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ebook - Legislação aplicada a riscos e emergencia [2021 1 Etepac]

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Legislação Aplicada à Área de 
Riscos e Emergências 
Alcione Moraes de Melo 
Ericka Patrícia Lima de Brito 
 
 
Curso Técnico em Segurança do Trabalho 
Educação a Distância 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legislação Aplicada à Área de 
Riscos e Emergências 
Alcione Moraes de Melo 
Ericka Patrícia Lima de Brito 
 
Curso Técnico em Segurança do Trabalho 
 
 
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Educação a Distância 
 
Recife 
 
1.ed. | Mar. 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Manoel Vanderley dos Santos Neto 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de 
Educação Integral e Profissional 
 
Escola Técnica Estadual 
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Gerência de Educação a distância 
 
Professor(es) Autor(es) 
Alcione Moraes de Melo 
Ericka Patrícia Lima de Brito 
 
Revisão 
Alcione Moraes de Melo 
Ericka Patrícia Lima de Brito 
 
Coordenação de Curso 
Druzila Maria Lustosa da Cunha 
 
Coordenação Design Educacional 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Descrição de imagens 
Sunnye Rose Carlos Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução .............................................................................................................................................. 6 
1.Competência 01 | Legislação Brasileira Específica a Incêndios .......................................................... 7 
1.1. Aspectos legais, legislação de prevenção contra incêndio ........................................................................ 7 
1.2.NR-23 ........................................................................................................................................................ 12 
1.3. COSCIP-PE ................................................................................................................................................ 14 
1.3.1 Classificação das edificações e definição de sistemas ........................................................................... 15 
1.4. ABNT ........................................................................................................................................................ 22 
2.Competência 02 | Legislação Brasileira Específica a Procedimentos de Emergências..................... 24 
2.1. NBR 15219 - Plano de Emergência contra Incêndios .............................................................................. 24 
2.1.1. Objetivo................................................................................................................................................. 25 
2.1.2. Referências Normativas ........................................................................................................................ 25 
2.1.3. Definições da NBR 15219:2005 ............................................................................................................ 26 
2.1.4. Requisitos .............................................................................................................................................. 28 
2.1.5. Elaboração do plano de emergência contra incêndio .......................................................................... 29 
2.1.6. Implantação do plano de emergência contra incêndio ........................................................................ 29 
2.2. NBR 14.276 - Programa de Brigada de Incêndio ..................................................................................... 32 
2.2.1. Objetivo................................................................................................................................................. 34 
2.2.2. Definições ............................................................................................................................................. 34 
2.2.3. Requisitos .............................................................................................................................................. 36 
2.2.3.1. Composição da Brigada de Incêndio.................................................................................................. 36 
2.2.3.2. Organograma da Brigada de Incêndio ............................................................................................... 37 
2.2.3.3. Critérios básicos para a seleção de candidatos a brigadista ............................................................. 39 
2.2.3.4. Formação da brigada de incêndio ..................................................................................................... 39 
2.2.3.5. Atribuições da brigada de incêndio ................................................................................................... 39 
2.3. Exemplos de Normas Regulamentadoras que tratam sobre prevenção para situações de emergência 40 
 
 
 
 
 
 
3.Competência 03 | Legislação Brasileira Específica a Acidentes do Trabalho ................................... 42 
3.1. Acidente do Trabalho: Conceito Legal e Conceito Prevencionista .......................................................... 42 
3.2 Lei 8.213/1991 .......................................................................................................................................... 45 
3.2.1 Considera-se acidente do trabalho (art. 20 Lei n. 8213) ....................................................................... 46 
3.2.2 Não é considerado como doença do trabalho (art. 20 inciso 1 da lei .8213) ........................................ 46 
3.2.3 Equiparam-se a acidente do trabalho (Art. 21 da lei n. 8.213) ............................................................. 46 
3.2.4 Comunicação de acidente do trabalho .................................................................................................. 48 
3.2.5 Dia do acidente do trabalho .................................................................................................................. 50 
3.3 Da responsabilidade sobre o acidente de trabalho .................................................................................. 50 
Conclusão ............................................................................................................................................. 53 
Referências ........................................................................................................................................... 54 
Minicurrículo do Professor ................................................................................................................... 55 
Alcione Moraes de Melo ................................................................................................................................. 55 
Ericka Patrícia Lima de Brito ........................................................................................................................... 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Introdução 
Caro Estudante, 
 
Nesta disciplina serão abordados conhecimentos importantes para você e para a sociedade, 
relacionados à Legislação Aplicada à Área de Riscos e Emergências. Apesar de esta ser uma temática 
de ampla gama de informações, iremos abordar conteúdos introdutórios, fundamentais e conceituais 
sobre medidas para minimizar os efeitos de uma emergência, onde você, como futuro profissional de 
Segurança do Trabalho poderá observar que esta disciplina é essencial dentre as atribuições ao qual 
você irá desempenhar no dia a dia. 
Em termos práticos, iremos observar comoa influência de grandes incêndios nortearam 
mudanças importantes nas normas e legislações do País. 
Na segunda competência vamos conhecer sobre o plano de emergência e formação da brigada 
de incêndio. 
Ao final, conheceremos um pouco mais sobre os conceitos e tipos de acidentes do trabalho, 
como realizar a comunicação de acidente e benefícios dos trabalhadores e observar a importância da 
prevenção para evitar o acidente para todos. 
 
Bons Estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Competência 01 
1.Competência 01 | Legislação Brasileira Específica a Incêndios 
1.1. Aspectos legais, legislação de prevenção contra incêndio 
Ao longo dos anos, a sociedade foi aumentando a percepção sobre a importância da 
prevenção contra incêndios nas edificações, ao observar que a falta e/ou adoção de medidas erradas, 
não planejadas, poderiam acarretar em perdas de vidas, prejuízo ao patrimônio, ao meio ambiente, 
entre outros. 
O conhecimento de medidas de prevenção contra incêndios é essencial para todos, 
especialmente para sua formação como futuro Técnico de Segurança do Trabalho - TST. Na Portaria 
3.275/1989, o Ministério do Trabalho e Emprego, definiu as atribuições do técnico em segurança do 
trabalho, constando dentre as atividades: informar os riscos existentes do ambiente de trabalho ao 
empregador e aos empregados, orientar sobre as devidas medidas para eliminação e/ou controle dos 
riscos, etc. Como também, três atribuições que consideramos relacionados com a proteção contra 
incêndio que gostaríamos de destacar: 
 (...) VII - Executar as normas de segurança referentes a projetos de construção, 
ampliação, reforma, arranjos físicos e de fluxos, com vistas à observância das medidas 
de segurança e higiene do trabalho, inclusive por terceiros; 
(...) IX - Indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio, 
recursos audiovisuais e didáticos e outros materiais considerados indispensáveis, de 
acordo com a Legislação vigente, dentro das qualidades e especificações técnicas 
recomendadas, avaliando o seu desempenho; 
(...) XVII - Articular-se e colaborar com os órgãos e entidades à prevenção de acidentes 
do trabalho, doenças profissionais e do trabalho; 
Observe que resumindo os três incisos acima, segundo a Portaria 3.275, o técnico de 
segurança deverá aplicar medidas de segurança para qualquer alteração no ambiente de trabalho, 
ou seja, da fase do projeto à execução da atividade; identificar e inspecionar os sistemas de proteção 
contra incêndio, bem como articular e contribuir com outras instituições relacionadas com prevenção 
de acidentes, exemplo: o Corpo de Bombeiros Militar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Competência 01 
 
Nesse contexto, caro estudante, vamos conhecer algumas Leis e Normas que são 
imprescindíveis para proteção contra incêndio, como é o caso da NR – 23, que trata sobre a proteção 
contra incêndios, o Coscip-PE, que é o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico para o Estado 
de Pernambuco, entre outras referentes ao tema. 
No passado não existia legislações específicas no País sobre a temática, após grandes 
incêndios que essa realidade foi sendo alterada. 
 
Vamos conhecer alguns incêndios de grandes proporções no Brasil? 
 
1. GRAN CIRCO NORTE-AMERICANO 
Em dezembro de 1961, o Gran Circo Norte-Americano estava se apresentando em Niterói/RJ, 
para três mil pessoas. O fogo começou minutos antes do encerramento do show e logo se alastrou 
pelo picadeiro, pois a lona era de material altamente inflamável. O local não possuía medidas de 
proteção a incêndio, saída de emergência, extintores, etc. Existem relatos que o local apresentava 
problemas também nas instalações elétricas. O incêndio matou mais de 500 pessoas. Segundo 
investigações da justiça, o incêndio teve causa criminosa, que foi comandado por um ex-funcionário 
do circo, com ajuda de dois cúmplices. 
 
