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ABERTURA CORONÁRIA

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Clara Miotto 
 
 
(cirurgia de acesso, acesso endodôntico, acesso coronário) 
 
O tratamento endodôntico apresenta basicamente três etapas, sendo 
elas: a intervenção, a instrumentação e a obturação. Na primeira refere-se 
ao acesso e ao preparo da câmara pulpar, em que há a remoção da 
estrutura dental para posterior acesso ao canal radicular. A segunda etapa 
refere-se ao preparo químico-mecânico, que envolve os procedimentos 
de instrumentação, irrigação e aspiração desse canal. A terceira e última 
etapa refere-se a obturação do canal radicular, ou seja, o preenchimento 
do espaço com material endodôntico. 
 
Os canais radiculares podem variar em número, tamanho, forma e 
apresentar diferentes divisões, fusões, direções e estágios de 
desenvolvimento. 
 
Anatomicamente, os canais dos molares superiores, estão deslocados 
para mesial seguindo a ponte de esmalte. 
 
Abertura coronária: É o ato operatório pelo qual se expõe a câmara 
pulpar. O objetivo inicial desse ato operatório é projetar a anatomia da 
câmara pulpar sobre a superfície do dente. 
 
PASSOS DA ABERTURA CORONÁRIA 
 
A abertura coronária engloba uma série de passos que vão desde o acesso 
à câmara pulpar, o seu preparo, até a obtenção da configuração final da 
cavidade pulpar, limpeza, antissepsia e localização dos orifícios de entrada 
dos canais radiculares. Um erro nessa fase pode gerar consequências em 
todo o tratamento endodôntico, podendo, por exemplo, impossibilitá-lo 
ou levar ao escurecimento coronário ou também a não localização dos 
canais radiculares, levando a perpetuação de um problema pulpar. 
 
 
 
Clara Miotto 
PREPAROS PRÉVIOS À ABERTURA CORONÁRIA 
 
PASSO 1: ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL PARA ABERTURA 
Inclui: instrumental, motores, brocas e material obturador endodôntico. 
 
PASSO 2: EXAME CLÍNICO E RADIOGRÁFICO CUIDADOSO 
Faz-se um exame clínico geral, ou seja, de todos os dentes. A radiografia 
sempre deve anteceder a abertura coronária e deve ser feita também no 
decorrer de todo o tratamento endodôntico. Sua visualização deve ser 
cuidadosa, pois se trata de uma imagem bidimensional de um objeto 
tridimensional. 
Na radiografia poderá ser visualizada: restaurações e cáries, forma e 
volume da câmara pulpar, presença de nódulos ou calcificações pulpares, 
variações anatômicas dos dentes e raízes, espessura do esmalte e da 
dentina. Observa-se também a inclinação do dente no arco, dimensão e 
forma do mesmo e sua relação com os tecidos vizinhos. 
 
PASSO 3: MENTALIZAR A CAVIDADE PULPAR 
Para isso, o conhecimento da anatomia interna do dente é primordial. 
Deve-se ter noção da forma da câmara pulpar, número de canais 
radiculares, curvaturas etc. 
 
PASSO 4: ANESTESIA E ISOLAMENTO ABSOLUTO 
O isolamento absoluto só é feito do dente que será tratado. 
 
PASSO 5: REMOÇÃO DE TODO O TECIDO CARIADO, RESTAURAÇÃO 
DEFICIENTE E ESTRUTURA DENTAL DESAPOIADA 
O acesso à câmara pulpar exige remoção prévia de boa parte da superfície 
do dente. Um dente que tenha passado por um tratamento endodôntico 
é considerado mais frágil que um dente com sua polpa íntegra. Então, se 
um dente que tenha passado por uma remoção de cárie, permaneça com 
parte de sua estrutura dental desapoiada, há um maior risco de fratura 
desse elemento. 
 
Princípios da abertura coronária segundo aula: 
- O tecido cariado deve ser removido completamente 
- O limite da abertura coronária deverá incluir todos os cornos pulpares, 
saliências e retenções do teto da câmara pulpar. 
Clara Miotto 
- A anatomia do assoalho da câmara pulpar nunca dever ser alterada. (em 
caso de dentes posteriores/multirradiculados) 
- Toda abertura coronária deverá ser efetuada de maneira à oferecer um 
acesso direto retilíneo ao canal radicular. 
 
