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ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE POLITÉCNICO DO PORTO L MESTRADO EM FISIOTERAPIA Incidência de lesões no Crossfit e o tratamento fisioterápico para lesão de ombro Catarina Mckechnie, Renata Frazão Julho de 2020 1. Introdução O CrossFit é um método de treinamento novo caracterizado pela realização de exercícios funcionais e esportivos, constantemente variados que podem ser executados em alta intensidade. Este tipo de treinamento utiliza exercícios do levantamento olímpico (LPO) como snatch e clean, exercícios básicos como os agachamentos, levantamento terra e supino, exercícios aeróbios como remos, corrida e bicicleta, e movimentos ginásticos como paradas de mão, paralelas, argolas e barras (Tibana et al., 2015) Segundo o American College of Sports Medicine, o Crossfit é um exercício com base em uma visão multidimensional da aptidão física. O modelo Crossfit sugere que a aptidão é melhor medida através do desempenho em uma variedade de tarefas em relação a outras classificações esportivas. O modelo de treinamento foi criado em 1995 por Greg Glassman, visa desenvolver o condicionamento de forma ampla, inclusiva e geral, preparando os treinados para qualquer contingência física necessitada(Paine J, Uptgraft J, 2010) O Crossfit adiciona um olhar para a realização de amplas tarefas em um mesmo treino, fazendo com que os praticantes evoluam de forma global em um curto tempo, o que pode explicar a sua ascensão nos últimos anos (Bellar et al., 2015) Esse esporte, assim como o treinamento de alta intensidade, tornou-se cada vez mais popular dentro da comunidade fitness. É um programa de condicionamento que ganhou ampla atenção por seu foco em sucessivos movimentos balísticos que auxiliam no fortalecimento e aumento da resistência muscular (Weisenthal et al., 2014) O treinamento de Crossfit visa desenvolver ao máximo as três vias metabólicas e cada uma das 10 valências físicas: resistência cardiorrespiratória, força, vigor, potência, velocidade, coordenação, flexibilidade, agilidade, equilíbrio e precisão (Paine J, Uptgraft J, 2010). Para isso as sessões de treino seguem uma ordem que inicia com um aquecimento seguido de uma atividade para desenvolver força ou melhorar a habilidade em algum movimento específico, para somente então começar a parte de condicionamento metabólico, todos esses componentes juntos constituem o WOD, sigla em inglês para “workout of the day” que significa “treinamento do dia”. Obrigatoriamente os treinos seguirão os três pilares da prescrição que são realizar movimentos funcionais, em alta intensidade e constantemente variados necessitada (Paine J, Uptgraft J, 2010). Esta atividade, por seu caráter motivacional e desafiador, vem ganhando 3 milhões de seguidores. A aderência é elevada, contemplando desde indivíduos saudáveis, obesos e atletas (Heinrich et al., 2014). Três tipos básicos de movimento formam o Crossfit: os cíclicos (corrida, remo, pular corda e etc), os de levantamento de peso (levantamento de peso olímpico e levantamento de peso básico) e movimentos de ginásticas (barras, flexões, argolas e etc) (Paine J, Uptgraft J, 2010). Desse modo busca melhorar todas as capacidades físicas do atleta, como a resistência cardiorrespiratória, resistência muscular, força, flexibilidade, potência, velocidade, coordenação, agilidade, equilíbrio e precisão (Hak et al., 2013) As ocorrências das lesões desportivas, possivelmente, são resultado de exercícios indevidamente executados ou realizados de forma extenuante, sendo velada a prevalência e incidência destes episódios devido à ausência de embasamento em todo o universo esportivo, e em todas as propostas de treinamento (Bennell & Crossley, 1996; Pastre et al., 2004). Os praticantes, seja no âmbito recreativo ou competitivo, estão expostos aos riscos de lesões musculoesqueléticas