 
 
 
Acesse o link abaixo para conhecer as atribuições do técnico de segurança do 
trabalho: 
https://www.normasbrasil.com.br/norma/portaria-3275-1989_180582.html 
 
Para saber mais detalhes sobre esse incêndio, conhecido como um dos maiores 
do Brasil acesse os link’s: 
https://www.youtube.com/watch?v=y12CuYOf5T8 
https://www.youtube.com/watch?v=Y60fY5ocz7o 
https://www.normasbrasil.com.br/norma/portaria-3275-1989_180582.html
https://www.youtube.com/watch?v=y12CuYOf5T8
https://www.youtube.com/watch?v=Y60fY5ocz7o
 
 
 
 
 
 
9 
Competência 01 
2. EDIFÍCIO JOELMA 
No centro de São Paulo, um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado no 12º andar 
provocou um grande incêndio, no Edifício Joelma, no dia 1 de fevereiro de 1974. O prédio de 25 
andares, utilizado para funcionamento de um banco e salas comerciais, contava com mais de 750 
funcionários. O fogo se propagou rapidamente entre os andares, resultando na morte de mais de 187 
pessoas e 300 feridos. Algumas pessoas desesperadas se jogaram pelas janelas e sacada, para se 
livrarem do fogo e da fumaça. O prédio apresentava problemas de construção, não tinha escada de 
emergência, porta corta-fogo, etc. 
 
 
Figura 01: Registro do incêndio no Edifício Joelma 
Fonte: https://jovempan.com.br/noticias/relembre-o-incendio-no-edificio-joelma-marco-na-historia-quadricentenaria-
de-sao-paulo.html 
Descrição da imagem: prédio em chamas 
 
3. BOATE KISS 
O incêndio na Boate Kiss, ocorreu em janeiro de 2013, completou mais de 7 (sete) anos e ainda 
está sendo investigado. Essa tragédia ocasionou na morte de 242 jovens, no município de Santa 
Maria, que fica a 290km de Porto Alegre, no Rio grande do Sul. Nos laudos periciais falam de uma 
sucessão de erros que ocasionou essa tragédia, como o caso da realização de show pirotécnico em 
ambiente fechado. O teto da boate era coberto de espuma altamente inflável e tóxico, que facilitou 
o alastramento rapidamente do fogo. O local só continha uma única porta para saída das pessoas, no 
https://jovempan.com.br/noticias/relembre-o-incendio-no-edificio-joelma-marco-na-historia-quadricentenaria-de-sao-paulo.html
https://jovempan.com.br/noticias/relembre-o-incendio-no-edificio-joelma-marco-na-historia-quadricentenaria-de-sao-paulo.html
 
 
 
 
 
 
10 
Competência 01 
momento do incêndio muitos morreram tentando sair da Boate. Além da falta de equipamentos 
adequados e funcionários treinados para atuarem em situações emergência 
 
Figura 02: Boate Kiss após o incêndio 
Fonte: https://www.cruzeirodovale.com.br/brasil/sete-anos-apos-incendio-na-boate-kiss-primeiro-reu-sera-julgado/ 
Descrição da imagem: área da Boate Kiss com o que sobrou após o incêndio. 
 
 
 
 
São inúmeras as causas que contribuíram nesses casos de incêndios relatados, numa análise 
simplória percebemos que ambos não foram projetados avaliando a prevenção contra incêndio, 
como também faltavam equipamentos de combate ao princípio de incêndio, pessoas treinadas para 
atuarem em situações de emergência, locais com rotas de fuga e sinalizações adequadas, além da 
falta de legislações específicas ou descumprimento das existentes, entre outras causas. 
 
 
 
 
Acesse o link abaixo e veja nesta reportagem mais erros que colaboraram para 
tragédia da Boate Kiss 
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/01/dois-anos-depois-
veja-24-erros-que-contribuiram-para-tragedia-na-kiss.html 
https://www.cruzeirodovale.com.br/brasil/sete-anos-apos-incendio-na-boate-kiss-primeiro-reu-sera-julgado/
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/01/dois-anos-depois-veja-24-erros-que-contribuiram-para-tragedia-na-kiss.html
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/01/dois-anos-depois-veja-24-erros-que-contribuiram-para-tragedia-na-kiss.html
 
 
 
 
 
 
11 
Competência 01 
Mas afinal de contas, o que esses incêndios interferiram na Legislação brasileira? 
Após os grandes incêndios todos começaram a ter maior percepção dos riscos e assim 
tendo regras de prevenção e proteção mais rigorosas no País.No entanto, o processo para 
elaboração, aprovação e fiscalização do cumprimento de Leis no Brasil ainda é lento. 
Observe que as primeiras legislações de segurança no Brasil apresentavam como foco a 
proteção ao trabalhador, como visto na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, emitida em 1943. A 
partir da atualização da CLT em 1977, foi dada ao Ministério do Trabalho a responsabilidade de 
complementar as Normas existentes, conforme Art. 200, do capítulo V: 
 
(...) estabelecer disposições complementares às normas de que trata este 
Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor de 
trabalho, especialmente sobre: 
(...) IV - proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas 
adequadas, com exigências ao especial revestimento de portas e paredes, 
construção de paredes contra-fogo, diques e outros anteparos, assim como 
garantia geral de fácil circulação, corredores de acesso e saídas amplas e 
protegidas, com suficiente sinalização; 
 
Em 1978, o Mistério do Trabalho, através da Portaria de 3.214, aprovou as primeiras 28 
Normas Regulamentadoras, sendo a NR-23 específica para proteção contra incêndios. 
No País tivemos, também, a criação de diversas Normas Brasileiras que padronizaram os 
sistemas e plano de combate à emergência. 
Outro exemplo foi a Lei nº 13.425, assinada em 30 de março de 2017, que entrou em vigor 
cinco anos após o incêndio na Boate Kiss, conhecida popularmente como a Lei Kiss, que “estabelece 
diretrizes gerais sobre medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres em 
estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de público". 
Com essa Lei, o governo federal reforçou a responsabilidade de segurança contra 
incêndios de todos os envolvidos no projeto, descrevendo quem tem competência para expedir o 
alvará de funcionamento, fiscalizar, como também os estabelecimentos e profissionais envolvidos. 
Dentre as exigências da Lei, temos que os órgãos que realizam a fiscalização das atividades de 
 
 
 
 
 
 
12 
Competência 01 
engenharia e arquitetura exigem a apresentação de projetos técnicos devidamente aprovados pelo 
poder público municipal. 
 
Quais os estabelecimentos devem adequar-se a essa Lei? 
De acordo com o Art 2º, § 1º: os “estabelecimentos, edificações de comércio e serviços e 
áreas de reunião de público, cobertos ou descobertos, cercados ou não, com ocupação simultânea 
potencial igual ou superior a cem pessoas” devem cumprir as diretrizes da Lei. Mas, essa regra tem 
exceção, sendo estendida também para estabelecimentos com o número de pessoas inferior a cem 
pessoas, desde que sejam destinadas a locais: 
• Principalmente ocupados por idosos, crianças ou pessoas com dificuldade de locomoção; 
• Ou estabelecimentos com grande quantidade de materiais de alta inflamabilidade em seu 
interior. 
O não cumprimento dessa Lei poderá acarretar na aplicação de advertência, multa, 
interdição e embargo do estabelecimento. 
 
 
 
1.2.NR-23 
De acordo com a NR-23 que trata de Proteção contra incêndios, no item 23.1, fala que: 
“Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com 
a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis”. Ou Seja, fica obrigatório seguir os requisitos da 
 
Atenção 
A partir dessa Lei ficou exigido que seja ministrado conteúdo relativo à 
prevenção e ao combate a incêndio e a desastres, nos cursos de graduação em 
Engenharia e Arquitetura, nos cursos de tecnologia e de ensino médio correlatos. 
 
 Acesse o link abaixo e conheça a Lei 13.425/17: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13425.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13425.htm
 
 
 
 
 
 
13 
Competência 01 
NR-23, que são itens fundamentais de proteção contra incêndios, como também o empregador 
deverá cumprir os decretos estaduais, considerando a particularidade de cada tipo de 
estabelecimento. 
Corrobora nesse sentido a Consolidação das Leis de Trabalho – CLT, de 1977, capítulo V, 
sobre segurança e medicina do trabalho, que segundo seu Art. 154, o cumprimento das empresas “de 
outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos 
sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como 
daquelas oriundas de convenções coletivas de trabalho”. 
Adicionalmente, o empregador deverá informar para todos os empregados, segundo a 
NR-23, os seguintes assuntos: 
• A utilização dos equipamentos de combate ao incêndio; 
• Os procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança; e 
• Os dispositivos de alarme existentes. 
O ambiente de trabalho deverá ter saídas, em número suficiente, a fim de evitar 
dificuldades para o abandono do local, nas situações de emergência. Bem como, essas saídas deverão 
ser projetadas de modo a garantir que possam ser utilizada de forma rápida e segura. Por isso, fica 
proibido o fechamento de qualquer saída de emergência, durante o período de trabalho. Mas, de 
acordo com a NR-23, pode-se utilizar dispositivo de travamento nas saídas de emergência, no 
entanto, esse deverá permitir “fácil abertura do interior do estabelecimento”. 
Os locais que forem planejados para utilização em caso de emergência precisam indicar a 
direção da saída, através de sinalizações que podem ser placas ou sinais luminosos. A Figura abaixo 
apresenta alguns modelos de placa utilizadas para sinalizar as rotas de fuga. 
 
 
 
 
 
 
14 
Competência 01 
 
Figura 03: Exemplos de placas de sinalizações de rota de fuga 
Fonte: https://setechamas.com.br/portfolio/placa-sinalizacao-rota-de-fuga/ 
Descrição da imagem: A imagem representa figuras de placas verde, com bonecos andando para direita ou esquerda, 
subindo ou descendo escada, conforme direção da seta que representa a saída de emergência. Tem, também, o 
desenho de uma placa escrita: SAIDA DE EMERGÊNCIA. 
 