Princípios da abertura da cavidade de acesso segundo o livro: 
• Remoção de todo o teto da câmara pulpar para a retirada dos 
remanescentes pulpares e exposição dos orifícios de entrada dos 
canais; 
• Preservação do assoalho da câmara pulpar, evitando perfurá-lo e 
facilitando a localização da entrada dos canais, pois a sua 
integridade tende a guiar o instrumento; 
• Conservação da estrutura dentária, prevenindo a fratura e o 
enfraquecimento do esmalte e dentina remanescente; 
• Prover formas de resistência para a permanência total do 
selamento provisório da cavidade de acesso até a colocação da 
restauração final; 
• Obtenção de acesso reto e livre até a primeira curvatura do canal. 
 
Planejamento: Devem ser feitas análises clínica e radiográfica. A maioria 
dos dentes que necessitam de tratamento endodôntico foi afetada por 
cáries, restaurações, fraturas e outros. Frequentemente isso promove a 
deposição de dentina, o que pode alterar a anatomia interna do dente. 
- Clínico 
• Cáries; 
• Restaurações; 
• Inclinação do dente na arcada; 
• Atrição; 
• Fraturas. 
* Estar atento que nesses casos, há deposição de dentina reacional e 
modificação da morfologia da anatomia interno e o profissional precisa 
estar apto à planejamentos diante dessas situações. 
 
- Radiográfico: 
• Forma e tamanho da câmara pulpar 
Conceitos: 
Clara Miotto 
- Ponto de eleição: é a fase inicial da abertura onde é realizado o desgaste 
da superfície de esmalte até atingir a dentina. “onde eu começo a 
abertura” 
- Direção de trepanação: diz respeito à inclinação da broca no momento 
de desgaste da câmara pulpar 
- Forma de contorno: Seu objetivo inicial é projetar externamente a 
anatomia da câmara pulpar 
- Forma de conveniência: Fase final da abertura coronária que permite 
melhor visão do interior da câmara pulpar e permiti um fácil acesso aos 
canais radiculares. 
Realização de pequenos desgastes: paredes da câmara pulpar; remoção 
do teto remanescente. 
Realização de desgastes compensatórios que são feitos para facilitar a 
entrada da lima. 
 
Instrumental endodôntico: 
- Espelho de primeiro plano (Front Surface); 
- Sonda exploradora nº5; 
- Sonda exploradora reta; 
- Brocas esféricas; 
• Diamantadas (1011, 1012, 1013): São utilizadas em alta rotação para 
desgaste de esmalte. 
• Carbide (CA 2, CA 4): possui arestas de corte. São utilizadas em 
baixa rotação para desgaste de dentina. 
- Brocas tronco-cônicas 
• 3082 (Ponta inativa); 
• Endo Z; 
- Brocas Gates-Glidden 
- Brocas de Largo 
 
Sequência clínica: 
- Remoção do tecido cariado e exposição da câmara pulpar 
- Remoção do teto da câmara pulpar e das projeções destinarias 
- Desgastes compensatórios 
 
DENTES ANTERIORES 
 
Clara Miotto 
- Incisivos superiores 
• Ponto de eleição: Nas proximidades do cíngulo (1 – 2mm acima) na 
face palatina. 
• Direção de trepanação: Broca esférica diamantada em alta rotação 
Perpendicular à face palatina, desgastando o esmalte (1011, 1012, 
1013). Broca esférica carbide em baixa rotação ao longo eixo do 
dente, desgastando a dentina até chegar à câmara pulpar (CA 2, CA 
4). Para conferir se cai na câmara pulpar, utilizo a sonda reta. Ao cair 
na câmara pulpar, uso a broca carbide para remover o teto em 
movimento de tração de dentro pra fora, utilizo a sonda nº5 para 
conferir se removi todo o teto. Pego a broca 3082 (adaptada em 
baixa rotação) e faço movimentos circulares no acesso para 
desgastar as paredes. 
• Posso utilizar as brocas de ponta diamantadas em alta rotação 
(3203, 3205) visando ampliar o preparo em locais estratégicos, 
promovendo acesso direto aos canais radiculares, maior visibilidade 
e iluminação, além de alisar as paredes cavitárias. 
• Forma de conveniência: ** Remover o “ombro palatino-lingual” 
para que a lima entre o mais retilíneo possível utilizando as brocas 
gates-glidden ou as 3082 
• Abertura coronária: Triangular com base voltada para incisal 
 
- Incisivos inferiores: Mesmo processo 
• O que difere os incisivos superiores dos inferiores é o achatamento 
mésio-distal do canal mais acentuado,com possibilidade de 
formação de dois canais, assim, o formato da abertura coronária 
será triangular, mas um triangulo mais alongado/achatado M/D. 
 
