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Acesso coronário e localização dos canais radiculares

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Acesso coronário e localização dos 
canais radiculares 
 
 
 O conhecimento da morfologia dos canais radiculares é um dos requisitos básicos 
para se atingir os objetivos do preparo químico-mecânico: a completa remoção do 
tecido pulpar, dos microrganismos e da dentina infectada, além da adequada 
modelagem, propiciando condições ideais para o selamento da cavidade pulpar e o 
reparo dos tecidos perirradiculares 
 
Acesso coronário 
 
 Acesso coronário pode ser definido como o preparo de uma cavidade na coroa do 
dente para se ter acesso à cavidade pulpar, representada por câmara pulpar e 
canal radicular 
 
 A abertura coronária é um tempo operatório que engloba desde o acesso à câmara 
pulpar, seu preparo, até a obtenção da configuração final da cavidade pulpar, sua 
limpeza, antissepsia e localização dos orifícios de entrada dos canais radiculares. 
 
 Erros durante essa etapa do tratamento podem tornar o canal radicular inoperável e, 
às vezes, inacessível 
 
 Em alguns casos, a permanência do teto da câmara pulpar pode levar ao futuro 
escurecimento da coroa dentária pela retenção de restos pulpares, sangue e resíduos. 
 
 Divertículos não removidos podem ainda abrigar bactérias que servem de fonte para 
infecção secundária do canal 
 
 Além disso, pode dificultar ou impedir a localização dos canais, resultando em 
surgimento, desenvolvimento, persistência ou, até mesmo, na perpetuação da doença 
endodôntica 
 
 
 
 
Princípios básicos gerais 
 
 Antes de iniciar as manobras operatórias do acesso coronário, é fundamental observar 
alguns princípios básicos 
 
 Juntamente ao exame clínico, tomadas radiográficas periapicais, realizadas pela 
técnica do paralelismo, preferencialmente em dois ângulos, podem ser uma ferramenta 
auxiliar importante para o planejamento da realização do acesso 
 
 Tal procedimento poderá fornecer informações preciosas, como: 
 
 A inclinação do dente 
 A presença e a extensão de cáries 
 A localização dos cornos pulpares 
 A presença de calcificações 
 A relação do teto com a câmara pulpar 
 A localização da entrada dos canais 
 O número de canais, curvaturas 
 Lesões perirradiculares e outras estruturas anatômicas 
 
 Em algumas situações, uma tomada radiográfica interproximal (bite-wing) poderá 
complementar e auxiliar na visualização de cáries interproximais, na verificação de 
recidiva de cáries abaixo das restaurações, analisar a profundidade da cárie, a 
relação do dente com o nível da crista óssea e sua relação com os dentes vizinhos 
 
 Além disso, o exame radiográfico poderá, ainda, contribuir na análise da espessura da 
estrutura dentária (esmalte e dentina) a ser desgastada para se atingir a câmara 
pulpar e, assim, visualizar a presença de perfurações e danos ao assoalho que, 
porventura, tenham sido provocados previamente 
 
 Algumas medidas preliminares básicas devem ser tomadas antes de iniciar o acesso 
propriamente dito: 
a.Verificar a inclinação do dente e das raízes no arco dentário 
 
b.Remoção de toda dentina cariada e das restaurações que impeçam o adequado 
acesso aos canais radiculares 
 
c.Alisar as superfícies pontiagudas dos dentes, que possam interferir na colocação do 
lençol de borracha e facilitar a realização do isolamento absoluto 
 
d.Remover todos os planos inclinados da coroa, que possam interferir no 
estabelecimento correto de referências externas, para a futura instrumentação e 
obturação dos canais radiculares 
 
e.Estabelecer a área de eleição adequada de acordo com as características 
anatômicas do elemento dentário 
 
Etapa operatória 
 
Acesso à câmera pulpar 
 
 Esta etapa se inicia com o estabelecimento de uma área de eleição, confecção de 
uma forma de contorno inicial e direção de trepanação 
 
 A área de eleição é o ponto escolhido para ser iniciado o desgaste do dente 
 
 Nos incisivos e caninos superiores, fica na face palatina, 1 a 2 mm abaixo do cíngulo 
 