associadas à prática do esporte, particularmente se o movimento ou a forma de treinamento estiverem inapropriados (Paluska, 2005). Segundo a revisão sistemática de Dominski et al., (2018), a prevalência de lesões nos estudos variou de 5 a 73,5%. A taxa de lesões a cada 1.000 horas de treinamento de Crossfit variou de 1,94 a 3,1 lesões Apesar dos poucos estudos publicados até o presente momento, parece que, a prática do Crossfit não aumenta a incidência de lesões, e pode melhorar as adaptações no sistema cardiovascular, neuromuscular e na composição corporal. Não obstante, mais estudos são necessários para elucidar as respostas agudas nos sistemas cardiovascular e imunológico (Tibana et al., 2015). Para criar um programa de prevenção de lesões, é importante estar ciente da taxa de lesões e fatores associados à lesão em um esporte (Nilstad et al., 2014). 1.1. Objetivos Apresentar o índice de lesões ocasionadas pela prática do Crossfit; Apontar o tratamento fisioterápico para a lesão mais incidente na prática do Crossfit; 4 2. Metodologia Revisão do tipo narrativa. Os resultados serão apresentados em forma de capítulos. Os artigos foram buscados nas bases de dados: PubMed, Chrocrane e Google Acadêmico, com inclusão de artigos na língua portuguesa e inglês e num período dos últimos dez anos. Os artigos utilizados anteriores ao ano de 2010, são por ser destaques do tema. 5 3. Incidência de lesões no crossfit A prática desportiva traz associado o risco de lesão e segundo (Nero et al., 2019), a lesão é um problema doloroso que impede que o atleta desempenha sua prática esportiva, sendo a inflamação um processo comum em todas as lesões, ela é uma resposta tecidual localizada decorrente da lesão e caracterizada por eventos complexos químicos, vasculares e celulares que levam a recuperação e regeneração. A lesão, comumente, é multifatorial. Logo, diversos fatores facilitam o aparecimento da mesma, os quais se interelacionam e interferem entre si. Aqueles que treinam Crossfit arduamente e com frequência no limite do corpo, principalmente os que o realizam sem uma preparação correta e específica, fatalmente terão lesões consequentes, acompanhadas de dor, desconforto e até mesmo a incapacidade de continuar treinando (Smith et al., 2013). A forma em que a lesão é relacionada com o Crossfit obedece a um padrão comum a todas as lesões nas diferentes modalidades esportivas, e decorre da sobreposição de vários fatores. Esses fatores podem ser divididos em extrínsecos e intrínsecos. Os extrínsecos são aqueles que direta ou indiretamente estão ligados à preparação ou à prática de Crossfit. Envolvem erros de planejamento e execução do treinamento, problemas na superfície do treino, duração, força, equilíbrio e condicionamento físico. Já os fatores intrínsecos, são aqueles inerentes ao organismo, incluem anormalidades biomecânicas e anatômicas como: flexibilidade, histórico de lesões, densidade óssea, características antropométricas, composição do corpo e condicionamento cardiovascular e cardiorrespiratório (Ferreira et al., 2012). As lesões musculoesqueléticas podem ser entendidas como quaisquer alterações que prejudiquem a função desse sistema, associadas a alterações morfológicas ou histoquímicas do tecido. Lesões musculares ou distensões são aquelas em que há ruptura de fibras musculares na junção músculo-tendão, tendão, ou na inserção óssea de uma unidade músculo tendínea (Clebis et al., 2001). A função da musculatura é causar contração, convertendo energia química em mecânica, podendo ou não resultar em movimento articular (Bedair et al., 2008). A maior parte das lesões musculares ocorre durante atividade desportiva, correspondendo de 10 a 55% de todas as lesões (Järvinen et al., 2005). Segundo o estudo de (XAVIER & LOPES, 2017), na amostra de praticantesde Crossfit, 56,2% já apresentaram no passado alguma lesão relacionada à prática