Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SISTEMA DE ENSINO NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Livro Eletrônico DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, apro- vado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado em vários concursos, como Po- lícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agen- te), PRF (Agente), Ministério da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br 3 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 1. Introdução .............................................................................................4 2. Extinção da Punibilidade ..........................................................................4 2.1. Morte do Agente ..................................................................................8 2.2. Anistia, Graça e Indulto ......................................................................10 2.3. Decadência, Renúncia, Perdão e Perempção ...........................................11 2.4. Abolitio Criminis .................................................................................19 2.5. Retratação ........................................................................................20 2.6. Perdão Judicial ...................................................................................20 3. Prescrição ............................................................................................22 3.1. Espécies ...........................................................................................24 Resumo ...................................................................................................34 Questões de Concurso ...............................................................................39 Gabarito ..................................................................................................49 Gabarito Comentado .................................................................................50 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 4 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 1. Introdução E aí, guerreiro(a)! Na aula de hoje, vamos tratar de dois assuntos chatos, que envolvem muita leitura da legislação vigente, mas que são absolutamente importantes para fins de prova: a prescrição e as demais causas de extinção da punibilidade. Você verá que, em alguns casos, mesmo praticando um fato típico, ilícito e culpável, o autor não poderá ser punido. Como e quando isso pode acontecer, no entanto, depende de uma série de circunstâncias, as quais também estudaremos de forma detalhada. Sem mais delongas, vamos ao que interessa! 2. Extinção da Punibilidade Ao estudar Direito Penal e Direito Processual Penal, uma das primeiras coisas que o(a) aluno(a) aprende é que o jus puniendi (direito de punir) foi, com o decor- rer da história, monopolizado pelo Estado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 5 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Não existe mais o instituto da justiça com as próprias mãos, da “vingança pri- vada”, como ocorria em tempos passados, nos quais vikings e outros guerreiros exploravam e disputavam áreas da Europa. Entretanto, dizer que o jus puniendi se encontra nas mãos do Estado não lhe dá o caráter de direito absoluto e imperecível. Pelo contrário, em alguns casos, mesmo diante de uma situação de ilícito penal, pode ser que o Estado não possa exercer o seu direito de punir. Nesse sentido, abre-se a possibilidade de que um determinado indivíduo prati- que um crime e que, mesmo diante da correta configuração do fato típico, ilícito e culpável, não possa ser punido, haja vista a existência de uma causa capaz de extinguir o direito de punir, do qual o Estado é detentor. A punibilidade não é requisito do crime, de modo que a existência ou não desse último não depende de a conduta ser, de fato, punível. Previsão Legal Inicialmente, as causas extintivas de punibilidade estão arroladas no CP, em seu artigo 107: Extinção da punibilidade Art. 107. Extingue-se a punibilidade: I – pela morte do agente; II – pela anistia, graça ou indulto; III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; IV – pela prescrição, decadência ou perempção; V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 6 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Sobre o rol anterior eu não preciso nem dizer, certo? Tem que conhecer. É fundamental. Uma vez que você já foi apresentado(a) ao rol anterior, é essencial entender o seguinte: O art. 107 apresenta um rol exemplificativo de causas extintivas de punibilidade! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 7 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Dessa forma, existem outras causas extintivas de punibilidade que podem estar arroladas em outros pontos da legislação, como, por exemplo, o que ocorre com o delito de peculato culposo, que possui uma previsão específica de causa extintiva de punibilidade para a sua conduta. Não é necessário, no entanto, que você se preocupe com essas outras causas (ao menos em um primeiro momento). Elas devem ser atacadas quando do estudo dos diplomas legais e artigos que apresentam tais especificidades e não podem ser cobradas se o examinador não mencionar tais pontos da legislação no conteúdo programático do edital. Ótimo. Uma vez que passamos por essa parte introdutória, vamos tratar das causas extintivas de punibilidade previstas no art. 107, uma por uma, a começar pela primeira delas: a morte do agente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 8 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 2.1. Morte do Agente CF/1988 Art. 5º XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidasaos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; O Juiz federal Sérgio Moro decretou a extinção da punibilidade da ex-pri- meira-dama Marisa Letícia em uma das ações que tramitavam sob sua jurisdição. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 9 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Marisa Letícia, como foi amplamente noticiado, faleceu em 03/02/2017, no Hospital Sírio-Libanês, vítima de um AVC. Por expressa previsão do art. 107 do CP, o falecimento gera a extinção da puni- bilidade do agente, haja vista que a pena não poderá passar da pessoa do conde- nado, excetuada a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens, que podem ser estendidas aos sucessos nos termos do art. 5º da CF. Como nos ensina a doutrina, temos a aplicação do brocardo “mors omnia solvit”. Uma vez que ocorre o falecimento do agente, pelo princípio da personalidade, cessa a persecução penal: a ação penal não se instaura; se estiver instaurada, ela cessa; e, se já finalizada, não se executa a pena aplicada! Pontos Relevantes sobre a Morte Existem alguns pontos bastante importantes quanto aos efeitos da morte no âmbito penal: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 10 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 2.2. Anistia, Graça e Indulto A próxima hipótese de extinção da punibilidade são a graça, a anistia e o in- dulto. São institutos parecidos, mas que possuem algumas peculiaridades. Vamos esquematizar! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 11 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 2.3. Decadência, Renúncia, Perdão e Perempção A seguir, temos a decadência, a renúncia, o perdão e a perempção, que, em- bora sejam institutos diferentes, têm o mesmo condão (de extinguir a punibilidade). Estudaremos cada um deles separadamente, pois são tópicos um pouco mais abrangentes do que a graça, a anistia e o indulto. Comecemos pela decadência! 2.3.1. Decadência Decadência é a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso tempo- ral, estabelecido em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente. (Guilherme Nucci) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 12 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Ou seja, o ofendido demorou muito para representar (na ação penal pública condicionada à representação) ou para realizar a queixa (na ação penal privada), motivo pelo qual o direito de agir se esvaiu e cessou a existência do direito de punir. Esse instituto também está previsto no CPP, em seu art. 38, que merece ser lido: Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis me- ses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Os prazos em questão estão relacionados com o fato de a representação ou queixa do ofendido não ser intentada no prazo legal, de modo que, via de regra, é de 6 meses, a contar da data do conhecimento da autoria. Outra consequência importante da vinculação da decadência aos prazos de re- presentação ou queixa é a seguinte: Não cabe decadência em ação penal pública incondicionada! Se a ação penal pública incondicionada não necessita de representação ou queixa do ofendido, não há que se falar em decadência! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 13 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Observações importantes sobre a decadência: 2.3.2. Renúncia Antes mesmo de ser apresentado ao conceito de renúncia, anote aí: a renúncia é um instituto que só se aplica na ação penal privada. Não existe renúncia na ação penal pública, não importa a espécie! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 14 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas O que acontece na renúncia é o seguinte: uma vez que a ação penal é privada, o ofendido decide que não quer mais ver o autor punido por algum motivo. Tendo em vista que nesse caso temos um direito disponível, o ofendido pode optar por renunciar a ele, dizendo ao Estado que não quer mais que o jus puniendi seja exercido em desfavor do acusado. Existem duas modalidades de renúncia: • Renúncia Expressa O ofendido formaliza uma declaração dizendo ao Estado que não quer mais ver processado o autor do delito. • Renúncia Tácita O ofendido pratica um ato incompatível com a vontade de punir o acusado. O exemplo mais clássico desse ato é o do querelante que convida o querelado para ser padrinho de seu filho. Uma vez que o ofendido realiza um dos dois atos anteriores (a renúncia ex- pressa ou tácita), ocorrerá, assim como na decadência, a extinção da punibi- lidade do autor. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 15 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Características da renúncia: 2.3.3. Perdão Seguindo adiante em nosso estudo das causas extintivas de punibilidade, te- mos o instituto do perdão. Uma vez que o ofendido exerceu seu direito à ação penal privada (decidin- do, portanto, não renunciar), pode ser que ele volte atrás depois do início da ação penal. Mesmo nesse caso, ainda será possível que o ofendido não veja o autor do delito ser punido pelo Estado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 16 de 71www.grancursosonline.com.brNOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Note, portanto, que a principal diferença entre a renúncia e o perdão é que a queixa-crime já foi oferecida e a ação já foi iniciada. Iniciada a ação penal, portanto, não se fala mais em renúncia, e sim no chamado perdão do ofendido. Assim como ocorre na renúncia, o perdão também é um instituto aplicável somente à ação penal privada. O perdão é simples, visto que o querelante irá manifestar ao judiciário o inte- resse de ver o autor (ou autores) perdoados pelo que fizeram, causando também a extinção da punibilidade. Além disso, também pode ser expresso ou tácito, nos mesmos moldes da renúncia. Características Peculiares do Perdão São características do perdão que divergem daquelas previstas para a renúncia: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 17 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Veja bem: uma vez iniciada a ação penal, o acusado tem o direito de não aceitar o perdão! Embora o perdão lhe seja benéfico, veja que o acusado pode desejar que o julgamento vá até o final, se acreditar, por exemplo, que é inocente e que poderá ser absolvido! Uma vez que o querelante decide perdoar o querelado, este tem três dias para se manifestar. Caso não aceite ou recuse nesse prazo, o juiz considerará o perdão como aceito! Assim como na renúncia, o perdão deve ser oferecido igualmente, a todos os acusados. Entretanto, o processo continuará em andamento para aqueles que deci- direm não o aceitar. Além disso, se houver mais de uma vítima, o perdão concedido por uma das vítimas não afeta o direito das outras de continuarem com o processo! 2.3.4. Perempção E, para finalizar o estudo deste tópico, temos mais uma previsão que também é aplicável apenas à ação penal privada: a perempção. Na decadência, temos o decurso do prazo (o ofendido não representa ou oferece a queixa no prazo legal). Na renúncia, o ofendido decide que não quer ver o autor processado antes mesmo do início da ação penal e, no perdão, o ofendido decide perdoar o autor durante o processo. Na perempção, no entanto, o que ocorre é uma negligência do querelan- te (ofendido), que ingressa em juízo para ver o acusado punido, mas deixa de cumprir suas obrigações processuais! Dessa forma, a perempção é uma causa de extinção da punibilidade, que ocorre nos seguintes casos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 18 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Eis as hipóteses em que ocorrerá a perempção. Não tem remédio. É impor- tante revisar esses casos até se sentir confortável em identificá-los. Esse rol despenca em provas! Obs.: � Apenas uma observação: na hipótese em que o querelante deixa de for- mular o pedido de condenação nas alegações finais, não temos um mero esquecimento do querelante. Segundo a doutrina, o que deve acontecer é que as alegações finais deixem claro que o querelante não quer mais ver o acusado punido. Se for possível subentender que o ofendido ainda quer ver a punição do quere- lado e que apenas esqueceu de incluir esse pedido em suas alegações finais, não deverá ser declarada a perempção! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 19 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 2.4. Abolitio Criminis Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Outra causa extintiva de punibilidade é a abolitio criminis, ou seja, o surgimento de lei nova mais benéfica que deixa de considerar um fato como crime. Exemplo clássico de abolitio criminis na história de nosso país é o da Lei n. 11.106/2005, que revogou o crime de adultério. A abolitio criminis, embora seja causa de extinção de punibilidade, não faz cessar os efeitos extrapenais da sentença, de modo que os efeitos civis, por exemplo, permanecerão. Observação Importante É importante ainda observar que não basta a revogação formal de uma nor- ma incriminadora para que ocorra a abolitio criminis. É necessário que ocorra a chamada descontinuidade normativo-típica! Em alguns casos, o legislador elabora uma lei que, embora revogue formalmen- te um tipo penal, mantém a punibilidade da conduta em outro artigo. Se isso acon- tecer, não houve a descontinuidade normativo-típica e, consequentemente, não houve abolitio criminis! Veja um exemplo para simplificar: Exemplo: o legislador realizou a revogação do crime de atentado violento ao pudor (art. 214 CP). Entretanto, o então crime de atentado violento ao pudor passou a ser considerado como uma modalidade de estupro (art. 213 CP). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 20 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Na situação anterior, que realmente aconteceu em nosso ordenamento jurídico, o legislador revogou o art. 214 CP, mas não ocorreu a abolitio criminis, haja vista que a conduta continuou a ser punida nos termos do art. 213 do Código Penal! 2.5. Retratação Em alguns casos, a lei autoriza o agente delitivo a retratar-se (retirar o que foi dito). E, ao permitir que ele o faça, extingue sua punibilidade pelo delito pra- ticado. São exemplos de retratação previstos na lei penal de nosso país: 2.6. Perdão Judicial O último dos institutos capazes de causar a extinção da punibilidade do agente, que iremos estudar na aula de hoje, é o perdão judicial. Em alguns casos, a lei permite que o magistrado deixe de aplicar a sanção penal ao autor de um delito. O entendimento majoritário (adotado pela doutrina e pelo STJ) é de que ocorre a chamada sentença declaratória de extinção de punibilidade. No entanto, se o examinador perguntar apenas segundo o Códi- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 21 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas go Penal, a previsão do art. 120 é de que estamos diante de sentença con- denatória sem efeito de reincidência: Perdão judicial Art. 120. A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. Por isso, é muito importante notar sob qual aspecto o examinador está cobrando o assunto na questão. Uma vez que você identificar o foco (jurisprudencial ou ape- nas a letra da lei), pode optar pela resposta correta. Um exemplo de extinção da punibilidade pelo perdão judicial está noart. 121 do Código Penal (homicídio): Art. 121. § 5º Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. E assim, caro(a) aluno(a), terminamos a exposição das principais causas ex- tintivas de punibilidade. Passaremos agora ao estudo da prescrição, que, embora também seja causa extintiva de punibilidade, merece um capítulo à parte, haja vista sua maior complexidade e nível de detalhamento em face das outras hipóteses que acabamos de estudar. Vamos em frente! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 22 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas 3. Prescrição A prescrição é a perda do direito de punir do Estado diante de sua inércia. Ou seja, o Estado não exerceu o jus puniendi no prazo legal, de forma que ocorreu a extinção da punibilidade do agente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 23 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Caso notório foi o que ocorreu com o jogador Edmundo, condenado em 1999 por acidente que matou 3 pessoas e teve declarada a extinção da punibilidade pela prescrição quando o caso chegou ao STF. O conceito em si é bastante simples. Você já sabe que a prescrição é uma causa de extinção da punibilidade. Entretanto, o problema é as nuances que envolvem a prescrição, as quais passaremos a estudar desde momento em diante. Comecemos com uma afirmação básica: existem casos em que a prescrição de um delito é inadmissível em nosso ordenamento jurídico! Alguns delitos foram considerados imprescritíveis por nosso constituinte e es- tão arrolados dessa forma na própria CF/1988. São os seguintes casos: Delitos Imprescritíveis XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; Não há previsão de imprescritibilidade de delitos no Código Penal, ape- nas na Constituição Federal. A doutrina majoritária, inclusive, defende que existe uma vedação implícita na criação de hipóteses de imprescritibilida- de em legislação infraconstitucional, visto que a prescrição dos delitos seria um direito fundamental. Entretanto, de forma divergente, cabe observar que já houve posiciona- mento do STF, em sede de Recurso Extraordinário, no sentido de que a CF não veda que a legislação infraconstitucional crie novas hipóteses de delitos imprescritíveis. Esse assunto é polêmico, mas é importante que você conhe- ça as duas vertentes! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 24 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas A regra geral, portanto, é considerar apenas dois delitos como imprescritíveis em nosso ordenamento jurídico: o racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. Agora sim. Já sabemos o que é a prescrição e que existem dois casos de delitos para os quais as regras de prescrição são inaplicáveis. Passemos agora a analisar as espécies de prescrição existentes em nosso ordenamento! 3.1. Espécies Basicamente, a prescrição se divide em duas modalidades: PPP Prescrição da Pretensão Punitiva PPE Prescrição da Pretensão Executória A diferença entre ambas é simples: a PPP ocorre antes do trânsito em julgado e a PPE, depois. PPP Prescrição antes de transitar em julgado a sentença Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei n. 12.234, de 2010). I – em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12234.htm#art2 25 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas II – em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze; III – em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito; IV – em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro; V – em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; VI – em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. Professor, o examinador pode cobrar esse rol de prazos de prescrição em rela- ção à pena cominada? Pode. Infelizmente, pode. Entretanto, embora a leitura do art. 109 seja reco- mendável, recomendo que você não se esforce demais tentando decorar esses seis incisos. Dedique-se a isso apenas se já estiver dominando o resto da matéria. Dito isso, é importante observar o seguinte sobre a PPP: Efeitos A prescrição da pretensão punitiva tem o condão de excluir tanto os efeitos secundários como principais da sentença condenatória (se houver). Dessa forma, remove tanto efeitos penais quanto extrapenais! Categorias A PPP está dividida em três categorias, as quais passaremos a analisar de agora em diante: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 26 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Vamos começar pela prescrição propriamente dita. Prescrição Propriamente Dita A prescrição propriamente dita é a primeira espécie de PPP (prescrição da pre- tensão punitiva) e ocorre antes da sentença condenatória. Você já conhece a previsão do art. 109 CP (que trata da proporção entre o prazo prescricional e a pena). Entretanto, é importante observar que, enquanto não se tem a pena definitiva, deve-se regular o prazo prescricional pela pena má- xima cominada ao delito. Vejamos um exemplo para compreender melhor o cálculo da prescrição: Para verificar se houve a extinção da punibilidade pela prescrição do delito na situação anterior, primeiro devemos nos perguntar o seguinte: quando se inicia contagem do prazo prescricional? A resposta está no art. 111 do CP: Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final Art. 111. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) I – do dia em que o crime se consumou. II – no caso de tentativa, dodia em que cessou a atividade criminosa; III – nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 27 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas IV – nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido. V – nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal. Certo. A contagem do prazo prescricional deve se iniciar em 01/01/2001, data em que Danny praticou o delito de furto simples (art. 111, inciso I). É importante observar que os prazos de prescrição devem ser contados como prazos penais, pois influem diretamente na liberdade do acusado, de modo que está incluído o dia do começo na contagem do prazo. Sabendo disso, precisamos então analisar o art. 109 do CP para saber qual o prazo prescricional para o delito de furto simples: Agora ficou fácil. Temos o seguinte: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 28 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas O exemplo anterior foi bastante simplificado. Não consideramos as causas de interrupção ou de suspensão da prescrição, por exemplo, mas o objetivo é que você entenda a fórmula básica sobre a prescrição punitiva propriamente dita. Com base apenas nos dados anteriores, note que o IP só foi entregue ao Minis- tério Público 8 anos após a prescrição do delito, de modo que o agente delitivo já teve extinta sua punibilidade em relação àquele fato delituoso. Danny, portanto, se deu bem com a demora do Estado para apurar o delito de furto. Prescrição Superveniente, Subsequente ou Intercorrente A segunda espécie de PPP é a da prescrição superveniente. Primeiramente, va- mos ler o que diz o Código Penal: Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória Art. 110. A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regu- la-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. § 1º A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acu- sação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa. Traduzindo: o prazo prescricional, que antes era calculado com base na pena máxima cominada em abstrato, agora será calculado com base na pena concreta cominada ao delito. Dessa forma, estamos diante de uma categoria de cálculo de prescrição da pretensão punitiva que ocorre entre dois momentos: a publicação da sentença condenatória recorrível e o trânsito em julgado da sentença! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 29 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Vejamos uma situação hipotética para melhor compreensão: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 30 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Na situação anterior, note que não há mais a possibilidade de que a pena comina- da se torne maior (a acusação não recorreu e não existe possibilidade de reformatio in pejus quando o Tribunal competente avaliar a causa). Dessa forma, temos uma sentença que ainda não transitou em julgado, mas que serve como parâmetro para fins de cálculo de prescrição (1 ano e meio de reclusão). Com base no que prevê o CP, o prazo prescricional para penas máximas entre 1 ano e 2 anos é de 4 anos. Portanto, caso o Tribunal não julgue o caso nesse prazo, ocor- rerá a prescrição superveniente! No caso da prescrição superveniente, inicia-se a contagem do prazo prescricional a partir da publicação da sentença condenatória recorrível, e não da consumação do delito! Por esse motivo, na situação hipotética supracitada, o Tribunal teria até o ano de 2007 para julgar o caso antes que ocorresse a prescrição superveniente! Prescrição Retroativa A última modalidade de PPP é semelhante à prescrição superveniente, no entan- to, como o próprio nome diz, é contada de forma retroativa, tomando como base o termo inicial (publicação da sentença recorrível) e a data de recebimento da denúncia. Vejamos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 31 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Na situação anterior, note que houve uma dilatação temporal grande entre o recebimento da denúncia e a publicação da sentença penal recorrível. O prazo prescricional continua o mesmo (4 anos), porém devemos tomar por base o prazo entre a publicação da sentença e a data do recebimento da denúncia: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 32 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Essa é a regra geral. Alguns procedimentos possuem regramentos que influem nesse cálculo (como as causas interruptivas específicas que existem no tribunal do júri). Prescrição da Pretensão Executória Finalizadas as hipóteses de PPP (prescrição da pretensão punitiva), temos finalmente a prescrição da pretensão executória, que ocorre depois de transitar em julgado a sentença condenatória, tanto para a acusação quanto para a defesa. Art. 110. A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regu- la-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. Essa modalidade é mais simples, afinal de contas, já temos uma pena cominada com trânsito em julgado. Basta calcular a prescrição com base na pena aplicada e de acordo com o art. 109. A única observação é que, caso o condenado seja reincidente, os prazos de prescrição previstos no art. 109 aumentam (são aumentados de 1/3). Causas Interruptivas e Impeditivas de Prescrição Para finalizar o assunto, devemos fazer a leitura dos arts. 116 e 117 do CP, que tratam das causas interruptivas e impeditivas de prescrição. Vejamos:Causas impeditivas da prescrição Art. 116. Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: I – enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconheci- mento da existência do crime; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 33 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas II – enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. Parágrafo único. Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. Causas Interruptivas da prescrição Art. 117. O curso da prescrição interrompe-se: I – pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) II – pela pronúncia; III – pela decisão confirmatória da pronúncia; IV – pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; V – pelo início ou continuação do cumprimento da pena; VI – pela reincidência. § 1º Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que se- jam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles. (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) § 2º Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção. (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984) Não é necessário tecer muitos comentários a respeito do rol supracitado. Você precisa conhecê-los e pronto – os examinadores não costumam elaborar muito em cima dessas hipóteses, simplesmente cobrando a literalidade dos artigos anteriores. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art117 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art117 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art117 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art117 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art117 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art117 34 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas RESUMO Extinção da Punibilidade • A punibilidade não é requisito do crime, de modo que a existência ou não deste último não depende de a conduta ser, de fato, punível. • Hipóteses (art. 107): I – pela morte do agente; II – pela anistia, graça ou indulto; III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; IV – pela prescrição, decadência ou perempção; V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. • O rol do art. 107 é exemplificativo! Espécies • Morte do Agente. • Não impede que a vítima intente ação civil para reparação de dano contra os herdeiros do autor. • Mesmo com a morte do agente delitivo, os familiares podem intentar ação de revisão criminal. • A extinção da punibilidade de um dos agentes que tenha falecido não irá se estender aos coautores e partícipes. • Se a morte for presumida, a posição majoritária dos doutrinadores é que não ocorre a extinção da punibilidade. Anistia, Graça e Indulto • Anistia é um “perdão” oferecido pelo Congresso Nacional. • Atinge um fato, e não uma pessoa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 35 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas • Graça é um “perdão” oferecido pelo Presidente da República. • Atinge uma pessoa, e não um fato. • Indulto é uma graça em sua modalidade coletiva. Decadência, Renúncia, Perdão e Perempção • Decadência a) É a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso temporal, es- tabelecido em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente. b) Não cabe decadência em ação penal pública incondicionada! c) O prazo de decadência não pode ser suspenso, prorrogado ou interrompido. d) Nos casos de dúvida se houve ou não o fim do prazo e ocorreu a decadência, deve-se decidir em favor do ofendido, permitindo-se que ele ajuíze a ação penal! • Renúncia a) Não existe renúncia na ação penal pública, não importa a espécie! b) O ofendido decide que não quer mais ver o autor punido, por algum motivo. c) Renúncia expressa: I – o ofendido formaliza uma declaração dizendo ao Estado que não quer mais ver processado o autor do delito. d) Renúncia tácita: I – o ofendido pratica um ato incompatível com a vontade de punir o acusado. a) Características da Renúncia: I – unilateral; II – pré-processual; III – indivisível; IV – irretratável. • Perdão O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 36 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas a) Assim como ocorre na renúncia, o perdão também é um instituto aplicável somente à ação penal privada. b) A principal diferença entre a renúncia e o perdão é que a queixa-crime já foi oferecida e a ação já foi iniciada. Iniciada a ação penal, portanto, não se fala mais em renúncia, e sim no chamado perdão do ofendido. c) Características peculiares do perdão: I – bilateral; II – pós-processual. • Perempção a) É aplicável apenas à ação penal privada. b) É uma negligência do querelante (ofendido), que ingressa em juízo para ver o acusado punido, mas deixa de cumprir suas obrigações processuais. Abolitio Criminis • Surgimento de lei nova mais benéfica que deixa de considerar um fato como crime. • Não faz cessar os efeitos extrapenais da sentença. • É necessário que ocorra a chamada descontinuidade normativo-típica! Retratação • A lei autoriza o agente delitivo a retratar-se (retirar o que foi dito). E, ao per- mitir que ele o faça, extingue sua punibilidade pelo delito praticado. Exemplos: delitos de injúria e difamação. Perdão Judicial • Em alguns casos, a lei permite que o magistrado deixe de aplicar a sanção penal ao autor de um delito. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 37 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas • O entendimento majoritário (adotado pela doutrina e pelo STJ) é de que ocor- re a chamada sentença declaratória de extinção de punibilidade. Prescrição • Perda do direito de punir do Estado diante de sua inércia. Delitos Imprescritíveis • Racismo. • Ação de grupos armados, civis ou militares,contra a ordem constitucional e o Estado democrático. • Segundo o STF, a CF não impede a criação de novos delitos imprescritíveis por legislação infraconstitucional. • Segundo a doutrina, existe uma vedação implícita à criação de delitos impres- critíveis em legislação infraconstitucional, haja vista que o direito à prescrição é, na verdade, direito fundamental. Espécies de Prescrição • PPP: prescrição da pretensão punitiva. • PPE: prescrição da pretensão executória. Categorias de PPP • Prescrição propriamente dita. − Ocorre antes da sentença condenatória. − Enquanto não se tem a pena definitiva, deve-se regular o prazo prescricio- nal pela pena máxima cominada ao delito. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 38 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas • Prescrição superveniente, subsequente ou intercorrente. − O prazo prescricional, que antes era calculado com base na pena máxima cominada em abstrato, agora será calculado com base na pena concreta cominada ao delito. − Categoria de cálculo de prescrição da pretensão punitiva que ocorre entre dois momentos: a publicação da sentença condenatória recorrível e o trân- sito em julgado da sentença! − Inicia-se a contagem do prazo prescricional a partir da publicação da sen- tença condenatória recorrível, e não da consumação do delito! • Prescrição retroativa. − É contada de forma retroativa, tomando como base o termo inicial (publi- cação da sentença recorrível) e a data de recebimento da denúncia. PPE • Ocorre depois de transitar em julgado a sentença condenatória, tanto para a acusação quanto para a defesa. • Caso o condenado seja reincidente, os prazos de prescrição previstos no art. 109 aumentam (são aumentados de 1/3). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 39 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas QUESTÕES DE CONCURSO Questão 1 (FCC/PROCURADOR/PGE-SE) A prescrição a) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo. b) exclui o dia de início na contagem do prazo. c) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes. d) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão executória. e) não é interrompida pela sentença absolutória recorrível. Questão 2 (FCC/JUIZ/TJRR) A prescrição a) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes. b) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo. c) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão executória. d) exclui o dia de início na contagem do prazo. e) retroativa constitui modalidade de prescrição da pretensão punitiva. Questão 3 (FCC/PROCURADOR/TCE-RO) A prescrição é interrompida a) pelo oferecimento da denúncia. b) pela sentença absolutória imprópria. c) pela reincidência, se corresponder à prescrição da pretensão punitiva. d) pela sentença concessiva de perdão judicial. e) pelo acórdão condenatório recorrível. Questão 4 (FCC/AUDITOR/SEFAZ) A chamada prescrição retroativa concerne à prescrição O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 40 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas a) da pretensão executória, gerando futura reincidência. b) da pretensão punitiva, gerando futura reincidência. c) subsequente, gerando futura reincidência. d) da pretensão executória, não gerando futura reincidência. e) da pretensão punitiva, não gerando futura reincidência Questão 5 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF4) O curso da prescrição NÃO é inter- rompido a) pelo início ou continuação do cumprimento da pena. b) pela reincidência. c) pelo recebimento da denúncia. d) pela publicação da sentença absolutória recorrível. e) pela decisão confirmatória da pronúncia Questão 6 (FCC/PROCURADOR/PGE-SP) A “prescrição retroativa” baseia-se na pena a) fixada em concreto na sentença e atinge a pretensão punitiva estatal. b) cominada em abstrato e atinge a pretensão punitiva estatal. c) cominada em abstrato e atinge a pretensão executória. d) fixada em concreto na sentença e atinge a pretensão executória. e) fixada em concreto na sentença e atinge simultaneamente a pretensão punitiva e a executória. Questão 7 (CESPE/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/TJBA) As causas interrup- tivas da prescrição incluem o(a) a) sentença de absolvição sumária. b) oferecimento de denúncia. