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Acidentes e complicações em endodontia

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NP2 – Clínica IV 
 
Acidentes e complicações em endodontia 
 
Durante a prática é fundamental: 
- Conhecimentos técnico e biológico 
- Material apropriado 
- Experiência profissional 
 
Previsibilidade do tratamento: 
Não é possível dar 100% de previsibilidade do tratamento ao paciente 
 
 Posso dar garantia que a região periapical vai ter reparo apical? (formação de 
osso) 
Não!! Não é possível dar ao paciente previsibilidade de resultado, mas é possível dar 
previsibilidade quanto a técnica. Também não se pode dar garantia de que não irá se 
sentir dor. 
 
 Mesmo diante da previsibilidade de técnica, complicações podem acontecer. 
 
 Quando algo dá errado?? 
Manter a calma e seguir os seguintes passos: 
 
- Fazer uma radiografia 
- Tentar localizar o acidente 
- Estabelecer o planejamento 
- Colocar um curativo 
- Conversar com o paciente 
- Tratar ou encaminhar a um especialista 
 
 Esses acidentes são na maioria das vezes: 
- Iatrogênicos ou inerentes ao dente (maior % tem fundo iatrogênico) 
- Ocorre em qualquer etapa do tratamento 
- Estabelecer condutas clínicas que possam resolver o problema 
- O principal envolvido é o paciente, que é a vítima 
- O profissional é responsável por transmitir segurança ao paciente 
 
Exemplos de acidentes: perfurações > retratamento ou exodontia 
 
Melhor conduta: PREVENÇÃO! 
* Dente mais frequentemente acometido por esses acidentes é o 1º molar * 
 
Complicações 
 
Causas iatrogênicas: 
- No isolamento do campo 
- No acesso coronário 
- Na instrumentação 
- Na irrigação 
- Na obturação 
 
Causas não-iatrogênicas 
- Rizogênese incompleta 
- Má-formação anatômica 
- Curvaturas radiculares 
- Calcificações 
- Canais e raízes 
- Extranumerários 
- Reabsorções dentais 
 
No isolamento do campo 
 
- Dificuldades no isolamento 
- Avaliar necessidade de intervenção periodontal prévia (se há necessidade de uma 
gengivectomia ou aumento de coroa, por exemplo) 
- Alergia ao lençol de borracha (se o paciente tiver alergia, usar o lençol sem látex para 
não gerar nenhuma reação) 
 
No caso de deglutição/aspiração de instrumento: 
- Manobras de Heimlich 
- Desobstruir vias respiratórias 
- Contatar serviço médico de urgência 
 
 O isolamento absoluto é fundamental na endodontia 
 
Acidentes durante o cesso coronário 
Não esquecer: 
- Forma de contorno (relacionada ao tipo de câmara pulpar) 
- Forma de conveniência (modificação da forma de contorno, caso haja necessidade de 
algum desgaste compensatório, dependendo do número de canais) 
- Localização dos canais (através de sondas ou limas – não procurar canais com brocas!!) 
- Inclinações dentárias podem dificultar o acesso às câmaras pulpares (um dente inclinado 
deve ser acessado sem isolamento) 
- Observar sempre o longo-eixo do dente antes de fazer o acesso. Acessar a câmara 
pulpar previamente à instalação do isolamento absoluto! 
- Cuidado com as calcificações da câmara pulpar (para canais calcificados é ideal que 
seja solicitada uma tomografia, usar ultrassom, microscopia operatória, observar o longo-
eixo, se possível usar EndoGuide 3D. 
 
