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RESUMO MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA - CRESCIMENTO MICROBIANO E MÉTODOS DE CONTROLE

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Samantha Rebouças 
 
 
 
 
Mecanismos 
de agressão e defesa 
I 
Samantha Rebouças 
MICROBIOLOGIA 
Estuda os microrganismos e suas 
atividades. Preocupa-se com a 
forma, estrutura, reprodução, fisi-
ologia e metabolismo dos seres 
microscópicos. 
Tríade da doença 
Agente etiológico + Hospedeiro 
+ Ambiente 
Em muitos casos, há ainda a pre-
sença de vetores, isto é, insetos 
que transportam os agentes in-
fecciosos de um hospedeiro pa-
rasitado a outro até então não in-
fectado. 
* Vetor: organismo que serve de 
veículo para a transmissão de al-
gum causador de doença. 
* O vetor pode ser biológico ou 
mecânico. O vetor biológico é 
aquele que serve de local para a 
multiplicação de um agente 
causador de doença e o vetor 
mecânico é aquele em que o 
agente causador da doença é 
apenas uma forma de transporte. 
 
TIPOS DE MICRO-ORGANISMOS 
Micro-organismos 
▪ Habitam em diversos locais, 
esta propriedade é denomi-
nada ubiquidade. 
▪ Fazem parte da microbiota 
normal do corpo humano, dos 
animais e das plantas, entre es-
ses organismos são estabeleci-
das relações em diferentes 
graus de parasitismo, mutua-
lismo e comensalismos. 
▪ Base da cadeia alimentar em 
oceanos, lagos e rios. 
▪ Os que fazem parte da nossa 
microbiota normal (flora) não 
nos faz mal – simbiose. 
Simbiose – interação ecológica 
interespecífica, ou seja, entre or-
ganismos de diferentes espécies, 
ocorrendo de forma obrigatória e 
harmoniosa, permitindo vanta-
gens recíprocas para as espécies 
envolvidas. 
▪ Digestão e a síntese de algu-
mas vitaminas no intestino hu-
mano. 
Micro-organismos oportunistas – 
Fazem parte da microbiota, nor-
malmente não causam dano ao 
homem, mas causam doenças, 
dependendo da resistência do 
hospedeiro e de condições favo-
ráveis para seu desenvolvimento 
e crescimento. 
UFC – Unidade Formadora de Co-
lônia 
DOENÇAS INFECCIOSAS 
▪ Patógenos invadem um hospe-
deiro suscetível 
▪ Micro-organismo efetua pelo 
menos uma parte do seu ciclo 
de vida dentro do hospedeiro. 
 
VIROSE 
ZIKA VÍRUS 
TUBERCULOSE 
HANSENÍASE 
MICOSE 
LEISHMANIOSE 
Samantha Rebouças 
 
Tipos celulares 
Eucariontes Procariontes 
Possui núcleo bem 
definido 
Não possui núcleo 
bem definido 
Compõe-se de 
membrana celu-
lar, citoplasma e 
núcleo 
Não possui mem-
brana nuclear 
Mais organelas DNA espalhado 
Seres humanos e 
seres mais comple-
xos 
Bactérias 
 
 
BACTÉRIAS 
 
▪ Seres procariontes unicelulares 
▪ Muitas bactérias possuem es-
truturas locomotivas denomi-
nadas ‘’flagelos’’ 
FORMA: 
As bactérias se reproduzem por di-
visão binária, onde uma célula se 
divide formando duas células. A 
reprodução das bactérias é ASSE-
XUADA. 
Tempo de geração: é o tempo ne-
cessário para que a célula divida-
se. 
 
