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PRÉ-VESTIBULAR EXTENSIVO MATERIAL DO PROFESSOR Física CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 2 INICIAIS_FIS_PROF_2BI.indd 1 13/12/18 13:55 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco Todos os direitos desta publicação reservados à Pearson Education do Brasil Ltda. Av. Santa Marina, 1193 - Água Branca São Paulo, SP – CEP 05036-001 Tel. (11) 3521-3500 www.pearson.com.br Vice-presidência de Educação Gerência editorial nacional Gerência de produto Autoria Coordenação editorial Edição de conteúdo Leitura crítica Preparação e revisão Gerência de Design Coordenação de Design Edição de arte Coordenação de pesquisa e licenciamento Pesquisa e licenciamento Ilustrações Cartografi a Projeto Gráfi co Diagramação Capa Imagem de capa Produtor multimídia PCP Juliano Melo Costa Alexandre Mattioli Silvana Afonso Edilson Sousa Santos, Osvaldo Antonio Govone, Wagner Fonzi, Vinicius Piloto Luiz Molina Luz Jaqueline Gomes Cardoso Daniel Leme, Everton Cortez Rosado Fabiana Carla Consenza Oliveira, Sérgio Nascimento Cleber Figueira Carvalho Diogo Mecabo Alexandre Silva Maiti Salla Cristiane Gameiro, Heraldo Colon, Andrea Bolanho, Sandra Sebastião, Shirlei Sebastião Carla Viana, Madine Oliveira, Claudia Silveira, Renato Calderaro Allmaps Apis design integrado Editorial 5 Apis design integrado mvp64/istock Cristian Neil Zaramella George Baldim DOM BOSCO - SISTEMA DE ENSINO PRÉ-VESTIBULAR 2 Ciências da natureza e suas tecnologias. © 2019 – Pearson Education do Brasil Ltda. INICIAIS_FIS_PROF_2BI.indd 2 13/12/18 18:01 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco APRESENTAÇÃO Um bom material didático voltado ao vestibular deve ser maior que um grupo de conteúdos a ser memorizado pelos alunos. A sociedade atual exige que nossos jo- vens, além de dominar conteúdos aprendidos ao longo da Educação Básica, conheçam a diversidade de contextos sociais, tecnológicos, ambientais e políticos. Desenvolver as habilidades a � m de obterem autonomia e entenderem criticamente a realida- de e os acontecimentos que os cercam são critérios básicos para se ter sucesso no Ensino Superior. O Enem e os principais vestibulares do país esperam que o aluno, ao � nal do Ensino Médio, seja capaz de dominar linguagens e seus códigos; construir argumentações consistentes; selecionar, organizar e interpretar dados para enfrentar situações-proble- ma em diferentes áreas do conhecimento; e compreender fenômenos naturais, proces- sos histórico-geográ� cos e de produção tecnológica. O Pré-Vestibular do Sistema de Ensino Dom Bosco sempre se destacou no mer- cado editorial brasileiro como um material didático completo dentro de seu segmento educacional. A nova edição traz novidades, a � m de atender às sugestões apresentadas pelas escolas parceiras que participaram do Construindo Juntos – que é o programa rea- lizado pela área de Educação da Pearson Brasil, para promover a troca de experiências, o compartilhamento de conhecimento e a participação dos parceiros no desenvolvi- mento dos materiais didáticos de suas marcas. Assim, o Pré-Vestibular Extensivo Dom Bosco by Pearson foi elaborado por uma equipe de excelência, respaldada na qualidade acadêmica dos conhecimentos e na prá- tica de sala de aula, abrangendo as quatro áreas de conhecimento com projeto editorial exclusivo e adequado às recentes mudanças educacionais do país. O novo material envolve temáticas diversas, por meio do diálogo entre os conteú- dos dos diferentes componentes curriculares de uma ou mais áreas do conhecimento, com propostas curriculares que contemplem as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como eixos integradores entre os conhecimentos de distintas naturezas; o trabalho como princípio educativo; a pesquisa como princípio pedagógi- co; os direitos humanos como princípio norteador; e a sustentabilidade socioambiental como meta universal. A coleção contempla todos os conteúdos exigidos no Enem e nos vestibulares de todo o país, organizados e estruturados em módulos, com desenvolvimento teórico associado a exemplos e exercícios resolvidos que facilitam a aprendizagem. Soma-se a isso, uma seleção re� nada de questões selecionadas, quadro de respostas e roteiro de aula integrado a cada módulo. INICIAIS_FIS_PROF_2BI.indd 3 13/12/18 13:55 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco SUMÁRIO 83 FÍSICA 1B 163 FÍSICA 2A FÍSICA 1A5 FÍSICA 2B 307 FÍSICA 3A 339 FÍSICA 3B 233 INICIAIS_FIS_PROF_2BI.indd 4 13/12/18 13:55 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS FÍ SI CA 1 A © F O R P LA Y D AY DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 357 12/12/18 17:58 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco FÍ SI CA 1 A 358 MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME I17 • Movimento circular • Movimento circular uniforme HABILIDADES • Utilizar graus e radianos para representar posição, velocidade e aceleração angulares de objetos, descrevendo movimento circular uniforme. • Utilizar funções mate- máticas para descrever movimentos circulares uniformes. • Calcular e prever a acele- ração, o deslocamento e a velocidade de objetos, descrevendo movimento circular uniforme. • Aplicar a relação entre frequência e período em movimentos circulares. Drone sobrevoando rio. Drone é um tipo de VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado). Assim como a internet, sua invenção tinha caráter militar, no entanto, hoje, o seu uso é cada vez mais la- tente nas mais diferentes áreas, desde monitoramento e segurança até atuação em resgates. Criados na década de 1960 e difundidos na década de 1980, os drones são muito leves, compostos, em sua maior parte, de � bra de carbono, com algumas estru- turas de plástico e metal. Os mais comuns possuem duas ou quatro hélices que são acionadas por pequenos motores elétricos e dão sustentação ao dispositivo. Essas hélices realizam movimentos circulares, assunto que será abordado neste módulo. MOVIMENTO CIRCULAR Dizemos que uma partícula está em movimento circular quando sua trajetória é uma circunferência ou um arco de circunferência. O giro das hélices de um drone, o movimento dos ponteiros de um relógio, dos dentes de uma engrenagem, dos pneus de um veículo em movimento fazendo JO N AT H A N L IN G E L/ S H U TT E R ST O C K 6 – Material do Professor DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 358 12/12/18 17:58 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco FÍ SI CA 1 A 359 uma curva, ou até mesmo a trajetória descrita por uma pedra que gira presa na ponta de um barbante são exemplos de movimento circular. A velocidade é um vetor, portanto tem módulo, direção e sentido. Nos casos em que o módulo da velocidade do objeto em análise é constante, dizemos tratar-se de um movimento circular uniforme (MCU). Certos fenômenos naturais, como a translação dos planetas em torno do Sol e o movimento de satélites naturais e arti� ciais, apresentam movimento circular ou aproximadamente circular, sendo que, em módu- los posteriores, quando necessário, consideraremos o movimento de planetas como sendo circular uniforme. MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME PERÍODO E FREQUÊNCIA O móvel que descreve um movimento circular uni- forme ao longo de sua trajetória, passa de maneira repetida pela mesma posição e com velocidade de módulo constante em intervalos de tempos iguais. Dizemos que esse movimento é periódico. V V V V Quando um móvel descreve um movimento pe- riódico, o intervalo de tempo que leva para com- pletar um único ciclo é denominado período (T). Voltando ao drone, as hélices possuem movimento circular uniforme (MCU). Nesse caso, o seu período representa o tempo para a duração de uma volta. No sistema internacional de unidades (SI), o período é medido em segundos (s).Em um movimento periódico, o número de ci- clos que o móvel descreve em certo intervalo de tempo é denominado frequência (f). Para o MCU, a frequência (f) pode ser de� nida como o número de voltas (n), realizadas em certo intervalo de tempo (∆t), ou seja: = ∆ f n t No SI, a unidade de frequência é o rps (rotações por segundo), que recebe o nome de Hertz. Outra uni- dade de medida de frequência muito utilizada é o rpm (rotações por minuto). 