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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE 
DIREITO PENAL
Punibilidade
Livro Eletrônico
DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, apro-
vado em 6º lugar no concurso realizado em 
2013. Aprovado em vários concursos, como Po-
lícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agen-
te), PRF (Agente), Ministério da Integração, 
Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 
2012 e Oficial – 2017).
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NOÇÕES DE DIREITO PENAL
Punibilidade
Prof. Douglas Vargas 
1. Introdução .............................................................................................4
2. Extinção da Punibilidade ..........................................................................4
2.1. Morte do Agente ..................................................................................8
2.2. Anistia, Graça e Indulto ......................................................................10
2.3. Decadência, Renúncia, Perdão e Perempção ...........................................11
2.4. Abolitio Criminis .................................................................................19
2.5. Retratação ........................................................................................20
2.6. Perdão Judicial ...................................................................................20
3. Prescrição ............................................................................................22
3.1. Espécies ...........................................................................................24
Resumo ...................................................................................................34
Questões de Concurso ...............................................................................39
Gabarito ..................................................................................................49
Gabarito Comentado .................................................................................50
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NOÇÕES DE DIREITO PENAL
Punibilidade
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1. Introdução
E aí, guerreiro(a)!
Na aula de hoje, vamos tratar de dois assuntos chatos, que envolvem muita 
leitura da legislação vigente, mas que são absolutamente importantes para fins de 
prova: a prescrição e as demais causas de extinção da punibilidade.
Você verá que, em alguns casos, mesmo praticando um fato típico, ilícito e 
culpável, o autor não poderá ser punido. Como e quando isso pode acontecer, no 
entanto, depende de uma série de circunstâncias, as quais também estudaremos 
de forma detalhada.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa!
2. Extinção da Punibilidade
Ao estudar Direito Penal e Direito Processual Penal, uma das primeiras coisas 
que o(a) aluno(a) aprende é que o jus puniendi (direito de punir) foi, com o decor-
rer da história, monopolizado pelo Estado.
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Punibilidade
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Não existe mais o instituto da justiça com as próprias mãos, da “vingança pri-
vada”, como ocorria em tempos passados, nos quais vikings e outros guerreiros 
exploravam e disputavam áreas da Europa.
Entretanto, dizer que o jus puniendi se encontra nas mãos do Estado não lhe dá o 
caráter de direito absoluto e imperecível. Pelo contrário, em alguns casos, mesmo 
diante de uma situação de ilícito penal, pode ser que o Estado não possa 
exercer o seu direito de punir.
Nesse sentido, abre-se a possibilidade de que um determinado indivíduo prati-
que um crime e que, mesmo diante da correta configuração do fato típico, ilícito 
e culpável, não possa ser punido, haja vista a existência de uma causa capaz de 
extinguir o direito de punir, do qual o Estado é detentor.
A punibilidade não é requisito do crime, de modo que a existência ou não desse 
último não depende de a conduta ser, de fato, punível.
Previsão Legal
Inicialmente, as causas extintivas de punibilidade estão arroladas no CP, em seu 
artigo 107:
Extinção da punibilidade
Art. 107. Extingue-se a punibilidade:
I – pela morte do agente;
II – pela anistia, graça ou indulto;
III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV – pela prescrição, decadência ou perempção;
V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
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Sobre o rol anterior eu não preciso nem dizer, certo? Tem que conhecer. É fundamental.
Uma vez que você já foi apresentado(a) ao rol anterior, é essencial entender 
o seguinte:
O art. 107 apresenta um rol exemplificativo de causas extintivas de punibilidade!
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Dessa forma, existem outras causas extintivas de punibilidade que podem estar 
arroladas em outros pontos da legislação, como, por exemplo, o que ocorre com o 
delito de peculato culposo, que possui uma previsão específica de causa extintiva 
de punibilidade para a sua conduta.
Não é necessário, no entanto, que você se preocupe com essas outras causas 
(ao menos em um primeiro momento). Elas devem ser atacadas quando do estudo 
dos diplomas legais e artigos que apresentam tais especificidades e não podem 
ser cobradas se o examinador não mencionar tais pontos da legislação no conteúdo 
programático do edital.
Ótimo. Uma vez que passamos por essa parte introdutória, vamos tratar das 
causas extintivas de punibilidade previstas no art. 107, uma por uma, a começar 
pela primeira delas: a morte do agente.
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2.1. Morte do Agente
CF/1988
Art. 5º
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar 
o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidasaos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
O Juiz federal Sérgio Moro decretou a extinção da punibilidade da ex-pri-
meira-dama Marisa Letícia em uma das ações que tramitavam sob sua jurisdição. 
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Marisa Letícia, como foi amplamente noticiado, faleceu em 03/02/2017, no Hospital 
Sírio-Libanês, vítima de um AVC.
Por expressa previsão do art. 107 do CP, o falecimento gera a extinção da puni-
bilidade do agente, haja vista que a pena não poderá passar da pessoa do conde-
nado, excetuada a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de 
bens, que podem ser estendidas aos sucessos nos termos do art. 5º da CF.
Como nos ensina a doutrina, temos a aplicação do brocardo “mors omnia solvit”. 
Uma vez que ocorre o falecimento do agente, pelo princípio da personalidade, cessa 
a persecução penal: a ação penal não se instaura; se estiver instaurada, ela cessa; 
e, se já finalizada, não se executa a pena aplicada!
Pontos Relevantes sobre a Morte
Existem alguns pontos bastante importantes quanto aos efeitos da morte no 
âmbito penal:
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2.2. Anistia, Graça e Indulto
A próxima hipótese de extinção da punibilidade são a graça, a anistia e o in-
dulto. São institutos parecidos, mas que possuem algumas peculiaridades. Vamos 
esquematizar!
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2.3. Decadência, Renúncia, Perdão e Perempção
A seguir, temos a decadência, a renúncia, o perdão e a perempção, que, em-
bora sejam institutos diferentes, têm o mesmo condão (de extinguir a punibilidade).
Estudaremos cada um deles separadamente, pois são tópicos um pouco mais 
abrangentes do que a graça, a anistia e o indulto. Comecemos pela decadência!
2.3.1. Decadência
Decadência é a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso tempo-
ral, estabelecido em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente.
(Guilherme Nucci)
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Ou seja, o ofendido demorou muito para representar (na ação penal pública 
condicionada à representação) ou para realizar a queixa (na ação penal privada), 
motivo pelo qual o direito de agir se esvaiu e cessou a existência do direito de punir. 