A PAREDE BACTERIANA PODE SER: 
 
Gram-positiva: parede espessa 
de peptideoglicano. 
Gram-negativa: parede fina de 
peptideoglicano e uma mem-
brana externa sobreposta. 
*A técnica de Gram consiste de 
um esfregaço com os reagentes 
cristal violeta, lugol, álcool e fuc-
sina. Quando se examina ao mi-
croscópio um esfregaço corado 
pelo método Gram, as bactérias 
Gram+ se apresentam de cor roxa 
e as Gram- de cor avermelhada. 
Esse processo é importante pois as 
bactérias Gram+ são mais sensí-
veis à penicilina e à sulfa que as 
Gram-. 
As bactérias podem ser autotrófi-
cas (fabricam seu próprio ali-
mento) ou heterotróficas (retiram 
seu alimento do meio em que se 
encontram). 
 
FUNGOS 
 
▪ Organismos heterotróficos – 
obtêm sua alimentação a par-
tir da matéria orgânica inani-
mada ou nutrindo-se como pa-
rasitas de hospedeiros vivos. 
▪ São organismos eucarióticos e 
pluricelulares. 
Samantha Rebouças 
▪ Reprodução sexuada ou asse-
xuada. 
▪ As estruturas reprodutivas são 
chamadas corpo de frutifica-
ção 
▪ A ‘’raiz’’ de um fungo é tipica-
mente composta por um fila-
mento tubular chamado HIFA. 
O conjunto de hifas recebe o 
nome de MICÉLIO. 
▪ A parede celular da maioria 
dos fungos é formada por QUI-
TINA. 
 
FUNGOS FILAMENTOSOS 
▪ Bolores – são fungos pluricelula-
res. 
▪ Podem tolerar e crescer em 
concentrações altas de áci-
dos. 
▪ São capazes de viver em am-
bientes úmidos e secos. 
▪ Desenvolve-se numa ampla 
faixa de temperatura, com um 
ótimo de 22 a 30°C. 
▪ A glicose é a fonte de carbono 
adequada para praticamente 
todos os fungos. 
▪ Desenvolvem-se em altas con-
centrações de açucares. 
 
 
LEVEDURAS 
▪ Se diferenciam dos bolores por 
serem fungos unicelulares. 
▪ Reprodução por divisão biná-
ria 
▪ São desprovidas de clorofilas 
▪ Desenvolvem-se em meios 
contendo uma quantidade re-
lativa de umidade 
▪ Crescem dentro da faixa de 
temperatura de 25 a 40°C 
▪ Crescem na presença e na au-
sência de oxigênio 
▪ São agentes oxidativos e fer-
mentadores dos ácidos orgâni-
cos e carboidratos 
▪ São usadas na fabricação de 
vinhos, cervejas, aguardente e 
pão. 
 
PROTOZOÁRIOS 
 
▪ Organismos protistas eucarióti-
cos e unicelulares que se movi-
mentam através de pseudópo-
des, cílios ou flagelos. 
▪ Apesar de unicelulares, são 
considerados organismos com-
pletos pois dentro de uma 
única célula, ocorrem as mes-
mas atividades de um orga-
nismo pluricelular como a nutri-
ção, respiração, excreção e 
reprodução. 
▪ Heterotróficos – retiram seu ali-
mento do meio em que estão 
▪ Unicelulares e em sua maioria 
aquáticos 
▪ Alguns protozoários são de 
vida livre ou podem viver no in-
terior de animais e nas plantas. 
▪ Reproduzem-se de forma sexu-
ada ou assexuada. 
 
MICROALGAS 
 
▪ Organismos eucariotos fotos-
sintéticos unicelulares 
Samantha Rebouças 
▪ Reprodução sexuada ou asse-
xuada 
▪ Abundantes em águas doce e 
salgada 
▪ Organismos autotróficos – pro-
duzem seu próprio alimento 
▪ Apresentam grande varie-
dade de formas e dimensões 
 
VÍRUS 
 
▪ Parasita intracelular obrigató-
rio, pois somente conseguem 
se replicar (reprodução viral) 
quando no interior de células 
hospedeiras. 
▪ Por não serem formados por 
células e não possuírem orga-
nelas celulares, que lhes permi-
tem a realização de atividades 
metabólicas básicas de um ser 
vivo (nutrição e reprodução), 
dizemos que os vírus não pos-
suem autonomia. 
▪ São incapazes de produzir ATP, 
ou seja, energia necessária 
para as atividades de uma cé-
lula. 
▪ Precisam de uma célula viva 
para se replicar, da qual utili-
zam as estruturas celulares e o 
ATP da célula parasitada. 
▪ Não possuem estrutura celular, 
são constituídos por ácido nu-
cleico (DNA e RNA) circun-
dado por uma camada pro-
téica. 
▪ Não podem existir indepen-
dentemente! 
 