1 rps 5 1 Hz Logo, para um único ciclo, temos: = ∆ =f n t 1 ciclo T segundo ∴ = f 1 T Como 1 rpm corresponde ao número de ciclos em 1 min, temos: 1Hz 5 60 rpm VELOCIDADE LINEAR No movimento circular uniforme, quando o móvel descreve uma volta completa, pode-se calcular a sua velocidade linear (v), comumente chamada de veloci- dade escalar, em função do período (T) ou frequência (f) do movimento, que também é denominada veloci- dade tangencial, já que o vetor velocidade é tangente à trajetória circular. V R Como o deslocamento escalar do móvel (∆S) corresponde ao comprimento da circunferência (C), ∆S 5 C 5 2 ? π ? R, e o intervalo de tempo (∆t) corres- ponde ao período (T), ∆t 5 T, temos: = ∆ ∆ → = π = πv S t v 2 · · R T ou v 2 · · R · f 7 – Material do Professor DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 359 12/12/18 17:58 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco O velocímetro instalado em bicicletas, motos e carros, entre outros veículos, detecta sua velocidade linear desenvolvida através da frequência de rotação de uma das rodas. Por meio de um sensor, um contador contabiliza o número de giros em determinado tempo e, relacionando-o com o raio da roda, obtém-se a veloci- dade de translação (v) do centro (C) da roda do veículo. Magnético Computador Sensor Assim, a velocidade linear de translação do centro da roda (vC) corresponde a: R C C t = T S = 2R Vc = π = πv 2 · · R T ou v 2 · · R · f GRANDEZAS ANGULARES Deslocamento angular (∆θ) Podemos determinar as posições de móveis que descrevem trajetórias circulares pela medida (em ra- dianos) do ângulo central (∆θ), em lugar do espaço ∆S (arco AB) medido na própria trajetória. Observe na � gura a seguir que o deslocamento linear (∆S) tem correspondência com o deslocamento angular (∆θ). Δθ Δs R ∆θ = ∆S R Velocidade angular (ω) No movimento circular uniforme, o móvel gira numa trajetória com ângulos centrais iguais em intervalos de tempos iguais, ou seja, possui velocidade angular constante. ω = ∆θ ∆t A unidade da velocidade angular é o radiano por segundo (rad/s). No MCU, é possível determinar a velo- cidade angular em função do período ou da frequência. Recordando: Radianos Graus π 180° Lembrando que, em um período, o móvel completa um único ciclo, ou seja, uma volta de 360°, que corres- ponde a um deslocamento angular de 2 ? π radianos, a velocidade angular ω corresponde a: ω = ∆θ ∆ ω = π ω = π t ou 2 · T ou 2 · · f Relação entre velocidade angular (ω) e velo- cidade linear (v) É possível relacionar a velocidade linear e a veloci- dade angular de um móvel num trajeto circular de raio R, da seguinte maneira: = ∆ ∆ = ∆θ ∆ → = ωv S t · R t v · R 8 – Material do Professor360 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 360 12/12/18 17:58 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco Portanto: ( ) = ∆ ∆ = π = πvelocidade linear : v S t 2 · · R T 2 · · R · f unidade em m/s ( ) ω = ∆θ ∆ = π = πvelocidade angular : t 2 · T 2· ·f unidade em rad/s Função horária da posição angular Assim como é possível escrever a posição horá- ria de um móvel no movimento retilíneo uniforme, no movimento circular uniforme, também podemos descrever a posição de um móvel em função do tem- po. Enquanto no MRU trabalhamos com as variáveis: posição inicial S0 (em t0 5 0) e a posição S em um instante posterior t, no MCU, em correspondência ao arco de circunferência, conforme � gura, de� nimos a posição angular inicial θ0 (em t0 5 0) e a posição θ em um instante t da seguinte maneira: θ0 θ R S 0 t t0 S0 A função horária no MRU é: S 5 S0 1 v ? t Dividindo a função pelo raio R, temos: = +S R S R v · t R 0 Sendo, θ = θ = ω =S R , S R e v R0 0 , obtemos: θ 5 θ0 1 ω ? t 1. Sistema Dom Bosco-SP – Uma criança brinca em um carrossel cujo raio mede 4 m e gira com velocidade angular constante. A criança passa pelo seus pais, que estão parados no solo observando tudo, a cada 40 s. Adotando π 5 3, determine: a) a frequência do movimento da criança em rpm e em hertz (Hz); b) a velocidade angular da criança; c) a velocidade linear da criança. Resolução a) Dados: R 5 4 m T 5 40 s = = ∴ =f 1 T 1 40 f 0,025 Hz Como 1 Hz 5 60 rpm, temos: = ∴ =f 0,025 · 60 f 1,5 rpm b) A criança completa um ciclo a cada 40 s, logo ∆θ 5 2 · π. t 2 40 3 20 rad/sω = ∆θ ∆ = π ∴ ω = c) = ω = ∴ =v · R 3 20 · 4 v 0,60 m/s 2. UERN – Uma roda d’água de raio 0,5 m efetua 4 voltas a cada 20 segundos. A velocidade linear dessa roda é (Considere: π 5 3) a) 0,6 m/s. b) 0,8 m/s. c) 1,0 m/s. d) 1,2 m/s. Resolução R 5 0,5 m n 5 4 voltas ∆t 5 20 s Com os dados anteriores, calculamos a frequência f. = ∆ = =f n t 4 20 0,2 Hz Com o valor da frequência, obtemos a velocidade linear V 5 2 ? π ? R ? f 5 2 ? 3 ? 0,5 ? 0,2 ∴ v 5 0,6 m/s EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 9 – Material do Professor 361 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 361 12/12/18 17:58 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco ROTEIRO DE AULA FÍ SI CA 1 A 362 MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME I • Um móvel está em quando sua trajetó- ria é uma ou arco de circunferência. • No movimento circular uniforme, o módulo da velocidade é . f 5 n/∆t =f 1 T = ⋅ π ⋅ = ⋅ π ⋅ ⋅v 2 R T ou v 2 R f ∆θ = ∆S R ω = ∆θ ∆t θ = θ + ω ⋅ t0 = ω ⋅v R Características Grandezas e equações movimento circular circunferência constante 10 – Material do Professor DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 362 12/12/18 17:58 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco 1. EFOMM-RJ (adaptado) – Um automóvel viaja em uma estrada horizontal com velocidade constante e sem atri- to. Cada pneu desse veículo tem raio de 0,3 metros e gira em uma frequência de 900 rotações por minuto. Qual é a velocidade desse automóvel aproximadamente? Dados: considere π 5 3,1. 2. Unicamp-SP – Anemômetros são instrumentos usados para medir a velocidade do vento. A sua construção mais conhecida é a proposta por Robinson em 1846, que consiste em um rotor com quatro conchas hemisféricas presas por hastes, conforme � gura a seguir. Em um anemômetro de Robinson ideal, a velocidade do vento é dada pela velocidade linear das conchas. Um anemô- metro em que a distância entre as conchas e o centro de rotação é R 5 25 cm, em um dia cuja velocidade do vento é v 5 18 km/h, teria uma frequência de rotação de Se necessário, considere π ≈ 3. a) 3 rpm. b) 200 rpm. c) 720 rpm. d) 1 200 rpm. 3. Uece (adaptado) O ano de 2015 tem um segundo a mais. No dia 30 de junho de 2015, um segundo foi acrescido à contagem de tempo de 2015. Isso ocorre porque a velocidade de rotação da Terra tem variações em relação aos relógios atômicos que geram e mantêm a hora legal. Assim, no dia 30 de junho, o relógio o� cial registrou a sequên- cia: 23h59min59s – 23h59min60s, para somente então passar a 1o de julho, 0h00min00s. Como essa correção é feita no horário de Greenwich, no Brasil a correção ocorreu às 21h, horário de Brasília. Isso signi� ca que, em média, a velocidade angular do planeta a) cresceu. b) manteve-se constante e positiva. c) decresceu. d) é sempre nula. e) manteve-se constante e negativa. 4. UFPA – Durante os festejos do Círio de Nazaré, em Be- lém, uma das atrações é o parque de brinquedos situado ao lado da Basílica,no qual um dos brinquedos mais cobiçados é a Roda Gigante, que gira com velocidade angular ω, constante. Considerando-se que a velocidade escalar de um ponto qualquer da periferia da Roda é v 5 1 m/s e que o raio é de 15 m, pode-se a� rmar que a frequência de rotação f, em hertz, e a velocidade angular ω, em rad/s, são, respectivamente, iguais a a) π −1 30 e − 2 15 b) π −1 15 e − 2 15 c) π −1 30 e − 1 15 d) π −1 15 e − 1 15 e) π −1 30 e π −1 30 DE APLICAÇÃOEXERCÍCIOS 1 rpm 5 1 60 rps 5 1 60 Hz Logo, f 5 900 rpm 5 900 60 5 15 Hz V 5 2 ? π ? R ? f 5 2 ? 3,1 ? 0,3 ? 15 → v 5 27,9 ∴ v ≅ 28 m/s A Terra possui movimento de rotação de 24 h e ω = ∆θ ∆t . Se foi acrescido 1,0 s ao tempo total e o deslocamento angular continuou o mesmo, signi� ca que a velocidade angular decresceu. v 5 1 m/s R 5 15 m v 5 2 ? π ? R ? f → 1 5 2 ? π ? 15 ? f ∴ f 5 π −−1 30 Hz Com o valor da frequência (f), obtemos a velocidade angular (ω). ω 5 2 ? π ? f → ω = π π ∴ ω =2 · 1 30 1 15 rad / s R 5 25 cm 5 0,25 m v 5 18 km/h 5 5 m/s Para o cálculo da frequência de rotação (f), temos: = ⋅ π ⋅ ⋅ → = ⋅ ⋅ ⋅ → = ⋅ → =v 2 R f 5 2 3 0,25 f 5 1,5 f f 5 1,5 Hz Como 1Hz 5 60 rpm, temos: = = ∴ =f 5 1,5 · 60 200 f 200 rpm 11 – Material do Professor 363 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 363 12/12/18 17:58 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco 5. Uern (adaptado) – Dois exaustores eólicos instalados no telhado de um galpão encontram-se em movimento circular uniforme com frequências iguais a 2,0 Hz e 2,5 Hz. Qual é a diferença entre os períodos desses dois movimentos? 6. Acafe-SC O funcionamento do limpador de para-brisa deve ser veri- fi cado com o motor ligado, nas respectivas velocidades de acionamento, devendo existir no mínimo duas velocidades distintas e parada automática (quando aplicável). A velo- cidade menor deve ser de 20 ciclos por minuto e a maior com, no mínimo, 15 ciclos por minuto a mais do que a menor. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Mdic Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO Portaria n. 30 de 22 de janeiro de 2004. Acesso em: 25 ago. 2017. Considere um automóvel com o limpador de para-brisa dianteiro (raio de 40 cm) e traseiro (raio de 20 cm), como mostra a � gura a seguir. Com base no exposto, assinale a alternativa correta para as razões ωdianteiro/ωtraseiro e Vdianteiro/Vtraseiro, respecti- vamente, para pontos na extremidade dos limpadores desse automóvel, se a velocidade de acionamento do traseiro for a menor e a do dianteiro for a maior. (Tome os movimentos como MCU). a) 4/3 e 3/4 b) 4/3 e 7/4 c) 7/4 e 7/2 d) 7/2 e 4/3 PROPOSTOSEXERCÍCIOS 7. Uece – Durante uma hora, o ponteiro dos minutos de um relógio de parede executa um determinado deslo- camento angular. Nesse intervalo de tempo, sua velo- cidade angular, em graus/minuto, é dada por a) 360 b) 36 c) 6 d) 1 8. Unicamp-SP (adaptado) – As máquinas cortadeiras e colheitadeiras de cana-de-açúcar podem substituir dezenas de trabalhadores rurais, o que pode alterar, de forma signi� cativa, a relação de trabalho nas lavouras de cana-de-açúcar. A pá cortadeira da máquina ilustrada na � gura a seguir gira em movimento circular uniforme a uma frequência de 300 rpm. Qual a velocidade de um ponto extremo P da pá? Considere π ≈ 3. P R 5 60 cm =T 1 f ; f1 5 2,0 Hz; f2 5 2,5 Hz = = = = = =T 1 f 1 2 0,5 s e T 1 f 1 2,5 0,4 s 1 1 2 2 Logo, ∆T 5 T1 – T2 5 0,5 – 0,4 ∴ ∆T 5 0,1 s ω 5 2 ? π ? f fd 5 35 rpm ft 5 20 rpm Logo, a razão entre as velocidades angulares será: ω ω = π π = = ∴ ω ω =2 · f 2 · f 35 20 7 4 7 4 d t d t d t V 5 2 ? π ? R ? f Rd 5 40 cm Rt 5 20 cm = π π = = ∴ =v v 2 · R · f 2 · R · f 40 · 35 20 · 20 7 2 v v 7 2 d t d d t t d t 12 – Material do Professor364 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 364 12/12/18 17:58 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco 9. PUCCamp-SP – Para que um satélite seja utilizado para transmissões de televisão, quando em órbita, deve ter a mesma velocidade angular de rotação da Terra, de modo que se mantenha sempre sobre um mesmo ponto da superfície terrestre. Considerando R o raio da órbita do satélite, dado em km, o módulo da velocidade escalar do satélite, em km/h, em torno do centro de sua órbita, considerada circular, é a) π ⋅ 24 R. b) π ⋅ 12 R. c) π ? R. d) π ? R. e) 12π ? R. 10. UFU-MG – Ainda que tenhamos a sensação de que estamos estáticos sobre a Terra, na verdade, se to- marmos como referência um observador parado em relação às estrelas � xas e externo ao nosso planeta, ele terá mais clareza de que estamos em movimento, por exemplo, rotacionando junto com a Terra em torno de seu eixo imaginário. Se consideramos duas pessoas (A e B), uma deles localizada em Ottawa (A), Canadá, (latitude 45° Norte) e a outra em Caracas (B), Venezuela, (latitude 10° Norte), qual a relação entre a velocidade angular média (ω) e a velocidade escalar média (v) des- sas duas pessoas, quando analisadas sob a perspectiva do referido observador? a) ωA 5 ωB e VA 5 VB b) ωA < ωB e VA < VB c) ωA 5 ωB e VA < VB d) ωA > ωB e VA 5 VB 11. EEar-SP (adaptado) – Um ponto material descreve um movimento circular uniforme com o módulo da ve- locidade angular igual a 10 rad/s. Após 100 s, qual é o número de voltas completas percorridas por esse ponto material? (Considere π 5 3.) 12. UFPA – O escalpelamento é um grave acidente que ocorre nas pequenas embarcações que fazem trans- porte de ribeirinhos nos rios da Amazônia. O acidente ocorre quando � os de cabelos longos são presos ao eixo desprotegido do motor. As vítimas são mulheres e crianças que acabam tendo o couro cabeludo arranca- do. Um barco típico que trafega nos rios da Amazônia, conhecido como “rabeta”, possui um motor com um eixo de 80 mm de diâmetro, e esse motor, quando em operação, executa 3 000 rpm. Considerando que, nessa situação de escalpelamento, há um � o ideal que não estica e não desliza preso ao eixo do motor e que o tempo médio da reação humana seja de 0,8 s (necessário para um condutor desligar o motor), é correto a� rmar que o comprimento desse � o que se enrola sobre o eixo do motor, neste intervalo de tempo, é de a) 602,8 m. b) 96,0 m. c) 30,0 m. d) 20,0 m. e) 10,0 m. 13. EFOMM-RJ – Considere uma polia girando em torno de seu eixo central, conforme � gura a seguir. A veloci- dade dos pontos A e B são, respectivamente, 60 cm/s e 0,3 m/s. B A A distância AB vale 10 cm. O diâmetro e a velocidade angular da polia, respectivamente, valem a) 10 cm e 1,0 rad/s. b) 20 cm e 1,5 rad/s. c) 40 cm e 3,0 rad/s. d) 50 cm e 0,5 rad/s. e) 60 cm e 2,0 rad/s. 14. Unicamp-SP – Considere um computador que arma- zena informações em um disco rígido que gira a uma frequência de 120 Hz. Cada unidade de informação ocupa um comprimento físico de 0,2 μm na direção do movimento de rotação do disco. Quantas informa- ções magnéticas passam, por segundo, pela cabeça de leitura, se ela estiver posicionada a 3 cm do centro de seu eixo, como mostra o esquema simpli� cado apre- sentado a seguir? (Considere π ≈ 3.) 0,2 μm Disco rígido Cabeça de leitura 3 cm a) 1,62 ? 106 b) 1,8 ? 106 c) 64,8 ? 108 d) 1,08 ? 108 13 – Material do Professor 365 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 365 12/12/18 17:58 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco 15. Esc. Naval-RJ – Analise a � gura a seguir. H W’ W’ A H/4 Na � gura anterior, temos um dispositivo A que libera partículas a partir do repouso com um período T 5 3 s. Logo abaixo do dispositivo, a uma distância H, um disco contém um orifício que permite a passagem de todas as partículas liberadas pelo dispositivo.Sabe-se que entre a passagem das duas partículas, o disco executa três voltas completas em torno de seu eixo. Se elevarmos o disco a uma altura H 4 do dispositivo, qual das opções a seguir exibe o conjunto de três velocidades angula- res w’, em rad/s, possíveis para o disco, de forma tal, que todas as partículas continuem passando pelo seu orifício? Dado: considere π 5 3. a) 2 3 , 5 3 , e 8 3 b) 2, 3 e 5 c) 4 3 , 8 3 , e 12 3 d) 4, 7 e 9 e) 6, 8 e 12 16. UFG-GO – O funcionamento de um dispositivo seletor de velocidade consiste em soltar uma esfera de uma altura h para passar por um dos orifícios superiores (O1, O2, O3, O4) e, sucessivamente, por um dos orifícios inferiores (P1, P2, P3, P4) conforme ilustrado a seguir. h H ω O4 O2 O1 O3 P4 P2 P1 P3 Os orifícios superiores e inferiores mantêm-se alinha- dos, e o sistema gira com velocidade angular constante ω. Desprezando a resistência do ar e considerando que a esfera é liberada do repouso, calcule a altura máxima h para que a esfera atravesse o dispositivo. 17. Udesc – O velódromo, nome dado à pista onde são realizadas as provas de ciclismo, tem forma oval e pos- sui uma circunferência entre 250,0 m e 330,0 m, com duas curvas inclinadas a 41°. Na prova de velocidade, o percurso de três voltas tem 1 000,0 m, mas somente os 60 π últimos metros são cronometrados. Determine a frequência de rotação das rodas de uma bicicleta, necessária para que um ciclista percorra uma distância inicial de 24 π metros em 30 segundos, considerando o movimento uniforme. (O raio da roda da bicicleta é igual a 30,0 cm.) Assinale a alternativa correta em relação à frequência. a) 80 rpm b) 0,8 π rpm c) 40 rpm d) 24 π rpm e) 40 π rpm ENEMESTUDO PARA O 18. PUC-MG C6-H20 Um internauta brasileiro reside na cidade de Macapá situada sobre o equador terrestre a 0° de latitude. Um colega seu reside no extremo sul da Argentina. Eles conversam sobre a rotação da Terra. Assinale a a� rma- tiva correta. a) Quando a Terra dá uma volta completa, a distância percorrida pelo brasileiro é maior que a distância percorrida pelo argentino. b) O período de rotação para o argentino é maior que para o brasileiro. c) Ao � nal de um dia, eles percorrerão a mesma dis- tância. d) Se essas pessoas permanecem em repouso diante de seus computadores, elas não percorrerão nenhu- ma distância no espaço. 19. Unifor-CE C6-H20 Uma das modalidades de corridas de automóveis mui- to populares nos Estados Unidos são as corridas de arrancadas, lá chamadas de Dragsters Races. Esses carros são construídos para percorrerem pequenas distâncias no menor tempo. Uma das característi- cas desses carros é a diferença entre os diâmetros dos seus pneus dianteiros e traseiros. Considere um Dragster cujos pneus traseiros e dianteiros te- nham respectivamente diâmetros de d1 5 1,00 m e d2 5 50,00 cm. Para percorrer uma distância de 300,00 m, a razão (n1/n2), entre o número de voltas dos pneus traseiros e dianteiros, supondo que em nenhum momento haverá deslizamento dos pneus com o solo, será 14 – Material do Professor366 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 366 12/12/18 17:58 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco Fonte: <http://www.bankpower.com/new/show/39-banks- -dragster-development-continues>. a) 150,00 b) 50,00 c) 25,00 d) 2,00 e) 0,50 20. Esc. Naval -RJ C5-H17 Observe o grá� co a seguir. 