 Nos inferiores, na face lingual, 1 a 2 mm acima do cíngulo 
 
 Nos pré-molares e molares, na face oclusal, junto à fossa central em ambos os arcos 
 
 A forma de contorno inicial é a obtida partindo do ponto de eleição, normalmente 
utilizando brocas 1557 ou similares, operando em motor de alta rotação, sob 
refrigeração adequada, com uma velocidade lenta, dando uma conformação 
apropriada à cavidade e procurando respeitar a anatomia interna do dente 
 
 O uso de velocidade lenta permite melhor controle operatório e evita a realização 
do desgaste excessivo da estrutura dental sadia. Esse cuidado objetiva evitar o 
enfraquecimento desnecessário da estrutura do dente e o comprometimento da sua 
futura restauração e resistência à fratura 
 
 Uma medida preventiva importante é que durante essa manobra, antes de se remover 
o teto da câmara pulpar, toda dentina cariada seja removida, mesmo que isso 
envolva outras faces do dente 
 
 Após a penetração e o desenho da forma de contorno inicial, com a broca 1557 ou, 
de preferência, com uma broca esférica diamantada de tamanho compatível com a 
cavidade (1011, 1012, 1013 e 1014, deve-se, agora, atingir o teto e penetrar no 
interior da câmara pulpar 
 
 Essa manobra, conhecida como trepanação da câmara pulpar, deve, em condições 
normais, obedecer à inclinação e à direção de acordo com cada grupo dental 
 
 Inicialmente, nos incisivos e caninos, superiores e inferiores, a broca é posicionada 
perpendicularmente ao longo eixo do dente 
 
 Após a penetração, e quando a configuração inicial estiver delimitada, a posição da 
broca deve ser alterada para o sentido paralelo ao longo eixo do dente, até atingir 
o interior da câmara pulpar, realizando a trepanação 
 
 Nos pré-molares e molares, a broca é posicionada, desde o estabelecimento do ponto 
de eleição, paralelamente ao longo eixo do dente e em direção ao canal mais 
volumoso (p. ex., distal dos molares inferiores, palatino dos molares superiores), para 
realizar a trepanação 
 
 Nos casos em que a polpa é mais volumosa, durante a penetração na câmara pulpar, 
o operador pode ter a sensação de “cair no vazio” 
 
 No entanto, nos casos em que a câmara está bem calcificada, essa sensação tátil 
poderá diminuir ou não ser percebida. Uma radiografia interproximal poderá fornecer 
detalhes sobre a profundidade procurada para penetrar no interior da câmara pulpar 
 
 Tecnicamente, esse procedimento poderá sofrer modificações em função da presença 
de cárie, calcificações, deposição de dentina secundária ou terciária, fraturas 
coronárias e variações morfológicas e de posição do dente no arco dentário 
 
 É preferível, até este momento, que todas as manobras sejam executadas sem a 
colocação do isolamento absoluto. A sua presença poderia induzir a um erro de 
direção e inclinação dos cortes, produzindo acidentes, tais como abertura insuficiente 
ou inadequada, degraus, perfurações de uma das paredes da câmara, danos ao 
assoalho, preparo demasiadamente extenso lateralmente e inadequado em 
profundidade 
 
 Uma vez atingida a trepanação, realiza-se o isolamento absoluto do campo 
operatório, com a colocação de grampo e lençol de borracha, para poder dar início 
ao preparo da câmara pulpar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Preparo da câmara pulpar 
 
 Após a colocação do isolamento absoluto e antissepsia do campo operatório, inicia-
se a preparação da câmara pulpar 
 
 Essa etapa consiste na remoção de todo restante da parede do teto e no preparo 
das paredes laterais da câmara pulpar 
 
 Para essa manobra, podem ser utilizadas brocas esféricas e troncas cônicas 
diamantadas de pontas inativas (Endo Z, 3081, 3082, 3083, ou 4081, 4083) 
 
 Ao se utilizarem as brocas esféricas, elas devem ser trabalhadas no sentido de dentro 
para fora, sem tocar no assoalho da câmara. As brocas de corte ativo não devem 
tocar o assoalho, pois, além do risco de causar alterações na morfologia, podem 
obliterar as entradas dos canais radiculares, dificultando sua futura localização epenetração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Preferencialmente, devemos utilizar as brocas sem corte na ponta, que podem ser 
apoiadas no assoalho da câmara, sem o risco de causar danos 
 