Esse instituto também está previsto no CPP, em seu art. 38, que merece ser lido:
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá 
no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis me- 
ses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 
29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
Os prazos em questão estão relacionados com o fato de a representação ou 
queixa do ofendido não ser intentada no prazo legal, de modo que, via de regra, é 
de 6 meses, a contar da data do conhecimento da autoria.
Outra consequência importante da vinculação da decadência aos prazos de re-
presentação ou queixa é a seguinte:
Não cabe decadência em ação penal pública incondicionada!
Se a ação penal pública incondicionada não necessita de representação ou queixa 
do ofendido, não há que se falar em decadência!
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Observações importantes sobre a decadência:
2.3.2. Renúncia
Antes mesmo de ser apresentado ao conceito de renúncia, anote aí: a renúncia 
é um instituto que só se aplica na ação penal privada.
Não existe renúncia na ação penal pública, não importa a espécie!
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O que acontece na renúncia é o seguinte: uma vez que a ação penal é privada, 
o ofendido decide que não quer mais ver o autor punido por algum motivo.
Tendo em vista que nesse caso temos um direito disponível, o ofendido pode 
optar por renunciar a ele, dizendo ao Estado que não quer mais que o jus puniendi 
seja exercido em desfavor do acusado.
Existem duas modalidades de renúncia:
• Renúncia Expressa
O ofendido formaliza uma declaração dizendo ao Estado que não quer mais ver 
processado o autor do delito.
• Renúncia Tácita
O ofendido pratica um ato incompatível com a vontade de punir o acusado.
O exemplo mais clássico desse ato é o do querelante que convida o querelado para 
ser padrinho de seu filho.
Uma vez que o ofendido realiza um dos dois atos anteriores (a renúncia ex-
pressa ou tácita), ocorrerá, assim como na decadência, a extinção da punibi-
lidade do autor.
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Características da renúncia:
2.3.3. Perdão
Seguindo adiante em nosso estudo das causas extintivas de punibilidade, te-
mos o instituto do perdão.
Uma vez que o ofendido exerceu seu direito à ação penal privada (decidin-
do, portanto, não renunciar), pode ser que ele volte atrás depois do início da 
ação penal.
Mesmo nesse caso, ainda será possível que o ofendido não veja o autor do delito 
ser punido pelo Estado.
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Note, portanto, que a principal diferença entre a renúncia e o perdão é que a 
queixa-crime já foi oferecida e a ação já foi iniciada. Iniciada a ação penal, 
portanto, não se fala mais em renúncia, e sim no chamado perdão do ofendido.
Assim como ocorre na renúncia, o perdão também é um instituto aplicável somente 
à ação penal privada.
O perdão é simples, visto que o querelante irá manifestar ao judiciário o inte-
resse de ver o autor (ou autores) perdoados pelo que fizeram, causando também a 
extinção da punibilidade. Além disso, também pode ser expresso ou tácito, 
nos mesmos moldes da renúncia.
Características Peculiares do Perdão
São características do perdão que divergem daquelas previstas para a renúncia:
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Veja bem: uma vez iniciada a ação penal, o acusado tem o direito de não aceitar 
o perdão! Embora o perdão lhe seja benéfico, veja que o acusado pode desejar que 
o julgamento vá até o final, se acreditar, por exemplo, que é inocente e que poderá 
ser absolvido!
Uma vez que o querelante decide perdoar o querelado, este tem três dias para 
se manifestar. Caso não aceite ou recuse nesse prazo, o juiz considerará o perdão 
como aceito!
Assim como na renúncia, o perdão deve ser oferecido igualmente, a todos os 
acusados. Entretanto, o processo continuará em andamento para aqueles que deci-
direm não o aceitar. Além disso, se houver mais de uma vítima, o perdão concedido 
por uma das vítimas não afeta o direito das outras de continuarem com o processo!
2.3.4. Perempção
E, para finalizar o estudo deste tópico, temos mais uma previsão que também é 
aplicável apenas à ação penal privada: a perempção.
Na decadência, temos o decurso do prazo (o ofendido não representa ou oferece 
a queixa no prazo legal). Na renúncia, o ofendido decide que não quer ver o autor 
processado antes mesmo do início da ação penal e, no perdão, o ofendido decide 
perdoar o autor durante o processo.
Na perempção, no entanto, o que ocorre é uma negligência do querelan-
te (ofendido), que ingressa em juízo para ver o acusado punido, mas deixa de 
cumprir suas obrigações processuais!
Dessa forma, a perempção é uma causa de extinção da punibilidade, que 
ocorre nos seguintes casos:
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Eis as hipóteses em que ocorrerá a perempção. Não tem remédio. É impor-
tante revisar esses casos até se sentir confortável em identificá-los. Esse rol 
despenca em provas!
Obs.: � Apenas uma observação: na hipótese em que o querelante deixa de for-
mular o pedido de condenação nas alegações finais, não temos um 
mero esquecimento do querelante.
Segundo a doutrina, o que deve acontecer é que as alegações finais deixem 
claro que o querelante não quer mais ver o acusado punido.
Se for possível subentender que o ofendido ainda quer ver a punição do quere-
lado e que apenas esqueceu de incluir esse pedido em suas alegações finais, não 
deverá ser declarada a perempção!
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2.4. Abolitio Criminis
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, 
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Outra causa extintiva de punibilidade é a abolitio criminis, ou seja, o surgimento 
de lei nova mais benéfica que deixa de considerar um fato como crime.
Exemplo clássico de abolitio criminis na história de nosso país é o da Lei n. 
11.106/2005, que revogou o crime de adultério.
A abolitio criminis, embora seja causa de extinção de punibilidade, não faz 
cessar os efeitos extrapenais da sentença, de modo que os efeitos civis, por 
exemplo, permanecerão.
Observação Importante
É importante ainda observar que não basta a revogação formal de uma nor-
ma incriminadora para que ocorra a abolitio criminis. É necessário que ocorra a 
chamada descontinuidade normativo-típica!
Em alguns casos, o legislador elabora uma lei que, embora revogue formalmen-
te um tipo penal, mantém a punibilidade da conduta em outro artigo. Se isso acon-
tecer, não houve a descontinuidade normativo-típica e, consequentemente, 
não houve abolitio criminis!
Veja um exemplo para simplificar:
Exemplo: o legislador realizou a revogação do crime de atentado violento ao pudor 
(art. 214 CP). Entretanto, o então crime de atentado violento ao pudor passou a ser 
considerado como uma modalidade de estupro (art. 213 CP).