Clara Miotto 
 
 
- Caninos superiores: Mesmo processo 
Tem-se a presença de um divertículo incisal, correspondente à cúspide 
perfurante. O terço cervical do canal é triangular e o terço médio do canal 
é oval. A sua forma de contorno é triangular com base em ponta de lança 
ou losangular de ângulos arredondados (paralelismo com a anatomia 
externa). Em relação a forma de conveniência, o canino tem um ombro 
lingual bastante acentuado que deve ser removido. 
• Abertura coronária: Formato de lança ou ovalada 
 
- Caninos inferiores: Mesmo processo 
É bem parecido com o CS, porém com um achamento MD maior, tanto da 
coroa quanto da raiz. Além disso, tem-se uma extensão cérvico-incisal 
maior, ou seja, é um dente mais comprido e mais achatado. Seu divertículo 
incisal não é tão pronunciado quanto no CS. O achatamento promove a 
presença de um canal mais oval e, às vezes, pode ter uma bifurcação do 
canal. A forma de contorno é mais ovalada (diferentemente do CS: 
losangular de ângulos arredondados), devido alargamento VL. Na forma 
de conveniência pode ser necessário uma extensão para lingual (em 
direção ao cíngulo) devido maior achatamento MD do canal. 
• Abertura coronária: Formato mais ovalada devido o achatamento 
mésio-distal. 
 
Clara Miotto 
 
 
DENTES POSTERIORES 
- Pré-molares superiores 
• Ponto de eleição: Área central da face oclusal. 
• Direção de trepanação: começo desgastando com a broca esférica 
diamantada em sentido do longo eixo do dente, ao cair em dentina, 
troco de broca (esférica carbide) e vou inclinando para palatina 
(porção mais volumosa do canal). Vou utilizando a broca para retirar 
o teto, assim, utilizo uma broca de segurança, para que não perfure 
o assoalho, (3082) no sentido vestíbulo-palatino. Nesse caso 
também utiliza as sondas reta e nº5 para conferir se caiu na câmara 
pulpar e se removeu o teto da câmara, respectivamente. 
• Abertura coronária: Oval com achatamento mésio-distal 
 
 
 
- Pre-molares inferiores 
• Ponto de eleição: Faceta mesial da face oclusal. 
• Direção de trepanação: repete ao dos superiores, porém, com a 
broca carbide de remoção de dentina, sigo a direção do longo eixo 
do dente (e não inclino para lingual). 
Clara Miotto 
• Abertura coronária: Ovoide ou circular. 
 
 
 
 
- Molares superiores 
• Ponto de eleição: Na superfície oclusal, no centro da fossa mesial, 
preservando a ponte de esmalte. 
• Forma de contorno inicial: A abertura deverá ser estendida do 
centro da fossa mesial, próxima a cúspide MV, em direção distal, até 
ultrapassar o sulco oclusovestibular. Desse ponto distal, segue-se 
em direção lingual, atravessando a fossa central e unindo-se ao 
ponto inicial. Forma um triangulo de base voltada para vestibular. 
Os molares superiores podem apresentar, na raiz MV, dois canais: o 
canal mesiovestibular – MV1 – e um segundo canal, o mesiopalatino 
– MV2. 
• Direção de trepanação: processo se repete, porém, ao desgastar a 
dentina, inclinamos a broca para palatino (região de segurança). 
Removo o teto com a 3082. 
• Abertura coronária: Triangular com base voltada para vestibular. 
 
Clara Miotto 
 
 
- Molares inferiores 
• Ponto de eleição: Face oclusal, área central 
• Direção de trepanação: Processo se repete, ao desgastar dentina, 
inclino a broca para distal. Na maioria dos casos apresenta dois 
canais mesiais e um distal achatado no sentido mesiodistal. Quando 
apresenta quatro canais, a abertura é retangular ou quadrada. 
• Abertura coronária: Triangular com base voltada para mesial, ou 
trapezoidal. 
 
 
 
ERROS OPERATÓRIOS: 
Clara Miotto 
• Desgaste excessiva de estrutura dentária 
• Abertura excessivamente conservadora 
• Remoção parcial do teto da cavidade pulpar 
• Formação de degrau próximo a entrada do canal radicular 
• Perfurações radiculares 
** Um dos principais motivos de escurecimento do dente é devido deixar 
material obturador na câmara pulpar. O material deve estar só até a 
entrada do canal, apenas.

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