 
Crescimento bacteriano e 
fatores interferentes 
 
O crescimento microbiano é defi-
nido não em termos de tamanho 
celular, mas como o aumento do 
número de células, que ocorre por 
divisão celular. 
A divisão celular nas bactérias ge-
ralmente ocorre por divisão biná-
ria. 
 
FATORES NECESSÁRIOS PARA O 
CRESCIMENTO BACTERIANO 
 
Físicos: 
▪ Temperatura 
▪ Ph 
▪ Pressão osmótica 
▪ Atmosfera Gasosa 
Químicos 
▪ Carbono 
▪ Nitrogênio, enxofre e fósforo 
▪ Fatores orgânicos de cresci-
mento 
 
FÍSICOS 
1) Temperatura 
Algumas bactérias crescem me-
lhor em temperaturas baixas, ou-
tras em temperaturas intermediá-
rias e outras em temperaturas al-
tas. A temperatura ótima de cres-
cimento é aquela em que o mi-
cro-organismo cresce mais rapi-
damente. De acordo com a tem-
peratura de crescimento é 
Samantha Rebouças 
possível distinguir, pelo menos, três 
grupos fisiológicos de bactérias: 
Psicrófilas: têm temperatura ótima 
de crescimento entre 15-25°C. 
Mesófilas: têm temperatura ótima 
de crescimento entre 25-45°C. 
Termófilas: têm temperatura 
ótima de crescimento entre 45-
80°C. 
Hipertermófilas: até 110°C 
 
Cada espécie bacteriana cresce 
a uma temperatura mínima, 
ótima emáxima específica. A 
temperatura mínima de cresci-
mento é a menor temperatura na 
qual a espécie pode crescer. A 
temperatura ótima de cresci-
mento é a temperatura na qual a 
espécie cresce melhor. A tempe-
ratura máxima de crescimento é 
a maior temperatura na qual o 
crescimento é possível. 
 
2) pH 
 
A maioria das bactérias cresce 
melhor em uma faixa estreita de 
pH perto da neutralidade, entre 
6,5 e 7,5. Quanto à tolerância ao 
Ph, as bactérias podem ser: 
 
Acidófilas: 0,1 a 5,4 
Neutrofílicas: 5,5 a 8,5 
Alcalófilas: 8,5 a 11,5 
 
3) Pressão Osmótica 
 
Altas concentrações de soluto 
dissolvido (sal/açúcar) exer-
cem pressão osmótica sufici-
ente para matar ou inibir o cres-
cimento microbiano. Pressões 
osmóticas elevadas têm como 
efeito remover a água necessária 
para a célula. Alguns micro-orga-
nismos chamados de halófilos são 
tão adaptados a concentrações 
elevadas de sais que acabam re-
querendo sua presença para que 
ocorra seu crescimento. Os mais 
comuns são os halófilos facultati-
vos que não requerem concen-
trações elevadas de sal, mas são 
capazes de crescer em concen-
trações de até 2% de sal, alguns 
toleram até 15% de sal. 
 
Meio hipertônico: Concentração 
de soluto é mais elevada no meio 
– a água que está na célula sai 
em busca do soluto. 
 
Meio hipotônico: Concentração 
de soluto é mais elevada dentro 
da célula – a água que está fora 
entra na célula promovendo a lise 
celular (quebra). 
 
 
QUÍMICOS 
 
 
1) Carbono 
Necessário para a síntese de to-
dos os compostos orgânicos ne-
cessários para a viabilidade celu-
lar. 
 