de crossfit. O tempo médio de duração das lesões foi de 10,8 dias (± 27,2 dias), e os locais mais acometidos foram 6 o ombro 44,2%, a coluna 40,3% e o joelho 35,1%. Dos pacientes que tiveram lesões, 39,0% afirmaram não ter precisado de tratamento de urgência e apenas 26,0% deixaram de trabalhar em virtude da lesão. A revisão sistemática de (Dominski et al., 2018b), apresenta que a região corporal mais acometida por lesões nos estudos selecionados foram os ombros (7 estudos). As costas e joelhos foram regiões lesionadas em praticantes de 4 estudos cada, seguido pela região lombar em 3 estudos e braços/cotovelos em 2 estudos. Regiões do corpo como cabeça/pescoço, punhos, coxas, pernas e pés foram citadas como regiões lesionadas em 1 estudo (Figura 1). O estudo mais recente sobre lesões no Crossfit em praticantes Portugueses revela que houve 1,34% lesões por 1.000 horas de treinamento Crossfit. As lesões mais comuns foram lesões articulares (30,8%) e lesões musculares (23,1%), localizadas no ombro (35,9%) e coluna lombar (17,9%) (Minghelli & Vicente, 2019). Figura 1 - Regiões corporais acometidas pelas lesões nos estudos sobre Crossfit (nº de estudos por região). Fonte: (Dominski et al., 2018b) 7 4. Lesões no ombro Dentre as articulações mais frequente lesionadas do corpo está a articulação glenoumeral (Aasa et al., 2017; Hak et al., 2013; Montalvo et al., 2017; Lippert, 2003). O complexo do ombro por ter características como cavidade glenóide rasa e pouca coaptação com a cabeça do úmero permite alcançar grande amplitude de movimento, e essa grande mobilidade gera uma alta instabilidade na articulação do ombro (Marcos Becerro & Gutierrez García, 1999; Zachary & Brian, 2015) tornando-o propenso a lesões. Quando a execução da técnica não é corretamente executada, acaba levando a uma lesão. Exercícios de levantamento de peso olímpico (LPO) são comumente requisitados no treinamento de potência muscular no Crossfit (Tibana et al., 2018; Weisenthal et al., 2014). Estes exercícios de LPO podem ter variações como nos movimentos de Snatch em que se tira a barra do chão e coloca acima da cabeça em um único movimento; Clean andJerk que é dividido em duas etapas, primeiro tira-se a barra do chão e coloca sobre o ombro e daí eleva acima da cabeça; overhead Squat que é o agachamento com a barra acima da cabeça; e o deadlift, movimento que arranca o peso do chão e termina com o tronco estendido. As demandas impostas ao ombro são de natureza intensa e repetitiva, exigindo dos músculos estabilizadores estático e dinâmicos do ombro elevados níveis de atividades e sincronia ao longo de toda fase de propulsão. O LPO tem como principais lesões do ombro, overusee tendinite (Reinold et al., 2009; Tafuri et al., 2016), nas lesões articulares luxações, bloqueios articulares e musculares a exemplo estiramentos, tendinopatias e rupturas de tendões (Summitt et al., 2016). As razões mais comuns para essas lesões são fraqueza na resistência interna e externa do manguito rotador, desequilíbrio de músculos escapulares (Liboa et al, 2015) O ombro é incorporado na maioria dos exercícios, e esta é a articulação mais complexa do corpo humano, realizando movimentos nos três planos tornando-se possível alcançar grande amplitude de movimentos. Contudo, o ombro possui pouca estabilidade óssea, sendo dependente de ações musculares e, assim, suscetível à lesão (Marcos Becerro & Gutierrez García, 1999). 