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Na situação anterior, que realmente aconteceu em nosso ordenamento jurídico, 
o legislador revogou o art. 214 CP, mas não ocorreu a abolitio criminis, haja vista 
que a conduta continuou a ser punida nos termos do art. 213 do Código Penal!
2.5. Retratação
Em alguns casos, a lei autoriza o agente delitivo a retratar-se (retirar o que foi 
dito). E, ao permitir que ele o faça, extingue sua punibilidade pelo delito pra-
ticado.
São exemplos de retratação previstos na lei penal de nosso país:
2.6. Perdão Judicial
O último dos institutos capazes de causar a extinção da punibilidade do 
agente, que iremos estudar na aula de hoje, é o perdão judicial.
Em alguns casos, a lei permite que o magistrado deixe de aplicar a sanção 
penal ao autor de um delito. O entendimento majoritário (adotado pela doutrina 
e pelo STJ) é de que ocorre a chamada sentença declaratória de extinção de 
punibilidade. No entanto, se o examinador perguntar apenas segundo o Códi-
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go Penal, a previsão do art. 120 é de que estamos diante de sentença con-
denatória sem efeito de reincidência:
Perdão judicial
Art. 120. A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos 
de reincidência.
Por isso, é muito importante notar sob qual aspecto o examinador está cobrando 
o assunto na questão. Uma vez que você identificar o foco (jurisprudencial ou ape-
nas a letra da lei), pode optar pela resposta correta.
Um exemplo de extinção da punibilidade pelo perdão judicial está noart. 121 do 
Código Penal (homicídio):
Art. 121.
§ 5º Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as 
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção 
penal se torne desnecessária.
E assim, caro(a) aluno(a), terminamos a exposição das principais causas ex-
tintivas de punibilidade. Passaremos agora ao estudo da prescrição, que, embora 
também seja causa extintiva de punibilidade, merece um capítulo à parte, 
haja vista sua maior complexidade e nível de detalhamento em face das outras 
hipóteses que acabamos de estudar.
Vamos em frente!
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3. Prescrição
A prescrição é a perda do direito de punir do Estado diante de sua inércia.
Ou seja, o Estado não exerceu o jus puniendi no prazo legal, de forma que ocorreu 
a extinção da punibilidade do agente.
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Punibilidade
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Caso notório foi o que ocorreu com o jogador Edmundo, condenado em 1999 por 
acidente que matou 3 pessoas e teve declarada a extinção da punibilidade pela 
prescrição quando o caso chegou ao STF.
O conceito em si é bastante simples. Você já sabe que a prescrição é uma causa 
de extinção da punibilidade. Entretanto, o problema é as nuances que envolvem 
a prescrição, as quais passaremos a estudar desde momento em diante.
Comecemos com uma afirmação básica: existem casos em que a prescrição de 
um delito é inadmissível em nosso ordenamento jurídico!
Alguns delitos foram considerados imprescritíveis por nosso constituinte e es-
tão arrolados dessa forma na própria CF/1988. São os seguintes casos:
Delitos Imprescritíveis
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena 
de reclusão, nos termos da lei;
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis 
ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Não há previsão de imprescritibilidade de delitos no Código Penal, ape-
nas na Constituição Federal. A doutrina majoritária, inclusive, defende que 
existe uma vedação implícita na criação de hipóteses de imprescritibilida-
de em legislação infraconstitucional, visto que a prescrição dos delitos seria 
um direito fundamental.
Entretanto, de forma divergente, cabe observar que já houve posiciona-
mento do STF, em sede de Recurso Extraordinário, no sentido de que a CF 
não veda que a legislação infraconstitucional crie novas hipóteses de delitos 
imprescritíveis. Esse assunto é polêmico, mas é importante que você conhe-
ça as duas vertentes!
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A regra geral, portanto, é considerar apenas dois delitos como imprescritíveis 
em nosso ordenamento jurídico: o racismo e a ação de grupos armados, civis 
ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
Agora sim. Já sabemos o que é a prescrição e que existem dois casos de delitos 
para os quais as regras de prescrição são inaplicáveis. Passemos agora a analisar 
as espécies de prescrição existentes em nosso ordenamento!
3.1. Espécies
Basicamente, a prescrição se divide em duas modalidades:
PPP
Prescrição da 
Pretensão Punitiva
PPE
Prescrição da 
Pretensão Executória
A diferença entre ambas é simples: a PPP ocorre antes do trânsito em julgado 
e a PPE, depois.
PPP
Prescrição antes de transitar em julgado a sentença
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto 
no § 1º do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade 
cominada ao crime, verificando-se: (Redação dada pela Lei n. 12.234, de 2010).
I – em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
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II – em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a 
doze;
III – em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV – em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V – em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não 
excede a dois;
VI – em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
Professor, o examinador pode cobrar esse rol de prazos de prescrição em rela-
ção à pena cominada?
Pode. Infelizmente, pode. Entretanto, embora a leitura do art. 109 seja reco-
mendável, recomendo que você não se esforce demais tentando decorar esses seis 
incisos. Dedique-se a isso apenas se já estiver dominando o resto da matéria.
Dito isso, é importante observar o seguinte sobre a PPP:
Efeitos
A prescrição da pretensão punitiva tem o condão de excluir tanto os efeitos 
secundários como principais da sentença condenatória (se houver). Dessa 
forma, remove tanto efeitos penais quanto extrapenais!
Categorias
A PPP está dividida em três categorias, as quais passaremos a analisar de agora 
em diante:
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Vamos começar pela prescrição propriamente dita.
Prescrição Propriamente Dita
A prescrição propriamente dita é a primeira espécie de PPP (prescrição da pre-
tensão punitiva) e ocorre antes da sentença condenatória.
Você já conhece a previsão do art. 109 CP (que trata da proporção entre o prazo 
prescricional e a pena). Entretanto, é importante observar que, enquanto não se 
tem a pena definitiva, deve-se regular o prazo prescricional pela pena má-
xima cominada ao delito.
Vejamos um exemplo para compreender melhor o cálculo da prescrição:
Para verificar se houve a extinção da punibilidade pela prescrição do delito na 
situação anterior, primeiro devemos nos perguntar o seguinte: quando se inicia 
contagem do prazo prescricional? A resposta está no art. 111 do CP:
Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final
Art. 111. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: 
(Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
I – do dia em que o crime se consumou.
II – no caso de tentativa, dodia em que cessou a atividade criminosa;
III – nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência;
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IV – nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, 
da data em que o fato se tornou conhecido.
V – nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste 
Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, 
salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal.