2) Nitrogênio, Enxofre e Fósforo 
Samantha Rebouças 
O nitrogênio e o enxofre são es-
senciais para a síntese de prote-
ína. 
A síntese de DNA e RNA requer ni-
trogênio e fósforo. 
O enxofre é utilizado para a sín-
tese de aminoácidos e vitaminas. 
O fósforo é essencial para a sín-
tese dos ácidos nucleicos e dos 
fosfolipídios das membranas celu-
lares. 
 
3) Oxigênio 
Quanto à respiração, as bactérias 
podem ser: 
a) aeróbias estritas – requerem 
oxigênio para sobreviver 
b) anaeróbias estritas – incapazes 
de utilizar o oxigênio. 
c) microaerofílicas – crescem 
com pouca quantidade oxigê-
nio, inferiores à concentração 
do ar. 
d) anaeróbias facultativas – po-
dem utilizar o oxigênio quando 
ele está presente, mas são ca-
pazes de continuar a crescer 
em condições anaeróbias. 
e) Anaeróbicos aerotolerantes – 
não utilizam o oxigênio para o 
crescimento, mas o toleram re-
lativamente bem. 
 
 
CICLO CELULAR BACTERIANO 
 
As bactérias normalmente se re-
produzem por fissão binária (surgi-
mento de duas células a partir de 
uma única célula). Esse processo 
ocorre devido à formação de 
septos que se dirigem da superfí-
cie para o interior da célula, divi-
dindo a bactéria em duas células 
filhas. 
As proteínas Fts interagem e for-
mam um aparelho de divisão de-
nominado divissomo. 
A formação do divissomo é inici-
ada pela ligação das moléculas 
de FtsZ originando um anel ao re-
dor do cilindro celular, localizado 
na região central da célula. A FtsA 
é essencial para a envaginação 
da membrana citoplasmática no 
local de divisão. 
 
ZipA: conecta o anel FtsZ à mem-
brana citoplasmática, promo-
vendo sua estabilização. 
FtsA: recrutamento de outras pro-
teínas do divissomo. 
Ftsi: síntese de peptideoglicano, 
proteínas de ligação à penicilina. 
As proteínas MinC, MinD e MinE 
garantem a formação do divis-
somo somente no centro celular e 
não nos polos da célula. 
 
Samantha Rebouças 
 
 
 
O DNA da célula parenteral se re-
plica de forma semi-conservativa. 
O período da divisão celular de-
pende do tempo de geração de 
cada bactéria, sendo o tempo de 
geração o tempo necessário para 
uma célula se dividir em duas. 
 
 
 
CURVA DE CRESCIMENTO BACTE-
RIANO 
 
Fase Lag: Pouca ou ausência de 
multiplicação celular – o número 
de micro-organismos permanece 
praticamente inalterado. É uma 
fase de adaptação dos micro-or-
ganismos ao meio de cultivo. 
 
Fase Exponencial: Os micro-orga-
nismos estão totalmente adapta-
dos absorvendo nutrientes, sinte-
tizando constituintes e se multipli-
cando. É a fase mais importante 
do crescimento, onde é possível 
estudar os parâmetros de 
crescimento dos micro-organis-
mos. Nessa fase a velocidade de 
reprodução atinge o nível má-
ximo. 
 
Fase estacionária: Não há cresci-
mento líquido da população. O 
número de micro-organismos que 
se multiplicam é equivalente ao 
número de micro-organismos que 
morrem. 
 
Morte ou declínio: O número de 
micro-organismos mortos excede 
o número de vivos. Esporulação 
das bactérias. Depois de certo 
tempo, o número de organismos 
que morre torna-se maior do que 
os que surgem. 
 
 
 
 
CONTROLE MICROBIANO 
 
 
Inibição – bloqueio da multiplica-
ção – ação bacteriostática. Mi-
cro-organismo vivo não multi-
plica. 
Eliminação total ou morte – perda 
irreversível da capacidade de 
Samantha Rebouças 
reprodução – ação bactericida. 
Morte rápida do micro-orga-
nismo. 
Indução da morte – através da 
lise celular – ação bacteriolítica. 
Pode ser observada como uma 
diminuição do número de célu-
las. 
 