6390 6380 6370 6360 6350 R (km ) LATITUDE (ω) R cos ϕ (km) 0° 10° 20° 30° 40° 50° 60° 70° 80° 90° 6377 6280 5993 5518 4878 4093 3181 2175 1106 0 O grá� co da � gura anterior mostra a variação do raio da Terra (R) com a latitude (ϕ). Observe que foram acres- centadas informações para algumas latitudes, sobre a menor distância entre o eixo da Terra e um ponto P na superfície da Terra ao nível do mar, ou seja, R ? cos ϕ. Considerando que a Terra gira com uma velocidade an- gular ωT 5 π/12 (rad/h), qual é, aproximadamente, a latitude de P quando a sua velocidade em relação ao centro da Terra se aproxima numericamente da veloci- dade do som? Dados: Vsom 5 340 m/s π 5 3 a) 0° b) 20° c) 40° d) 60° e) 80° U N IF O R 15 – Material do Professor 367 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 367 12/12/18 17:58 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco FÍ SI CA 1 A 368 Objeto em movimento circular uniforme. Ciclista pedalando. Hoje, mais da metade da população vive em áreas urbanas e, com a moderniza- ção, vieram todos os problemas de infraestrutura. A bicicleta ressurge não só como uma boa alternativa para o transporte caótico dos grandes centros urbanos, como uma excelente opção de esporte e lazer, já que pedalar é uma boa atividade física, fazendo com que o indivíduo se torne mais disposto e bem-humorado. Neste capítulo, continuaremos os estudos do movimento circular, dando ênfase aos movimentos concêntricos, que ocorrem até mesmo nas bicicletas. Aceleração angular No movimento circular uniforme (MCU), o vetor velocidade tangencial é constante em módulo, porém não em direção e sentido. Logo, como o vetor velocidade tangencia a trajetória circular, em cada instante estará indicando uma nova direção e sentido. Nesse caso, o corpo em MCU estará sujeito a uma aceleração centrípeta (ac), de intensi- dade constante e direção variável, sempre orientada para o centro da trajetória, conforme mostra a � gura. A aceleração centrípeta, confome vimos na classi� cação dos movimentos, pode ser encontrada pela relação a seguir: a v Rc 2 = • Aceleração centrípeta • Movimento concêntrico e transmissão no MCU HABILIDADES • Utilizar graus e radianos para representar posição, velocidade e aceleração de objetos descrevendo movi- mento circular uniforme. • Utilizar funções matemáticas para descrever movimentos circulares uniformes. • Calcular e prever a ace- leração, o deslocamento e a velocidade de objetos descrevendo movimento circular uniforme. • Aplicar a relação entre frequência e período em movimentos circulares. S N 4K E /S H U TT E R ST O C K v1 ac,1 ac,2 ac,4 ac,3 v2 v3 v4 18 MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME II 16 – Material do Professor DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 368 12/12/18 17:58 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco FÍ SI CA 1 A 369 1. PUC-RJ (adaptado) – O ponteiro de um relógio tem 1 cm. Supondo que o movimento desse ponteiro seja contínuo e que π = 3, responda ao que se pede. a) Qual é a velocidade de translação na extremidade desse ponteiro? b) Qual é a aceleração centrípeta da extremidade desse ponteiro? Resolução a) R = 1 cm T = ∆t = 1 min = 60 s π = 3 ∆S = 2·π·R v S t 2 · · R t 2 · 3 ·1 60 0,1 v 0,1 cm / s= ∆ ∆ = π ∆ = = ∴ = b) v = 0,1 cm/s R = 1 cm a v R 0,1 1 0,01 a 0,01 cm / sc 2 2 c 2= = = ∴ = EXERCÍCIO RESOLVIDO Movimento concêntrico e transmissão no MCU Movimentos que possuem o mesmo centro são denominados movimentos concêntricos, como as mar- chas de uma bicicleta. As coroas e catracas de uma bicicleta com marchas constituem um exemplo de movimentos concêntricos (mesmo centro) e de transmissão de movimento circular por meio de uma corrente (coroa-catraca). Engrenagens 01 Engrenagens 02 12 3R F. C O M Movimentos concêntricos: Considere uma bici- cleta de 18 marchas, que possui 6 catracas e 3 coroas. Todos os pontos das 6 catracas giram com a mesma velocidade angular, pois elas possuem o mesmo eixo. O mesmo pode ser dito das 3 coroas. TRANSMISSÃO DE MCU POR CORREIA OU CORRENTE Nesse tipo de transmissão, se não houver desliza- mento, a correia ou a corrente que interliga as duas engrenagens ou polias possui a mesma velocidade linear, como na � gura a seguir: v v v v B A RA AB RB Logo: v v R RA B A A B B= → ω ⋅ = ω ⋅ Sendo a velocidade angular ω = 2 ∙ π ∙ f, temos: f R f RA A B B⋅ = ⋅ TRANSMISSÃO DE MCUPOR CONTATO DIRETO Nesse tipo de transmissão, uma roda toca a outra pe- rifericamente sem que haja deslizamento entre elas; com isso, possuem a mesma velocidade linear, caso comum entre engrenagens acopladas, como na � gura a seguir: A A B BEsquema simpli�cado de velocidade RA AB RB Observe que a relação entre as velocidades é a mesma do movimento anterior, porém o sentido de giro de uma das rodas é contrário ao da outra. TRANSMISSÃO DE MCU POR EIXO CONCÊNTRICO DE MOVIMENTO Nesse tipo de transmissão de MCU, polias, discos ou engrenagens, possuem movimentos concêntricos ligados ao mesmo eixo de rotação, conforme � gura. Assim, o sentido de giro, o período de rotação e a frequência dos discos são os mesmos, e as veloci- dades lineares de pontos distintos em suas periferias possuem valores diferentes, já que cada peça possui um raio distinto. 17 – Material do Professor DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 369 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco A B RA VA VB RB Logo: T T e f fA B A B= = v R v RA B A A B B ω = ω → = 2. UFPB – Em uma bicicleta, a transmissão do movimento das pedaladas se faz por meio de uma corrente, acoplando um disco dentado dianteiro (coroa) a um disco dentado traseiro (catraca), sem que haja deslizamento entre a cor- rente e os discos. A catraca, por sua vez, é acoplada à roda traseira, de modo que as velocidades angulares da catraca e da roda sejam as mesmas (ver a seguir � gura representativa de uma bicicleta). 0,5 m R4R roda coroa corrente catraca Em uma corrida de bicicleta, o ciclista desloca-se com ve- locidade escalar constante, mantendo um ritmo estável de pedaladas, capaz de imprimir no disco dianteiro uma velocidade angular de 4 rad/s, para uma con� guração em que o raio da coroa é 4R, o raio da catraca é R e o raio da roda é 0,5 m. Com base no exposto, conclui-se que a velocidade escalar do ciclista é a) 2 m/s. b) 4 m/s. c) 8 m/s. d) 12 m/s. e) 16 m/s. Resolução ωcoroa = 4 rad/s Rcoroa = 4R Rcatraca = R Rroda = 0,5 m Coroa e catraca possuem transmissão de MCU por corrente, logo suas velocidades lineares são iguais. vcoroa = vcatraca → ωcoroa ∙ Rcoroa = ωcatraca ∙ Rcatraca → → 4 ∙ 4R = ωcatraca ∙ R ∴ ωcatraca = 16 rad/s Roda e catraca possuem transmissão de MCU por eixo concêntrico, logo suas velocidades angulares são iguais. ωroda = ωcatraca → v R roda roda = ωcatraca → v 0,5 roda = 16 ∴ vroda = 8 m/s. Como a bicicleta se desloca com a velocidade da roda, a velocidade da bicicleta será de 8 m/s. EXERCÍCIO RESOLVIDO 18 – Material do Professor370 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 370 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco ROTEIRO DE AULA MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (MCU) Movimentos concêntricos Conectados por_______________________, ______________________ ou contato dire- to (como nas engrenagens), a velocidade __________________é a mesma para cada movimento. Conectados por eixos concêntricos, a ve- locidade __________________________ é a __________________ para cada movimento acoplado. Aceleração centrípeta ac = _________________ v²/R correia mesma corrente angular ω linear 19 – Material do Professor FÍ SI CA 1 A 371 DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 371 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco 1. Uerj – Para um teste, um piloto de caça é colocado em um dispositivo giratório. A partir de determinado instante, o dispositivo descreve um movimento circular e uniforme, com velocidade constante de 64,8 km/h. Admitindo que o raio da trajetória corresponde a 6 m, calcule, em m/s2, o módulo da aceleração a que está submetido o piloto. 2. Uece – Em uma obra de construção civil, uma carga de tijolos é elevada com o uso de uma corda que passa com velocidade constante de 13,5 m/s e sem deslizar por duas polias de raios de 27 cm e 54 cm. A razão entre a velocidade angular da polia grande e da polia menor é a) 3 b) 2 c) 2 3 d) 1 2 3. UFRGS-RS A � gura apresenta, esquematicamente, o sistema de transmissão de uma bicicleta convencional. A B R A B R P Na bicicleta, a coroa A conecta-se à catraca por meio da correia P. Por sua vez, B é ligada à roda traseira R, girando com ela quando o ciclista está pedalando. Nessa situação, supondo que a bicicleta se move sem deslizar, as magnitudes das velocidades angulares, ωA, ωB e ωR são tais que a) ωA < ωB = ωR b) ωA = ωB < ωR c) ωA = ωB = ωR d) ωA < ωB < ωB e) ωA > ωB = ωR 4. CPS-PR – Em um antigo projetor de cinema, o � lme a ser projetado deixa o carretel F, seguindo um caminho que o leva ao carretel R, onde será rebobinado. Os carretéis são idênticos e se diferenciam apenas pelas funções que realizam. Pouco depois do início da pro- jeção, os carretéis apresentam-se como mostrado na � gura, na qual observamos o sentido de rotação que o aparelho imprime ao carretel R. R F Neste momento, considerando as quantidades de � lme que os carretéis contêm e o tempo necessário para que o carretel R dê uma volta completa, é correto concluir que o carretel F gira em sentido a) anti-horário e dá mais voltas que o carretel R. b) anti-horário e dá menos voltas que o carretel R. c) horário e dá mais voltas que o carretel R. d) horário e dá menos voltas que o carretel R. e) horário e dá o mesmo número de voltas que o car- retel R. DE APLICAÇÃOEXERCÍCIOS Temos: V 5 18 m/s R 5 6 m Logo: a V R 18 6 54 m / sc 2 2 2= = = m/s2 Temos que a velocidade linear é a mesma para as duas polias. V VG M= ·R ·RG G M Mω = ω ω ω = = R R 27 54 G M M G 1 2 G M ω ω = Como a catraca B gira junto à roda R, ou seja, ambas completam uma volta no mesmo intervalo de tempo, elas possuem a mesma velocidade angular: ωB 5 ωR Como a coroa A se conecta à catraca B por meio de uma correia, os pontos de suas periferias possuem a mesma velocidade escalar, ou seja: VA = VB. Lembrando que: V r : V V r rA B A A B B= ω ⋅ = → ω ⋅ = ω ⋅ Como r r A B A B> ∴ ω < ω Fazendo a análise da situação, é correto concluir que o carretel F gira no mesmo sentido que o carretel R, ou seja, no sentido horário. Como se trata de um acoplamento tangencial, ambos têm a mesma velocidade linear, igual à velocidade linear da � ta. V VF R= 20 – Material do Professor372 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 372 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco 5. UEL-PR – Suponha que a máquina de tear industrial seja composta por 3 engrenagens (A, B e C), conforme � gura a seguir. A B C Suponha também que todos os dentes de cada en- grenagem são iguais e que a engrenagem A possui 200 dentes e gira no sentido anti-horário a 40 rpm. Já as engrenagens B e C possuem 20 e 100 dentes, respectivamente. Com base nos conhecimentos sobre movimento circu- lar, assinale a alternativa correta quanto à velocidade e ao sentido. a) A engrenagem C gira a 800 rpm e sentido anti-horário. b) A engrenagem B gira 40 rpm e sentido horário. c) A engrenagem B gira a 800 rpm e sentido anti-horário. d) A engrenagem C gira a 80 rpm e sentido anti-horário. e) A engrenagem C gira a 8 rpm e sentido horário. 