Certo. A contagem do prazo prescricional deve se iniciar em 01/01/2001, data 
em que Danny praticou o delito de furto simples (art. 111, inciso I).
É importante observar que os prazos de prescrição devem ser contados como 
prazos penais, pois influem diretamente na liberdade do acusado, de modo que 
está incluído o dia do começo na contagem do prazo.
Sabendo disso, precisamos então analisar o art. 109 do CP para saber qual o 
prazo prescricional para o delito de furto simples:
Agora ficou fácil. Temos o seguinte:
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O exemplo anterior foi bastante simplificado. Não consideramos as causas de 
interrupção ou de suspensão da prescrição, por exemplo, mas o objetivo é que você 
entenda a fórmula básica sobre a prescrição punitiva propriamente dita.
Com base apenas nos dados anteriores, note que o IP só foi entregue ao Minis-
tério Público 8 anos após a prescrição do delito, de modo que o agente delitivo já 
teve extinta sua punibilidade em relação àquele fato delituoso. Danny, portanto, 
se deu bem com a demora do Estado para apurar o delito de furto.
Prescrição Superveniente, Subsequente ou Intercorrente
A segunda espécie de PPP é a da prescrição superveniente. Primeiramente, va-
mos ler o que diz o Código Penal:
Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória
Art. 110. A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regu-
la-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se 
aumentam de um terço, se o condenado é reincidente.
§ 1º A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acu-
sação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, 
em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
Traduzindo: o prazo prescricional, que antes era calculado com base na pena 
máxima cominada em abstrato, agora será calculado com base na pena concreta 
cominada ao delito.
Dessa forma, estamos diante de uma categoria de cálculo de prescrição da 
pretensão punitiva que ocorre entre dois momentos: a publicação da sentença 
condenatória recorrível e o trânsito em julgado da sentença!
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Vejamos uma situação hipotética para melhor compreensão:
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Na situação anterior, note que não há mais a possibilidade de que a pena comina-
da se torne maior (a acusação não recorreu e não existe possibilidade de reformatio 
in pejus quando o Tribunal competente avaliar a causa).
Dessa forma, temos uma sentença que ainda não transitou em julgado, mas que 
serve como parâmetro para fins de cálculo de prescrição (1 ano e meio de reclusão). 
Com base no que prevê o CP, o prazo prescricional para penas máximas entre 1 ano 
e 2 anos é de 4 anos. Portanto, caso o Tribunal não julgue o caso nesse prazo, ocor-
rerá a prescrição superveniente!
No caso da prescrição superveniente, inicia-se a contagem do prazo prescricional 
a partir da publicação da sentença condenatória recorrível, e não da consumação 
do delito!
Por esse motivo, na situação hipotética supracitada, o Tribunal teria até o ano de 
2007 para julgar o caso antes que ocorresse a prescrição superveniente!
Prescrição Retroativa
A última modalidade de PPP é semelhante à prescrição superveniente, no entan-
to, como o próprio nome diz, é contada de forma retroativa, tomando como base o 
termo inicial (publicação da sentença recorrível) e a data de recebimento da 
denúncia.
Vejamos:
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Na situação anterior, note que houve uma dilatação temporal grande entre o 
recebimento da denúncia e a publicação da sentença penal recorrível.
O prazo prescricional continua o mesmo (4 anos), porém devemos tomar por 
base o prazo entre a publicação da sentença e a data do recebimento da 
denúncia:
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Essa é a regra geral. Alguns procedimentos possuem regramentos que influem nesse 
cálculo (como as causas interruptivas específicas que existem no tribunal do júri).
Prescrição da Pretensão Executória
Finalizadas as hipóteses de PPP (prescrição da pretensão punitiva), temos 
finalmente a prescrição da pretensão executória, que ocorre depois de 
transitar em julgado a sentença condenatória, tanto para a acusação 
quanto para a defesa.
Art. 110. A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regu-
la-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se 
aumentam de um terço, se o condenado é reincidente.
Essa modalidade é mais simples, afinal de contas, já temos uma pena cominada 
com trânsito em julgado. Basta calcular a prescrição com base na pena aplicada e 
de acordo com o art. 109.
A única observação é que, caso o condenado seja reincidente, os prazos de 
prescrição previstos no art. 109 aumentam (são aumentados de 1/3).
Causas Interruptivas e Impeditivas de Prescrição
Para finalizar o assunto, devemos fazer a leitura dos arts. 116 e 117 do CP, que 
tratam das causas interruptivas e impeditivas de prescrição. Vejamos:Causas impeditivas da prescrição
Art. 116. Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
I – enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconheci-
mento da existência do crime;
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II – enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.
Parágrafo único. Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição 
não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo.
Causas Interruptivas da prescrição
Art. 117. O curso da prescrição interrompe-se:
I – pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 
11.7.1984)
II – pela pronúncia;
III – pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV – pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V – pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI – pela reincidência.
§ 1º Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição 
produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que se-
jam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer 
deles. (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo 
começa a correr, novamente, do dia da interrupção. (Redação dada pela Lei n. 7.209, 
de 11.7.1984)
Não é necessário tecer muitos comentários a respeito do rol supracitado. Você 
precisa conhecê-los e pronto – os examinadores não costumam elaborar muito em 
cima dessas hipóteses, simplesmente cobrando a literalidade dos artigos anteriores.
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RESUMO
Extinção da Punibilidade
• A punibilidade não é requisito do crime, de modo que a existência ou não 
deste último não depende de a conduta ser, de fato, punível.
• Hipóteses (art. 107):
I – pela morte do agente;
II – pela anistia, graça ou indulto;
III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV – pela prescrição, decadência ou perempção;
V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
• O rol do art. 107 é exemplificativo!
Espécies
• Morte do Agente.
• Não impede que a vítima intente ação civil para reparação de dano contra os 
herdeiros do autor.
• Mesmo com a morte do agente delitivo, os familiares podem intentar ação de 
revisão criminal.
• A extinção da punibilidade de um dos agentes que tenha falecido não irá se 
estender aos coautores e partícipes.
• Se a morte for presumida, a posição majoritária dos doutrinadores é que não 
ocorre a extinção da punibilidade.
Anistia, Graça e Indulto
• Anistia é um “perdão” oferecido pelo Congresso Nacional.
• Atinge um fato, e não uma pessoa.
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• Graça é um “perdão” oferecido pelo Presidente da República.
• Atinge uma pessoa, e não um fato.
• Indulto é uma graça em sua modalidade coletiva.