 
 
1.3. COSCIP-PE 
As edificações, além de cumprir as exigências da NR-23, precisam atender também as 
legislações, Decretos, Instruções Técnicas, estabelecidas pelo Estado, como vimos no tópico anterior. 
Nesse sentido, cada Estado deve possuir suas próprias Normativas de proteção contra incêndio e/ou 
indicar as instruções técnicas que serão adotadas. 
Neste contexto, temos o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico para o Estado de 
Pernambuco – Coscip-PE, que tem por finalidade, conforme seu Art. 1º. “estabelecer as condições 
mínimas de segurança contra incêndio e pânico em edificações, determinar o seu cumprimento e 
fiscalizar sua execução”. No qual, esse Código, tem abrangência para as edificações construídas, em 
construção e a que venham ser construídas localizadas na área do Estado de Pernambuco. De acordo 
com o Código apenas as residências privativas unifamiliares estão isentas do cumprimento das 
exigências estabelecidas, exceto as exceções previstas. 
 
Para conhecer na íntegra a NR-23, acesse: 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-23.pdf 
https://setechamas.com.br/portfolio/placa-sinalizacao-rota-de-fuga/
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-23.pdf
 
 
 
 
 
 
15 
Competência 01 
 
 
O Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco – CBMPE tem dentre suas competências a 
função de estudar, planejar e fiscalizar o cumprimento desse Código. 
 
1.3.1 Classificação das edificações e definição de sistemas 
As edificações são classificadas quanto ao risco de incêndio em conformidade com a Tarifa de 
Seguro-Incêndio do Brasil – TSIB, do Instituto de Resseguros do Brasil - IRB. Para realizar essa 
classificação de risco deve-se tomar como base a classificação da ocupação, seguida pelo Corpo de 
Bombeiros Militar de Pernambuco - CBMPE. 
 
 
 
Essa classificação de ocupação, descrita abaixo, servirá para dimensionar o sistema de 
segurança contra incêndio da edificação.TIPO OCUPAÇÃO DESCRIÇÃO DA OCUPAÇÃO 
A 
Residencial Privativa 
Unifamiliar 
Residência de uma só família, onde independe 
número de pavimentos ou área construída. Ex.: Casas. 
B 
Residencial Privativa 
Multifamiliar 
Conjunto de unidades habitacionais, reunidos em um 
só bloco ou edifício, tendo a existência de áreas 
 
Conheça na íntegra o Coscip do estado de PE, através do link: 
https://www.intranet.bombeiros.pe.gov.br/storage/get/file/1684 
 
Caso a edificação tenha mais de uma classificação de ocupação e risco, para fins 
de dimensionamento de sistemas de segurança contra incêndio e pânico, 
prevalecerá, a ocupação de maior risco. 
https://www.intranet.bombeiros.pe.gov.br/storage/get/file/1684
 
 
 
 
 
 
16 
Competência 01 
coletivas cobertas no interior da edificação ou fazendo 
parte da mesma. Ex.: Apartamentos. 
C Residencial Coletiva 
Abrigam, grupos de pessoas, com aproveitamento e 
ocupação de áreas coletivas, com a ocupação 
domiciliar de intenção permanente, não inferior a seis 
meses. Ex.: conventos, internatos, etc. 
D Residencial Transitória 
Abrigam, em regime residencial ou domiciliar 
exclusivamente transitório, grupos de pessoas com 
aproveitamento e ocupação de áreas coletivas, por 
tempo não superior a 30 dias, podendo, em casos ter 
exceção desse tempo. Ex.: hotéis, motéis, albergues, 
etc. 
E Comercial 
São desenvolvidos processos de trabalho mercantil, 
de compra e venda e de oficinas de consertos ou 
serviços, como também pequenas lanchonetes, área 
inferior a 50 m², sendo o atendimento desenvolvido 
exclusivamente no balcão. Ex.: Supermercado, 
padaria, oficina, açougues, etc. 
F Escritório 
São destinadas à condução de negócios e prestação de 
serviços pessoais. Ex.: Consultórios médicos, 
escritórios, agências de viagens e empregos, 
barbearias, etc. 
G Mista 
Abrigam ocupações residenciais privativas conjugadas 
com comerciais ou de escritórios. 
H Reunião de Público 
Tem natureza de congregar uma população flutuante 
ou temporária em um dado momento, provocada por 
um evento isolado esporádico, transitório ou 
descontínuo. Ex.: Teatro, cinema, bares, estádios, 
boate, auditório, etc. 
 
 
 
 
 
 
17 
Competência 01 
I Hospitalar 
São destinadas ao tratamento de pessoas portadoras 
de distúrbios de qualquer natureza, deficiências físicas 
ou psíquicas e de patologias clínicas diversas, ou 
cuidados especiais, desde que impliquem 
internamentos ou permanência temporária. Ex.: 
hospital, asilos, etc. 
J Pública 
São aquelas administradas pelos poderes públicos 
constituídos. 
K Escolar 
São destinadas ao ensino pedagógico, à formação, 
aperfeiçoamento, habilitação e atualização de 
profissionais, à educação ou à formação escolar em 
todos os graus, e, ainda, aquelas destinadas à 
formação e modelação muscular e corporal, com 
permanência de tempo não inferior a 60 (sessenta) 
dias. 
L Industrial 
São aquelas destinadas às ocupações com processos 
de industrialização, atividades fabris, e similares. 
Serão classificados em conformidade com a TSIB – IRB. 
M Garagem 
São as edificações destinadas, exclusivamente, a 
estacionamento e guarda de veículos automotores, 
inclusive embarcações e aeronaves, exploradas ou 
não comercialmente, e a garagens coletivas, desde 
que instaladas no interior de áreas edificadas ou 
construídas. 
N Galpão ou Depósito 
São aquelas construções em que o risco de ocupação 
envolva armazenamento, guarda, depósito ou 
estoque de materiais. As edificações definidas neste 
artigo serão classificadas em função da natureza do 
material a ser armazenado. 
 
 
 
 
 
 
18 
Competência 01 
O 
Produção, manipulação, 
armazenamento e distribuição 
de derivados de petróleo e/ou 
álcool e/ou produtos perigosos 
Serão classificadas em função das seguintes 
ocupações: 
destilarias, refinarias e congêneres; parques de 
tancagem ou tanques isolados; plataformas de 
carregamento; postos de serviços e/ou pontos de 
vendas a varejo; armazéns ou depósitos de produtos 
acondicionados; instalações e/ou parques de 
acondicionamento; instalações que envolvam 
recipientes estacionários. 
P Templos Religiosos 
Edificações destinadas a realização de atos litúrgicos 
ou religiosos, seitas religiosas, sessões, reuniões e/ou 
eventos que envolvam religião, crença ou qualquer 
manifestação de fé, independente da forma de 
expressão. 
Q Especiais 
São aquelas que, por sua natureza de ocupação ou 
condições de existência apresentem processos de 
trabalho que envolvam riscos específicos, ou que 
tenham existência efêmera ou temporária quanto à 
sua instalação, exigindo proteção especial contra 
sinistros. Ex.: Museus, bibliotecas, etc. 
 
Quadro 02: Classificação de ocupação. 
Fonte: COSCIP-PE - Governo do Estado de Pernambuco (1994) 
 
 
A partir da classificação da ocupação, podem-se definir os sistemas de segurança contra 
incêndio, mas é necessário seguir a análise de alguns parâmetros, tais como: 
• Área total construída e/ou coberta; 
• Área construída por pavimento; 
• Número de pavimentos; 
• Altura total da edificação ou de áreas ou setores específicos, em caso de ocupações diversas; 
 
 
 
 
 
 
19 
Competência 01 
• Número total de economias habitáveis na edificação e/ou em agrupamentos e por pavimento 
edificado; 
• Distâncias a serem percorridas pela população no caminhamento em circulações ou acessos, 
partindo-se do local mais afastado até às saídas de emergência, em cada pavimento 
considerado; 
• Natureza das circulações e/ou acessos; 
• Natureza específica de sua ocupação, nos casos de indústrias, depósitos, galpões e casas 
comerciais, isoladas ou não, e edificações congêneres, entre outros descritos no Coscip. 
 
1.3.2 Sistemas de prevenção e combate a incêndios 
Caro estudante, vamos aprender sobre os sistemas de prevenção de combate a incêndios? 
Os sistemas citados pelo Coscip-PE são os: 
• Portáteis e transportáveis; 
• Fixos automáticos e sob comando; 
• Chuveiros automáticos. 
 
Dos sistemas portáteis e transportáveis – são os extintores de incêndios que podem ser manual ou 
sobre rodas. 
• Manual – destinado a combater o princípio de incêndio, com capacidade mínima de uma 
Unidade Extintora; 
• Sobre rodas – que contém mangueira de no mínimo 5,0 m de comprimento, e provido de 
difusor, esguicho ou pistola, apresente-se montado sobre carretas e tenha, no mínimo, as 
capacidades previstas do Coscip-PE, em função do agente extintor. 
 
 
 
 
 
 
 
20 
Competência 01 
Figura 04: Extintores, com carga de água, portátil manual de 10l e sobre rodas com 75l 
Fonte: https://www.bucka.com.br/extintores/ 
Descrição da imagem: Dois exemplos de extintores de incêndio, com carga de água. O primeiro na versão de 10l e o 
segundo sobre rodas, na versão de 75 litros. 
 