6. Unifesp – Um avião, logo após a aterrissagem, está em movimento retilíneo sobre a pista horizontal, com sua hélice girando com uma frequência constante de 4 Hz. Considere que, em determinado intervalo de tempo, a velocidade escalar desse avião em relação ao solo é constante e igual a 2 m/s, que cada pá da hélice tem 1 m de comprimento e que π = 3. Calcule: a) a distância, em metros, percorrida pelo avião enquan- to sua hélice dá 12 voltas completas; b) o módulo da velocidade vetorial instantânea, em m/s, de um ponto da extremidade de uma das pás da hélice do avião, emrelação ao solo, em determinado instante desse intervalo. Temos: f 4 Hz ; V 2 m / s; l 1 m ; 3hel av hel= = = π = O tempo gasto pela hélice para realizar 12 voltas completas corres- ponde a: t 12T= t 12 1 f hel ∆ = Sendo T 1 f hel = o período de cada ciclo da hélice. Substituindo na equação os valores de parâmetros conhecidos, tem- -se que: t 12 f 12 4 3 s hel ∆ = = = A distância percorrida pelo avião no intervalo de tempo ∆t = 3s é: ∆S = Vav ⋅ ∆t = 2 ⋅ 3 = 6m A velocidade vetorial instantânea da extremidade de uma das hélices será uma composição da velocidade da extremidade da hélice relativa ao avião, Vt , e a velocidade do avião em relação ao solo, Vav : 2 f r 2 f rF F R R⋅ π ⋅ ⋅ = ⋅ π ⋅ ⋅ f r f rF F R R⋅ = ⋅ f f r r F R R F = Essa expressão � nal mostra que a frequência de rotação é inversa- mente proporcional ao raio. Como o carretel F tem maior raio, ele gira com menor frequência, ou seja, dará menos voltas por segundo que o carretel R. Sabemos que o sentido de giro das engrenagens A, B e C serão, respectivamente, anti-horário, horário e anti-horário. sentido de giro das engrenagens anti-horário A anti-horário C horário B Quanto à frequência de cada engrenagem, como elas estão acopladas por uma correia, a velocidade super� cial de cada uma delas deve ser igual entre si, sendo: V V VA B C= = 2 R f 2 R f 2 R fA A B B C C⋅ π ⋅ ⋅ = ⋅ π ⋅ ⋅ = ⋅ π ⋅ ⋅ Sabendo que os raios das engrenagens têm uma relação direta com o número de dentes que cada uma possui, podemos calcular as frequências de cada engrenagem com esse parâmetro. 2 R f 2 R f 2 R fA A B B C C⋅ π ⋅ ⋅ = ⋅ π ⋅ ⋅ = ⋅ π ⋅ ⋅ 200 40 20 f 100 fB c⋅ = ⋅ = ⋅ Portanto: f 200 · 40 20 400 rpmB = = f 200 · 40 100 80 rpmC = = 21 – Material do Professor 373 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 373 13/12/2018 16:00 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco 7. UFRGS-RS – A � gura a seguir representa um móvel m que descreve um movimento circular uniforme de raio R no sentido horário, com velocidade de módulo V. m R l Assinale a alternativa que melhor representa, respec- tivamente, os vetores velocidade V e aceleração a do móvel quando passa pelo ponto I, assinalado na � gura. a) b) c) d) e) 8. EBMSP-BA – A centrifugação de um tubo de ensaio, contendo uma amostra de sangue é um processo uti- lizado nos laboratórios de análises clínicas para sepa- rar plasma e soro de hemácias, sedimento de líquidos biológicos, entre outros. A etapa de centrifugação das amostras é muito importante na fase pré-analítica e deve ser conduzida com a frequência de rotação reco- mendada, no tempo certo, para reduzir riscos de falhas que podem levar à perda de amostras, gerando novas coletas, elevando o custo e causando impacto negativo sobre a satisfação do cliente. Considere um tubo de ensaio, contendo uma amostra de sangue, que se encontra a 15,0 cm do eixo central de uma centrífuga, girando com velocidade linear de 42,0 m/s, e determine: – o ângulo formado entre a direção do vetor velocidade linear e a direção do vetor aceleração da amostra; – a frequência de rotação da amostra em rpm – rotações por minuto. 9. UFRGS-RS – Em voos horizontais de aeromodelos, o peso do modelo é equilibrado pela força de sustentação para cima, resultante da ação do ar sobre as suas asas. Um aeromodelo, preso a um � o, voa em um círculo horizontal de 6 m de raio, executando uma volta com- pleta a cada 4 s. Sua velocidade angular, em rad/s, e sua aceleração cen- trípeta, em m/s2, valem, respectivamente, a) π e 6 π2 b) 2 π − e 3 2 2π − c) 2 π − e 4 2π − d) 4 π − e 4 2π − e) 4 π − e 16 2π − 10. UFU-MG – Filmes de � cção cientí� ca, que se passam no espaço sideral, costumam mostrar hábitats girató- rios que fornecem uma gravidade arti� cial, de modo que as pessoas se sintam como se estivessem na Ter- ra. Imagine um desses hábitats em um local livre da in� uência signi� cativa de outros campos gravitacionais, com raio de 1 km e com pessoas habitando a borda interna do cilindro. PROPOSTOSEXERCÍCIOS V V Vt av = + Vav Vav Vav Vav Vav Vt Vt V V Vt Vav Vav Vav Vav Vav P V Vt Vav= + <hel V , hel P Lembrando que o símbolo na segunda � gura representa um vetor perpendicular ao plano do papel, “saindo” desse plano. Da composição vetorial, conclui-se que: V V V2 t2 av2= + V V Vt2 av2= + A velocidade do avião Vav possui módulo conhecido e igual a 2 m/s. A velocidade Vt, ou melhor, o seu módulo, é obtido da seguinte forma: Vt = v ⋅ lhel = 2 ⋅ π ⋅ fhel ⋅ Ihel = 2 ⋅ 3 ⋅ 4 ⋅ 1 = 24 m/s. Substituindo-se os parâmetros conhecidos na equação do módulo da velocidade total, obtém-se: V 24 2 580 24,08 m/s2 2= + = = 22 – Material do Professor374 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 374 13/12/2018 16:00 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco Esse cenário, nessas condições, reproduz algo muito próximo à aceleração da gravidade de 10 m/s2 desde que a frequência com que o hábitat rotaciona seja, apro- ximadamente, de a) 2 rpm. b) 1 rpm. c) 20 rpm. d) 60 rpm. 11. EEAR-SP – Duas polias estão acopladas por uma cor- reia que não desliza. Sabendo-se que o raio da polia menor é de 20 cm e sua frequência de rotação f1 é de 3 600 rpm, qual é a frequência de rotação f2 da polia maior, em rpm, cujo raio vale 50 cm? a) 9 000 b) 7 200 c) 1 440 d) 720 12. Uespi – A engrenagem da � gura a seguir é parte do motor de um automóvel. Os discos 1 e 2, de diâmetros 40 cm e 60 cm, respectivamente, são conectados por uma correia inextensível e giram em movimento circular uniforme. Se a correia não desliza sobre os discos, a ra- zão ω1/ω2 entre as velocidades angulares dos discos vale disco 1 correia disco 2 a) 1/3 b) 2/3 c) 1 d) 3/2 e) 3 13. UFPR – Um ciclista movimenta-se com sua bicicleta em linha reta a uma velocidade constante de 18 km/h. O pneu, devidamente montado na roda, possui diâmetro igual a 70 cm. No centro da roda traseira, presa ao eixo, há uma roda dentada de diâmetro 7,0 cm. Junto ao pedal e preso ao seu eixo, há outra roda dentada de diâmetro 20 cm. As duas rodas dentadas estão unidas por uma corrente, conforme mostra a � gura. Não há deslizamento entre a corrente e as rodas dentadas. Supondo que o ciclista imprima aos pedais um movi- mento circular uniforme, assinale a alternativa correta para o número de voltas por minuto que ele impõe aos pedais durante esse movimento. Nesta questão, considere π = 3. a) 0,25 rpm b) 2,50 rpm c) 5,00 rpm d) 25,0 rpm e) 50,0 rpm 14. UFPR O raio da roda de uma bicicleta é de 35 cm. No centro da roda, há uma engrenagem cujo raio é de 4 cm. Essa engrenagem, por meio de uma corrente, é acionada por outra engrenagem com raio de 8 cm, movimentada pelo pedal da bicicleta. Um ciclista desloca-se fazendo uso dessa bicicleta, sendo gastos 2 s a cada três voltas do pedal. Assim, determine: Observação Represente a constante pi apenas por π. Não é ne- cessário substituir o seu valor numérico nos cálculos. a) a velocidade angular da engrenagem do pedal, em radianos por segundo; b) o valor absoluto da velocidade linear de um dos elos da corrente que liga a engrenagem do pedal à engre- nagem do centro da roda; 23 – Material do Professor 375 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 375 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco c) a distância percorrida pela bicicleta se o ciclista man- tiver a velocidade constante, nas condições citadas no enunciado do problema, durante 5 minutos. 