 Permitem realizar um desgaste lateral da cavidade pulpar, percorrendo todos os seus 
ângulos, produzindo uma ligeira expulsividade nas suas paredes 
 
 Caso haja a necessidade de trabalhar o assoalho, quando ele apresentar 
calcificações, nódulos ou for atingido por processos de cárie muito avançados, deve-
se antes explorar e tentar localizar as entradas dos canais radiculares 
 
 O uso de brocas esféricas de baixa rotação, broca tipo LN e de insertos ultrassônicos 
especiais de diferentes formas e tamanhos poderão ser extremamente úteis para romper 
calcificações e auxiliar a localizar o orifício de entrada do canal 
 
 Uma sonda endodôntica tipo Rhein, ou mesmo um instrumento endodôntico de pequeno 
calibre, pode ser utilizado para auxiliar e manter os orifícios de entrada dos canais 
sempre visíveis 
 
 Lavagens intermitentes, durante o preparo, com uso de solução irrigadora, são 
altamente recomendáveis, porque auxiliam a manter o campo limpo 
 
 Cuidados devem ser tomados para evitar forçar o conteúdo da câmara pulpar para 
o interior do canal radicular 
 
 As projeções e os restos do teto da câmara, além de poderem dificultar o posterior 
acesso ao canal radicular, podem abrigar dentina cariada, detritos, biofilme 
bacteriano, sangue e outros elementos capazes de ocasionar a contaminação do 
canal, além do risco de alterar a cor da coroa dentária 
 
 
 
 
Forma de conveniência 
 
 Essa etapa operatória é realizada com a intenção de dar uma conformidade à 
cavidade pulpar e facilitar outros procedimentos operatórios 
 
 Poderão ser utilizadas brocas diamantadas em forma de chama de vela, tipo 1111, 
brocas tronco-cônicas de ponta inativa (Endo Z, 3081, 3083, 4083) ou insertos 
ultrassônicos de diversos formatos, com ou sem diamantes 
 
A forma de conveniência visa: 
 
 
a.Facilitar o franco acesso dos instrumentos endodônticos ao canal radicular. 
 
b.Possibilitar a visualização e dar linhas diretas às paredes da cavidade pulpar em 
direção às entradas dos canais (acesso direto e reto aos canais) 
 
c.Permitir que a cavidade adquira paredes lisas e planas, para favorecer a visualização 
adequada dos orifícios de entrada dos canais radiculares 
 
d.Simplificar todas as manobras operatórias de instrumentação e de obturação dos 
canais radiculares 
 
Limpeza e antissepsia do campo operatório 
 
 Esta etapa é essencial para que se inicie o tratamento dos canais radiculares. 
 
 Todo tecido cariado, placa bacteriana, cálculo, gengiva hiperplásica, restaurações 
imperfeitas ou qualquer outra condição que impeça a manutenção da cadeia 
asséptica devem ser rigorosamente removidos. Esse cuidado deve ser realizado antes 
de se iniciarem os procedimentos de acesso coronário. 
 
 Logo após a realização da trepanação, o dente receberá o isolamento absoluto. Em 
seguida, com o auxílio de uma gaze estéril, embebida em solução de hipoclorito de 
sódio em uma concentração entre 2,5 e 5,25% (ou clorexidina a 2% ou álcool iodado), 
realiza-se a descontaminação do campo operatório, incluindo lençol de borracha, 
grampo e dente 
 
 Após a antissepsia do campo operatório, lavagens frequentes da câmara pulpar com 
solução irrigadora antimicrobiana devem ser realizadas durante todas as etapas do 
acesso e localização da entrada dos canais radiculares. Essas medidas são 
fundamentais para garantir a limpeza e a desinfecção da cavidade pulpar, evitar 
alteração cromática da coroa e prevenir que fragmentos de esmalte, dentina, 
amálgama, metais restauradores, cimentos e outros materiais sejam inadvertidamente 
introduzidos no interior do canal radicular 
 
 A quebra da cadeia asséptica, durante toda ou qualquer fase operatória, poderá 
comprometer gravemente os resultados do tratamento, favorecendo uma infecção 
secundária e contribuir substancialmente para o fracasso do tratamento endodôntico 
 
 O acesso coronário poderá sofrer alterações futuras na sua forma de contorno e/ou 
configuração final à medida que o procedimento de instrumentação seja iniciado. 
Essas retificações visam melhorar e aprimorar a qualidade do acesso para facilitar 
tanto a instrumentação quanto os futuros procedimentos de obturação 
 
 
Acesso coronário dos grupos dentais 
 
Incisivos e caninos superiores 
 
Área de eleição 
Área mais central da superfície palatina, próxima do cíngulo. 
 