8 5. Tratamento fisioterápico para as disfunções de ombro A fisioterapia esportiva tem como objetivo a manutenção da saúde funcional do indivíduo para a prática esportiva (COFFITO nº337/07). O fisioterapeuta esportivo difere das demais especialidades fisioterápicas, por atuar na recuperação da funcionalidade do atleta no menor tempo hábil. Acelerando os processos biológicos de recuperação da lesão, ao mesmo tempo em que limita ao mínimo a exposição do atleta ao treinamento. Dessa maneira, é possível reestabelecer o retorno ao esporte com as maiores perspectivas de sucesso (Hak et al., 2013). Na prevenção de lesões musculoesqueléticas, o fisioterapeuta, tem papel fundamental. Esse profissional avalia os fatores de risco e estabelece as medidas preventivas a serem executadas (Junqueira, 2015). A execução do gestual esportivo adequado se torna uma das principais estratégias preventivas que podem ser utilizadas para reduzir a probabilidade de lesões nos ombros, ao diminuir a realização de movimentos compensatórios (ex.: elevação excessiva dos ombros), podendo reduzir a possibilidade de impacto primário na articulação glenoumeral. A continua avaliação da execução correta dos exercícios e das possíveis modificações presentes em toda a cadeia cinética se torna fundamental. Uma vez identificado o músculo a ser trabalhado dentre as variáveis, aumento da resistência à fadiga, força e/ou dos padrões de ativação musculares, o fisioterapeuta esportivo direciona o programa preventivo. Utilizando os mesmos exercícios e ao alterar alguns parâmetros de treinamento, como o número de repetições, pode-se trabalhar tanto a força e ativação muscular e também a resistência a fadiga. Junqueira, 2015, elaborou um estudo onde sintetiza os melhores tratamentos de prevenção para lesões nos ombros voltado para atletas de crossfit (quadro 1). No quadro ele apresenta qual o fator modificável, qual avaliação deve ser feita e qual intervenção deve ser realizada no atleta. 9 QUADRO 1 - Resumo do programa de prevenção nos ombros voltado aos atletas de Crossfit Fonte: (Junqueira, 2015) Para se iniciar o programa de reabilitação fisioterapêutica é necessário conhecer os princípios e os resultados básicos do tratamento, realizar uma boa avaliação funcional, conhecer a interligação entre a anatomia e a cinesiologia da estrutura acometida, compreender o grau de debilidade e o potencial de recuperação do indivíduo (Kisner & Colby, 2005). A Fisioterapia, com a utilização de seus recursos terapêuticos pode proporcionar um alívio das condições sintomatológicas e/ou etiológicas, buscando restabelecer a função normal do complexo articular do ombro (Souza,2006). O fisioterapeuta precisa não somente entender este tipo de recuperação, mas também permanecer ativamente envolvido com o paciente para que o programa funcione e deve ter um fervor igual em prevenir aderências e fortalecer os músculos, e ao mesmo tempo preservar a integridade de seu reparo (Garrick & Webb, 2001). 10 A cinesioterapia é o principal recurso na reabilitação do ombro. Sendo indicada a todas as patologias dolorosas do ombro, este recurso fisioterapêutico é uma ferramenta indispensável para recuperação do paciente (Helena Dias et al., 2016) A cinesioterapia é um importante recurso na maioria dos tratamentos fisioterapêutico, principalmente nas disfunções musculoesqueléticas, ajudando a eliminar ou reduzir a limitação funcional e a incapacidade, além de ajudar para reduzir a progressão da patologia e na prevenção da ocorrência de condições secundaria e de recidivas. Além disto, o uso da cinesioterapia possibilita o paciente tornar-se participante no tratamento, promovendo a independência funcional (Hamill et al., 2016). Vários tipos de exercícios integram a cinesioterapia dentre eles os exercícios para amplitude de movimento. Estes exercícios são indicados para manter a capacidade de se mover da articulação e tecido conjuntivo, ajudar na produção de líquido sinovial, manutenção da elasticidade do músculo, diminuição do quadro álgico, manutenção da percepção de movimento e proporcionar coordenação e habilidades motoras para atividades funcionais. Há também os exercícios para fortalecimento muscular, dentre eles os exercícios resistidos, os quaissão: isométricos, concêntricos ou excêntricos (Kisner & Colby, 2005). A mobilização articular é definida como