15. UPF-RS – Recentemente, foi instalada, em Passo Fun- do, uma ciclovia para que a população possa andar de bicicleta. Imagine que, em um � nal de semana, pai e � lho resolveram dar uma volta, cada um com sua res- pectiva bicicleta, andando lado a lado, coma mesma velocidade. Admitindo-se que o diâmetro das rodas da bicicleta do pai é o dobro do diâmetro das rodas da bici- cleta do � lho, pode-se a� rmar que as rodas da bicicleta do pai, em relação às da bicicleta do � lho giram com a) o dobro da frequência e da velocidade angular. b) a metade da frequência e da velocidade angular. c) a metade da frequência e a mesma velocidade angular. d) a mesma frequência e a metade da velocidade angular. e) a mesma frequência e o dobro da velocidade angular. 16. Unesp – A � gura a seguir representa, de forma simpli- � cada, parte de um sistema de engrenagens que tem a função de fazer girar duas hélices, H1 e H2. Um eixo ligado a um motor gira com velocidade angular constan- te e nele estão presas duas engrenagens, A e B. Esse eixo pode se movimentar horizontalmente assumindo a posição 1 ou 2. Na posição 1, a engrenagem B acopla- -se à engrenagem C e, na posição 2, a engrenagem A acopla-se à engrenagem D. Com as engrenagens B e C acopladas, a hélice H1 gira com velocidade angular constante ω1 e, com as engrenagens A e C acopladas, a hélice H2 gira com velocidade angular constante ω2. Posição 1 Eixo ligado ao motor B B A A D D C C H1 H1 H2 H2 Eixo ligado ao motor Posição 2 Posição 1 Eixo ligado ao motor B B A A D D C C H1 H1 H2 H2 Eixo ligado ao motor Posição 2 Considere rA, rB, rC e rD os raios das engrenagens A, B, C e D, respectivamente. Sabendo que rB = 2 · rA e que rC = rD, é correto a� rmar que a relação 1 2 ω ω é igual a a) 1,0 b) 0,2 c) 0,5 d) 2,0 e) 2,2 17. Fuvest-SP – Uma criança com uma bola nas mãos está sentada em um “gira‐gira” que roda com velocidade angular constante e frequência f = 0,25 Hz. a) Considerando que a distância da bola ao centro do “gira‐gira” é 2 m, determine os módulos da velocida- de vT � �� e da aceleração a � da bola, em relação ao chão. Num certo instante, a criança arremessa a bola hori- zontalmente em direção ao centro do “gira‐gira”, com velocidade vR ��� de módulo 4 m/s, em relação a si. b) Determine, para um instante imediatamente após o lançamento, o módulo da velocidade U �� da bola em relação ao chão; 24 – Material do Professor376 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 376 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco c) o ângulo θ entre as direções das velocidades U �� e vR ��� da bola. Note e adote: π = 3 18. Unesp C2-H6 Um pequeno motor a pilha é utilizado para movimentar um carrinho de brinquedo. Um sistema de engrenagens transforma a velocidade de rotação desse motor na ve- locidade de rotação adequada às rodas do carrinho. Esse sistema é formado por quatro engrenagens, A, B, C e D, sendo que A está presa ao eixo do motor, B e C estão presas a um segundo eixo e D, a um terceiro eixo, no qual também estão presas duas das quatro rodas do carrinho. motor A B C D fM fR Nessas condições, quando o motor girar com frequên- cia fM, as duas rodas do carrinho girarão com frequên- cia fR Sabendo que as engrenagens A e C possuem 8 dentes, que as engrenagens B e D possuem 24 dentes, que não há escorregamento entre elas e que fM = 13,5 Hz, é correto a� rmar que fR, em Hz, é igual a a) 1,5 b) 3,0 c) 2,0 d) 1,0 e) 2,5 19. Enem C2-H6 A invenção e o acoplamento entre engrenagens revolu- cionaram a ciência na época e propiciaram a invenção de várias tecnologias, como os relógios. Ao construir um pequeno cronômetro, um relojoeiro usa o sistema de engrenagens mostrado. De acordo com a � gura, um motor é ligado ao eixo e movimenta as engrenagens fazendo o ponteiro girar. A frequência do motor é de 18 rpm, e o número de dentes das engrenagens está apresentado no quadro. Engrenagem Dentes A 24 B 72 C 36 D 108 Ponteiro Eixo motor Engrenagem B Engrenagem A Engrenagem C Engrenagem D A frequência de giro do ponteiro, em rpm, é a) 1 b) 2 c) 4 d) 81 e) 162 20. Enem C2-H6 Para serrar ossos e carnes congeladas, um açouguei- ro utiliza uma serra de � ta que possui três polias e um motor. O equipamento pode ser montado de duas formas diferentes, P e Q. Por questão de segurança, é necessário que a serra possua menor velocidade linear. Motor Polia 1 Polia 2 Polia 2 Polia 3 Serra de �ta Serra de �ta Polia 3 Correia Montagem P Montagem Q Correia Polia 1 Motor Por qual montagem o açougueiro deve optar e qual a justi� cativa dessa opção? a) Q, pois as polias 1 e 3 giram com velocidades linea- res iguais em pontos periféricos, e a que tiver maior raio terá menor frequência. b) Q, pois as polias 1 e 3 giram com frequências iguais, e a que tiver maior raio terá menor velocidade linear em um ponto periférico. c) P, pois as polias 2 e 3 giram com frequências diferen- tes, e a que tiver maior raio terá menor velocidade linear em um ponto periférico. d) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes veloci- dades lineares em pontos periféricos, e a que tiver menor raio terá maior frequência. e) Q, pois as polias 2 e 3 giram com diferentes veloci- dades lineares em pontos periféricos, e a que tiver maior raio terá menor frequência. ENEMESTUDO PARA O 25 – Material do Professor 377 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 377 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco FÍ SI CA 1 A 378 Dragster competindo. Dragster são veículos que podem ultrapassar a velocidade de 500 km/h, projeta- dos especialmente para corridas de curta distância na década de 1960, nos Estados Unidos. Todo esse movimento só é possível graças aos potentes motores utilizados. Para entender o porquê do movimento dos objetos, um dragster, por exemplo, es- tudaremos mais uma importante parte da mecânica, a Dinâmica. CONCEITOS DE FORÇA Dinâmica é a parte da mecânica que estuda o porquê do movimento dos corpos, suas causas e também suas alterações. Veremos que o objeto central da dinâmica é a força, que está diretamente relacionada com causas e alterações de estado de movimento e repouso. Mas o que é força? Força é o agente físico capaz de deformar um corpo, ou proporcionar um equilí- brio, ou provocar sobre este uma aceleração, de modo a alterar seu estado de movi- mento ou repouso. Trata-se de uma grandeza vetorial, logo, para ser completamente caracterizada, deve-se conhecer o seu módulo (intensidade), direção (horizontal, vertical, ...) e sentido (para a direita, para a esquerda, ...). A � gura a seguir ilustra o caráter vetorial de uma força. F Intensidade Sentido Direção F • Conceito de força • Tipos de força • Resultante de forças HABILIDADES • Reconhecer causas da variação de movimentos associadas a forças. • Aplicar as leis de Newton a situações que envolvam tração, força elástica e força normal. S C O TT FF 72 /1 23 R F INTRODUÇÃO À DINÂMICA19 26 – Material do Professor DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 378 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco FÍ SI CA 1 A 379 EFEITOS DA FORÇA É possível reconhecer a existência de forças pelos efeitos que elas produzem quando aplicadas a um corpo. Deformação A deformação é um dos efeitos causados pela força. Como exemplo: no salto com vara, a deformação do ma- terial é o fator crucial no lançamento do atleta para o alto. Salto com vara. Alteração da velocidade (aceleração) A força também pode modi� car a velocidade de um corpo, que é, precisamente, a de� nição de acele- ração, e essa alteração pode in� uenciar nas três ca- racterísticas do vetor velocidade (intensidade, direção e sentido). Mesmo que a intensidade da velocidade de um corpo permaneça inalterada, no caso do MCU, por exemplo, a mudança de direção do movimento implica a existência de uma resultante de forças não nulas agindo sobre o corpo. Equilíbrio O equilíbrio é outro efeito que resulta da atuação de forças. O iceberg � utua na água porque existe a atuação de uma forçade atração gravitacional (peso) e outra, de mesma intensidade e direção, porém sentido opos- to, em razão do deslocamento da água, denominado empuxo. Como as duas forças possuem a mesma in- tensidade, o iceberg � ca em equilíbrio. Empuxo Peso TIPOS DE FORÇA Todas as transformações no Universo derivam de quatro interações básicas: gravitacionais, eletromag- néticas, fracas e fortes. As duas últimas referem-se basicamente a interações que ocorrem no íntimo da matéria, enquanto as duas primeiras podem explicar praticamente tudo o que ocorre no universo perceptível. Ímas e planetas interagem com os materiais ao seu redor sem precisar haver o contato direto entre eles. Neste caso, as interações de campo magnético e campo gravitacional são conhecidas como ação a distância. Força peso A força de atração gravitacional, conhecida como força peso, é a forma mais simples de interação a dis- tância. Trata-se de uma força de interação entre o pla- neta, nesse caso, a