 
Direção de trepanação 
 A penetração inicial é realizada com a broca operada perpendicularmente à linha do 
longo eixo do dente 
 Penetra-se, em profundidade, em toda a espessura do esmalte 
 Posteriormente, modifica-se a direção de sua inclinação, de modo que ela fique 
paralela ao longo do eixo do dente, aprofundando alguns milímetros, diminuindo a 
espessura da dentina em direção à câmara sem, contudo, nela penetrar. 
 
Forma de contorno inicial 
 
 Triangular regular, com a base voltada para incisal e o vértice voltado para o cíngulo 
 A forma de contorno inicial estende-se 2 a 3 mm da borda incisal e aproximadamente 
2 mm em direção ao cíngulo 
 Nos caninos superiores, particularmente, pode ser necessária maior extensão no sentido 
cervicoincisal, por causa da presença do divertículo central, o qual é voltado em 
direção à cúspide 
 
 
 
 
Preparo da câmara pulpar 
 
 
 Remoção completa do teto e preparo das paredes vestibular e palatina da câmara 
pulpar, trabalhando com a broca de dentro para fora. Remove-se os divertículos 
pulpares e complementa-se, tanto quanto possível, a forma de contorno inicial. 
 
 
Configuração final da câmara pulpar (forma de conveniência) 
 
 Remoção das anfractuosidades, regularização e alisamento dos ângulos mesial e distal 
do vértice da câmara pulpar, remoção da projeção dentinária na região do cíngulo, 
proporcionando, ao final do preparo, um acesso direto e amplo ao canal. 
 
 
 
 
Limpeza e antissepsia da cavidade 
 
Seguir de acordo com as normas gerais descritas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pré-molares superiores 
 
 Área de eleição 
Área central da superfície oclusal, junto à fossa central. 
 
 
Direção de trepanação 
 
Vertical, paralela ao longo eixo do dente. 
 
Forma de contorno inicial 
 
 Forma cônico-ovoide, achatada no sentido mesiodistal, com extensões maiores de 
preparo no sentido vestibulopalatino 
 Remove-se toda a dentina cariada restante, se ainda existente, de acordo com as 
normas gerais descritas 
 Logo a seguir, com a broca operando paralelamente ao longo eixo do dente, realiza-
se a trepanação do teto da câmara pulpar, no sentido do canal palatino 
 No caso da presença de um único canal, o local será central, ligeiramente inclinado 
em direção ao corno pulpar palatino. 
 
 
Preparo da câmara pulpar 
 
 Realizam-se a remoção completa do teto e o preparo das paredes laterais da 
câmara pulpar. Complementa-se, tanto quanto possível, a forma cônica elíptica 
achatada no sentido mesiodistal da cavidade pulpar. 
 
 
Configuração final da câmara pulpar (forma de conveniência) 
 
 Com o auxílio de uma sonda endodôntica tipo Rhein ou de um instrumento 
endodôntico tipo K de diâmetro compatível com o do orifício de entrada do canal (6, 
8, 10 ou 15), observam-se a direção e a inclinação com a sua exploração inicial 
 A seguir, verifica-se a necessidade de realização de desgastes compensatórios, a fim 
de permitir um acesso reto e direto ao canal ou canais radiculares. 
 
Limpeza e antissepsia da cavidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Molares superiores 
 
Área de eleição 
Na superfície oclusal, no centro da fossa mesial. 
 
Direção de trepanação 
Vertical, paralela ao longo eixo do dente. 
 