O agente extintor é a substância que é eficaz para a extinção do fogo, exemplo: água, pó 
químico e gás carbônico - CO2. Para realizar o dimensionamento de proteção por extintores será 
conforme a necessidade de Unidades Extintoras – UE, do ambiente que será protegido. 
Observe no quadro abaixo como se constitui uma Unidade Extintora – UE, considerando um aparelho 
e o mínimo da capacidade do agente ou substância: 
Substância ou Agente Capacidade do extintor 
Água ou espuma 10 litros 
Gás carbônico 6 kg 
Pó químico 4 kg 
 
Quadro 04: Extintor - Agente e capacidade 
Fonte: Governo do Estado de Pernambuco (1994) 
 
 
 
De acordo o Coscip-PE, Art. 33, para realizar o dimensionamento da quantidade, tipo e a 
capacidade dos extintores faz-se necessário saber: 
• Natureza do fogo a extinguir; 
• Área total a ser protegida; 
• Riscos que os mesmos venham a oferecer ao operador; 
 
Atenção 
- É exigido no mínimo de duas Unidades Extintoras para cada pavimento, 
mezanino, jirau ou risco isolado; 
- É aceita a instalação de apenas uma Unidade Extintora, desde que a área a ser 
protegida seja igual ou inferiora 50 m²; 
- Na instalação, os extintores não devem ter a sua parte superior acima de 1,60 m 
do piso e não devem ser instalados nas escadas e nas antecâmaras das escadas a 
prova de fumaça; 
- Devendo ser instalados em locais com menor possibilidade do fogo bloquear seu 
acesso; boa visibilidade; protegidos contra intempéries e não fiquem encobertos 
ou obstruídos. 
 
https://www.bucka.com.br/extintores/
 
 
 
 
 
 
21 
Competência 01 
• Classe ocupacional do risco isolado; 
• Área máxima de proteção de uma unidade extintora; 
• Distância a ser percorrida para alcançar o extintor. 
Nas suas inspeções de segurança, como futuro técnico, deverá verificar se os extintores 
encontram-se devidamente sinalizados, com fácil visualização, rápida localização e identificação do 
equipamento e de seu agente extintor. O Coscip-PE fala da utilização de discos de sinalização, que 
deverão ser formados por um círculo interno, com a cor identificadora do agente extintor 
correspondente, a indicação do fone do Corpo de Bombeiros (193) e circunscrito por outro na cor 
vermelha, em cores firmes. Esse círculo interno dos discos de sinalização deverá obedecer à seguinte 
configuração: 
• Círculo interno na cor BRANCA, para identificação dos aparelhos com o agente extintor a base 
de água; 
• Círculo interno na cor AMARELA, para identificação dos aparelhos com o agente extintor gás 
carbônico; 
• Círculo interno na cor AZUL, para identificação dos aparelhos com o agente extintor pó 
químico. 
Obs.: Segundo o Coscip, poderão ser admitidas também setas de sinalização. 
 
Dos sistemas fixos automáticos e sob comando - são formados por sistemas de hidrantes, de 
mangueiras semi-rígidas e de chuveiros automáticos. 
- Os sistemas de proteção por hidrantes e por carretel com mangotinho são conjuntos 
formados por canalizações, reservatórios de água, mangueiras ou mangotinhos, esguichos e 
acessórios hidráulicos, destinado exclusivamente para a extinção de incêndios. A instalação da rede 
de hidrantes poderá ser interna e/ou externos da edificação. 
- Chuveiros automáticos – sprinklers - conjunto formado por canalizações, válvulas, 
reservatório d’água, chaves de fluxo, bicos dos chuveiros, e, quando for o caso, sistema de bombas, 
destinado à proteção contra incêndio e pânico. Os sprinklers têm por finalidade: proteger áreas de 
maior risco; evitar a propagação dos incêndios; garantir um caminhamento seguro às rotas de fuga. 
 
 
 
 
 
 
22 
Competência 01 
 
Figura 05: Hidrante e chuveiro automático 
Fonte: https://bombeiros.com.br/hidrante-incendio/ 
https://www.gcbrazil.com.br/chuveiros-automaticos/ 
Descrição da imagem: Primeira imagem é um hidrante instalado em abrigo/armário vermelho com mangueira. A 
segunda imagem é um chuveiro automático - sprinkler de teto em metal inox circular e bulbo central com líquido 
interno na cor vermelha, logo abaixo deste um dispersor. 
 
O Coscip-PE ainda trata do sistema de detecção e alarme de incêndio, dos sistemas e 
dispositivos para evacuação de edificações em caso de emergência, do sistema de proteção e de 
estruturas, por isso é essencial e importante à leitura completa desse Código. 
 
Lembrete: É necessária a aprovação do projeto de prevenção de combate e incêndio pelo Corpo de 
Bombeiros. 
 
1.4. ABNT 
Caro estudante, a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ganhou poder de lei, em 
relação às normas de proteção contra incêndios, ao ser citada pela NR-23, ou seja, ficando obrigatória 
o seu cumprimento caso não exista decreto estadual específico sobre determinado tema na área de 
proteção contra incêndios. Sendo assim, os ambientes de trabalho também precisam estar em 
conformidades com as normas técnicas aplicáveis. 
Segue algumas NBR’s relacionadas com a prevenção e o combate a incêndios, conforme 
apresentado na Tabela abaixo. 
 
Nº da Norma Norma 
NBR 9077 Saídas de emergência; 
NBR 11742 Portas corta-fogo para saída de emergência 
https://bombeiros.com.br/hidrante-incendio/
https://www.gcbrazil.com.br/chuveiros-automaticos/
 
 
 
 
 
 
23 
Competência 01 
NBR 13714 Hidrantes ou mangotinhos 
NBR 10897 Proteção contra incêndios por chuveiro automático 
NBR 12693 Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio 
NBR 14276 Programa de brigada de incêndio 
NBR 10898 Sistemas de iluminação de emergência 
NBR 12692 Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio 
NBR 9441 Sistemas de Detecção e Alarme de incêndio 
NBR 15219 Plano de emergência 
NBR 12962 Extintores de incêndio — Inspeção e manutenção 
 
Quadro 03: NBR’s 
Fonte: http://www.abnt.org.br/ 
 
 
 Pesquise sobre os objetivos da ABNT, para conhecer mais sobre o tema. 
 Agora que você acabou de ler esta competência, assista a Videoaula. 
http://www.abnt.org.br/
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
24 
2.Competência 02 | Legislação Brasileira Específica a Procedimentos de 
Emergências 
2.1. NBR 15219 - Plano de Emergência contra Incêndios 
Visando evitar que uma diversidade de ações fossem realizadas e assim houvesse uma 
certa confusão no momento da aplicação das possíveis ações, surgiu a necessidade de uma 
padronização, ou seja, a realização de especificações que pudessem ser utilizadas por todos visando 
a eficiência, bem como a realização de padrões mínimos no combate a incêndios. Desta forma, a NBR 
15219 de 2005 apresenta de forma clara o plano de emergência contra incêndios, porém, é 
importante lembrar que, mesmo diante dessa normatização, as empresas podem, de acordo com a 
sua característica ou riscos envolvidos, ampliar esta norma com outros parâmetros visando o 
combate ao incêndio. 
 
De maneira geral, esta norma está subdividida em 04 (quatro) principais tópicos, com 03 
(três) anexos, conforme apresentado na Figura1: 
 
Figura 06: Principais Tópicos abordados na NBR 15219:2005 
Fonte: As autoras 
Descrição da imagem: fluxograma em formato de setas coloridas, onde cada seta tem a seguinte 
sequência: objetivo, referências normativas, definições, requisitos e anexos. 
 
A seguir, iremos estudar de forma detalhada cada item desta norma. 
 
OBJETIVO
REFERÊNCIAS 
NORMATIVAS
DEFINIÇÕES REQUISITOS ANEXOS
 
Agora que você já entendeu um pouco da importância da NBR 15219:2005, 
vamos estudar de forma mais detalhada os tópicos desta norma? 
Acesse: 
http://safebombeirocivil.com.br/wp-content/uploads/2017/09/nbr152192005-
bombeiro-profissional-civil.pdf 
 
http://safebombeirocivil.com.br/wp-content/uploads/2017/09/nbr152192005-bombeiro-profissional-civil.pdf
http://safebombeirocivil.com.br/wp-content/uploads/2017/09/nbr152192005-bombeiro-profissional-civil.pdf
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
25 
2.1.1. Objetivo 
A NBR 15219:2005 tem por objetivos: 
• Estabelecer os requisitos mínimos para a ELABORAÇÃO, IMPLANTAÇÃO, 
MANUTENÇÃO e REVISÃO de um plano de emergência contra incêndio, visando 
proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais do sinistro 
e os danos ao meio ambiente. 
• Ser de aplicabilidade em toda e qualquer planta, com exceção das edificações 
residenciais unifamiliares. 
 
2.1.2. Referências Normativas 
Uma norma técnica para ser elaborada é pautada em requisitos de outras normas, desta 
forma, com a NBR 15219:2005, podemos observar que a mesma seguiu determinações abordadas 
nas seguintes NBRs: 
• ABNT NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios 
• ABNT NBR 13434-1 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 1: Princípios 
de projeto 
• ABNT NBR 13434-2 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e 
suas formas, dimensões e cores 
• ABNT NBR 14023 – Registro de atividades de bombeiros 
• ABNT NBR 14276 – Programa de brigada de incêndio 
• ABNT NBR 14608 – Bombeiro profissional civil 
 
 
Vamos relembrar? 
 