Decadência, Renúncia, Perdão e Perempção
• Decadência
a) É a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso temporal, es-
tabelecido em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente.
b) Não cabe decadência em ação penal pública incondicionada!
c) O prazo de decadência não pode ser suspenso, prorrogado ou interrompido.
d) Nos casos de dúvida se houve ou não o fim do prazo e ocorreu a decadência, 
deve-se decidir em favor do ofendido, permitindo-se que ele ajuíze a ação penal!
• Renúncia
a) Não existe renúncia na ação penal pública, não importa a espécie!
b) O ofendido decide que não quer mais ver o autor punido, por algum motivo.
c) Renúncia expressa:
I – o ofendido formaliza uma declaração dizendo ao Estado que não quer mais ver 
processado o autor do delito.
d) Renúncia tácita:
I – o ofendido pratica um ato incompatível com a vontade de punir o acusado.
a) Características da Renúncia:
I – unilateral;
II – pré-processual;
III – indivisível;
IV – irretratável.
• Perdão
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a) Assim como ocorre na renúncia, o perdão também é um instituto aplicável 
somente à ação penal privada.
b) A principal diferença entre a renúncia e o perdão é que a queixa-crime já foi 
oferecida e a ação já foi iniciada. Iniciada a ação penal, portanto, não se fala mais 
em renúncia, e sim no chamado perdão do ofendido.
c) Características peculiares do perdão:
I – bilateral;
II – pós-processual.
• Perempção
a) É aplicável apenas à ação penal privada.
b) É uma negligência do querelante (ofendido), que ingressa em juízo para ver o 
acusado punido, mas deixa de cumprir suas obrigações processuais.
Abolitio Criminis
• Surgimento de lei nova mais benéfica que deixa de considerar um fato 
como crime.
• Não faz cessar os efeitos extrapenais da sentença.
• É necessário que ocorra a chamada descontinuidade normativo-típica!
Retratação
• A lei autoriza o agente delitivo a retratar-se (retirar o que foi dito). E, ao per-
mitir que ele o faça, extingue sua punibilidade pelo delito praticado.
Exemplos: delitos de injúria e difamação.
Perdão Judicial
• Em alguns casos, a lei permite que o magistrado deixe de aplicar a sanção 
penal ao autor de um delito.
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• O entendimento majoritário (adotado pela doutrina e pelo STJ) é de que ocor-
re a chamada sentença declaratória de extinção de punibilidade.
Prescrição
• Perda do direito de punir do Estado diante de sua inércia.
Delitos Imprescritíveis
• Racismo.
• Ação de grupos armados, civis ou militares,contra a ordem constitucional e 
o Estado democrático.
• Segundo o STF, a CF não impede a criação de novos delitos imprescritíveis por 
legislação infraconstitucional.
• Segundo a doutrina, existe uma vedação implícita à criação de delitos impres-
critíveis em legislação infraconstitucional, haja vista que o direito à prescrição 
é, na verdade, direito fundamental.
Espécies de Prescrição
• PPP: prescrição da pretensão punitiva.
• PPE: prescrição da pretensão executória.
Categorias de PPP
• Prescrição propriamente dita.
− Ocorre antes da sentença condenatória.
− Enquanto não se tem a pena definitiva, deve-se regular o prazo prescricio-
nal pela pena máxima cominada ao delito.
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• Prescrição superveniente, subsequente ou intercorrente.
− O prazo prescricional, que antes era calculado com base na pena máxima 
cominada em abstrato, agora será calculado com base na pena concreta 
cominada ao delito.
− Categoria de cálculo de prescrição da pretensão punitiva que ocorre entre 
dois momentos: a publicação da sentença condenatória recorrível e o trân-
sito em julgado da sentença!
− Inicia-se a contagem do prazo prescricional a partir da publicação da sen-
tença condenatória recorrível, e não da consumação do delito!
• Prescrição retroativa.
− É contada de forma retroativa, tomando como base o termo inicial (publi-
cação da sentença recorrível) e a data de recebimento da denúncia.
PPE
• Ocorre depois de transitar em julgado a sentença condenatória, tanto para a 
acusação quanto para a defesa.
• Caso o condenado seja reincidente, os prazos de prescrição previstos no art. 
109 aumentam (são aumentados de 1/3).
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FCC/PROCURADOR/PGE-SE) A prescrição
a) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo.
b) exclui o dia de início na contagem do prazo.
c) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes.
d) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão 
executória.
e) não é interrompida pela sentença absolutória recorrível.
Questão 2 (FCC/JUIZ/TJRR) A prescrição
a) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes.
b) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo.
c) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão 
executória.
d) exclui o dia de início na contagem do prazo.
e) retroativa constitui modalidade de prescrição da pretensão punitiva.
Questão 3 (FCC/PROCURADOR/TCE-RO) A prescrição é interrompida
a) pelo oferecimento da denúncia.
b) pela sentença absolutória imprópria.
c) pela reincidência, se corresponder à prescrição da pretensão punitiva.
d) pela sentença concessiva de perdão judicial.
e) pelo acórdão condenatório recorrível.
Questão 4 (FCC/AUDITOR/SEFAZ) A chamada prescrição retroativa concerne à 
prescrição
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a) da pretensão executória, gerando futura reincidência.
b) da pretensão punitiva, gerando futura reincidência.
c) subsequente, gerando futura reincidência.
d) da pretensão executória, não gerando futura reincidência.
e) da pretensão punitiva, não gerando futura reincidência
Questão 5 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF4) O curso da prescrição NÃO é inter-
rompido
a) pelo início ou continuação do cumprimento da pena.
b) pela reincidência.
c) pelo recebimento da denúncia.
d) pela publicação da sentença absolutória recorrível.
e) pela decisão confirmatória da pronúncia
Questão 6 (FCC/PROCURADOR/PGE-SP) A “prescrição retroativa” baseia-se na 
pena
a) fixada em concreto na sentença e atinge a pretensão punitiva estatal.
b) cominada em abstrato e atinge a pretensão punitiva estatal.
c) cominada em abstrato e atinge a pretensão executória.
d) fixada em concreto na sentença e atinge a pretensão executória.
e) fixada em concreto na sentença e atinge simultaneamente a pretensão punitiva 
e a executória.
Questão 7 (CESPE/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/TJBA) As causas interrup-
tivas da prescrição incluem o(a)
a) sentença de absolvição sumária.
b) oferecimento de denúncia.