Forma de contorno inicial 
 
 Triangular, com a base voltada para vestibular e o vértice voltado para a palatina 
 A forma de contorno inicia-se no centro da fossa mesial,próximo à cúspide 
mesiovestibular. Desse ponto, segue em direção distal, até ultrapassar o sulco 
oclusovestibular 
 Posteriormente, continua em direção palatina, atravessa a fossa central, para se unir 
novamente ao ponto inicial junto à cúspide mesiovestibular 
 Assim, obtém-se uma forma triangular irregular ampla. A seguir, aprofunda-se a 
penetração da broca, operada paralelamente ao longo eixo do dente 
 No momento da trepanação, a broca deverá mudar um pouco sua posição e ser 
colocada com ligeira inclinação na direção do canal palatino. 
 
Preparo da câmara pulpar 
 
Remoção completa do teto e preparo das paredes laterais da câmara pulpar. 
 
Configuração final da câmara pulpar (forma de conveniência) 
 
 Observando os critérios anatômicos de normalidade, deve-se reproduzir a anatomia 
da câmara pulpar e o número de canais dos molares superiores. 
 O primeiro molar é o mais volumoso e possui, quase sempre, quatro canais, sendo dois 
localizados na raiz mesiovestibular 
 O canal localizado mais próximo da cúspide mesiovestibular recebe o mesmo nome da 
cúspide, também sendo chamado MV1. 
 O canal situado mais para a palatina é denominado mesiopalatino ou MV2. 
 As raízes distovestibular e palatina apresentam, normalmente, cada uma, um único 
canal: o distovestibular e o palatino, respectivamente. 
 Em função das variações anatômicas, o primeiro molar superior poderá apresentar, com 
menor frequência, três ou, muito raramente, até cinco canais. 
 
Limpeza e antissepsia da cavidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Incisivos e caninos inferiores 
 
Área de eleição 
 
Área mais central da superfície lingual, próxima do cíngulo. 
 
 
 
Direção de trepanação 
 
 É realizada em duas manobras 
 Primeiramente a penetração inicial é operada com a broca de forma perpendicular à 
linha do longo eixo do dente 
 Penetra-se em profundidade em toda a espessura do esmalte. Posteriormente, modifica-
se a direção da broca, situada ainda no mesmo ponto central inicial, operando agora 
na direção paralela ao longo eixo do dente, aprofundando alguns milímetros em 
direção à câmara pulpar, sem nela penetrar. 
 
 
Forma de contorno inicial 
 
 Triangular, com a base voltada para incisal e o vértice voltado para o cíngulo 
 Estende-se até aproximadamente 2 mm da borda incisal e 1 a 2 mm acima do cíngulo 
 Como podemos observar, a forma de abertura é muito semelhante à dos incisivos e 
caninos superiores, mas, comparativamente, mais estendida nos sentidos incisal e lingual 
 Esse fato deve-se à característica anatômica desses dentes, que têm uma forma 
achatada no sentido mesiodistal e, algumas vezes, apresentam bifurcação em função 
da presença de dois canais 
 Nos caninos inferiores, particularmente, pode ser necessária maior extensão no sentido 
cervicoincisal, por causa da presença do divertículo incisal mediano. Assim, o canino 
poderá apresentar uma conformação mais ovalada em relação aos incisivos inferiores. 
 
Preparo da câmara pulpar 
 
Remoção completa do teto e preparo das paredes laterais da câmara pulpar, sobretudo 
das paredes vestibular e lingual. 
 
Configuração final da câmara pulpar (forma de conveniência) 
 
Remoção das anfractuosidades, regularização e alisamento dos ângulos mesial e distal do 
vértice da câmara pulpar, remoção da projeção dentinária na região do cíngulo para 
remoção do ombro lingual, proporcionando, ao final do preparo, um acesso direto e amplo 
ao canal. 
 
Limpeza e antissepsia da cavidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pré-molares inferiores 
 
Área de eleição 
 
Área central da superfície oclusal junto à fossa central, com discreta tendência para a mesial 
do dente. 
 
 
Direção de trepanação 
 
 Direção vertical, paralela ao longo eixo do dente. A penetração inicial se faz com a 
broca dirigida paralelamente à linha do longo eixo do dente, aprofundando-se alguns 
milímetros, em direção à câmara pulpar, sem nela penetrar 
 Observar, durante a trepanação, que a coroa desses dentes quase sempre apresenta 
uma inclinação lingual bem acentuada em relação à linha do longo eixo da raiz. Erros, 
neste momento, podem provocar acidentes (degrau, desvios e perfurações). 
 
