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Fórmulas enterais de sistema fechado para pediatria

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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CRUSO DE NUTRIÇÃO 
DISCIPLINA DE DIETOTERAPIA EM PEDIATRIA 
Mélane Lago 
FÓRMULAS ENTERAIS DE SISTEMA FECHADO 
PARA PEDIATRIA 
Santa Maria, RS 
2019 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A condição nutricional do indivíduo é resultante do balanço entre a disponibilidade e 
consumo de alimentos, da absorção e utilização dos nutrientes frente às necessidades 
nutricionais diárias, salientando que as condições socioambientais influenciam marcadamente 
no estado nutricional (MONTEIRO & MONDINI, 1995). A necessidade de um equilíbrio 
alimentar que responda à demanda nutritiva é importante em qualquer época da vida, mas é 
maior em períodos de crescimento nos quais o organismo mostra-se mais sensível frente a 
qualquer desequilíbrio (OBELAR et al., 2009). 
A preservação do estado nutricional adequado está associada à eficiência da 
abordagem terapêutica de diversos estados patológicos e à melhoria na qualidade de vida de 
seu portador (REIS; CALIXTO-LIMA, 2015). Quando os pacientes são incapazes de ingerir 
alimentos o suficiente para suprir suas necessidades nutricionais por mais de alguns dias, a 
terapia nutricional deve ser considerada (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012). 
A nutrição enteral (NE) é uma forma de terapia nutricional indicada para pacientes que 
não são capazes de ingerir quantidades adequadas de alimentos, mas mantêm as funções do 
trato gastrointestinal (TGI) o suficiente para permitir a digestão e absorção de soluções de 
alimentos administrados por meio de tubos (REIS; CALIXTO-LIMA, 2015). A NE deve ser o 
primeiro tipo de nutrição a ser considerado, visto que passa pelo TGI do paciente, 
preservando, assim, a função e a integridade da mucosa gastrointestinal (MAHAN; ESCOTT-
STUMP; RAYMOND, 2012). Além desses benefícios, a alimentação enteral oferece 
inúmeros outros benefícios como a redução de complicações infecciosas e diminuição do 
tempo de permanência hospitalar e, consequentemente, dos custos da hospitalização 
(BOULLATA et al., 2009). 
Em pediatria, a NE é indicada para situações em que a alimentação oral está 
dificultada ou que é necessária a utilização de dietas especiais, como nos casos de 
prematuridade, diarreia crônica, doenças inflamatórias do TGI, coma neurológico, paralisia 
cerebral, insuficiência hepática, cardíaca, respiratória ou renal. Ou, ainda, após ressecções 
intestinais e, em cirurgias da face, pescoço e esôfago (LOPEZ; CAMPOS JR, 2010). Estando 
contraindicada em casos de hemorragia digestiva aguda e grave, íleo paralítico, obstrução 
intestinal, perfuração intestinal, fístulas intestinais de alto débito e isquemia intestinal 
(ALVES; WAITZBERG, 2009). 
3 
 