O são edificações residenciais unifamiliares? 
Segundo o artigo 8º do COSCIP – PE, estudado durante a Competência 01, temos: 
As Edificações Residenciais PrivativasUnifamiliares - casas, são aquelas 
destinadas à residência de uma só família, independentemente do número de 
pavimentos ou área construída. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
26 
2.1.3. Definições da NBR 15219:2005 
Para facilitar o entendimento de alguns termos utilizados, a norma apresenta algumas 
definições. É importante que você estudante esteja sempre atento as diferenciações de cada um 
destes termos utilizados na NBR 15219:2005, que são: 
 
• Bombeiro profissional civil: Conforme ABNT NBR 14608. 
• Brigada de incêndio: Conforme ABNT NBR 14276. 
• Grupo de apoio: Grupo de pessoas composto por terceiros (por exemplo: pessoal de 
manutenção, patrimonial, telefonista, limpeza etc.) ou não, treinados e capacitados, que 
auxiliam na execução dos procedimentos básicos na emergência contra incêndio. 
• Emergência: Situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ao meio ambiente e ao 
patrimônio, gerando um dano continuado que obriga a uma imediata intervenção 
operacional. 
• Perigo: Situação com potencial de provocar lesões pessoais ou danos à saúde, ao meio 
ambiente ou ao patrimônio, ou combinação destas. 
• Planta: Local onde estão situadas uma ou mais edificações ou área a ser utilizada para um 
determinado evento ou ocupação. 
• Ponto de encontro: local seguro e protegido dos efeitos do sinistro. 
• População fixa: Aquela que permanece regularmente na planta, considerando-se os turnos 
de trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros nestas condições. 
• População flutuante: Aquela que não permanece regularmente na planta. Será sempre 
considerado o número máximo diário de pessoas. 
• Profissional habilitado: Profissional com formação em prevenção, combate a incêndio e 
abandono de área, com carga horária mínima de 200 h para risco baixo, 300 h para risco médio 
ou 400 h para risco alto; primeiros-socorros com carga horária mínima de 60 h para risco 
baixo, 120 h para risco médio ou 240 h para risco alto; e análise de risco com carga horária 
mínima de 60 h para risco baixo, 100 h para risco médio ou 140 h para risco alto. Ou 
profissional que tenha elaborado planos de emergência contra incêndio nos últimos cinco 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
27 
anos, específicos para o risco baixo, médio ou alto, confirmados por atestado de capacitação 
técnica emitido por instituição ou empresa de notório reconhecimento no Brasil. 
 
Vamos fixar esses números? 
 
A Figura apresenta um resumo do que a norma entende por Profissional Habilitado. 
 
Figura 07: Resumo das cargas horárias do Profissional Habilitado segundo definição da NBR 15219:2005 
Fonte: As autoras 
Descrição da imagem: Dois quadros. O primeiro consta a carga-horária mínima do profissional habilitado com formação 
em prevenção, combate a incêndio e abando de área, sendo 200 horas para risco baixo, 300 horas para risco médio e 
400 horas para risco alto. No segundo tem a carga-horária mínima em primeiros socorros, sendo 60 horas risco baixo, 
100 horas risco médio e 140h risco alto. 
 
• Risco: Propriedade de um perigo promover danos, com possibilidade de perdas humanas, 
ambientais, materiais e/ou econômicas, resultante da combinação entre frequência esperada 
e consequência destas perdas. 
 
 
Figura 08: Classificação dos riscos de acordo com a carga de incêndio conforme NBR15219:2005 
Fonte: As autoras 
Descrição da imagem: quatro quadros com cores diferentes. No primeiro quadro – Risco alto: Planta com 
carga de incêndio acima de 1.200 MJ/m²; segundo quadro – Risco baixo: Planta com carga de incêndio até 300 MJ/m²; 
terceiro quadro – Risco iminente: Risco que requer ação imediata. Quarto e último quadro – Risco médio: Planta com 
carga de incêndio entre 300 e 1.200 MJ/m² 
Primeiros-socorros com carga horária mínima de 
60 h para risco baixo 100 h para risco médio 140 h para risco alto
Profissional com formação em prevenção, combate a incêndio e abandono de área, 
com carga horária mínima de 
200 h para risco baixo 300 h para risco médio 400 h para risco alto
RISCO ALTO
•Planta com carga 
de incêndio 
acima de 1.200 
MJ/m²
RISCO BAIXO
•Planta com carga 
de incêndio até 
300 MJ/m²
RISCO IMINENTE
•Risco que requer 
ação imediata
RISCO MÉDIO
•Planta com carga 
de incêndio entre 
300 e 1.200 
MJ/m².
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
28 
• Rota de fuga: Caminhos e saídas devidamente sinalizados, dotados de proteção contra 
incêndio e desobstruídos, a serem percorridos pelas pessoas para um rápido e seguro 
abandono de qualquer local da planta até o ponto de encontro previamente determinado 
pelo plano de emergência contra incêndio. 
• Saída de emergência: Saídas que atendam os requisitos da ABNT NBR 9077. 
• Sinistro: Ocorrência proveniente de risco que resulte em prejuízo ou dano. 
• Terceiros: Pessoal pertencente a uma empresa prestadora de serviço. 
 
2.1.4. Requisitos 
Os requisitos são as principais exigências que a norma prevê para a elaboração do plano de 
emergência. A NBR 15219:2005 apresenta 05 (cinco) itens fundamentais, conforme Figura 04. 
 
Figura 09: Principais itens para a elaboração do Plano de Emergência segundo NBR 15219:2005. 
Fonte: As autoras 
Descrição da Imagem: Quadros descrevendo os 5 requisitos para elaboração do plano de emergência. Os requisitos são: 
Elaboração do plano de emergência contra incêndio; Implantação do plano de emergência contra incêndio; 
Manutenção do plano de emergência contra incêndio; Revisão do plano de emergência contra incêndio e auditoria do 
plano. 
 
R
EQ
U
IS
IT
O
S
Elaboração do plano de emergência contra incêndio
Implantação do plano de emergência contra incêndio
Manutenção do plano de emergência contra incêndio
Revisão do plano de emergência contra incêndio
Auditoria do plano
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
29 
2.1.5. Elaboração do plano de emergência contra incêndio 
O plano de emergência contra incêndio deve ser elaborado para toda e qualquer planta, com 
exceção das edificações residenciais unifamiliares. A confecção deverá ser elaborada por 
PROFISSIONAL HABILITADO, levando-se em conta os seguintes aspectos: 
a) Localização (por exemplo: urbana, rural, características da vizinhança, distâncias de outras 
edificações e/ou riscos, distância da unidade do Corpo de Bombeiros, existência de Plano de 
Auxílio Mútuo - PAM etc.); 
b) Construção (por exemplo: alvenaria, concreto, metálica, madeira etc.); 
c) Ocupação (por exemplo: industrial, comercial, residencial, escolar etc.); 
d) População (por exemplo: fixa, flutuante, características, cultura etc.); 
e) Característica de funcionamento (horários e turnos de trabalho e os dias e horários fora do 
expediente); 
f) Pessoas portadoras de deficiências; 
g) Outros riscos específicos inerentes à atividade; 
h) Recursos Humanos (por exemplo: brigada de incêndio, bombeiros profissionais civis, grupos 
de apoio etc.) e 
i) Materiais existentes (por exemplo: extintores de incêndio, iluminação de emergência, 
sinalização, saídas de emergência, sistema de hidrantes, chuveiros automáticos, sistema de 
detecção e alarme de incêndio etc.). 
j) 
 
 
2.1.6. Implantação do plano de emergência contra incêndio 
Na fase de implantação, basicamente 03 (três) requisitos devem ser atendidos: 
 
FIQUE LIGADO: 
 
Segundo a NR 10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade, o 
PROFISSIONAL HABILITADO é aquele trabalhador previamente qualificado e com 
registro no competente conselho de classe. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
30 
 
Figura 10: Requisitos da fase de implantação do plano de emergência contra incêndio 
Fonte: As autoras 
Descrição da imagem: a imagem apresenta as fases da implantação do plano de emergência contra incêndio, que são: 
divulgação e treinamento; exercícios simulados; e, procedimentos básicos nas emergências. 
 
 
Agora que fixamos quais são os requisitos básicos, vamos conhecer de forma detalhada quais 
as principais funções de cada um na implantação do planode emergência contra incêndio. 
 
a) Divulgação e treinamento 
Em termos de divulgação, para os ocupantes o plano de emergência contra incêndio deverá 
ser divulgado em geral por meio de manual básico de forma a garantir que todos tenham 
conhecimento dos procedimentos a serem executados em caso de emergência. Os visitantes também 
deverão ser informados sobre o plano de emergência em geral por meio de panfletos, vídeos e/ou 
palestras. 
No que se refere ao treinamento, o plano de emergência contra incêndio deve fazer parte dos 
seguintes treinamentos: 
• Treinamento de formação; 
• Treinamentos periódicos; e 
• Reuniões ordinárias dos membros da brigada de incêndio, dos bombeiros profissionais civis, 
do grupo de apoio dentre outros. 
 
