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Código de Defesa do Consumidor

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Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU
Comércio Exterior 
O Código de Defesa do Consumidor
Caroline Cicolani Figueiredo; R.A: 6533367
Jéssica Pidde da Cruz; R.A: 7275097
Professor: Otávio D. S. Ferreira
São Paulo
2020
1. Caso de fabricante de aparelho de telefonia móvel que não oferece ao mercado peça de reposição um ano e dois meses após a compra do aparelho enquanto durar a fabricação ou a importação do produto. 
O texto de lei vai muito mais além na necessária proteção do consumidor, visto que conforme dispõe o parágrafo único do artigo 32, do CDC, ainda que tenha sido cessada a produção ou a importação do produto, o fabricante ou importador terão de assegurar ao consumidor as peças de reposição por um período razoável de tempo. Desta forma, estabelece o legislador consumerista que os fabricantes, bem como os importadores, têm o dever de assegurar e oferecer os componentes e as peças de reposição do produto adquirido pelo consumidor enquanto estes estiverem sendo fabricados ou importados e, mesmo após, por um período razoável.
2. Caso de Empresa pública prestadoras de serviços de eletricidade que decide interromper o fornecimento de serviço, por suposta impontualidade no pagamento, sem aviso prévio.
O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078/1990, art. 6, inciso X), garante como direito básico do consumidor, entre outros, a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos. O consumidor que tenha sofrido suspensão de fornecimento de água, luz ou gás canalizado sem aviso prévio deverá entrar em contato com os serviços de atendimento ao consumidor (SAC) ou ouvidorias das empresas concessionárias e cobrar o cumprimento da lei, sob pena de serem multadas pelo poder concedente. É preciso que o consumidor formalize sua reclamação, notificando as empresas das irregularidades cometidas. Caso não seja sanado o problema, o consumidor deverá reclamar seus direitos junto aos órgãos de proteção e defesa do consumidor, como o Procon ou a Associação de Defesa do Consumidor.
3. Caso do banco que, para conceder um empréstimo desejado pelo consumidor, exige a contratação de um seguro de vida de sua carteira de produtos.
Incluíram um seguro no empréstimo sem a autorização do consumidor, prática considerada venda casada, expressamente proibida pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor).
. O QUE DIZ A LEI: A Venda Casada é expressamente proibida pelo Código de Defesa do Consumidor - CDC (art. 39, I), constituindo inclusive crime contra as relações de consumo (art. 5º, II, da Lei n.º 8.137/90).
A Lei 8.137 / 90, artigo 5º, II, III tipificou essa prática como crime, com penas de detenção aos infratores que variam de 2 a 5 anos ou multa.
E a Lei 8.884 / 94, artigo 21º, XXIII, define a venda casada como infração de ordem econômica. A prática de venda casada configura-se sempre que alguém condicionar, subordinar ou sujeitar a venda de um bem ou utilização de um serviço à aquisição de outro bem ou ao uso de determinado serviço.
4. Caso de anúncio de automóvel que oferece um desconto que não se confirmou na loja autorizada da empresa.
A prática da publicidade enganosa e abusiva é proibida pelo Código de Proteção e Defesa do Consumidor Brasileiro (CDC) - Lei nº 8.078/1990, artigo 37, caput e parágrafos 1 ao 3.
É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
A publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.
O Código de Defesa do Consumidor estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias, bem como dá o amparo aos consumidores em relação a aquisição de bens e serviços.
5. Caso de Operadora de Plano de Saúde que restringe o tempo de internação em hospital, apesar de prescrição médica.
Para tanto, O método de abordagem utilizado é dedutivo, já que este tem como propósito, embasamento das leis (Código de Defesa do Consumidor e a Lei 9656/98), além dos julgados do Superior Tribunal de Justiça para a análise da proteção dos consumidores em relação à possibilidade de danos morais mediante recusa de atendimento em específico.
Coloca o consumidor em desvantagem exagerada, situação prevista no artigo 51, inciso IV, do Código de Defesa do Consumidor.
Não havendo exclusão expressa e direta pelo contrato, a recusa da prestadora dos serviços em custear torna-se abusiva e arbitrária, constituindo afronta direta ao art. 6°, inc. III c/c art. 46 c/c art. 54, § 4°, do Código de Defesa do Consumidor.

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