▪ Esterilização: Destruição de to-
das as formas de vida microbi-
ana, inclusive os endósporos. 
Na esterilização comercial há 
um tratamento de calor sufici-
ente para matar os endósporos 
do Clostridium Botulinum nos ali-
mentos enlatados. 
▪ Desinfecção: Destrói a maioria 
dos patógenos vegetativos em 
matéria inanimada, sem elimi-
nar todas as formas de vida. 
Não inativa formas esporuladas. 
Pode utilizar métodos como: 
substâncias químicas, radiação 
ultravioleta, água fervente e va-
por. 
▪ Degerminação: Remoção me-
cânica dos micro-organismos 
de uma área limitada, como o 
local em torno de uma injeção 
na pele. 
▪ Sanitização: Redução de micro-
organismos de utensílios alimen-
tares, equipamentos industriais e 
ambientes hospitalares até ní-
veis seguros de saúde pública. 
Ex: lavagem com alta tempera-
tura e uso de sanitizantes. 
▪ Antissepsia: Destruição de pató-
genos na forma vegetativa em 
tecidos vivos. 
 
 
 
 
MECANISMOS DE AÇÃO 
 
▪ Danos à parede celular – ini-
bindo a formação da rede de 
peptideoglicano. 
▪ Danos às proteínas e ácido nu-
cleico – desnaturando as prote-
ínas (rompimento das ligações 
covalentes e pontes de hidrogê-
nio) por produtos químicos e ca-
lor. Através de calor, radiação 
ou substâncias químicas pode 
lesionar o DNA e o RNA. 
▪ Dano à permeabilidade da 
membrana – vazamento do 
conteúdo celular no meio. 
 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM O 
CONTROLE 
 
▪ Tamanho da população 
▪ Natureza da população – ex.: 
endósporos são mais difíceis de 
serem destruídos do que as cé-
lulas jovens. 
▪ Concentração do agente 
▪ Tempo de exposição – alguns 
necessitam de maior tempo de 
exposição 
▪ Temperatura 
▪ Condições ambientais 
 
 
MÉTODOS DE CONTROLE 
 
FÍSICOS 
 
1) Calor 
 
PMT – ponto de morte térmica: é a 
menor temperatura em que todos 
os micro-organismos em uma 
Samantha Rebouças 
suspensão líquida específica se-
rão mortos em 10 minutos. 
TMT – tempo de morte térmica: o 
tempo mínimo em que todas as 
bactérias em uma cultura líquida 
específica serão mortas, em uma 
dada temperatura. 
TRD – tempo de redução decimal: 
é o tempo, em minutos, em que 
90% de uma população de bac-
térias em uma dada temperatura 
serão mortas. 
 
 
CALOR ÚMIDO 
 
Mata os micro-organismos pela 
desnaturação proteica e de áci-
dos nucleicos, podendo também 
romper membranas. 
 
Pode ser: 
 
▪ Fervura 
Mata as formas vegetativas dos 
patógenos bacterianos, quase 
todos os vírus, e os fungos e seus 
esporos dentro de cerca de 10 
minutos. Não mata os endóspo-
ros bacterianos e alguns vírus. 
 
 
▪ Autoclave 
Esterilização mais confiável.A 
121°C mata todos os organismos 
e seus endósporos por 15 minutos. 
Quanto maior o volume do reci-
piente, maior o tempo necessário 
para a esterilização. A autoclave 
é o método preferido de sanitiza-
ção, a não ser que o material a 
ser esterilizado possa ser danifi-
cado por calor ou umidade. 
 