 
 
b) Exercícios simulados 
Implantação do plano de emergência contra incêndio
Divulgação e Treinamento Exercícios Simulados
Procedimentos Básicos nas 
Emergências
 
NÃO SE ESQUEÇA: 
 
A representação gráfica contida no plano de emergência contra incêndio, com 
destaque para as rotas de fuga e saídas de emergência, deve estar afixada na 
entrada principal e em locais estratégicos de cada edificação, de forma a divulgar 
o plano e facilitar o seu entendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
31 
Para ter uma maior visibilidade de como poderia ser realizado os procedimentos de 
emergência, deverão ser realizados exercícios simulados de abandono de área, sejam eles parciais e 
completos, no próprio estabelecimento de trabalho, com a participação de todos que fazem parte 
daquele local, sendo da seguinte forma: 
• Para risco baixo ou médio: período máximo de seis meses para simulados parciais e 12 meses 
para simulados completos; 
• Para risco alto: período máximo é de três meses para simulados parciais e seis meses para 
simulados completos. 
Após a simulação, deverá ser realizada uma reunião extraordinária para avaliação e correção 
das falhas ocorridas. 
 
c) Procedimentos básicos na emergência contra incêndio 
Para a fase de procedimentos básicos na emergência contra incêndio, ou seja, na fase efetiva, 
uma sequência de parâmetros devem ser seguidos, conforme apresentado na Quadro abaixo. 
 
 
SEQUÊNCIA PARÂMETROS RESUMO 
1 ALERTA Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa 
pode, pelos meios de comunicação disponíveis ou alarmes, 
alertar os ocupantes, os brigadistas, os bombeiros 
profissionais civis e o apoio externo. Este alerta pode ser 
executado automaticamente em edificações que possuem 
sistema de detecção de incêndio. 
2 ANÁLISE DA 
SITUAÇÃO 
Após o alerta, deve ser analisada a situação, desde o início 
até o final da emergência 
3 APOIO EXTERNO O Corpo de Bombeiros e/ou outros órgãos locais devem ser 
acionados imediatamente, preferencialmente por um 
brigadista 
4 PRIMEIROS 
SOCORROS 
Prestar os primeiros-socorros às possíveis vítimas, mantendo 
ou estabilizando suas funções vitais 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
32 
5 ELIMINAR RISCOS Eliminar os riscos por meio do corte das fontes de energia e 
do fechamento das válvulas das tubulações quando possível e 
necessário, da área sinistrada atingida ou geral. 
6 ABANDONO DE 
ÁREA 
Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando 
necessário, conforme comunicação preestabelecida, 
conduzindo a população fixa e flutuante para o ponto de 
encontro, ali permanecendo até a definição final da 
emergência. O plano deve contemplar ações de abandono 
para portadores de deficiência física permanente ou 
temporária, bem como as pessoas que necessitem de auxílio 
(por exemplo: idosos, gestantes etc.). 
7 ISOLAMENTO DA 
ÁREA 
Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os 
trabalhos de emergência e evitar que pessoas não 
autorizadas adentrem ao local. 
8 CONFINAMENTO 
DO INCÊNDIO 
Confinar o incêndio de modo a evitar a sua propagação e 
consequências. 
9 COMBATE AO 
INCÊNDIO 
Proceder ao combate, quando possível, até a extinção do 
incêndio, restabelecendo a normalidade. 
10 INVESTIGAÇÃO Levantar as possíveis causas do alerta e os demais 
procedimentos adotados. Emitir relatório conforme ABNT 
NBR 14023, com o objetivo de propor medidas preventivas e 
corretivas para evitar a sua repetição. 
 
Quadro 04: Sequência, parâmetros e resumo dos procedimentos básicos na emergência contra incêndio 
Fonte: as autoras 
 
2.2. NBR 14.276 - Programa de Brigada de Incêndio 
Outra NBR de extrema importância com relação à Legislação de Riscos e Emergências, é a NBR 
14.276, que define sobre a necessidade de uma padronização sobre a atividade de brigada de 
incêndio. Mas, o que seria uma brigada de incêndio? 
Segundo Brentano (2015), a brigada de incêndio é definida como um grupo organizado de 
pessoas que são treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, realizando ações como auxílio na 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
33 
evacuação do local, priorizando a segurança das pessoas, prestação dos primeiros socorros, bem 
como no combate ao princípio de incêndio. 
 
Figura 10: Brigada de Incêndio 
Fonte: https://blog.previnsa.com.br/wp-content/uploads/2018/02/158673-guia-completo-sobre-brigada-de-incendio-
saiba-mais-649x433.jpg 
Descrição da imagem: Dois homens utilizando os equipamentos de proteção individual, segurando mangueira de 
incêndio para resfriar o local na frente dele que encontra-se em chamas. 
 
Assim, ainda segundo Brentano (2015), como principais funções de uma brigada, seguindo 
uma ordem de prioridades, são: 
1. Orientar e ajudar na saída com segurança das pessoas que ocupam a edificação; 
2. Prestar os primeiros socorros; 
3. Combater o foco de fogo para proteger a vida humana e a propriedade; 
4. Avisar, receber e orientar o corpo de bombeiros para o acesso ao local do fogo 
 
Mas, e como está organizada a NBR 14.276? 
Esta NBR está subdividida em 06 (seis) principais tópicos e 04 (quatro) anexos, conforme 
apresentado na Figura 07. 
https://blog.previnsa.com.br/wp-content/uploads/2018/02/158673-guia-completo-sobre-brigada-de-incendio-saiba-mais-649x433.jpg
https://blog.previnsa.com.br/wp-content/uploads/2018/02/158673-guia-completo-sobre-brigada-de-incendio-saiba-mais-649x433.jpg
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
34 
 
Figura 11: Principais itens para a elaboração do Plano de Emergência segundo NBR 14.276:2007 
Fonte: As autoras 
Descrição da Imagem: Quadro descrevendo como é a subdivisão da NBR 14.276, que é: objetivo, referências 
normativas, definições, requisitos, procedimentos complementares, recomendações gerais para a população da planta 
e anexos. 
 
 
2.2.1. Objetivo 
A NBR 14276:2007 tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para a composição, 
formação, implantação e reciclagem de brigadas de incêndio, preparando-as para atuar na prevenção 
e no combate ao PRINCÍPIO de incêndio, abandono de área e primeiros-socorros, visando, em caso 
de sinistro, proteger a vida e o patrimônio, reduzir as consequências sociais do sinistro e os danos ao 
meio ambiente. 
É importante ressaltar que, esta norma é aplicável para toda e qualquer planta. 
 
2.2.2. Definições 
Um dos itens da NBR 14276:2007 apresenta alguns conceitos, tais como: 
N
B
R
 1
4.
27
6
Objetivo
Referências Normativas
Definições
Requisitos
Procedimentos Complementares
Recomendações gerais para a população da planta
ANEXOS
 
A seguir iremos nos aprofundar no estudo de alguns tópicos relevantes que 
compõem a NBR 14276:2007. Porém, é importante que você estudante e futuro 
Técnico de Segurança do Trabalho busque conhecer ainda mais as 
determinações desta norma. Acesse: 
http://cipa.iqsc.usp.br/files/2016/05/NBR-14276-Brigada-de-
Inc%C3%AAndio.pdf 
 
http://cipa.iqsc.usp.br/files/2016/05/NBR-14276-Brigada-de-Inc%C3%AAndio.pdf
http://cipa.iqsc.usp.br/files/2016/05/NBR-14276-Brigada-de-Inc%C3%AAndio.pdf
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
35 
• Bombeiro: pessoa treinada e capacitada que presta serviços de prevenção e atendimento a 
emergênciaatuando na proteção da vida, do meio ambiente e do patrimônio; 
• Bombeiro Profissional Civil: bombeiro que presta serviços em uma planta ou evento; 
• Bombeiro Público: bombeiro que pertence a uma corporação seja ela governamental ou civil, 
de atendimento a emergências públicas; 
• Bombeiro Voluntário: bombeiro pertencente a uma organização não governamental ou 
organização da sociedade civil de interesse público que presta serviços de atendimento a 
emergências públicas; 
• Brigada de Incêndio: Grupo organizado de pessoas voluntárias ou indicadas, treinadas e 
capacitadas para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de 
área e primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida; 
• Exercício Simulado: Exercício prático realizado periodicamente para manter a equipe de 
emergência e os ocupantes das edificações em condições de enfrentar uma situação real de 
emergência; 
• População Fixa: Aquela que permanece regularmente na edificação, considerando-se os 
turnos de trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros nestas condições; 
• População Flutuante: Aquela que não permanece regularmente na planta, devendo sempre 
considerar o número máximo diário de pessoas; 
• Risco: Propriedade de um perigo promover danos, com possibilidade de perdas humanas, 
ambientais, materiais e/ou econômicas, resultante da combinação entre frequência esperada 
e consequência destas perdas. 
O quadro apresenta um resumo dos diferentes riscos citados nesta norma. 
 
Tipo de Risco Carga de Incêndio da Planta 
Risco Alto Acima de 1.200 MJ/m² 
Risco Baixo Até 300 MJ/m² 
Risco Médio Entre 300 MJ/m² e 1.200 MJ/m² 
 
Quadro 04: Diferentes tipos de riscos e suas cargas de incêndio com base na NBR 14276:2007 
Fonte: As autoras, baseada na NBR 14.276:2007 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
36 
2.2.3. Requisitos 
Agora estudante, chegamos num item de grande relevância da norma, que apresenta 
significados importantes para que se tenham resultados satisfatórios quando relacionados as ações 
da brigada quando do incêndio. Para tanto, a realização de planejamento, monitoramento e análise 
crítica são de extrema relevância. 
De nada adianta possuir equipamentos apropriados, se não existe uma organização na equipe. 
Assim, a Figura 8 apresenta os pontos que iremos nos atentar para entender melhor os itens que 
serão fundamentais para o funcionamento adequado da brigada de incêndio. 
 