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c) recebimento da queixa.
d) indiciamento no inquérito policial.
e) decisão que impronuncia o réu no procedimento do júri
Questão 8 (SECRETÁRIO/MPE-RS) O curso da prescrição interrompe-se
a) pelo oferecimento da denúncia.
b) pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.
c) pela prolação de sentença absolutória.
d) pelo pedido de explicações em juízo.
e) em virtude da prática de novo fato delituoso.
Questão 9 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-BA) Sobre a prescrição, é correto afir-
mar que
a) o oferecimento da denúncia ou queixa é causa interruptiva da prescrição.
b) o prazo da prescrição da pretensão executória regula-se pela pena aplicada na 
sentença, aumentado de um terço, se o condenado for reincidente.
c) no caso de concurso de crimes, as penas se somam para fins de prescrição.
d) é reduzido de metade o prazo de prescrição quando o agente for menor de 21 
anos na data da sentença.
e) no caso de fuga ou evasão do condenado a prescrição é regulada de acordo com 
o total da pena fixada na sentença
Questão 10 (FCC/PROMOTOR/MPE-CE) No caso de concurso de crimes, a prescri-
ção incidirá
a) sobre a pena de cada um, isoladamente, apenas na hipótese de prescrição da 
pretensão executória.
b) sempre sobre o total da pena.
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c) sobre o total da pena, se o concurso for material, e sobre a pena de cada um, 
isoladamente, se formal.
d) sobre a pena de cada um, isoladamente, se corresponder a crime continuado, e 
sobre total, se o concurso for material ou formal.
e) sempre sobre a pena de cada um, isoladamente.
Questão 11 (FCC/ANALISTA/MPE-SE) NÃO constitui causa de extinção da punibilidade
a) a obediência hierárquica.
b) a perempção.
c) o perdão judicial.
d) a anistia.
e) o perdão do ofendido nos crimes de ação privada
Questão 12 (CESPE/DELEGADODE POLÍCIA/PC-PB) Não leva à extinção da puni-
bilidade do agente
a) a retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.
b) a prescrição, a decadência ou a perempção.
c) a renúncia do direito de queixa ou o perdão aceito, nos crimes de ação privada.
d) o casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes.
e) a retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.
Questão 13 (FCC/DEFENSOR/DPE-MT) A extinção da punibilidade pela perempção
a) pode ocorrer na ação penal privada exclusiva e na subsidiária da pública.
b) pode ocorrer antes da instauração da ação penal.
c) só pode ocorrer na ação penal privada exclusiva.
d) só pode ocorrer na ação penal privada subsidiária da pública.
e) aplica-se à ação penal pública.
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Questão 14 (VUNESP/AGENTE DE PROMOTORIA/MPE-ES) É causa de extinção da 
punibilidade o/a
a) perdão judicial.
b) inimputabilidade.
c) semi-imputabilidade.
d) adequação social da conduta.
e) inexigibilidade de conduta diversa
Questão 15 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF2) É INCORRETO afirmar que a ex-
tinção da punibilidade
a) será declarada se ocorrer a decadência do direito-queixa.
b) poderá ser reconhecida em processo de habeas corpus.
c) será declarada, no caso de morte do acusado, à vista da certidão de óbito.
d) será declarada, na fase do inquérito, pela autoridade policial.
e) deverá ser declarada de ofício pelo juiz, em qualquer fase do processo.
Questão 16 (FUNDEP/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TJMG) Analisando as causas de ex-
tinção da punibilidade, NÃO se inclui entre elas
a) a doença grave do agente.
b) a graça.
c) a perempção.
d) a renúncia ao direito de queixa.
Questão 17 (VUNESP/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/TJ-SP) Assinale a alter-
nativa que não indica causa de extinção da punibilidade.
a) Perdão aceito nos crimes de ação privada.
b) Retroatividade da lei que não mais considera o fato como criminoso.
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c) Casamento do agente com a vítima, no crime de estupro.
d) Retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.
Questão 18 (PC-SP/ESCRIVÃO/PC-SP) Assinale a opção errada acerca das moda-
lidades de extinção da punibilidade.
a) Pela morte do agente.
b) Pela confissão do agente, em caso de delação premiada.
c) Pela anistia, graça ou indulto.
d) Pela retroatividade de lei que não mais considere o fato como criminoso.
e) Pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Questão 19 (ANALISTA JUDICIÁRIO/TJSC) No direito penal, NÃO constitui uma 
causa de extinção da punibilidade:
a) O perdão da vítima nos crimes de ação pública.
b) A renúncia ao direito de queixa nos crimes de ação privada.
c) A concessão de anistia ou indulto.
d) A prescrição.
e) A retroatividade da lei que não mais considera o fato criminoso.
Questão 20 (CONSULPLAN/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/TJMG) Quanto às 
penas e à extinção da punibilidade, assinale a alternativa correta.
a) Constitui pena privativa de liberdade a limitação de fim de semana.
b) Para efeito de reincidência são considerados os crimes militares próprios e 
políticos.
c) A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de 
reincidência.
d) O fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime importa 
em renúncia tácita ao direito de queixa.
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Questão 21 (VUNESP/ANALISTA/MPE-SP) Sobre as causas de extinção de punibi-
lidade, pode-se afirmar que
a) o perdão judicial, previsto no inciso IX, art. 107, CP, não se dirige a toda e qual-
quer infração penal, mas apenas àquelas previamente determinadas pela lei, em-
bora se admita a analogia in bonam partem.
b) a hipótese do inciso V, art. 107, CP, que trata do perdão nas ações privadas, não 
está condicionada à aceitação da vítima.
c) a perempção, prevista no inciso IV, art. 107, CP, é instituto jurídico mediante o 
qual a vítima ou seu representante, perde o direito de queixa ou de representação 
em virtude da inércia.
d) a extinção da punibilidade poderá ser reconhecida desde o início das investiga-
ções até a sentença penal condenatória ainda não transitada em julgado.
e) o rol constante do artigo 107, do Código Penal, é taxativo.
Questão 22 (FCC/AUDITOR/PREFEITURA – SP) No que concerne às causas de ex-
tinção da punibilidade, é correto afirmar que
a) a sentença que concede o perdão judicial será considerada para efeito de 
reincidência.
b) a perempção constitui a perda do direito de representar ou de oferecer queixa, 
em razão do decurso do prazo para o seu exercício.
c) cabe perdão do ofendido na ação penal pública condicionada.
d) a renúncia ao direito de queixa ocorre antes de iniciada a ação penal privada.
e) o indulto deve ser concedido por lei.