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 41 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas c) recebimento da queixa. d) indiciamento no inquérito policial. e) decisão que impronuncia o réu no procedimento do júri Questão 8 (SECRETÁRIO/MPE-RS) O curso da prescrição interrompe-se a) pelo oferecimento da denúncia. b) pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis. c) pela prolação de sentença absolutória. d) pelo pedido de explicações em juízo. e) em virtude da prática de novo fato delituoso. Questão 9 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-BA) Sobre a prescrição, é correto afir- mar que a) o oferecimento da denúncia ou queixa é causa interruptiva da prescrição. b) o prazo da prescrição da pretensão executória regula-se pela pena aplicada na sentença, aumentado de um terço, se o condenado for reincidente. c) no caso de concurso de crimes, as penas se somam para fins de prescrição. d) é reduzido de metade o prazo de prescrição quando o agente for menor de 21 anos na data da sentença. e) no caso de fuga ou evasão do condenado a prescrição é regulada de acordo com o total da pena fixada na sentença Questão 10 (FCC/PROMOTOR/MPE-CE) No caso de concurso de crimes, a prescri- ção incidirá a) sobre a pena de cada um, isoladamente, apenas na hipótese de prescrição da pretensão executória. b) sempre sobre o total da pena. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 42 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas c) sobre o total da pena, se o concurso for material, e sobre a pena de cada um, isoladamente, se formal. d) sobre a pena de cada um, isoladamente, se corresponder a crime continuado, e sobre total, se o concurso for material ou formal. e) sempre sobre a pena de cada um, isoladamente. Questão 11 (FCC/ANALISTA/MPE-SE) NÃO constitui causa de extinção da punibilidade a) a obediência hierárquica. b) a perempção. c) o perdão judicial. d) a anistia. e) o perdão do ofendido nos crimes de ação privada Questão 12 (CESPE/DELEGADODE POLÍCIA/PC-PB) Não leva à extinção da puni- bilidade do agente a) a retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso. b) a prescrição, a decadência ou a perempção. c) a renúncia do direito de queixa ou o perdão aceito, nos crimes de ação privada. d) o casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes. e) a retratação do agente, nos casos em que a lei a admite. Questão 13 (FCC/DEFENSOR/DPE-MT) A extinção da punibilidade pela perempção a) pode ocorrer na ação penal privada exclusiva e na subsidiária da pública. b) pode ocorrer antes da instauração da ação penal. c) só pode ocorrer na ação penal privada exclusiva. d) só pode ocorrer na ação penal privada subsidiária da pública. e) aplica-se à ação penal pública. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 43 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Questão 14 (VUNESP/AGENTE DE PROMOTORIA/MPE-ES) É causa de extinção da punibilidade o/a a) perdão judicial. b) inimputabilidade. c) semi-imputabilidade. d) adequação social da conduta. e) inexigibilidade de conduta diversa Questão 15 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF2) É INCORRETO afirmar que a ex- tinção da punibilidade a) será declarada se ocorrer a decadência do direito-queixa. b) poderá ser reconhecida em processo de habeas corpus. c) será declarada, no caso de morte do acusado, à vista da certidão de óbito. d) será declarada, na fase do inquérito, pela autoridade policial. e) deverá ser declarada de ofício pelo juiz, em qualquer fase do processo. Questão 16 (FUNDEP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TJMG) Analisando as causas de ex- tinção da punibilidade, NÃO se inclui entre elas a) a doença grave do agente. b) a graça. c) a perempção. d) a renúncia ao direito de queixa. Questão 17 (VUNESP/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/TJ-SP) Assinale a alter- nativa que não indica causa de extinção da punibilidade. a) Perdão aceito nos crimes de ação privada. b) Retroatividade da lei que não mais considera o fato como criminoso. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 44 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas c) Casamento do agente com a vítima, no crime de estupro. d) Retratação do agente, nos casos em que a lei a admite. Questão 18 (PC-SP/ESCRIVÃO/PC-SP) Assinale a opção errada acerca das moda- lidades de extinção da punibilidade. a) Pela morte do agente. b) Pela confissão do agente, em caso de delação premiada. c) Pela anistia, graça ou indulto. d) Pela retroatividade de lei que não mais considere o fato como criminoso. e) Pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. Questão 19 (ANALISTA JUDICIÁRIO/TJSC) No direito penal, NÃO constitui uma causa de extinção da punibilidade: a) O perdão da vítima nos crimes de ação pública. b) A renúncia ao direito de queixa nos crimes de ação privada. c) A concessão de anistia ou indulto. d) A prescrição. e) A retroatividade da lei que não mais considera o fato criminoso. Questão 20 (CONSULPLAN/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/TJMG) Quanto às penas e à extinção da punibilidade, assinale a alternativa correta. a) Constitui pena privativa de liberdade a limitação de fim de semana. b) Para efeito de reincidência são considerados os crimes militares próprios e políticos. c) A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. d) O fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime importa em renúncia tácita ao direito de queixa. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 45 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Questão 21 (VUNESP/ANALISTA/MPE-SP) Sobre as causas de extinção de punibi- lidade, pode-se afirmar que a) o perdão judicial, previsto no inciso IX, art. 107, CP, não se dirige a toda e qual- quer infração penal, mas apenas àquelas previamente determinadas pela lei, em- bora se admita a analogia in bonam partem. b) a hipótese do inciso V, art. 107, CP, que trata do perdão nas ações privadas, não está condicionada à aceitação da vítima. c) a perempção, prevista no inciso IV, art. 107, CP, é instituto jurídico mediante o qual a vítima ou seu representante, perde o direito de queixa ou de representação em virtude da inércia. d) a extinção da punibilidade poderá ser reconhecida desde o início das investiga- ções até a sentença penal condenatória ainda não transitada em julgado. e) o rol constante do artigo 107, do Código Penal, é taxativo. Questão 22 (FCC/AUDITOR/PREFEITURA – SP) No que concerne às causas de ex- tinção da punibilidade, é correto afirmar que a) a sentença que concede o perdão judicial será considerada para efeito de reincidência. b) a perempção constitui a perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em razão do decurso do prazo para o seu exercício. c) cabe perdão do ofendido na ação penal pública condicionada. d) a renúncia ao direito de queixa ocorre antes de iniciada a ação penal privada. e) o indulto deve ser concedido por lei. Questão 23 (FCC/AUDITOR/TCE-RO) No tocante às causas de extinção da punibi- lidade, é correto afirmar que O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 46 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas a) a concessão de anistia é atribuição exclusiva do Presidente da República. b) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo da decadência. c) são previstas exclusivamente na parte geral do Código Penal. d) a concessão do indulto restabelece a condição de primário do beneficiado. e) é cabível o perdão judicial em qualquer crime. Questão 24 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-AP) De acordo com o Código Penal NÃO é causa de extinção da punibilidade a a) reparação do dano posterior à sentença irrecorrível no crime de peculato culposo. b) morte do agente. c) anistia. d) prescrição. e) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso. Questão 25 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-AP) Acerca das causas de extinção da punibilidade, assinale a opção correta. a) O perdão judicial pode alcançar toda e qualquer infração penal, ficando a critério do juiz a sua aplicação quando da prolação da sentença. b) Nas duas seguintes hipóteses a pretensão punitiva e executória não será atingida pela prescrição: os crimes de racismo e de tortura. c) O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada em abstrato para o crime. d) A decadência é o instituto jurídico mediante o qual o Estado perde o seu direito de punir ou de executar a sentença penal condenatória transitada em julgado. e) A anistia, causa extintiva da punibilidade, somente poderá ser concedida antes da sentença penal condenatória; nesse caso, oEstado renuncia ao jus puniendi. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 47 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Questão 26 (VUNESP/PROMOTOR/MPE-ES) No tocante à extinção da punibilidade, assinale a alternativa correta. a) A retratação é admitida nos crimes de calúnia, injúria e difamação. b) O perdão do ofendido é um ato pelo qual o querelado desiste do prosseguimento da ação penal privada. c) Na receptação culposa, sendo o criminoso primário, será cabível o perdão judicial. d) A renúncia é instituto exclusivo da ação penal privada. A prescrição não incidirá sobre os crimes de terrorismo e tortura Questão 27 (JUIZ/TRT3) Na sistemática do Código Penal, são causas de extinção de punibilidade, exceto: a) Morte do agente b) Retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso c) Perdão aceito nos crimes de ação penal privada e ação penal pública condicionada d) Anistia, graça ou indulto e) Prescrição, decadência ou perempção Questão 28 (FCC/ANALISTA/BACEN) No que concerne às causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que a) a renúncia ao direito de queixa só pode ocorrer antes de iniciada a ação penal privada. b) a chamada prescrição retroativa constitui modalidade de prescrição da preten- são executória. c) cabe perdão do ofendido na ação penal pública condicionada. d) o indulto deve ser concedido por lei. e) a perempção constitui a perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em razão do decurso do prazo para seu exercício. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 48 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Questão 29 (FCC/JUIZ/TRT6) Constituem causas de extinção da punibilidade rela- cionadas exclusivamente aos crimes de ação penal privada. a) o perdão do ofendido e o perdão judicial. b) a decadência e o perdão do ofendido. c) a renúncia e a perempção. d) a perempção e o perdão judicial. e) a renúncia e a decadência Questão 30 (FGV/ANALISTA/PROCEMPA) As opções a seguir apresentam causas de extinção da punibilidade, à exceção de uma. Assinale-a. a) Indulto e graça. b) Prescrição e decadência. c) Anistia. d) Morte da vítima. e) Perdão aceito, nos crimes de ação privada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 49 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas GABARITO 1. e 2. e 3. e 4. e 5. d 6. a 7. c 8. b 9. b 10. e 11. a 12. d 13. c 14. a 15. d 16. a 17. c 18. b 19. a 20. c 21. a 22. d 23. b 24. a 25. c 26. c 27. c 28. a 29. c 30. d O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 50 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas GABARITO COMENTADO Questão 1 (FCC/PROCURADOR/PGE-SE) A prescrição a) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo. b) exclui o dia de início na contagem do prazo. c) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes. d) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão executória. e) não é interrompida pela sentença absolutória recorrível. Letra e. Para responder essa questão, é necessário ter feito a leitura do rol de causas inter- ruptivas de prescrição do art. 117 CP e estar atento(a) às pegadinhas elabora- das pelo examinador. O curso da prescrição interrompe-se pela publicação de sentença ou acórdão condenatórios recorríveis (art. 117, IV). Entretanto, note que o examinador trocou o termo condenatório por absolutório, de modo que realmente a senten- ça absolutória recorrível não interrompe o prazo prescricional! Questão 2 (FCC/JUIZ/TJRR) A prescrição a) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes. b) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo. c) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão executória. d) exclui o dia de início na contagem do prazo. e) retroativa constitui modalidade de prescrição da pretensão punitiva. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 51 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Letra e. Conforme estudamos, a PPP (prescrição da pretensão punitiva) possui três modali- dades. Uma delas realmente é a prescrição retroativa! a) Errada. No caso do concurso de crimes, o cálculo é realizado isoladamente (art. 119 CP). b) Errada. Admite tanto a interrupção quanto a suspensão. c) Errada. É calculada com base na pena cominada de forma concreta, haja vista que já ocorreu o trânsito em julgado no caso de PPE. d) Errada. O dia do início deve ser incluído na contagem do prazo. Como se trata de prazo que afeta o direito de liberdade do acusado, lembre-se de que deve ser contado como prazo penal, e não processual! Questão 3 (FCC/PROCURADOR/TCE-RO) A prescrição é interrompida a) pelo oferecimento da denúncia. b) pela sentença absolutória imprópria. c) pela reincidência, se corresponder à prescrição da pretensão punitiva. d) pela sentença concessiva de perdão judicial. e) pelo acórdão condenatório recorrível. Letra e. Mais uma vez, o examinador cobrando o rol do art. 117. A prescrição é interrompi- da, por expressa previsão no CP, pelo acórdão