Figura 12: Itens fundamentais para o funcionamento adequado da brigada de incêndio 
Fonte: As autoras 
Descrição da imagem: Figura apresenta pontos fundamentais para funcionamento da brigada que são: Composição da 
brigada de incêndio, organograma da brigada de incêndio, critérios básicos para seleção de candidatos a brigada, 
formação da brigada de incêndio, atribuições e implantação da brigada de incêndio. 
 
Vamos agora nos aprofundar nestes tópicos? 
 
2.2.3.1. Composição da Brigada de Incêndio 
Para a realização do cálculo para a composição da brigada de incêndio, é preciso consultarmos 
o anexo A da NBR 14276:2007, levando-se em consideração três itens: 
1. População Fixa; 
2. Grau de Risco; e 
3. Grupos/Divisões de ocupação da planta. 
 
Composição da Brigada de Incêndio
Organograma da Brigada de Incêndio
Critérios básicos para a seleção de candidatos a brigadista
Formação da brigada de incêndio
Atribuições da brigada de incêndio
Implantação da brigada de incêndio
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
37 
2.2.3.2. Organograma da Brigada de Incêndio 
A estrutura para a realização do organograma da planta é variável a depender de três 
principais parâmetros: 
1. Número de Edificações; 
2. Número de empregados em cada pavimento, compartimento, setor ou turno; 
3. Número de pavimentos/compartimentos em cada edificação. 
A norma apresenta 04 (quatro) exemplos de formação de brigadas de incêndio, conforme 
apresentado nas Figuras abaixo: 
 
Figura 13: Exemplo de formação de brigadas de incêndio em planta com uma edificação, um pavimento e quatro 
brigadistas 
Fonte: NBR 14276:2007 
Descrição da imagem: Organograma contendo três estágios, onde no topo, tem-se a palavra: coordenador geral da 
brigada, abaixo líder do setor (brigadista) e logo abaixo três quadrados contendo a palavra brigadista. 
 
 
Figura 14: Exemplo de formação de brigadas de incêndio em planta com uma edificação, três pavimentos e três 
brigadistas por pavimento. 
Fonte: NBR 14276:2007 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
38 
Descrição da imagem: Organograma contendo três estágios, onde no topo, tem-se a palavra coordenador geral da 
brigada, abaixo o segundo estágio contendo três blocos com a palavra líder e a seguir, o último estágio, com seis blocos 
contendo a palavra brigadista. 
 
 
Figura 15: Exemplo de formação de brigadas de incêndio em planta com duas edificações, a primeira com três 
pavimentos e dois brigadistas por pavimento e a segunda com um pavimento e quatro brigadistas por pavimento 
Fonte: NBR 14276:2007 
Descrição da imagem: Organograma contendo quatro estágios, onde no topo, tem-se a palavra coordenador de 
brigada, abaixo o segundo estágio contendo dois blocos com a palavra chefe da brigada, na sequência temos quatro 
blocos com a palavra líder do setor, e no último estágio temos seis blocos com a palavra brigadista cada um. 
 
 
Figura 16: Exemplo de formação de brigadas de incêndio em planta com duas edificações, com três turnos de 
trabalho e três brigadistas por edificação 
Fonte: NBR 14276:2007 
Descrição da imagem: Organograma contendo cinco estágios, onde no topo, tem-se a palavra coordenador de brigada, 
abaixo o segundo estágio contendo três blocos com a palavra chefe, na sequência temos seis blocos com a palavra líder, 
e no penúltimo estágio temos seis blocos com a palavra brigadista cada um e no último estagio mais seis blocos de 
coma palavra brigadista. 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
39 
2.2.3.3. Critérios básicos para a seleção de candidatos a brigadista 
Para a seleção dos candidatos a brigadistas, os mesmos devem atender ao maior número de 
critérios relacionados a seguir: 
a) Permanecer na edificação durante seu turno de trabalho; 
b) Possuir boa condição física e boa saúde; 
c) Possuir bom conhecimento das instalações 
d) Ter mais de 18 anos 
e) Ser alfabetizado 
 
2.2.3.4. Formação da brigada de incêndio 
Os candidatos selecionados deverão frequentar curso com carga horária mínima definida nos 
anexos A e B da NBR 14276:2007. É importante destacar que a validade do treinamento completo de 
cada brigadista é de no máximo 12 meses. 
 
2.2.3.5. Atribuições da brigada de incêndio 
A norma descreve as seguintes ações de prevenção: 
• Conhecer o plano de emergência contra incêndio da planta; 
• Avaliar os riscos existentes; 
• Inspecionar os equipamentos de combate a incêndio, primeiros socorros e outros existentes 
na edificação 
• Inspecionar as rotas de fuga 
• Elaborar relatório das irregularidades encontradas 
• Encaminhar o relatório aos setores competentes 
• Orientar a população fixa e flutuante 
• Participar dos exercícios simulados 
Como ações de emergência, a norma indica a aplicação de procedimentos básicos 
estabelecidos no plano de emergência contra incêndio da planta até que se esgotem todos os 
recursos destinados aos brigadistas. 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
40 
Estudamos nesta competência duas NBR’s de grande relevância no combate ao incêndio. No 
tópico a seguir iremos nos atentar como as determinações sobre esta temática são abordadas em 
algumas Normas Regulamentadoras. 
 
2.3. Exemplos de Normas Regulamentadoras que tratam sobre prevenção para 
situações de emergência 
As Normas Regulamentadoras apresentam diversos direcionamentos relacionados à 
prevenção de acidentes do trabalho nos diversos segmentos. Nesta disciplina já vimos algumas 
determinações da NR -23, que trata sobre a proteção contra incêndio. Mas será que em outras 
normas esse assunto tambémé tratado? Como este assunto é tratado? Quais seriam essas normas? 
É isso que iremos ver a partir de agora! 
a) Norma Regulamentadora 10 
A NR 10 dispõe sobre os conhecimentos em instalações e serviços em eletricidade. No item 
10.9 que trata sobre a proteção contra incêndio e explosão, determinações importantes para situação 
de emergência são abordadas, tais como: 
• As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem possuir proteção contra 
incêndio e explosão; 
• Todos os matérias envolvidos para as instalações elétricas quando em ambientes com 
atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no 
âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação; 
• Os processos ou equipamentos em eletricidade estática deverão dispor de proteção específica 
e dispositivos de descarga elétrica; 
• Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou 
explosões, deverão possuir dispositivos de proteção; 
• Os serviços em instalações elétricas em áreas classificadas só poderão ser realizados mediante 
permissão para o trabalho com liberação formalizada. 
b) Norma Regulamentadora 20 
A NR 20 apresenta requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os 
fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, 
 
 
 
 
 
 
Competência 02 
41 
transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis. Nesta NR, a proteção 
contra incêndio é sempre abordada, principalmente no que tange aos seguintes itens: 
• Projeto das instalações; 
• Prontuário da Instalação; 
• Plano de manutenção e inspeção das instalações; 
• Cursos de capacitação dos trabalhadores; 
• Plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios, explosões e 
emissões fugitivas 
• Plano de respostas a emergências da instalação 
• Comunicação de Ocorrências 
Outras normas como a NR-33, NR-35 e a NR 37 também trazem no seu escopo determinações 
sobre prevenção para situações de emergência. Sugerimos que você estudante, realize uma leitura 
destas normas e identifique como esta temática vem sendo abordada. 
 
 
 Veja agora a Videoaula da competência 2, que preparamos para você. 
 
 
 
 
 
Competência 03 
42 
3.Competência 03 | Legislação Brasileira Específica a Acidentes do 
Trabalho 
 
Em virtude da industrialização, os acidentes do trabalho começaram a surgir de forma 
crescente em todos os países. O Brasil no início dos anos 1970 apresentou dados superiores aos 
demais países, sendo considerado como o campeão de acidentes do trabalho. O ano de 1975 
apresentou números alarmantes, com uma média de 1,5 milhão de acidentes. Segundo a Organização 
Internacional do Trabalho - OIT, atualmente o país ainda ocupa a quarta posição do ranking mundial 
de acidentes do trabalho, atrás apenas de países como a China, Índia e Indonésia. 
Em virtude desses números cada vez mais crescentes, houve a necessidade de uma legislação 
que evidenciasse a prevenção desses acidentes. Assim, vamos nesta competência estudar um pouco 
mais sobre algumas Legislações Brasileiras Específicas a Acidentes do Trabalho. 
 
 
 
3.1. Acidente do Trabalho: Conceito Legal e Conceito Prevencionista 
 
Mas afinal de contas, qual a diferença entre o conceito legal e o conceito prevencionista? 
 
O Conceito prevencionista é abordado segundo a NBR 14.280 da ABNT, e define acidente do 
trabalho como a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício 
do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal. 
 
Vamos fixar melhor esta informação? 
 