Questão 23 (FCC/AUDITOR/TCE-RO) No tocante às causas de extinção da punibi-
lidade, é correto afirmar que
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a) a concessão de anistia é atribuição exclusiva do Presidente da República.
b) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo da decadência.
c) são previstas exclusivamente na parte geral do Código Penal.
d) a concessão do indulto restabelece a condição de primário do beneficiado.
e) é cabível o perdão judicial em qualquer crime.
Questão 24 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-AP) De acordo com o Código Penal 
NÃO é causa de extinção da punibilidade a
a) reparação do dano posterior à sentença irrecorrível no crime de peculato culposo.
b) morte do agente.
c) anistia.
d) prescrição.
e) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.
Questão 25 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-AP) Acerca das causas de extinção 
da punibilidade, assinale a opção correta.
a) O perdão judicial pode alcançar toda e qualquer infração penal, ficando a critério 
do juiz a sua aplicação quando da prolação da sentença.
b) Nas duas seguintes hipóteses a pretensão punitiva e executória não será atingida 
pela prescrição: os crimes de racismo e de tortura.
c) O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena 
privativa de liberdade cominada em abstrato para o crime.
d) A decadência é o instituto jurídico mediante o qual o Estado perde o seu direito 
de punir ou de executar a sentença penal condenatória transitada em julgado.
e) A anistia, causa extintiva da punibilidade, somente poderá ser concedida antes 
da sentença penal condenatória; nesse caso, oEstado renuncia ao jus puniendi.
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Questão 26 (VUNESP/PROMOTOR/MPE-ES) No tocante à extinção da punibilidade, 
assinale a alternativa correta.
a) A retratação é admitida nos crimes de calúnia, injúria e difamação.
b) O perdão do ofendido é um ato pelo qual o querelado desiste do prosseguimento 
da ação penal privada.
c) Na receptação culposa, sendo o criminoso primário, será cabível o perdão judicial.
d) A renúncia é instituto exclusivo da ação penal privada.
A prescrição não incidirá sobre os crimes de terrorismo e tortura
Questão 27 (JUIZ/TRT3) Na sistemática do Código Penal, são causas de extinção 
de punibilidade, exceto:
a) Morte do agente
b) Retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso
c) Perdão aceito nos crimes de ação penal privada e ação penal pública condicionada
d) Anistia, graça ou indulto
e) Prescrição, decadência ou perempção
Questão 28 (FCC/ANALISTA/BACEN) No que concerne às causas de extinção da 
punibilidade, é correto afirmar que
a) a renúncia ao direito de queixa só pode ocorrer antes de iniciada a ação 
penal privada.
b) a chamada prescrição retroativa constitui modalidade de prescrição da preten-
são executória.
c) cabe perdão do ofendido na ação penal pública condicionada.
d) o indulto deve ser concedido por lei.
e) a perempção constitui a perda do direito de representar ou de oferecer queixa, 
em razão do decurso do prazo para seu exercício.
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Questão 29 (FCC/JUIZ/TRT6) Constituem causas de extinção da punibilidade rela-
cionadas exclusivamente aos crimes de ação penal privada.
a) o perdão do ofendido e o perdão judicial.
b) a decadência e o perdão do ofendido.
c) a renúncia e a perempção.
d) a perempção e o perdão judicial.
e) a renúncia e a decadência
Questão 30 (FGV/ANALISTA/PROCEMPA) As opções a seguir apresentam causas 
de extinção da punibilidade, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Indulto e graça.
b) Prescrição e decadência.
c) Anistia.
d) Morte da vítima.
e) Perdão aceito, nos crimes de ação privada.
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GABARITO
1. e
2. e
3. e
4. e
5. d
6. a
7. c
8. b
9. b
10. e
11. a
12. d
13. c
14. a
15. d
16. a
17. c
18. b
19. a
20. c
21. a
22. d
23. b
24. a
25. c
26. c
27. c
28. a
29. c
30. d
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FCC/PROCURADOR/PGE-SE) A prescrição
a) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo.
b) exclui o dia de início na contagem do prazo.
c) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes.
d) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão 
executória.
e) não é interrompida pela sentença absolutória recorrível.
Letra e.
Para responder essa questão, é necessário ter feito a leitura do rol de causas inter-
ruptivas de prescrição do art. 117 CP e estar atento(a) às pegadinhas elabora-
das pelo examinador.
O curso da prescrição interrompe-se pela publicação de sentença ou acórdão 
condenatórios recorríveis (art. 117, IV). Entretanto, note que o examinador 
trocou o termo condenatório por absolutório, de modo que realmente a senten-
ça absolutória recorrível não interrompe o prazo prescricional!
Questão 2 (FCC/JUIZ/TJRR) A prescrição
a) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes.
b) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo.
c) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão 
executória.
d) exclui o dia de início na contagem do prazo.
e) retroativa constitui modalidade de prescrição da pretensão punitiva.
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Letra e.
Conforme estudamos, a PPP (prescrição da pretensão punitiva) possui três modali-
dades. Uma delas realmente é a prescrição retroativa!
a) Errada. No caso do concurso de crimes, o cálculo é realizado isoladamente (art. 
119 CP).
b) Errada. Admite tanto a interrupção quanto a suspensão.
c) Errada. É calculada com base na pena cominada de forma concreta, haja vista 
que já ocorreu o trânsito em julgado no caso de PPE.
d) Errada. O dia do início deve ser incluído na contagem do prazo. Como se trata 
de prazo que afeta o direito de liberdade do acusado, lembre-se de que deve ser 
contado como prazo penal, e não processual!
Questão 3 (FCC/PROCURADOR/TCE-RO) A prescrição é interrompida
a) pelo oferecimento da denúncia.
b) pela sentença absolutória imprópria.
c) pela reincidência, se corresponder à prescrição da pretensão punitiva.
d) pela sentença concessiva de perdão judicial.
e) pelo acórdão condenatório recorrível.
Letra e.
Mais uma vez, o examinador cobrando o rol do art. 117. A prescrição é interrompi-
da, por expressa previsão no CP, pelo acórdão condenatório recorrível.
Questão 4 (FCC/AUDITOR/SEFAZ) A chamada prescrição retroativa concerne 
à prescrição
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a) da pretensão executória, gerando futura reincidência.
b) da pretensão punitiva, gerando futura reincidência.
c) subsequente, gerando futura reincidência.
d) da pretensão executória, não gerando futura reincidência.
e) da pretensão punitiva, não gerando futura reincidência
Letra e.
A prescrição retroativa é modalidade de PPP (prescrição da pretensão punitiva), e 
não gera reincidência. Dessa forma, a alternativa certa é a letra e!
