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05 - A conversão da mulher samaritana


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Projeto exclusivo de resgate de revistas antigas de 
Escola Bíblica Dominical. 
 
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A CONVERSÃO DA MULHER SAMARITANA 
 
Texto da lição: João 4.1-30,39-42 
Introdução 
Será que pode haver conversão em etapas? Parece que sim. Um crescente 
conhecimento de Jesus pode levar uma pessoa a completa conversão. Nosso texto 
apresenta Jesus de viagem à Galiléia (Jo 4.3). 
Essa viagem tornou-se necessária por causa de possível ardil dos fariseus (Jo 4.1), o 
que não é raro. Eles sempre se opõem a Jesus e traçam planos para eliminá-lo (Jo 
5.16-18; 7.1). 
A Galiléia funciona como um retiro para Jesus quando as coisas começam a 
esquentar na Judéia. Para chegar lá precisa-se passar a região samaritana (Jo 4.4). 
Ali Jesus encontra uma mulher. 
Pede-lhe água e conversa com ela (Jo 4.7). Não ficamos sabendo o seu nome, mas, a 
conversa é extremamente instrutiva quanto a uma conversão gradual e 
I. O início do processo de conversão: "Onde tens a água viva1" (Jo 4.7-15) 
João apresenta inicialmente os aspectos humanos do Filho de Deus. Jesus está 
cansado da viagem e assenta-se para descansar. Tem sede e pede de beber (Jo 4.7). 
Tem fome (Jo 4.8). Pelas aparências não há nada de extraordinário nele. É um 
homem como qualquer outro. A mulher mesma o vê inicialmente como um simples 
judeu (Jo 4.9). 
O pedido de Jesus é estranho à mulher. Como um judeu pode pedir água a uma 
mulher samaritana? (Jo 4.9). A situação é anômala. Judeus não se dão com 
samaritanos. 
Qual a razão disso? No Novo Testamento, samaritanos é o nome dado aos habitantes 
do distrito de Samaria. Para os judeus, os samaritanos eram um grupo herético e 
cismático de espúrios adoradores do Deus de Israel, detestados até mais do que os 
gentios. Para um judeu não existia injúria pior do que ser comparado com um 
samaritano. Jesus mesmo foi insultado assim (Jo 8.48). 
Era impossível qualquer casamento entre judeus e samaritanos, pois o samaritano 
tornava tudo impuro. Além de samaritana, a interlocutora de Jesus é mulher. Um 
homem não devia olhar para uma mulher casada, nem cumprimentá-la. 
Um homem não devia falar em público com uma mulher. Jesus conversa com a 
samaritana ao meio dia (hora sexta). Não é de se admirar acerca do espanto da 
mulher ao ver que Jesus lhe dirige a palavra. Tratava-se de um tabu social e Jesus o 
quebra. 
A réplica de Jesus provoca estranheza na mulher: "...Se conheceras o dom de Deus e 
quem è o que te pede: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva" (Jo 
4.10). Jesus começa a se revelar à mulher. Ele é a própria salvação de Deus em 
pessoa. É o enviado de Deus ao mundo para a sua salvação. 
 
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Enquanto Jesus introduz aspectos espirituais, a mulher continua ainda a entender em 
termos literais: "Tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água 
viva? " (Jo 4.11). 
Jesus tenta elucidar a questão nos versículos 12 a 15. Jesus tem a água viva que dá 
vida eterna. Mas a mulher ainda não atina para isso. A razão é que o termo "água 
viva" se refere à água de poço, de fontes ou de corrente, preferível a água de cisterna. 
Devemos nos lembrar que água era matéria de grande valor naquelas regiões. Além 
disso, o interesse da mulher em ter água mais disponível ser torna inteligível quando 
somos informados de que tirar água de poço era trabalho estritamente feminino (Gn 
24.11; 1 Sm 9.11). 
A mulher parece não perceber claramente o simbolismo da água viva empregado por 
Jesus. A água viva que Jesus dá é a presença do Espírito Santo que garante a vida 
eterna (Jo 7.37-39). Ao contrário da água daquele poço que mata a sede 
temporariamente, a água viva que Jesus dá mata a sede para sempre. É fonte a jorrar 
para a vida eterna. 
Apesar da obscuridade que ainda há na mente da samaritana, ela já é capaz de 
perceber que Jesus é mais do que um simples judeu (Jo 4.9). Seria Jesus maior que o 
patriarca Jacó que legou àquele povo o poço? (Jo 4.12). Aos poucos a mulher vai 
descortinando toda a grandeza de Jesus. 
A conversão se mostra em pleno processo. Um novo nascimento está ocorrendo. Este 
trecho começou com Jesus pedindo água à mulher, agora é a mulher que pede a água 
viva a Jesus. 
II. O andamento do processo de conversão: "Vejo que tu és profeta" (Jo 4.16-19) 
O segundo tema da conversa é iniciado novamente por Jesus (Jo 4.16). Jesus pede 
para que ela traga a ele o seu marido. A mulher responde que não tem marido. O 
próprio Jesus declara que cinco maridos ela teve e o homem com quem agora vive 
não é seu marido (Jo 4.18). 
O pedido de Jesus à mulher é sintomático. Revela que a samaritana, no íntimo, era 
uma pessoa carente de afeto. Buscara nos casamentos realização. Queria ser amada. 
Apesar de não ter alcançado a realização, tenta mais uma vez, um tanto quanto cética, 
viver com um homem sem se casar. 
Muitas pessoas buscam no relacionamento amoroso com outra pessoa matar sua 
sede existencial. O casamento é algo abençoado por Deus, mas não substitui e nem 
suplanta a necessidade que temos de sua presença. 
Porque Jesus declarou a realidade de sua vida, a mulher atinge mais um degrau no 
processo de conversão. Ela reconhece em Jesus um profeta (Jo 4.19; Jo 9.17). Em 
Samaria Jesus é reconhecido como profeta. Já na sua terra isso não acontece (Jo 
4.44; 7.52). A mulher ainda não chegou à conclusão final a que alguns chegaram mais 
rapidamente (Jo 6.14; 7.40), mas caminha para isso. 
 