 
Para esta competência, é importante que você estudante estude 
detalhadamente a Lei 8.213/1991. 
Acesse: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm
 
 
 
 
 
Competência 03 
43 
 
Figura 17: Resumo do conceito de Acidente do Trabalho segundo a NBR 14.280 
Fonte: As autoras, adaptado da NBR 14.280 
Descrição da imagem: fluxograma em formato de setas coloridas, onde cada seta descreve o conceito prevencionista na 
seguinte sequência: ocorrência imprevista e indesejável; instantânea ou não, relecionada com o exercício do trabalho; 
e, resulte ou possa resultar lesão pessoal. 
 
Alguns conceitos importantes e amplamente utilizados são destacados nesta NBR, conforme 
apresentado no Quadro abaixo. 
 
PARÂMETRO CONCEITO 
Acidente de trajeto Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de 
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, 
inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja 
interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho 
Ato inseguro Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou 
favorecer a ocorrência de acidente 
Doença do trabalho Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade 
laborativa capaz de provocar lesão por ação imediata 
Doença profissional Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, 
constante de relação oficial 
Dias perdidos Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, 
excetuados o dia do acidente e o dia da volta ao trabalho 
Dias debitados Dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para o 
cálculo do tempo computado 
Horas-homem de 
exposição ao risco 
de acidente 
Somatório das horas durante as quais os empregados ficam à disposição do 
empregador, em determinado período. 
Taxa de frequência 
de acidentes 
Número de acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco, 
em determinado período 
 
Taxa de frequência 
de acidentados com 
Número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de horas-
homem de exposição ao risco, em determinado período 
 
 
 
 
 
 
Competência 03 
44 
lesão com 
afastamento 
Taxa de frequência 
de acidentados com 
lesão sem 
afastamento 
Número de acidentados com lesão sem afastamento por milhão de horas-
homem de exposição ao risco, em determinado período 
Taxa de gravidade: Tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em 
determinado período 
 
Quadro 05: Conceitos segundo a NBR 14.280/2001 
Fonte: Adaptado de NBR 14.280/2001 
 
Observe que na tabela, foram apresentadas três diferentes taxas. Essas são de extrema 
importância para cálculo do indicador de desempenho de cada empresa, assim, não esqueça: 
 
 
 
Figura 18: Cálculo das diferentes taxas segundo a NBR 14.280 
Fonte: Adaptado da NBR 14.280 
Descrição da imagem: São três quadros, que cada um apresenta uma taxa e como é realizado seu cálculo. Taxa de 
frequência com afastamento (TFCA) = (nº de acidentados com afastamento x 1.000.000/homens-hora de exposição ao 
risco). Taxa de frequência sem afastamento (TFSA) = (nº de acidentados sem afastamento x 1.000.000/homens-hora de 
exposição ao risco). Taxa de Gravidade (TG) = (nº de dias perdidos + debitados) x 1.000.000 . 
 
No ano de 1991, foi promulgada a Lei nº 8.213, que dispõe sobre os planos de benefícios da 
previdência social e dá outras providências. Assim, temos nesta legislação o conceito legal de acidente 
do trabalho, evidenciado através do artigo 19, ou seja, acidente do trabalho é o que ocorre pelo 
exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do 
trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho. 
•TFCA = (nº de acidentados com afastamento x 1.000.000/homens-hora 
de exposição ao risco) 
Taxa de frequência com 
afastamento 
•TFSA = (nº de acidentados sem afastamento x 1.000.000/homens-hora 
de exposição ao risco) 
Taxa de frequência sem 
afastamento
•TG = (nº de dias perdidos + debitados) x 1.000.000 Taxade Gravidade 
 
 
 
 
 
Competência 03 
45 
A Figura abaixo apresenta os três principais tópicos abordados pela definição de acidente do 
trabalho segundo o conceito legal. 
 
Figura 19: Resumo do conceito de Acidente do Trabalho segundo a lei 8.213/91 
Fonte: As autoras, adaptado da Lei 8.213/91 
Descrição da imagem: três engrenagens, cada uma de uma cor, descrevendo de modo resumido o conceito legal de 
acidente do trabalho. Primeira engrenagem tem a seguinte frase: cause a morte ou perda ou redução, permanente ou 
temporária, da capacidade para o trabalho. Na segunda engrenagem: Provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional. Terceira: ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou do empregador domestico ou pelo 
exercício do trabalho dos segurados. 
 
A seguir, iremos estudar como a Lei 8.213/1991 está estruturada, bem como os principais 
conceitos advindos desta lei. 
 
3.2 Lei 8.213/1991 
Conforme citado anteriormente, a Lei 8.213/1991 dispõe sobre os Planos de Benefícios da 
Previdência Social e dá outras providências. A lei está dividida em quatro títulos: 
 
• TÍTULO I: DA FINALIDADE E DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
• TÍTULO II: DO PLANO DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
• TÍTULO III: DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
 
 
 
 
Competência 03 
46 
• TÍTULO IV: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 
 
O Título III desta lei, apresenta definições importantes relacionadas aos acidentes do trabalho, 
que iremos abordar nesta competência. Os principais destaques estão no artigo 19 (anteriormente 
estudado), artigo 20 e artigo 21, porém, é importante que você como futuro Técnico de Segurança 
do Trabalho se aprofunde no conhecimento desta legislação. 
 
3.2.1 Considera-se acidente do trabalho (art. 20 Lei n. 8213) 
Segundo este artigo, dois conceitos importantes são atribuídas para acidente do trabalho: 
I - Doença profissional: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a 
determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da 
Previdência Social; 
II - Doença do trabalho: é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em 
que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. 
 
3.2.2 Não é considerado como doença do trabalho (art. 20 inciso 1 da lei .8213) 
Segundo a Lei 8.213/1991, não são consideradas como doença do trabalho: 
a. A doença degenerativa; 
b. A inerente a grupo etário; 
c. A que não produza incapacidade laborativa; 
d. A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, 
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela 
natureza do trabalho. 
 
3.2.3 Equiparam-se a acidente do trabalho (Art. 21 da lei n. 8.213) 
Vamos conhecer agora quais situações também são consideradas acidentes de trabalho, 
conforme a Lei de nº 8.213/91, pois em seu Art. 21 apresenta ainda quatro diferentes tipos de 
acidentes que se equiparam ao acidente do trabalho: 
 
 
 
 
 
Competência 03 
47 
 
Figura 20: Acidente do Trabalho segundo a lei 8.213/91 
Fonte: As autoras, adaptado da Lei 8.213/91 
Descrição da imagem: Os quatro diferentes tipos de acidentes que se equiparam ao acidente do trabalho: 
acidente ligado ao trabalho; o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário de trabalho, em consequência de 
alguns aspectos; a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; o 
acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho. 
 
Desta forma, temos que: 
I. “O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído 
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o 
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação”. 
NOTE: será considerado como acidente de trabalho, aquele que tenha contribuído diretamente para 
morte, redução ou perda da capacidade para o trabalho, mesmo que o acidente não seja a causa 
única. Exemplo: Funcionário levou um corte desempenhando seu trabalho. Foi socorrido e conseguiu 
reabilitar o membro cortado. Entretanto, o membro infeccionou e precisou ser amputado. 
II. O acidente ocorrido no local e no horário do trabalho, em consequência de: 
 
• Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de 
trabalho; 
• Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; 
• Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de 
trabalho; 
• Ato de pessoa privada do uso da razão; 
• Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; 
Acidente ligado ao trabalho 
O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de alguns 
aspectos 
A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade
O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho
 
 
 
 
 
Competência 03 
48 
 
Continuando, também equiparam-se a acidente de trabalho: 
III. A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua 
atividade; 
 
IV. O acidente sofrido pelo funcionário mesmo que fora do local e horário de trabalho: 
• Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; 
• Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou 
proporcionar proveito; 
• Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de 
seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de 
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; 
• No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o 
meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
 
 
3.2.4 Comunicação de acidente do trabalho 
No caso de acidente do trabalho, seja típico, trajeto ou doença ocupacional deverá ser emitido 
documento de Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT. A emissão da CAT, é fundamental para 
garantir ao trabalhador os seus direitos relacionados aos benefícios previdenciários e trabalhistas. 
 
Você sabe a diferença de imprudência, negligencia e imperícia? 
Saiba mais acessando o link: 
https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/saiba-qual-
diferenca-entre-impericia-imprudencia-e-negligencia/ 
 
 
Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de 
outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o 
empregado é considerado no exercício do trabalho (Art. 21, inciso 1, Lei 
8.213/1991) 
https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/saiba-qual-diferenca-entre-impericia-imprudencia-e-negligencia/
https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/seguranca-do-trabalho/saiba-qual-diferenca-entre-impericia-imprudencia-e-negligencia/
 
 
 
 
 
Competência 03 
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De acordo com o Art. 22 da Lei de nº 8.213/91: 
A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do 
trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência 
e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de 
multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de 
contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e 
cobrada pela Previdência Social (BRASIL, 1991, Art. 22). 
Caso a empresa não realize o registro da CAT, estará passível de multa. Podem formalizar 
também a comunicação: o próprio acidentado, seus dependentes, sindicato da categoria, médico que 
realizou o atendimento, ou qualquer autoridade pública. Nesse caso não terá a exigência do prazo 
previsto no Art. 22. 
 
 
Figura 21: Funcionários socorrendo vítima de acidente do trabalho 
Fonte: https://msamorim.com.br/noticia/direito-trabalhista/sofreu-acidente-de-trabalho-saiba-como-emitir-seu-

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