poder que lhe é inerente, conscientizados de que na falta de ação de um dos lados, corre-se o risco de mais uma vez deparar-se com desequilíbrio existente durante a antiguidade e voltar a se fazer presente mais uma vez um verdadeiro retrocesso.

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