▪ Pasteurização 
Não mata todos os micro-organis-
mos, no entanto, reduz a carga 
microbiana, o número de micro-
organismos viáveis presentes em 
uma amostra. Na temperatura e 
tempos utilizados, todas as bac-
térias patogênicas que podem 
ser transmitidas pelo leite infec-
tado são mortas. Retarda o cres-
cimento de micro-organismos de-
teriorantes, aumentando consi-
deravelmente o prazo de vali-
dade destes produtos. 
Pasteurização lenta: 63°C – 30 mi-
nutos 
Pasteurização rápida: 72°C – 15 
segundos 
Teste de eficiência: atividade de 
fosfatase – enzima presente no 
leite, após a pasteurização deve 
ser inativada. 
 
UHT: Ultra High Temperature – 
141°C / 2 a 5 segundos 
 
CALOR SECO 
 
Morte por oxidação de consti-
tuintes celulares. 
 
▪ Incineração 
▪ Flambagem/chama direta 
▪ Estufa esterilizante 
 
2) Baixas temperaturas 
 
Atuam reduzindo a taxa metabó-
lica dos micro-organismos, cau-
sando um efeito bacteriostático 
onde os micro-organismos não 
podem se reproduzir ou sintetizar 
toxinas. (nas temperaturas de 
Samantha Rebouças 
refrigeradores comuns – depen-
dendo do micróbio específico). 
 
3) Filtração 
 
É a passagem de um líquido ou 
gás por meio de um material se-
melhante a uma tela, com poros 
pequenos o suficiente para reter 
os micro-organismos. É usada 
para esterilizar materiais sensíveis 
ao calor como: meios de cultura, 
enzimas, vacinas e soluções anti-
bióticas. 
HEPA – filtros de partículas de ar 
de alta eficiência: removem 
quase todos os micro-organismos 
maiores que cerca de 0,3 mn de 
diâmetro. Filtro de profundidade. 
 
4) Dessecação/Ressecamento 
 
Na ausência de água os micro-or-
ganismos não podem crescer ou 
se reproduzir, mas podem perma-
necer viáveis por anos. A liofiliza-
ção é retirada da água de certas 
substâncias e alimentos. Tem 
efeito bacteriostático. Alguns mi-
cro-organismos podem sobreviver 
ao ressecamento, como vírus e 
endósporos bacterianos. 
 
5) Pressão Osmótica 
 
Utiliza altas concentrações de sais 
e açúcares para criar um ambi-
ente hipertônico, causando a sa-
ída da água da célula microbi-
ana (plasmólise). Método pare-
cido com o ressecamento pois 
ambos retiram da célula a umi-
dade que ela necessita para o 
seu crescimento. 
 
6) Radiação 
 
a) Ionizante: raios gama, raios X 
ou feixes de elétrons – possui 
comprimento de onda mais 
curto, assim transporta muito 
mais energia. Seu principal 
efeito é a ionização da água, 
que forma radicais hidroxila al-
tamente reativos que reagem 
com o DNA da célula. Os ‘’gol-
pes’’ produzidos pela radia-
ção ionizante podem causar 
mutações e mais golpes cau-
sarão mutações suficientes 
para matar o micro-organismo 
causando destruição do DNA. 
 
b) Não ionizante: possui um com-
primento de onda maior que o 
da radiação ionizante. O me-
lhor exemplo é a radiação UV. 
A luz UV causa danos ao DNA 
das células expostas inibindo a 
replicação correta do DNA du-
rante a reprodução da célula. 
Uma desvantagem é que a ra-
diação não é muito pene-
trante, assim, os organismos de-
vem ser expostos diretamente 
aos raios. 
 
7) Desaeração 
 
Remoção do oxigênio; previne o 
crescimento de micro-organis-
mos aeróbios. Muito utilizado na 
indústria de alimentos. 
 
8) Vibração ultrassônica 
 
Levam ao rompimento da célula, 
quebra de DNA e despolimeriza-
ção de compostos. 
 