Questão 5 (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF4) O curso da prescrição NÃO 
é interrompido
a) pelo início ou continuação do cumprimento da pena.
b) pela reincidência.
c) pelo recebimento da denúncia.
d) pela publicação da sentença absolutória recorrível.e) pela decisão confirmatória da pronúncia
Letra d.
Mais uma vez o examinador faz a mesma pegadinha, substituindo os dizeres 
sentença condenatória por sentença absolutória. Dessa forma, a publicação de 
sentença absolutória recorrível realmente não integra o rol de causas de interrup-
ção da prescrição!
Questão 6 (FCC/PROCURADOR/PGE-SP) A “prescrição retroativa” baseia-se 
na pena
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a) fixada em concreto na sentença e atinge a pretensão punitiva estatal.
b) cominada em abstrato e atinge a pretensão punitiva estatal.
c) cominada em abstrato e atinge a pretensão executória.
d) fixada em concreto na sentença e atinge a pretensão executória.
e) fixada em concreto na sentença e atinge simultaneamente a pretensão punitiva 
e a executória.
Letra a.
Essa questão parece difícil, mas é fácil! Em primeiro lugar, lembre-se de que a pres-
crição retroativa é modalidade de PPP (prescrição da pretensão PUNITIVA). Além 
disso, ela é cabível após a publicação da sentença e antes do trânsito em julgado, 
de modo que seu cálculo é realizado com base em uma pena fixada em concreto. 
Não tem segredo!
Questão 7 (CESPE/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS/TJBA) As causas interrup-
tivas da prescrição incluem o(a)
a) sentença de absolvição sumária.
b) oferecimento de denúncia.
c) recebimento da queixa.
d) indiciamento no inquérito policial.
e) decisão que impronuncia o réu no procedimento do júri
Letra c.
A essa altura, você já percebeu o quanto é importante ler o rol de causas interrup-
tivas da prescrição, que simplesmente despenca em provas.
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Dito isso, é claro que, segundo o art. 117, inciso I, o recebimento da denúncia ou 
da queixa interrompe a contagem de prazo prescricional.
Questão 8 (SECRETÁRIO/MPE-RS) O curso da prescrição interrompe-se
a) pelo oferecimento da denúncia.
b) pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.
c) pela prolação de sentença absolutória.
d) pelo pedido de explicações em juízo.
e) em virtude da prática de novo fato delituoso.
Letra b.
Outra banca, outro certame e o mesmo padrão: cobrar as causas de interrupção da 
prescrição. Como você já deve estar cansado(a) de saber, a publicação de sen-
tença ou acordão condenatórios recorríveis é uma das hipóteses capazes de 
interromper o curso da prescrição.
Questão 9 (FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-BA) Sobre a prescrição, é correto 
afirmar que
a) o oferecimento da denúncia ou queixa é causa interruptiva da prescrição.
b) o prazo da prescrição da pretensão executória regula-se pela pena aplicada na 
sentença, aumentado de um terço, se o condenado for reincidente.
c) no caso de concurso de crimes, as penas se somam para fins de prescrição.
d) é reduzido de metade o prazo de prescrição quando o agente for menor de 21 
anos na data da sentença.
e) no caso de fuga ou evasão do condenado a prescrição é regulada de acordo com 
o total da pena fixada na sentença
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Letra b.
O prazo da prescrição da pretensão executória é calculado com base na pena apli-
cada na sentença (haja vista que já ocorreu o trânsito em julgado). E, conforme 
prevê expressamente o Código Penal, há o aumento de 1/3 nesse prazo se o con-
denado for reincidente!
Questão 10 (FCC/PROMOTOR/MPE-CE) No caso de concurso de crimes, a prescri-
ção incidirá
a) sobre a pena de cada um, isoladamente, apenas na hipótese de prescrição da 
pretensão executória.
b) sempre sobre o total da pena.
c) sobre o total da pena, se o concurso for material, e sobre a pena de cada um, 
isoladamente, se formal.
d) sobre a pena de cada um, isoladamente, se corresponder a crime continuado, e 
sobre total, se o concurso for material ou formal.
e) sempre sobre a pena de cada um, isoladamente.
Letra e.
Essa é uma questão para o cargo de promotor. No entanto, você consegue acertar 
apenas lendo o CP. Conforme prevê o art. 119, a prescrição incidirá sobre cada cri-
me, isoladamente. Sem surpresa!
Questão 11 (FCC/ANALISTA/MPE-SE) NÃO constitui causa de extinção da punibilidade
a) a obediência hierárquica.
b) a perempção.
c) o perdão judicial.
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d) a anistia.
e) o perdão do ofendido nos crimes de ação privada
Letra a.
Essa questão é muito fácil. Basta conhecer o rol de institutos que possibilitam a 
extinção da punibilidade do agente. A obediência hierárquica não faz parte dele!
Questão 12 (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-PB) Não leva à extinção da puni-
bilidade do agente
a) a retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.
b) a prescrição, a decadência ou a perempção.
c) a renúncia do direito de queixa ou o perdão aceito, nos crimes de ação privada.
d) o casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes.
e) a retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.
Letra d.
Essa é outra questão simples. Você leu toda esta aula e sequer ouviu falar nessa 
modalidade de casamento do agente com a vítima, certo? Isso se dá porque essa 
causa de extinção de punibilidade foi revogada em 2005 e não leva mais à extin-
ção da punibilidade do agente.
Questão 13 (FCC/DEFENSOR/DPE-MT) A extinção da punibilidade pela perempção
a) pode ocorrer na ação penal privada exclusiva e na subsidiária da pública.
b) pode ocorrer antes da instauração da ação penal.
c) só pode ocorrer na ação penal privada exclusiva.
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NOÇÕES DE DIREITO PENAL
Punibilidade
Prof. Douglas Vargas 
d) só pode ocorrer na ação penal privada subsidiária da pública.
e) aplica-se à ação penal pública.
Letra c.
O instituto da perempção, conforme estudamos, só pode ser aplicado no caso 
de ação penal privada (que o examinador decidiu chamar de exclusiva para 
confundir o(a) aluno(a)). Tal diferenciação se dá, pois existe a ação penal 
privada subsidiária da pública, na qual, se houver negligência por parte do 
querelante, o direito de agir simplesmente retornará ao MP (não havendo a ex-
tinção da punibilidade do agente).
Questão 14 (VUNESP/AGENTE DE PROMOTORIA/MPE-ES)

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