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Globalização: Integração e Desigualdade

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Avaliação Parcial – Ciência, Tecnologia e Sociedade – 
 
 
 
 
Carlos Henrique Sousa Alencar - 470748 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobral 
2021 
Globalização 
De maneira geral, podemos entender a globalização como a integração com maior 
intensidade das relações sociais, econômicas e espaciais em escala global, sintetizada 
pelas diferentes conexões entre as partes do mundo. Ela é um fenômeno que provoca a 
diminuição – ou até mesmo ausência – de barreiras entre os países, e estas podem ser: 
sociais, econômicas, políticas e culturais. 
O termo passou a ser utilizado na década de 1980, marcada pelos avanços nos 
sistemas de comunicação e transporte, porém, sua origem se remete ao período das 
grandes navegações no século 17, momento em que as trocas comerciais se expandiram 
para outros países, marcando assim o início da construção do comércio global. A partir 
do século 20, surgem contextos culturais, tecnológicos, políticos e econômicos que 
favoreceram à globalização. 
No aspecto financeiro, um dos elementos mais marcantes relacionados a 
globalização é o crescimento do comércio, pois na busca por vantagens competitivas 
temos por consequência diversos fatores de impacto mundial como: 
● Grande circulação no mercado financeiro: 
O mercado financeiro é constituído por instituições que negociam ações de 
empresas (bancos, bolsas de valores) fazendo assim a ponte entre pessoas com capital, 
empresas e pessoas sem capital. 
● Aumento da concorrência entre mercados: 
Como haverá trocas comerciais acontecendo entre diferentes países, a 
concorrência chega a nível mundial com reflexos na política e na economia. 
● Empresas Transnacionais: 
Com a concentração e centralização entre o capital bancário e a produção 
industrial, ocorre a formação de empresas com grande poder no mercado. Estas empresas 
produzem, vendem e possuem influência em quase todas as partes do globo, como 
exemplo podemos citar a Coca Cola, Adidas, Nike e etc. 
 
 
● Blocos Econômicos: 
Surgindo normalmente a partir de acordos que estabeleçam tarifas de comércio 
menores entre os países que o constituem. Os blocos econômicos buscam trazer vantagens 
mais competitivas em um cenário com ampla concorrência, querendo garantir também 
maiores lucros econômicos. 
A cultura é outra parte no processo de globalização. Independente da fronteira 
física, a troca de cultura ocorreu de maneira mais acelerada e intensa, em especial, a partir 
da 3º Revolução Industrial. Os avanços nas tecnologias de comunicação e em principal o 
acesso à internet, aumentaram a disseminação e compartilhamento de ideias ao mesmo 
tempo. Como exemplo, temos que, em 1865, quando Abraham Lincoln morreu, demorou-
se cerca 13 dias para que a notícia chegasse a Europa, mas em 2009, quando Michael 
Jackson faleceu, poucos minutos após, os noticiários e jornais já notificavam o ocorrido. 
O que pode se perceber de forma mais clara, é a padronização da cultura com uma 
predominância da mais “forte”. A globalização é muito criticada neste aspecto por 
proporcionar uma desigualdade, seja no âmbito cultural em que valores, crenças e outros 
princípios são passados seguindo uma ideologia dominante; seja também no âmbito 
econômico, em que o poder e a renda se encontram concentrados nas mãos de uma 
minoria, mostrando assim que o processo de globalização é alavancado mais rapidamente 
em países capitalistas e tende a agravar ainda mais os problemas que este sistema produz. 
É comum de países, empresas (as transnacionais) e associações que detém poder 
o suficiente para buscar em lugares menos desenvolvidos, condições que favoreçam a 
exploração dos seus recursos: mão de obra barata, isenções fiscais e ausência de leis 
ambientais para a instalação de indústrias, matéria prima e etc. Esta busca é como uma 
faca de dois gumes, pois se de um lado com o processo de globalização, as tecnologias 
chegam a novos lugares alavancando o desenvolvimento destes, ocorre também um 
processo de dominação e de dependência deste local com seu dominador. 
Este é um processo que ocorreu em todo mundo de maneira constante e que no 
passar das épocas, somente os meios se tornaram mais avançados. Temos as colonizações 
Portuguesa e Espanhola na América durante a época das Grandes Navegações, a dos 
Ingleses na Índia e na África, e nestes, o processo de dominação cultural foi intrínseco. 
A destruição do império Asteca pelos espanhóis, o extermínio de diversas 
populações indígenas durante o período de colonização, a exploração da África pela 
Europa e os Estados Unidos. Todos estes processos detêm características em comum: o 
abismo tecnológico entre a civilização dominadora e a dominada, recursos sendo 
destinados a potências e corporações, a dominação cultural e perca de culturas locais. 
Por fim, evocando a palavras de Milton Santos (1926), em que o mesmo separa o 
mundo com relação a globalização com três vistas distintas: 
• “A globalização como fábula”, em que o mundo é visto como uma fábula 
e necessita de um número de fantasias para se concretizar. A difusão de 
noticias a todo tempo, leva a crer que realmente informa as pessoas, um 
mercado mundial que parece ser capaz de homogeneizar a demanda por 
mercadorias de consumo a baixo custo, quando na verdade, aprofunda as 
diferenças locais. Em síntese, este mundo de fábulas nos faz pensar que, 
na verdade, estamos em uma ideologização maciça que é necessária para 
a concretização do mundo atual. 
• “A globalização como algo perverso” em que a globalização afeta a maior 
parte das pessoas como algo perverso. Os índices de desemprego, pobreza, 
mortalidade que só aumentam. Disseminação de doenças novas e antigas 
que já foram erradicas, mas somente em determinados países. A Educação 
de qualidade que se torna cada vez mais um sonho distante para boa parte 
da população e por fim, o consumo que é apresentado como fonte de 
felicidade. Esta perversidade que fala é relacionada a adoção desenfreada 
por comportamentos competitivos que definam as ações dominantes. 
• “O mundo como possibilidade: Uma outra globalização” que explora a 
ideia de uma outra globalização, visto que o grande capital se apoia na 
união da técnica, na convergência dos momentos e o conhecimento do 
planeta. Essas bases serviram para construir a globalização como 
conhecemos, mas também poderão servir para construir uma outra que 
possa objetivar novos horizontes para os fundamentos sociais e políticos. 
A globalização não é um processo único, mas acarretado por diversas 
transformações sociais, econômicas e espaciais ao longo do tempo. Para mudá-la, 
entraremos em campos bem mais profundos, como a implantação de um sistema 
econômico base que possa sustentar um pensamento mais humanista e centralizado nas 
realizações do ser humano em consolidação com a felicidade, mas não aquela relacionada 
ao consumo desenfreado.

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