Perfurações 
- Preparo para pino/desobturação 
- Posição/angulação do dente 
- Presença de coroas/pinos 
- Uso inadequado de instrumento 
- As perfurações podem acontecer nos terços cervical, médio, apical, furca ou câmara 
 
* A fístula pode ser um sinal de perfuração e é necessário diagnóstico diferencial 
 
- Diagnóstico: clínico, radiográfico, cirúrgico 
- Prognóstico: 
 Localização (infra-ósseo > pior prognóstico) 
 Tamanho (perfurações maiores apresentam pior prognóstico) 
 Tempo decorrido (selamento imediato > menor risco de contaminação) 
 
Diagnóstico das perfurações 
Aspectos clínicos 
- Sensação de queda no vazio 
- Hemorragia 
- Dor 
- Perda de resistência da dentina à ação dos instrumentos 
- Aprofundamento do instrumento no canal, além do limite de instrumentação 
 
Considerações/Tratamento das perfurações 
- Selamento VIA CANAL ou CIRÚRGICO 
- Material com boa aceitação biológica 
- Fácil manipulação/aplicação 
- Radiopacidade 
- Principal material utilizado atualmente: MTA (amálgama, guta, ionômeos, cimentos, 
sulfato de cálcio/osteoindutor) 
 
Conduta clínica para perfurações 
- Análise radiográfica criteriosa 
- Auxílio de microscópio clínico 
- Definido acesso: via canal ou cirúrgico 
- Esclarecer planejamento ao paciente 
 
Tratamento conservador das perfurações 
- Restauração ou reconstrução protética 
- Tamponamento com material biológico via cavidade pulpar (Limpeza > Hemostasia 
(hidróxido de cálcio) > Selamento (MTA) > Proteção(Resina)) 
- Tracionamento ortodôntico 
 
Acidentes durante a instrumentação 
 
Degrau: 
- Terços: cervical, médio e apical 
- Repetição do instrumento numa mesma profundidade 
- Inserção de instrumentos não pré-curvados 
- Grande risco de perfuração 
 
 Curva preventiva: 
Pré-curvar instrumentos 
Ampliação progressiva 
Instrumentos de NiTi 
 
Na ocorrência do degrau: 
 Pré-curvar o instrumento para que ele vá até onde necessário no canal que é 
curvado 
 
Fratura de instrumentos endodônticos 
 
É quando o módulo de elasticidade é superado 
 
Os instrumentos possuem um módulo de elasticidade, para que aconteçam as deformações 
elásticas. Com o tempo, quanto mais força é sendo aplicado aos instrumentos, ocorrem 
micro-trincas e deformações plásticas (instrumento não volta a sua conformação normal), 
levando a fratura. Tudo isso acontece em segundos 
Tem materiais que resistem um pouco mais a deformação plástica até levar a fratura 
 
Tipos de fraturas dos instrumentos 
Fadiga torcional (Fratura por troção) 
- Acontecem em canais retos e canais curvos. Ocorrem quando a ponta do instrumentofica 
presa e o restante do instrumento continua a girar. 
 
Fadiga Cíclica 
Acontecem apenas em canais curvos. Na zona de curvatura, onde existe uma tensão. 
 
Diante da fratura existem quatro alternativas: 
- Ultrapassar o fragmento e removê-lo 
- Ultrapassar, não remover e obturar 
- Não ultrapassar o fragmento e obturar 
- Remoção cirúrgica 
 
Acidentes na irrigação 
 
Extravasamento de irrigantes 
- Efeito tóxico 
- Injeção do mesmo sob pressão excessiva 
- Forame amplo 
- Alergia a substância utilizada 
 
 Obturar e acompanhar 
Acidentes na obturação 
 
Extravasamento de material 
- Cone ou cimento? 
- Qualidade da obturação 
- Sobreobturação e sobreextensão 
 
Conduta clínica: 
 Cimento: normalmente reabsorvido sem causar problemas, casos de dor extrema 
realizar CURETAGEM APICAL 
 Guta-Percha: 
- O ideal é realmente fazer a remoção 
- Avaliar qualidade da obturação e presença de sintomatologia 
- Tentar remoção via canal ou destacar a porção extravasada para tecido 
periapical (possibilidade de encapsulamento) 
- Cirurgia parendodôntica 
 
Sempre realizar: 
 
- Avaliação minuciosa do caso 
- Planejamento (erro x acidente) 
- Condições e recursos disponíveis para contornar a situação 
- Esclarecimento ao paciente 
 
“Na maioria das vezes, vemos que a lide judicial não é decorrenye de falhas técnicas, 
mas de falhas de comunicação.”

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