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III. O desfecho do processo de conversão: "Eu sei q ue há de vir o messias" (Jo 
4.20-30,39-42) 
Percebendo que Jesus é um profeta, a mulher encaminha a conversa para a questão 
litúrgica. Onde se deve adorar? 
Ou em outras palavras, quem está certo? Os samaritanos, que dizem que o lugar de 
culto é no Monte Gerizim, ou os judeus que dizem que o lugar é em Jerusalém? Pode 
parecer um pouco banal a pergunta da samaritana, mas tem razão de ser. 
A discussão do lugar certo de adoração vem desde os tempos de Jeroboão I, aquele 
que foi o primeiro rei após a divisão de Israel em reino do Sul e do Norte (1 Rs 12.16- 
20). O próprio Jeroboão proibiu o povo do reino do Norte de subir a Jerusalém para 
adorar, constituindo altares em Betei e em Dã (1 Rs 12. 25-33). 
O cisma tornara-se definitivo em virtude da proibição de os samaritanos participarem 
da reconstrução do templo de Jerusalém.(Ed 4.1-3). Mais tarde os samaritanos iriam 
edificar um templo no monte Gerizim, destruído pelos judeus em 128 a.C. Mesmo sem 
templo, os samaritanos continuaram a sacrificar no Monte Gerizim. 
A questão do local de adoração era uma questão aberta para a mulher. Apesar de 
emaranhar-se em sua vida afetiva, a mulher demonstra a necessidade mais profunda 
de buscar a Deus. 
Isso é colocado em termos de preocupações litúrgicas, mas no fundo revela que ela 
tinha sede espiritual. Jesus responde concordando com os judeus a princípio, mas 
isso irá mudar (Jo 4.21-23). A palavra de Jesus é um oráculo profético. 
A sua morte abriria o caminho do homem para Deus. Sem restrições geográficas é o 
culto neotestamentário. A hora de Jesus é a hora de formar um povo de caráter 
universal, motivado pelo Espírito Santo a um culto verdadeiro. O culto proposto por 
Jesus une e não divide como o culto de Jerusalém. 
O diálogo chega ao seu clímax sob a referência ao Messsias feita pela samaritana: 
"...que há de vir o Messias, chamado Cristo..." (Jo 4.25). Jesus se declara: "Eu o sou, 
eu que falo contigo" (Jo 4.26). 
A reação da mulher é imediata. Deixa o cântaro de lado, pois encontrou a verdadeira 
"água viva" e vai anunciar aos homens da cidade (Jo 4.29-30). A mulher chega à 
proposta inicial de Jesus. 
Recebe a vida eterna e imediatamente passa a compartilhá-lacom outros. Isso 
acontece com todo aquele que é verdadeiramente convertido. O encontro pessoal com 
Jesus leva o crente a anunciar a mensagem que mudou sua vida a outros que também 
precisam beber da salvação de Deus. Isso já aconteceu com João Batista (Jo 1.29- 
31, .35-42) e com Filipe, que levou Natanael a Jesus (Jo 1.43-51). 
Os samaritanos iniciados no caminho pela mulher (4.39), chegam à mesma conclusão 
que ela: "Este é verdadeiramente o Salvador do mundo" (Jo 4.42). Em outras palavras: 
Jesus é Salvador não só dos judeus, mas também dos samaritanos e dos gentios. 
O processo de conversão da mulher se encerra. As etapas estão concluídas. Ela 
agora pode voltar para casa com sua sede espiritual saciada. Foi acolhida por Deus. 
Seu amor é tão grande que dá o seu Filho unigênito para que ela receba a vida eterna 
(Jo 3.16). 
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Aplicação 
• Uma pessoa pode chegar ao conhecimento completo de quem é Jesus 
gradativamente. Pode começar participando de um estudo bíblico, 
frequentando os cultos dominicais e por fim chegar a uma convicção completa 
de quem Jesus é. Pela ação do Espírito, confia nele. A pessoa está convertida. 
Esse tipo de experiência é em geral dos crentes que são de berço evangélico. 
Em geral, não conseguem precisar o momento em que nasceram de novo. Isso 
se deve porque houve um processo contínuo que os levou a tal convicção. 
• O evangelho faz transformações maravilhosas na vida das pessoas. Muitos se 
converteram após viverem uma vida completamente desregrada, como a 
mulher do texto. Hoje, elas são pessoas plenamente integradas, com amor 
próprio e adorando ao Senhor em Espírito e em verdade. 
• Quando alguém se converte, deseja compartilhar a boa nova que ouviu com 
outros. A mesma experiência que tem, deseja que outros a tenham. A "água 
viva" é água que se compartilha. Não é para ser conservada em cisternas. E 
quanto mais compartilhamos, mais ela jorra do nosso interior. 
• Apesar dos samaritanos terem um culto sincrético, Jesus não está ali atacando 
as diferenças existentes com o culto dos judeus. Jesus não negou essas 
diferenças, mas por fim apresentou algo superior que suplanta a velha 
religiosidade da mulher. Devemos aprender com Jesus. No momento da 
evangelização devemos procurar atingir o coração da pessoa, não as suas 
opiniões. Aquele que se converte terá a direção do Espírito para saber discernir 
entre o certo e o errado. 
 
AUTOR: REV. JOSÉ ROBERTO CORRÊA CARDOSO