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30/03/2019 4. Coerência Textual
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Introdução
Neste capítulo, após conhecermos e compreendermos aquilo que
chamamos de coesão textual, discutiremos outro ponto fundamental
para a boa escrita: a coerência. Não é novidade, sempre que temos o
intuito de aprimorar nossa escrita, deparamo-nos com esses termos.
Basta que nos lembremos de nosso tempo de escola ou de qualquer
manual de redação que logo vem à lembrança as famosas coesão e
coerência textual. 
Prévio Debate
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 A coesão e a coerência andam sempre juntas, por isso sempre são
assim abordadas.
Se por um lado temos de ter um texto bem cuidado formalmente (ser
coeso, objetivo, conciso, enxuto, preciso, dizendo o máximo com o
mínimo), por outro lado devemos ter bons argumentos, conhecimento
prévio sobre o tema, o que garante o sentido do que estamos
debatendo.
Muitos acreditam que aquela pessoa que possui um bom texto, que
redige bem, com clareza e desenvoltura, com bons argumentos, faz
isso sem esforço, como se brotasse naturalmente dela. Mas não é bem
assim. Quem escreve bem tem, por trás, anos de prática, como quem
toca um instrumento musical com maestria. De acordo com Lucília
Garcez, autora do livro Técnicas de redação - o que é preciso saber
para escrever bem:
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Isso tudo porque há, no ato da escrita, duas principais tarefas a serem
cumpridas; ou melhor, um bom texto está dividido pelo sucesso de dois
elementos, de dois grandes componentes: o tema (aquilo que está
sendo escrito) e a forma (como aquilo está sendo expresso, 
organizado), o que fica sob responsabilidade da coerência, aliada
sempre, claro, à coesão. Mas como podemos compreender melhor o
que é ser coerente?
Definindo Melhor a Ideia de Coerência 
Por isso, produzir um texto de qualidade é requisito indispensável para
um bom profissional, independente de sua área de atuação. É sinal de
que ele está seguro sobre o que disserta. Quanto mais sabemos sobre
um assunto, mais temos objetividade e vamos direto ao ponto, sem
enrolar ou fugir do tema proposto: o que acontece frequentemente nas
inúmeras dissertações problemáticas de concursos e vestibulares. 
De acordo com Othon Garcia, em seu conhecido livro Comunicação
em prosa moderna (1988, p. 274), as falhas mais graves das redações
estão na falta de ideias e em sua má concatenação. Aquele que não
tem o que dizer escreve realmente mal, isso porque não consegue, da
mesma forma, pôr em ordem seu pensamento.
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Vejamos, agora, para elucidar o que estamos afirmando, dois
pequenos exemplos:
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O maior problema de um texto sem uma coerência em suas ideias, é
que se aborda de tudo um pouco e, ao mesmo tempo, não se trata de
nada de forma mais concreta, com o mínimo de fôlego para que
houvesse tempo de uma verdadeira abordagem do assunto. Isso sem
falar que um texto com ideias problemáticas torna-se, às vezes, não só
desconexo, mas repetitivo, já que o autor, não tendo o que dizer,
aborda um mesmo ponto com palavras diferentes, em voltas que não
saem do mesmo lugar.
Outro ponto a ser notado, falando em repetições, são aquelas de
palavras, o que denota um vocabulário pobre, em que o embaraço
sobre o que se está debatendo acarreta questões não só de
coerência, mas também de coesão, como no trecho:
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Por fim, podemos definir, dessa forma, coerência como foco, como a
trajetória segura que as ideias fazem dentro de um texto e que dá, ao
leitor, a perfeita possibilidade de compreendê-lo. 
Como Faço para ser Coerente?
 
Devido a isso, outra boa dica, para sermos coerentes naquilo que
estamos dizendo, é mantermos os devidos cuidados com os conceitos
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das palavras. As palavras possuem significados que, se forem
pensadas de forma equivocada pelo autor de um determinado texto,
poderão ser aplicadas de maneira errônea, gerando um desacordo na
comunicação. Para Maria da Graça Costa Val, autora do livro Redação
e textualidade, “um discurso é aceito como coerente quando apresenta
uma configuração conceitual compatível com o conhecimento de
mundo do recebedor” (2004, p. 6).
Além do mais, é fundamental, para uma boa textualidade, que se leve
em conta importantes características de estilo, tais como concisão,
clareza, harmonia. São esses elementos que norteiam a compreensão
imediata durante o ato da leitura de um texto, fazendo-o fluir com
naturalidade diante dos olhos do leitor.
 
Verifique os problemas quanto à concisão, clareza e harmonia nas
frases abaixo, ao lado, verifique a reformulação das orações:
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Por fim, a dica mais importante é lembrar que nunca seremos bons
escritores, independente do estilo do texto, sem que sejamos, antes,
excelentes leitores. Um texto só é bem escrito se seu autor domina, no
mínimo, o tema que está debatendo, isso tudo sem contar que o hábito
da leitura faz com que você escreva bem até mesmo sem perceber,
pois lhe dá um amplo vocabulário e inúmeras possibilidades de
articulação textual. 
Referêncais Bibliográficas
GARCEZ,Lucília H. do Carmo. Técnicas de redação: o que é preciso
saber para escrever bem. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
GARCIA, Othon. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro:
FGV, 1988.
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo:
Martins Fontes, 2004.
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