Terra e qualquer massa que esteja no seu campo de atuação. A direção da força peso aponta para o centro do planeta, e o seu sentido está descrito na � gura a seguir. Outras forças podem ser classi� cadas como forças de contato. Dentre elas, destacam-se as forças de tra- ção e elástica (contato em um ponto) e as forças normal e de atrito (contato entre superfícies). JE FF H IN D S /S H U TT E R ST O C K P U K R U FU S /IS TO C K VA D IM S A D O V S K I/ S H U TT E R ST O C K PA T_ H A ST IN G S /S H U TT E R ST O C K 27 – Material do Professor DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 379 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco Força de tração A tração (T) é uma força de contato exercida nos corpos por meio de cordas, cabos ou barras, e pode ser representada por um par de forças iguais e contrárias que atuam no sentido do alongamento da corda. A tração pode ser medida em qualquer ponto do cabo por um dinamômetro (aparelho utilizado para medir força). T 37º T Força elástica A força de contato decorrente da interação entre uma mola e um agente externo, como um corpo preso a ela, é denominada força elástica. Trata-se de uma força de contato pontual, assim como a força de tração. Como exemplo, observe a � gura a seguir: um bloco em equilíbrio sobre uma superfície horizontal e encos- tado em uma mola presa à parede. m F À medida que o bloco é empurrado contra a parede por uma força externa ao sistema, a mola é comprimida e reage, aplicando uma força elástica sobre ele. Fe Força normal A força normal (N) é originada da interação entre as superfícies em contato, e sua direção é sempre perpendicular às superfícies. N A superfície aplica uma força normal sobre o bloco. O bloco aplica uma força normal sobre a superfície. N Força de atrito Por � m, a força de atrito (Fa) também é uma força de contato entre corpos, porém sua direção é paralela às superfícies que se tocam. Fa RESULTANTE DAS FORÇAS A força resultante (FR) ou resultante das forças cor- responde à soma vetorial de todas as forças aplicadas em um corpo. Exemplo: a criança, mostrada na imagem a seguir, desce o toboágua, a partir do repouso, em movimento acelerado. Isso acontece devido ao conjun- to de forças que atuam no corpo dela: peso, normal e atrito. A soma vetorial dessas forças determinam a resultante das forças aplicadas no corpo da criança. Ponte estaiada Qualquer corpo que realize um movimento com ace- leração está sujeito a uma resultante de forças que pode ser encontrada pela soma vetorial de todas as forças aplicadas nesse corpo. F1 F2 F3Fn + + +... FR Fi F1 F2 FnFR = i = 1 n FR = B IL D A G E N TU R Z O O N A R G M B H /S H U TT E R ST O C K 28 – Material do Professor380 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 380 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco 1. Sistema Dom Bosco-SP – Em um programa de auditório, o apresentador muito animado apresenta uma prova em que quatro participantes, A, B, C e D, terão, por determinado tem- po, de aplicar forças de módulos respectivamente iguais a FA = 60 N, FB = 80 N, FC = 50 N e FD = 120 N, sobre uma caixa, a � m de ver qual participante terá vantagem sobre os demais. Analisando a � gura a seguir, que representa as forças aplicadas pelos participantes sobre o objeto, pode-se a� rmar que o módulo da força resultante FR sobre a caixa será, em Newtons: Dado: As forças são perpendiculares entre si. ��� FA ��� FC ��� FD ��� FB a) 53 b) 10 49 c) 49 d) 10 49 e) 90 Resolução Como as forças são perpendiculares, podemos adotar o sistema de eixos descrito na � gura a seguir. ��� FB ��� FD ��� FA ��� FC y x Na vertical: Fy = FD – FC → Fy = 120 – 50 → Fy = 70 N Na horizontal: Fx = FB – FA → Fx = 80 – 60 → Fx = 20 N FyFR A resultante será: FR² = Fx² + Fy² → → = + =F 70 20 5 300R 2 2 ∴ =F 10 53 NR 2. Sistema Dom Bosco-SP – Na � gura a seguir, duas forças de mesma intensidade F agem sobre uma partícula. Sendo u = 60º, pode-se concluir que a força resultante FR sobre a partícula corresponde a Dado: sen(60°) = 3 2 ; cos(60°) = 1 2 60º F1 F2 a) F 2 b) F 3 c) 1 2 F d) 3 2 F e) F Resolução Pela regra do paralelogramo para soma de vetores, temos: 60º F1 F2 FR ² = F1² + F2² + 2 ∙ F1 ∙ F2 ∙ cos (u) FR ² = F² + F² + 2 ∙ F ∙ F ∙ 1 2 = 3 · F² ∴ = ⋅F F 3R EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 29 – Material do Professor 381 FÍ SI CA 1 A 381 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 381 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco ROTEIRO DE AULA FÍ SI CA 1 A 382 FORÇA TIPOS DE FORÇA Pode levar a situações de equilíbrio. Representação de todas as forças aplicadas em um corpo. Tração Normal Elástica INTRODUÇÃO À DINÂMICA Grandeza vetorial Altera de corpos. Fruto de interação entre Deforma corpos. velocidade corpos ou sistemas Força resultante Peso Atrito 30 – Material do Professor DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 382 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco 1. UFJF-MG/PISM – A � gura a seguir mostra um garoto balançando numa corda, passando pelo ponto A no senti- do anti-horário. Um observador, parado no solo, observa o garoto e supõe existir quatro forças atuando sobre ele neste momento. A O Do ponto de vista desse observador, quais forças a seguir estão, de fato, atuando sobre o garoto na po- sição A? 01) Uma força vertical para baixo, exercida pela Terra. 02) Uma força apontando de A para O, exercida pela corda. 03) Uma força na direção do movimento do garoto, exercida pela velocidade. 04) Uma força apontando de O para A, exercida pelo garoto. a) Somente as a� rmativas 1, 2 e 3 estão corretas. b) Somente as a� rmativas 1, 2 e 4 estão corretas. c) Somente as a� rmativas 2 e 3 estão corretas. d) Somente as a� rmativas 1 e 2 estão corretas. e) Somente as a� rmativas 1, 3 e 4 estão corretas. 2. Uece-CE – Suponha que um taco de sinuca está esco- rado em uma parede vertical, formando um ângulo de 80° com o piso, supostamente horizontal. Considere desprezível o atrito entre o taco e a parede vertical, e assuma que não há deslizamento entre o taco e o piso. Se o taco está em equilíbrio estático, pode-se a� rmar corretamente que a força exercida pela parede no taco a) forma um ângulo de 80° com o piso. b) forma um ângulo de 80° com a parede. c) é perpendicular à parede. d) é tangente à parede. 3. IFCE – Se cada quadrado, na � gura a seguir, tem lado correspondente a 1 N, qual é o módulo do vetor resul- tante das forças? 4. Uerj – A imagem a seguir ilustra uma bola de ferro após ser disparada por um canhão antigo. Desprezando-se a resistência do ar, o esquema que melhor representa as forças que atuam sobre a bola de ferro é: a)c) b) d) DE APLICAÇÃOEXERCÍCIOS As forças que atuam no garoto são: a força peso (P) e a de tração (T), conforme � gura a seguir: P P O Como não há forças dissipativas, após o lançamento, a única força que atua na bola é a força peso, vertical e para baixo. A parede exerce uma força de contato no taco denominada força nor- mal, sendo esta perpendicular à superfície de contato. Utilizando a regra da poligonal, temos: FR² = 5² + 5² = 25 + 25 = 50 = ∴ = ⋅F 50 F 5 2 NR R 31 – Material do Professor 383 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 383 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco 5. Uern – Antes de empurrar uma estante apoiada em uma superfície plana de uma sala, uma pessoa decide retirar os livros do seu interior. Dessa maneira, a força que vai reduzir, juntamente com o atrito, durante o des- locamento do móvel, é conhecida como força a) normal. b) elástica. c) de tração. d) centrípeta. 6. UFRGS-RS (adaptado) – Um estudante movimenta um bloco homogêneo de massa M sobre uma superfície horizontal, com forças de mesmo módulo F, conforme representa a � gura a seguir. F F F d d d X Y Z M M M Em X, o estudante empurra o bloco; em Y, o estudante puxa o bloco; em Z, o estudante empurra o bloco com força paralela ao solo. Em qual � gura, X, Y ou Z, a força normal exercida pela superfície é, em módulo, igual ao peso do bloco? 7. FGV-SP – Leia o texto para responder à questão a seguir. Criança feliz é aquela que brinca, fato mais do que com- provado na realidade do dia a dia. A brincadeira ativa, a que faz gastar energia, que traz emoção, traz também felicidade. Mariana é uma criança que foi levada por seus pais para se divertir em um parquinho infantil. Inicialmente, Mariana foi se divertir no balanço. Solta, do repouso, de uma certa altura, ela oscilou entre dois extremos elevados, a partir dos quais iniciou o retorno até o extremo oposto. Imagine-a no extremo da direita como na � gura. Desconsiderando o seu tamanho, bem como o do ba- lanço, e imaginando apenas um cabo sustentando o sistema, o correto esquema das forças agentes sobre ela nessa posição, em que cada seta representa uma força, é o da alternativa a) b) c) d) e) 8. UTFPR (adaptado) – Analise as alternativas e marque a única que apresenta apenas grandezas físicas vetoriais. a) Comprimento, aceleração, massa e temperatura. b) Força, tempo, energia e velocidade. c) Deslocamento, velocidade e peso. d) Peso, deslocamento, massa e aceleração. e) Temperatura, velocidade, massa e peso. PROPOSTOSEXERCÍCIOS Ao retirar os livros, reduz-se a força de compressão sobre o móvel que é a força normal, sempre perpendicular à superfície. Analisando a � gura, observamos que, em X e Y, a força F pode ser decomposta em Fx e Fy. Em X, haverá uma compressão maior ao bloco, assim a força normal (N) será maior que o peso (P) e, em Y, haverá uma descompressão atuando no bloco devido à Fy; com isso, a normal será menor que o peso. Logo, a única situação em que normal e peso são de módulos iguais é em Z. Fv Fv Fh Fh F F F P P P N X Y Z N N 32 – Material do Professor384 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 384 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco 9. Sistema Dom Bosco Fy (N) 0 2 4 6 8 10 12 0 2 4 6 Fx (N) O vetor força aplicado a um objeto pode ser desenhado como mostra a � gura. Contudo, qual é o módulo da força aplicada F nesse objeto? 