Samantha Rebouças 
Resumindo 
 
Samantha Rebouças 
 
 
QUÍMICOS 
Os agentes químicos são usados 
para controlar o crescimento de 
micro-organismos em tecidos vivos 
(ANTISSÉPTICOS) e em objetos ina-
nimados (DESINFETANTES). 
A maioria desses agentes apenas 
reduz a população microbiana a 
níveis seguros ou remove as formas 
vegetativas dos patógenos. 
O agente químico ideal deve: 
▪ Alta toxicidade para os micro-
organismos 
▪ Solúvel em água 
▪ Estabilidade elevada 
▪ Inócuo para o homem e ani-
mais 
▪ Ausência de afinidade por ma-
téria orgânica 
▪ Toxicidade para os micro-orga-
nismos em temperatura ambi-
ente ou corporal 
▪ Capacidade de penetração 
em diversas superfícies 
▪ Não ser corrosivo e nem man-
char 
▪ Desodorisante 
▪ Características detergentes 
▪ Disponibilidade – baixo curso e 
fácil acesso 
 
A menor quantidade de 
agente necessária para inibir o 
crescimento de um micro-orga-
nismo => CONCENTRAÇÃO INI-
BITÓRIA MÍNIMA (CIM) 
 
 
AVALIANDO UM DESINFETANTE 
 
▪ Método de diluição em tubos 
 
▪ Método de difusão em agar 
 
▪ Método do coeficiente fenó-
lico 
 
 
AGENTES QUÍMICOS ANTIMICRO-
BIANOS 
 
1) Fenol 
 
Promove desinfecção de nível 
médio ou baixo. 
Altera a permeabilidade da 
membrana – lise celular. 
Desnaturam e inativam proteínas. 
Ação bacteriostática ou bacteri-
cida. 
Descontaminação de superfícies 
hospitalares. 
 
 
Samantha Rebouças 
2) Composto com Iodo 
 
Fortes agentes oxidantes; alta-
mente reativos. 
Destroem os componentes vitais 
da célula microbiana impedindo a 
síntese de proteínas e alteração 
nas membranas celulares. Efici-
ente contra todos os tipos de bac-
térias, muitos endósporos, vários 
fungos e alguns vírus. 
 
3) Compostos com Cloro 
 
Inativam enzimas e ácidos nuclei-
cos. Possui ação germicida cau-
sada pelo ácido hipocloroso que 
se forma quando o cloro é adicio-
nado à água. Eficiente contra 
bactérias gram+ e gram-, fungos, 
micobactérias, todos os tipos de ví-
rus e endósporos. Solução de hi-
poclorito: 1% desinfetante domés-
tico. Usado para a limpeza de fru-
tas, verduras e legumes. 
 
 
4) Álcool 
 
Bactericida e fungicida, mas não 
mata endósporos e os vírus não 
envelopados. 
Promove a desinfecção de níveis 
baixos a intermediários. 
Mais indicado para desinfecção 
de superfícies e utensílios. Atua 
desnaturando proteínas e cau-
sando lesão na membrana celu-
lar. Concentração ótima 
recomendada é de 70%, porem 
entre 60 e 90% também funcio-
nam. 
 
 
5) Metais pesados 
 
Mercúrio, Selênio, Prata e Cobre. 
A prata e cobre exercem ação 
oligodinâmica, ou seja, a capaci-
dade de pequenas quantidades 
de metais pesados exercerem 
atividade antimicrobiana. 
 
 
6) Gases esterilizantes 
 
Óxido de etileno. Ele é tóxico e 
explosivo em sua forma pura, por 
isso é misturado ao dióxido de 
carbono (não inflamável). É pos-
sível esterilizar à temperatura am-
biente; ele é altamente pene-
trante. 
 
 
7) QUAT – quaternários de amô-
nio 
 
São fungicidas, amebicidas e viri-
cidas contra vírus envelopados. 
Não matam endósporos ou mico-
bactérias. São fortes bactericidas 
contra as bactérias gram-positivas 
e um pouco menos ativos contra 
as gram-negativas. Ação bacteri-
cida e bacteriostática. Resistentes 
ao QUAT: Salmonella typhimurium, 
Escherichia Coli e Pseudomonas 
aerugiosa. 
Samantha Rebouças

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