técnicas passivas de fisioterapia manual que podem ser empregadas em articulações e tecidos moles, aplicando velocidades e amplitudes variadas, utilizando com fins fisioterapêutico, movimentos fisiológicos ou acessórios (Kisner & Colby, 2005). É uma das técnicas da fisioterapia manual que é usada para tratar a dor e disfunções articulares onde haja limitação da amplitude de movimento (Barbosa et al., 2008). O ultrassom terapêutico é o recurso eletro-físico mais frequentemente utilizado na prática fisioterapêutica, para tratar dor e danos musculoesqueléticos e promover cicatrização de tecidos superficiais. Este recurso utiliza frequências entre 0,75 a 3MHz, com a maioria das máquinas fixando frequências de 1 ou 3MHz. A frequência de 1 MHz é absorvido primariamente por tecidos com profundidade de 3 a 5cm e assim recomendado em lesões profundas ou em pacientes com mais tecido subcutâneo. Já a frequência de 3MHz é recomendada para lesões em tecidos mais superficiais, com profundidade de 1 a 2cm (Farcic et al., 2012). Os efeitos térmicos decorrentes do ultrassom são: aumento do fluxo sanguíneo local, redução de espasmo muscular, aumento da extensibilidade das fibras colágenas e resposta pró inflamatória. Contudo, exacerbadamente, os efeitos térmicos geram ondas estacionárias que podem lesar os tecidos, entretanto, pode-se utilizar o modo de pulsado e movimento contínuo do transdutor durante o tratamento para atenuar esses efeitos (Farcic et al., 2012). 11 A laserterapia consiste numa radiação obtida a partir da estimulação de um diodo semicondutor, formado por cristais de arseneto de gálio (As-Ga), que apresenta potencial terapêutico destacado em lesões profundas do tipo articular e muscular. É anti-inflamatório e analgésico que somados ao seu poder bioestimulante diminuem o desconforto logo após a primeira aplicação e aceleram a reparação, além de proporcionar estímulo ao nível de fibroblastos, com formação de fibras colágenas mais ordenadas (Trajano Silva, 2013). Os efeitos proporcionados pela laserterapia podem reduzir o quadro de dor e processo inflamatório, também favorece a eliminação de substâncias alógenas (Ricci & Dias, 2010). A crioterapia refere-se ao uso do resfriamento local como forma de terapia por meio de condução provocando uma gama de respostas termorreguladoras. Essa técnica causa efeito local de vasoconstrição imediata dos vasos sanguíneos cutâneos seguida de vasodilatação mediada por frio em algumas áreas, restringe o fluxo sanguíneo na pele minimizando a perda de calor. Ocorre também aumento da viscosidade sanguínea contribuindo para a redução da perfusão sanguínea no local. É utilizada para diminuir o quadro álgico e inflamações (Matheus et al., 2008) A Estimulação Nervosa Elétrica Transcultânea (TENS) é utilizada para controle da dor, desde que essa já tenha sido previamente diagnosticada. A base do efeito do TENS se dá conforme a "Teoria das Comportas", que se tornou base para o entendimento do controle elétrico da dor (Rutter & Tuttle, 1988). Durante a aplicação do TENS, são geradas correntes pulsadas por um gerador de pulso portátil e essas são enviadas através da superfície intacta da pele por meio de placas condutoras chamadas eletrodos. O modo convencional de administrar TENS é usar as características elétricas que ativam seletivamente fibras “táteis” de diâmetro largo sem ativar fibras nociceptivas de menor diâmetro. As evidências sugerem que isso produzirá alivio de dor de um modo similar ao “esfregar o local da dor”. Na prática, o TENS convencional é emitida para gerar uma parestesia forte porém confortável dentro do local da dor (Kitchen & Bazin, 2002). Portanto, segundo a literatura, como tratamento fisioterápico para lesões ocorridas nos ombros, é utilizada técnicas fisioterapêuticas como a cinesioterapia e mobilização articular, e recursos fisioterapêuticos como o ultrassom, laserterapia, crioterapia