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Resumo de Bioquímica Enzimas As enzimas são estruturas bastante conhecidas atualmente. Entretanto, um longo trajeto foi percorrido para que se chegasse a essa nomenclatura. Uma série de experimentos foram feitos para a observação dessas estruturas mas foi Frederick W. Kühne que deu nome a elas e posteriormente, James Sumner concluiu que toda enzima é uma proteína. Praticamente todas as enzimas são proteínas, exceto um pequeno grupo de RNAs catalíticas. A atividade catalítica de uma enzima depende da conformidade original íntegra, já que uma enzima desnaturada perde sua função, assim como toda e qualquer proteína. Algumas enzimas necessitam apenas de resíduos de aminoácidos, outros precisam de cofatores, que podem ser inorgânicos (íons Fe2+, Mg2+... ou molécula inorgânica) ou orgânicos (coenzimas). As coenzimas agem como carreadores transitórios de grupos funcionais específicos e a maioria deles é derivada de vitaminas, nutrientes orgânicos cuja presença na dieta é necessária em pequenas quantidades. Uma coenzima ligada firmemente à uma enzima é denominada de grupo prostético e uma enzima completa, catalíticamente ativa junto com sua coenzima é chamada de holoenzima. A parte proteica de uma dessas enzimas é a apoenzima (parte rica em aminoácidos). Por fim, algumas delas são modificadas por fosforilação, glicosilação e outros processos. Um sistema de classes foi criado para classificar as enzimas. Existem 6 classes, cada uma com subclasses, com base nas reações que catalisam: 1. Oxidorredutases: transferência de elétrons. 2. Transferases: reações de transferência de grupo. 3. Hidrolases: reações de hidrólise (transferência de grupos funcionais p/ a água) 4. Liases: clivagem de C – C, C – O, C – N etc; rompimento de ligações, duplas, etc. 5. Isomerases: transferência de grupos dentro de uma mesma molécula produzindo formas isoméricas. 6. Ligases: formação de ligações por reações de condensação acopladas à hidrólise de ATP ou cofatores similares. A catálise enzimática das reações é importantíssima para os organismos vivos, já que reações sem catálise enzimática tendem a ser lentas. Processos biológicos de digestão do alimento, envio de impulsos nervosos ou até mesmo a contração de músculos, seriam impedidos de acontecer se não houvesse a presença de enzimas. A reação ocorre em uma parte da enzima chamada sítio ativo e a molécula que vai se ligar nesse sítio, na qual a enzima vai agir é denominada de substrato. O contorno da superfície do sítio é delimitada por resíduos de aminoácidos com cadeias laterais que se ligam ao substrato e catalisam a reação. Frequentemente o sítio ativo engloba o substrato retirando-o do meio. A função da enzima é aumentar a velocidade da reação e isso não afeta o equilíbrio da reação. Quando atuam diminuem a energia de ativação de uma reação aumentando a sua velocidade, mas é importante dizer que a enzima não é gasta nesse processo. Contudo, a reação atinge seu equilíbrio muito mais rapidamente quando a enzima apropriada estiver presente, pois há o aumento da velocidade. A energia de ativação é uma barreira para as reações químicas. A velocidade da reação diminui de acordo com o aumento dessa barreira, porém sem a existência dessas barreiras as macromoléculas poderiam reverter espontaneamente as reações para formar moléculas mais simples o que ocasionaria o fim de moléculas complexas. Esse é um fator evolutivo adquirido para sobrevivência das espécies. Outra característica das enzimas é a especificidade. Elas são capazes de distinguir facilmente substratos de estruturas semelhantes, para que assim elas se liguem apenas ao substrato necessário. O que realmente distingue as enzimas de outros catalisadores é a formação de um complexo ES (enzima-substrato) específico. Esse tipo de ligação libera um tipo de energia que é chamada de energia de ligação, ela é a principal fonte de energia livre utilizada para diminuir a energia de ativação das reações. A mesma energia de ligação que fornece energia para a catálise também dá às enzimas sua especificidade. De maneira geral a especificidade deriva da formação de muitas interações fracas entre a enzima e o substrato. Em geral a enzima sofre uma mudança quando o substrato se liga a ela, induzindo múltiplas ligações fracas com o substrato. Isso é chamado de ajuste induzido. Isso pode afetar apenas uma pequena parte da enzima nas proximidades do sítio ativo ou podem envolver mudanças no posicionamento de domínios inteiros da enzima. O ajuste induzido serve para levar grupos funcionais específicos da enzima para uma posição apropriada para catalisar a reação, mas também é importante para a interação de praticamente todas as enzimas com seus substratos. No sítio ativo das enzimas, onde moléculas de água talvez não estejam disponíveis como doadoras ou aceptoras de prótons, a catálise ácido-básica se torna crucial. Algumas cadeias laterais dos aminoácidos podem assumir o papel dos agentes doadores e aceptores de prótons. Esses grupos podem estar posicionados precisamente no sítio ativo da enzima de modo a possibilitar a transferência de prótons, proporcionando um aumento da velocidade. Esse tipo de catálise ocorre na maioria das enzimas. Enzimas
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