Por definição, a NE é a utilização do TGI para oferta de nutrientes utilizando fórmulas 
especiais ou vias de acesso que não a via oral. A via mais usual é por sonda naso ou 
orogástrica, podendo ser utilizada também a via nasoentérica (em jejuno), gastrostomia ou 
jejunostomia (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012; LOPEZ; CAMPOS JR, 
2010). 
A NE pode ser administrada por meio de dois sistemas, o aberto e o fechado. No 
sistema enteral fechado, o frasco ou a bolsa são preenchidos pelo fabricante com uma fórmula 
líquida estéril pronta para uso. No sistema enteral aberto, a pessoa que administra o alimento 
precisa abrir o frasco ou a bolsa e despejar o alimento em seu interior. Ambos os sistemas são 
eficazes quando a higienização é considerada uma prioridade (MAHAN; ESCOTT-STUMP; 
RAYMOND, 2012). 
As fórmulas enterais podem ser classificadas em: 
 Poliméricas: nutrientes íntegros, necessitando de trabalho digestivo. Podem ser 
industrializadas ou artesanais; 
 Semi-elementares ou oligoméricas: com proteínas hidrolisadas, facilitando o processo 
absortivo e tornando-se hipoalergênicas; enriquecidos com triglicerídeos de cadeia 
média, açúcares de fácil digestão, isentos de dissacarídeos, de compostos de 
maltodextrina e de glicose, e suplementados com vitaminas e minerais; 
 Elementares: à base de aminoácidos na forma livre. São elementares apenas no 
componente proteico, mas não nos demais. São indicadas para pacientes com alergia 
alimentar grave, uma vez que as alergias ocorrem apenas ao componente proteico, 
podendo também ser utilizada quando existe absorção comprometida de nutrientes 
(diarreia grave e grandes ressecções intestinais); 
 Especializadas: desenvolvidas para disfunções orgânicas específicas. 
(ROSS, et al. 2019; MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012; LOPEZ; CAMPOS 
JR, 2010). 
 Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas fórmulas enterais industrializadas 
em sistema fechado, para pediatria e suas características. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS 
Produto e 
Laboratório Apresentação Indicação Energia 
Proteína 
(g/ml) Fonte de PTN 
Fonte de 
CHO Fonte de LIP Osmolaridade 
FÓRMULAS NORMOCALÓRICAS 
Nutrini Max 
Multi Fiber 
Danone 
Pack de 500ml 
Crianças de 7 a 12 anos, pacientes 
com risco nutricional ou com 
desnutrição leve, pacientes com 
distúrbios neurológicos ou com 
paralisia infantil, que necessitam de 
regularização do trânsito intestinal 
em casos de diarreia/obstipação e 
em vigência de antibioticoterapia. 
1 Kcal/ml 
Normocalórica 3,2g/100ml 
40% soro do leite 
60% caseína 
100% 
maltodextrina 
10% óleo de canola 
86,9% óleo de girassol 
3,1& óleo de peixe 
230mOsm/L 
 
Nutrini Multi 
Fiber 
Danone 
Pack de 500ml 
Crianças de 1 a 6 anos, pacientes em 
terapia nutricional prolongada, com 
distúrbios neurológicos ou com 
paralisia infantil, pacientes que 
necessitem de regularização do 
trânsito intestinal em casos de 
diarreia e em vigência de 
antibioticoterapia. 
1 Kcal/ml 
Normocalórica 2,8g/100ml 
60% soro do leite 
40% caseína 
100% 
maltodextrina 
Óleos vegetais (girassol 
e canola) 
Óleo de peixe 
205mOsm/L 
 
Nutrini Standard 
Danone Pack de 500ml 
Crianças de 1 a 6 anos, pacientes 
neurológicos, desnutridos, pré e pós 
operatório. 
1 Kcal/ml 
Normocalórica 2,5g/100ml 
60% soro do leite 
40% caseína 
100% 
maltodextrina 
Óleos vegetais (girassol 
e canola) 
Óleo de peixe 
200mOsm/L 
 
Nutrini Pepti 
Danone 
 
 
Pack de 500ml 
Crianças com má absorção, 
intolerâncias a dietas poliméricas, 
realimentação após jejum 
prolongado, desmame de nutrição 
enteral, risco de bronco aspiração, 
função gastronintestinal 
comprometida. 
1 Kcal/ml 
Normocalórica 2,8g/100ml 
100% soro do 
leite hidrolisado 
86% 
maltodextrina 
14% amido 
46% TCM 
54% óleo de soja 
295mOsm/L 
 
Frebini Original 
Fibre 
Fresenius 
EasyBag de 
500ml 
Crianças em risco nutricional ou 
desnutrição leve, TNE prolongada, 
regularização do trânsito intestinal. 
1 Kcal/ml 
Normocalórica 2,5g/100ml 
80% ptn soro do 
leite 
20% caseína 
100% 
maltodextrina 
74% óleo de canola 
20% TCM 
6% óleo de peixe 
220mOsm/L 
 