 
Forma de contorno inicial 
 
 Forma cônico-ovoide, que deve ser iniciada pelo alargamento da área do ponto de 
eleição, aprofundamento da broca em direção à câmara pulpar, com maior dimensão 
no sentido vestibulolingual, para favorecer a eliminação das angulações do teto 
 Remove-se toda a dentina cariada restante, se ainda existente, de acordo com as 
normas gerais descritas 
 Logo a seguir, com a broca operando paralelamente ao longo do eixo do dente, 
realiza-se a trepanação do teto da câmara pulpar. No caso da presença de um 
único canal, a forma de contorno poderá assumir um aspecto mais circular 
 No entanto, diante das possíveis variações anatômicas, podem existir dois ou três 
canais 
 Nesses casos, a forma de contorno poderá se apresentar ligeiramente achatada no 
sentido mesiodistal ou mesmo no sentido vestibulolingual, com um aspecto mais elíptico 
 Entretanto, essas mudanças estarão diretamente relacionadas com a anatomia interna 
dos canais, a localização e o número de raízes. 
 
Preparo da câmara pulpar 
 
Realizam-se a remoção completa do teto e o preparo das paredes laterais da câmara 
pulpar. 
 
Configuração final da câmara pulpar (forma de conveniência) 
 
Complementa-se, tanto quanto possível, a forma cônica, elíptica e achatada no sentido 
mesiodistal da cavidade pulpar. A presença de dois ou três canais radiculares poderá exigir 
maior abertura da cavidade para facilitar as manobras operatórias sobre eles. 
 
Limpeza e antissepsia da cavidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Molares inferiores 
 
Área de eleição 
Área central da superfície oclusal junto à fossa central. 
 
Direção de trepanação 
 
Vertical, paralela à linha do longo eixo do dente. 
 
 
Forma de contorno inicial 
 
 Triangular, irregular ou trapezoidal, por causa da presença de dois canais na raiz 
distal. Utiliza-se a broca operando paralelamente ao longo eixo do dente para 
penetrar na câmara pulpar 
 Remove-se toda a dentina cariada restante, se ainda existente 
 Em seguida, aprofunda-se a broca, sempre paralela ao longo do eixo do dente, e 
caminha-se em direção ao teto, para facilitar o seu rompimento 
 A penetração inicial deve ser dirigida preferencialmente para o orifício de entrada do 
canal ou canais distais. 
 
Preparo da câmara pulpar 
 
Realizam-se a remoção completa do teto e o preparo das paredes laterais da câmara 
pulpar. 
 
 
Configuração final da câmara pulpar (forma de conveniência) 
Tenta-se explorar a entrada dos canais radiculares e realiza-se desgaste compensatório, 
principalmente na parede mesial da câmara pulpar, para facilitar a penetração nos orifícios 
de entrada dos canais radiculares. Essa manobra visa proporcionar acesso direto e reto aos 
canais radiculares. 
 
Limpeza e antissepsia da cavidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Localização das entradas dos canais radiculares 
 
 É extremamente importante que o orifício de entrada de todos os canais radiculares 
seja localizado. Uma radiografia inicial de boa qualidade constitui um valioso 
elemento auxiliar para esse procedimento. 
 
 Essa manobra é executada por meio de inspeção e da exploração por sondagem. 
Para esse fim, um explorador fino, resistente, rígido, pontiagudo e com as partes ativas 
retas, como a sonda endodôntica tipo Rhein ou similar, pode ser empregado 
 
 A exploração somente deverá ser iniciada após o preparo da cavidade de acesso 
coronário 
 
 O explorador é levado, deixando-o correr gentilmente no assoalho da câmara, até 
onde se espera que esteja o orifício (ou orifícios) de entrada dos canais radiculares 
 
 No caso de dentes multirradiculares, a própria forma convexa e a presença de linhas 
mais escuras no assoalho (rostrum canali),que unem os canais entre si, podem servir 
como guia de orientação na localização dos orifícios de entrada 
 
 Além disso, essa exploração auxilia na verificação da direção e da inclinação dos 
canais, permitindo que sejam feitos refinamentos, se necessário, na forma de 
conveniência do acesso

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