e TENS. 12 6. Discussão Segundo Tibana et al., (2015), o Crossfit é método de treinamento novo caracterizado pela realização de exercícios funcionais e esportivos, constantemente variados que podem ser executados em alta intensidade. Os autores Gillen & Gibala, (2014), definem em seu estudo, que os últimos anos têm sido marcados pelo aumento do número e do tipo de atividades em que predomina a alta intensidade durante a prática de exercícios físicos e esportes. Este método vem ganhando popularidade desde sua criação e implementação há cerca de 15 anos (Moran et al., 2017) ocorrendo um crescimento expressivo no número de praticantes da modalidade, impulsionado devido seu caráter desafiador e motivacional (Tibana et al., 2015) além de notável efetividade ao promover aptidão física através do desenvolvimento de componentes como capacidade aeróbia, força e resistência muscular e composição corporal (Barfield & Anderson, 2014). Evidências (Gillen & Gibala, 2014; Skelly et al., 2014) apresentam que o treinamento de alta intensidade promove benefícios na aptidão física e na saúde, sendo comparado em relação aos métodos de treinamento tradicionais, como corridas de baixa a moderada intensidade. Pesquisas (Heinrich et al., 2014; Sibley & Bergman, 2018; Weisenthal et al., 2014) apontam elevada aderência e motivação para a prática desta modalidade em diferentes populações como indivíduos com obesidade, saudáveis e atletas. O Crossfit tem sido criticado por ter um risco potencialmente desproporcional de lesões musculoesqueléticas e pela sua exigência, que inspira preocupação com a integridade física dos indivíduos (Bergeron et al., 2011; Knapik, 2015). Pesquisas (Klimek et al., 2018; Lopes et al., 2018; Mehrab et al., 2017) epidemiológicas sobre taxas de lesões e seus fatores de risco são incentivadas, já existem uma variedade de estudos sobre o potencial de lesão nos praticantes, fatores mais importantes e locais anatômicos mais cometidos. No estudo de Nero et al., (2019), ele define que a lesão é um problema doloroso que impede que o atleta de seguir sua rotina de treinos e competições e que a lesão, comumente, é multifatorial. Logo, diversos fatores facilitam o aparecimento da mesma, os quais se interelacionam e interferem entre si. Smith et al., (2013), pontua em seu estudo, que aqueles que treinam Crossfit arduamente e com frequência no limite do corpo, principalmente os que o realizam sem uma preparação correta e específica, inevitavelmente terão lesões consequentes, acompanhadas de dor, desconforto e até mesmo a incapacidade de continuar treinando. 13 O local mais acometido por lesões segundo os estudos (Dominski et al., 2018b; Minghelli & Vicente, 2019; XAVIER & LOPES, 2017) é a região do ombro. Minghelli & Vicente, (2019), realizaram um estudo recente sobre lesões no Crossfit em praticantes Portugueses, onde revelou-se que houve 1,34% lesões por 1.000 horas de treinamento Crossfit e que as lesões mais comuns foram lesões articulares (30,8%) e lesões musculares (23,1%). O ombro é utilizado na maioria dos exercícios dentro da prática do Crossfit, além do que, esta é a articulação mais complexa do corpo humano, que realiza movimentos nos três planos e assim sendo possível alcançar grande amplitude de movimentos. Contudo, o ombro possui pouca estabilidade óssea, sendo dependente de ações musculares e, assim, suscetível à lesão (Marcos Becerro & Gutierrez García, 1999). As razões mais comuns para essas lesões no ombro, são fraqueza na resistência interna e externa do manguito rotador e desequilíbrio de músculos escapulares (Lisboa, 2015). Segundo o COFFITO, a fisioterapia esportiva tem como objetivo a manutenção da saúde funcional do indivíduo para a prática esportiva. Hak et al., (2013), explica em seu estudo, que o fisioterapeuta esportivo diferedas demais especialidades fisioterápicas, pois atua na recuperação