Frebini Original 
Fresenius 
EasyBag de 
500ml 
Crianças em risco nutricional ou 
desnutrição leve. 
1 Kcal/ml 
Normocalórica 2,5g/100ml 
80% ptn soro do 
leite 
20% caseína 
100% 
maltodextrina 
Óleo de canola 
Óleo de girassol de alto 
teor oleico 
Óleo de peixe com alto 
teor de ômega 3 – EPA 
e DHA 
220mOsm/L 
 
 
5 
 
Produto e 
Laboratório Apresentação Indicação Energia 
Proteína 
(g/ml) Fonte de PTN Fonte de CHO Fonte de LIP Osmolaridade 
FÓRMULAS HIPERCALÓRICAS 
Nutrini Energy 
Multi Fiber 
Danone 
Pack de 500ml 
Crianças de 1 a 6 anos, pacientes 
com necessidades calóricas 
elevadas, com restrição hídrica ou 
intolerância ao aumento do volume, 
desnutridos, pré e pós-operatórios, 
pacientes críticos em UTI, 
oncológicos, fibrose cística. 
1,5 Kcal/ml 
Hipercalórica 4,1g/100ml 
40% soro do leite 
60% caseína 100% maltodextrina 
86,9% óleo de 
girassol 
10% óleo de canola 
3,1% óleo de peixe 
315mOsm/L 
 
Frebini Energy 
Fresenius 
 
EasyBag de 
500ml 
Crianças com desnutrição moderada 
a grave com as necessidades 
calóricas elevadas, associada ou não 
à restrição hídrica. 
1,5 Kcal/ml 
Hipercalórica3,8g/100ml 
80% caseína 
20% ptn do soro 
do leite 
100% maltodextrina 
74% óleo de canola 
20% TCM 
6% óleo de peixe 
220mOsm/L 
 
 
 
 
6 
 
3 CONCLUSÃO 
 
A terapia de NE é um modo seguro e eficaz de alimentar pacientes que são incapazes 
de se alimentar sozinhos. Além de ser uma alternativa de substituição alimentar, é também 
uma forma de otimizar a terapia metabólica do paciente em estado grave, por meio de 
formulações especiais. Haja visto que há no mercado uma grande variedade de fórmulas 
industrializadas com composição adequada para cada tipo de necessidade, permitindo, assim, 
que o profissional responsável escolha a fórmula mais adequada ao paciente, e contribuindo 
para uma melhora do seu estado nutricional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALVES, C. C.; WAITZBERG, D. L. Indicações e técnicas de ministração em nutrição 
enteral. In: WAITZBERG, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 4ª 
ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 2009. 
 
BOULLATA, J. et al. ASPEN. Enteral nutrition practice recommendations. JPEN, v. 33, 
n. 122, 2009. 
 
LOPEZ, F. A.; CAMPOS JR, D. (org.). Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de 
Pediatria. 2ª ed. Barueri, SP: Ed. Manole, 2010. 
 
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: alimentos, nutrição e 
dietoterapia. São Paulo: Elsevier, 13ª ed., 2012. 
 
MONDINI, L.; MONTEIRO, C. A. The stage of nutrition transition in different Brazilian 
regions. Archivos Latinoamericano de Nutrición, Caracas, v. 47, nº 281, p. 17-21, 1997. 
 
OBELAR et al. Nutrição nas fases pré-escolar e escolar. In WEFFORT, V. R. S.; 
LAMOUNIER, J. A. Nutrição em pediatria: da neonatologia à adolescência. Barueri, SP: 
Manole, 2009. 
 
REIS, N. T.; CALIXTO-LIMA, L. Nutrição clínica: bases para prescrição. Rio de Janeiro: 
Ed. Rubio, 2015. 
 
ROSS, A. C. et al. Nutrição moderna de Shils na saúde e na doença. 11ª ed. Barueri, SP: 
Ed. Manole, 2016. 
 
 
	1 INTRODUÇÃO
	2 CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS
	3 CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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