condenatório recorrível. Questão 4 (FCC/AUDITOR/SEFAZ) A chamada prescrição retroativa concerne à prescrição O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 52 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas a) da pretensão executória, gerando futura reincidência. b) da pretensão punitiva, gerando futura reincidência. c) subsequente, gerando futura reincidência. d) da pretensão executória, não gerando futura reincidência. e) da pretensão punitiva, não gerando futura reincidência Letra e. A prescrição retroativa é modalidade de PPP (prescrição da pretensão punitiva), e não gera reincidência. Dessa forma, a alternativa certa é a letra e! Questão 5 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF4) O curso da prescrição NÃO é interrompido a) pelo início ou continuação do cumprimento da pena. b) pela reincidência. c) pelo recebimento da denúncia. d) pela publicação da sentença absolutória recorrível.e) pela decisão confirmatória da pronúncia Letra d. Mais uma vez o examinador faz a mesma pegadinha, substituindo os dizeres sentença condenatória por sentença absolutória. Dessa forma, a publicação de sentença absolutória recorrível realmente não integra o rol de causas de interrup- ção da prescrição! Questão 6 (FCC/PROCURADOR/PGE-SP) A “prescrição retroativa” baseia-se na pena O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 53 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas a) fixada em concreto na sentença e atinge a pretensão punitiva estatal. b) cominada em abstrato e atinge a pretensão punitiva estatal. c) cominada em abstrato e atinge a pretensão executória. d) fixada em concreto na sentença e atinge a pretensão executória. e) fixada em concreto na sentença e atinge simultaneamente a pretensão punitiva e a executória. Letra a. Essa questão parece difícil, mas é fácil! Em primeiro lugar, lembre-se de que a pres- crição retroativa é modalidade de PPP (prescrição da pretensão PUNITIVA). Além disso, ela é cabível após a publicação da sentença e antes do trânsito em julgado, de modo que seu cálculo é realizado com base em uma pena fixada em concreto. Não tem segredo! Questão 7 (CESPE/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/TJBA) As causas interrup- tivas da prescrição incluem o(a) a) sentença de absolvição sumária. b) oferecimento de denúncia. c) recebimento da queixa. d) indiciamento no inquérito policial. e) decisão que impronuncia o réu no procedimento do júri Letra c. A essa altura, você já percebeu o quanto é importante ler o rol de causas interrup- tivas da prescrição, que simplesmente despenca em provas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 54 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Dito isso, é claro que, segundo o art. 117, inciso I, o recebimento da denúncia ou da queixa interrompe a contagem de prazo prescricional. Questão 8 (SECRETÁRIO/MPE-RS) O curso da prescrição interrompe-se a) pelo oferecimento da denúncia. b) pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis. c) pela prolação de sentença absolutória. d) pelo pedido de explicações em juízo. e) em virtude da prática de novo fato delituoso. Letra b. Outra banca, outro certame e o mesmo padrão: cobrar as causas de interrupção da prescrição. Como você já deve estar cansado(a) de saber, a publicação de sen- tença ou acordão condenatórios recorríveis é uma das hipóteses capazes de interromper o curso da prescrição. Questão 9 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-BA) Sobre a prescrição, é correto afirmar que a) o oferecimento da denúncia ou queixa é causa interruptiva da prescrição. b) o prazo da prescrição da pretensão executória regula-se pela pena aplicada na sentença, aumentado de um terço, se o condenado for reincidente. c) no caso de concurso de crimes, as penas se somam para fins de prescrição. d) é reduzido de metade o prazo de prescrição quando o agente for menor de 21 anos na data da sentença. e) no caso de fuga ou evasão do condenado a prescrição é regulada de acordo com o total da pena fixada na sentença O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 55 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas Letra b. O prazo da prescrição da pretensão executória é calculado com base na pena apli- cada na sentença (haja vista que já ocorreu o trânsito em julgado). E, conforme prevê expressamente o Código Penal, há o aumento de 1/3 nesse prazo se o con- denado for reincidente! Questão 10 (FCC/PROMOTOR/MPE-CE) No caso de concurso de crimes, a prescri- ção incidirá a) sobre a pena de cada um, isoladamente, apenas na hipótese de prescrição da pretensão executória. b) sempre sobre o total da pena. c) sobre o total da pena, se o concurso for material, e sobre a pena de cada um, isoladamente, se formal. d) sobre a pena de cada um, isoladamente, se corresponder a crime continuado, e sobre total, se o concurso for material ou formal. e) sempre sobre a pena de cada um, isoladamente. Letra e. Essa é uma questão para o cargo de promotor. No entanto, você consegue acertar apenas lendo o CP. Conforme prevê o art. 119, a prescrição incidirá sobre cada cri- me, isoladamente. Sem surpresa! Questão 11 (FCC/ANALISTA/MPE-SE) NÃO constitui causa de extinção da punibilidade a) a obediência hierárquica. b) a perempção. c) o perdão judicial. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 56 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas d) a anistia. e) o perdão do ofendido nos crimes de ação privada Letra a. Essa questão é muito fácil. Basta conhecer o rol de institutos que possibilitam a extinção da punibilidade do agente. A obediência hierárquica não faz parte dele! Questão 12 (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PB) Não leva à extinção da puni- bilidade do agente a) a retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso. b) a prescrição, a decadência ou a perempção. c) a renúncia do direito de queixa ou o perdão aceito, nos crimes de ação privada. d) o casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes. e) a retratação do agente, nos casos em que a lei a admite. Letra d. Essa é outra questão simples. Você leu toda esta aula e sequer ouviu falar nessa modalidade de casamento do agente com a vítima, certo? Isso se dá porque essa causa de extinção de punibilidade foi revogada em 2005 e não leva mais à extin- ção da punibilidade do agente. Questão 13 (FCC/DEFENSOR/DPE-MT) A extinção da punibilidade pela perempção a) pode ocorrer na ação penal privada exclusiva e na subsidiária da pública. b) pode ocorrer antes da instauração da ação penal. c) só pode ocorrer na ação penal privada exclusiva. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 57 de 71www.grancursosonline.com.br NOÇÕES DE DIREITO PENAL Punibilidade Prof. Douglas Vargas d) só pode ocorrer na ação penal privada subsidiária da pública. e) aplica-se à ação penal pública. Letra c. O instituto da perempção, conforme estudamos, só pode ser aplicado no caso de ação penal privada (que o examinador decidiu chamar de exclusiva para confundir o(a) aluno(a)). Tal diferenciação se dá, pois existe a ação penal privada subsidiária da pública, na qual, se houver negligência por parte do querelante, o direito de agir simplesmente retornará ao MP (não havendo a ex- tinção da punibilidade do agente). Questão 14 (VUNESP/AGENTE DE PROMOTORIA/MPE-ES)
Compartilhar