da funcionalidade do atleta em menor tempo hábil. Acelera os processos biológicos de recuperação da lesão, ao mesmo tempo em que limita ao mínimo a exposição do atleta ao treinamento. Dessa forma, é possível reestabelecer o retorno ao esporte com as maiores perspectivas de sucesso. De acordo com Junqueira, (2015), no que diz a respeito sobre prevenção de lesões musculoesqueléticas, o fisioterapeuta, tem papel fundamental. Esse profissional é o que avalia os fatores de risco e estabelece as medidas preventivas a serem executadas. Para dar inicío à um o programa de reabilitação fisioterapêutica, é necessário conhecer os princípios e os resultados básicos do tratamento, realizar uma boa avaliação funcional, conhecer a interligação entre a anatomia e a cinesiologia da estrutura acometida, compreender o grau de debilidade e o potencial de recuperação do indivíduo (KISNER & COLBY, 2005). A Fisioterapia, utiliza recursos terapêuticos que podem proporcionar um alívio das condições sintomatológicas e/ou etiológicas (de Souza, 2006). Existem diversos recursos fisioterápicos eficazes no tratamento de lesão de ombro. Sendo os mais utilizados neste meio, a cinesioterapia (Helena Dias et al., 2016), a mobilização articular (KISNER & COLBY, 2005), ultrassom terapêutico (Farcic et al., 2012) , laser (Ricci & Dias, 2010), crioterapia (Matheus et al., 2008) e TENS (Rutter & Tuttle, 1988). Junqueira, (2015), elaborou um estudo onde sintetiza os melhores tratamentos de prevenção para lesões nos ombros voltado para atletas de crossfit, sendo a intervenção proposta: 14 correção dos padrões de movumento durante a execução do exercício, correção das alterações verificadas que determinam a presença da discinesia, realização de atividades que promovam o aumento da forç, resistência a fadiga e ativação muscular, alongamento da cápsula posterior e sessão de alongamento nos tecidos encurtados. Embora os autores citados nesse trabalho comprovem a eficácia dos recursos fisioterápicos nas lesões de ombro, é importante salientar que, para o tratamento ter bons resultados, a avaliação de cada atleta deve ser individual e personalizada, pois há vários fatores intrínsecos e extrínsecos a serem considerados e que influenciarão na prescrição da conduta fisioterápica. Na prática clínica, a aplicação desses recursos e técnicas dependem de uma minuciosa avaliação no atleta, bem como da competência do profissional, considerando que há diferentes tipos de lesões no ombro e avaliações específicas, para que seja traçado um programa de tratamento adequado. 15 7. Conclusão Torna-se importante conhecer a produção científica sobre o tema, pois assim como a expansão da modalidade, observa-se o crescimento na produção de conhecimento científico em geral, sendo necessários estudos com análises que colaborem no processo de construção e aperfeiçoamento deste campo de conhecimento. Conclui-se que o Crossfit é um esporte que causa maior lesão na região do ombro, e existem diversos tratamentos fisioterápicos eficazes, sendo o Fisioterapeuta esportivo o profissional mais conveniente para acompanhar o atleta lesionado. 16 8. Referências bibliográficas Aasa, U., Svartholm, I., Andersson, F., & Berglund, L. (2017). Injuries among weightlifters and powerlifters: A systematic review. In British Journal of Sports Medicine. https://doi.org/10.1136/bjsports-2016-096037 Barbosa, R., Goes, R., Mazzer, N., & Fonseca, M. (2008). A influência da mobilização articular nas tendinopatias dos músculos bíceps braquial e supra-espinal. Revista Brasileira de Fisioterapia. https://doi.org/10.1590/s1413-35552008000400008 Barfield, J., & Anderson, A. (2014). Effect of CrossFit on health-related physical fitness: A pilot study. Journal of Sport and Human Performance . Bedair, H. S., Karthikeyan, T., Quintero, A., Li, Y., & Huard, J. (2008). 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