10. IFSul-RS Em Física, há duas categorias de grandezas: as escalares e as vetoriais. As primeiras caracterizam-se apenas pelo valor numérico, acompanhado da unidade de medida. Já as segundas requerem um valor numérico acompanhado da respectiva unidade de medida, denominado módulo ou intensidade, e de uma orientação, isto é, uma direção e sentido. HELOU, R.; BISCUOLA, G. J.; BÔAS, N. V. Tópicos de Física. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. v. 1. p. 96. Com base no texto e em seus conhecimentos a res- peito das categorias de grandezas físicas, as grandezas vetoriais aparecem apenas em a) massa, aceleração e comprimento. b) peso, aceleração e temperatura. c) força, aceleração e impulso. d) força, energia e trabalho. 11. PUCCamp-SP (adaptado) – Alguns relógios utilizam-se de um pêndulo simples para funcionarem. Um pêndulo simples é um objeto preso a um � o que é colocado a oscilar, de acordo com a � gura a seguir. Desprezando-se a resistência do ar, esse objeto estará sujeito à ação de duas forças: o seu peso e a tração exercida pelo � o. Enquanto o pêndulo oscila, o que pode se a� rmar da tração exercida pelo � o em relação ao peso no ponto mais baixo da trajetória? 12. UPF-RS Um estudante de Física aplica uma força F sobre um livro que está em cima de uma mesa, conforme es- quema apresentado na � gura. Lembrando-se da aula de Mecânica, ele começa a fazer algumas conjecturas sobre as relações entre as forças que atuam nesse livro. Considerando um movimento de velocidade constante, qual das alternativas a seguir expressa de forma mais adequada a relação entre essas forças? FAT N F P a) F , FAT e P 5 N. b) F . FAT e P . N. c) F 5 FAT e P 5 N. d) F . FAT e P , N. e) F , FAT e P , N. 13. CPS-SP – Rasgando a terra, tal como a proa de um navio corta as águas, o arado em forma de cunha é uma ferramenta agrícola utilizada para revolver a terra, preparando-a para o cultivo. Para utilizá-lo, é necessária a tração de um animal. Enquanto ele é puxado pelo ani- 33 – Material do Professor 385 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 385 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco mal, uma pessoa segura seus dois manetes, orientando o movimento do arado. manete manete lâminas montadas em formato de cunha engate para os arreios do animal Na � gura, pode-se notar o ângulo que as lâminas for- mam entre si, assim como o engate onde os arreios são � xados. Quando o arado representado na � gura é engatado a um animal e esse animal se desloca para frente, os vetores que representam as direções e sen- tidos das forças com que as lâminas do arado empur- ram a terra, quando ele está em uso, estão mais bem representados em Desconsidere a ação do atrito entre as lâminas e a terra. a) b) c) d) e) 14. CPS-SP – Leia os textos para responder à questão a seguir. Os moinhos de vento – utilizados para moer grãos ou bombear água – são bons exemplos do emprego da ener- gia eólica. No trecho da narrativa Dom Quixote de La Man- cha, livro escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes, o herói Dom Quixote enfrenta uma batalha contra moinhos. Depois de cavalgarem algumas horas, chegaram a um grande campo onde se viam entre trinta e quarenta moi- nhos de vento. — A sorte vem nos guiando melhor do que poderíamos desejar — disse Dom Quixote, segurando seu cavalo. — Vê meu fi el Sancho: diante de nós, estão mais de trinta insolentes gigantes a quem penso dar combate e matar um por um. Com seus 1despojos, iniciaremos nossa riqueza, além de arrancar essas sementes ruins da face da terra. Essa é a ordem de Deus que devemos cumprir. — Que gigantes? — perguntou Sancho Pança, que por mais que examinasse o terreno só via os inocentes moi- nhos de vento agitando suas pás vagarosamente. — Aqueles que ali vês – respondeu o amo. — Têm os braços tão longos que alguns devem medir mais de duas léguas... — Olhe bem, Vossa Mercê — contestou Sancho. — Aquilo não são gigantes e sim moinhos de ventos, e o que pa- recem braços são as pás que, movidas pelo vento, fazem girar a pedra que mói os grãos. — Bem se vê que não tens prática nessas aventuras. São gigantes, e, se tens medo, afasta-te daqui. O melhor é que fi ques rezando enquanto me atiro a essa feroz e desigual batalha. E, dizendo isso, 2esporeou o pangaré sem dar ou-vidos ao escudeiro, certo de que combatia ferozes gigantes. — Não fujais, covardes e 3abjetas criaturas! Sois atacadas por somente um cavaleiro! Enquanto galopava contra o primeiro moinho, o vento aumentou de intensidade, fazendo girar as pás com mais velocidade. — Não adianta agitar os braços. Havereis de me pagar! — gritou, atirando-se contra o “inimigo” mais próximo, en- comendando-se de todo coração à sua senhora Dulcineia. Foi a conta. Ao cravar a lança numa das pás do moinho, a força do impacto reduziu-a em pedaços, atirando longe cavalo e cavaleiro. Sancho Pança acorreu em socorro, seu alquebrado jumento troteando grotescamente. — Valha-me Deus! — disse Sancho. — Não vos avisei que olhásseis bem para o que íeis fazer? Que eram moinhos e não gigantes? Como é que alguém pode-se enganar assim? CERVANTES, Miguel. Dom Quixote: o cavaleiro da triste � gura. Tradução e adaptação de João Angeli. São Paulo: Scipione, 2007. Vocabulário 1Despojo: sobras de guerra ou bens de conquista adquiri- dos após o guerreiro ter vencido a guerra. 2Esporear: picar o cavalo com as esporas para que ele ande; estimular, incitar. 3Abjeta: pessoa que merece desprezo; sujeito desprezível. Suponha que, ao atacar o moinho, Dom Quixote, em- punhando sua lança ortogonalmente ao plano das pás, tenha cravado a ponta de sua lança no ponto P, sobre uma das pás que girava de acordo com o sentido indi- cado pela � gura. 34 – Material do Professor386 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 386 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco P Considerando que, no momento em que o moinho so- fre o ataque, as pás estão na posição conforme indica a � gura, a direção e o sentido da força exercida pela pá do moinho sobre a ponta da lança estão mais bem indicadas pelo vetor a) P b) P c) P d) P e) P 15. Sistema Dom Bosco – O grá� co a seguir representa as forças F1 e F2 aplicadas em um ponto material. F1 F2 1N 1N Qual é o módulo do vetor resultante F? 16. Sistema Dom Bosco – Em uma superfície curva, um bloco desliza sem atrito, de cima para baixo. Qual das opções a seguir melhor representa todas as forças que atuam sobre o bloco? a) P N c) P N b) N P d) N P 17. UFR-RJ – Um homem está puxando uma caixa sobre uma superfície, com velocidade constante, conforme indicado na � gura 1. Escolha, dentre as opções a seguir, os vetores que poderiam representar as resultantes das forças que a superfície exerce na caixa e no homem. Figura 1 superfície na caixa superfície no homem superfície na caixa superfície no homem a) d) b) e) c) 35 – Material do Professor 387 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 387 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco 18. Fuvest-SP C5-H17 O grá� co a seguir representa a força F exercida pela musculatura eretora sobre a coluna vertebral, ao se levantar um peso, em função do ângulo f, entre a dire- ção da coluna e a horizontal. Ao se levantar pesos com postura incorreta, essa força pode se tornar muito gran- de, causando dores lombares e problemas na coluna. F 0 70 (graus) Com base nas informações dadas e no grá� co anterior, foram feitas as seguintes a� rmações: I. Quanto menor o valor de f, maior o peso que se consegue levantar. II. Para evitar problemas na coluna, um haltero� lista deve procurar levantar pesos adotando postura cor- poral cujo ângulo f seja grande. III. Quanto maior o valor de f, menor a tensão na mus- culatura eretora ao se levantar um peso. Está correto apenas o que se a� rma em a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III. 19. Cefet-MG C5-H17 Um esqueitista desce uma rampa curva, conforme mostra a ilustração a seguir Após o garoto se lançar horizontalmente, em movi- mento de queda livre, a força peso, em determinado instante, é representada por a) d) b) e) c) 20. CPS-SP C5-H17 Manuel Bandeira dá ritmo e musicalidade ao seu poe- ma Trem de Ferro, imitando os sons produzidos por um trem. Café com pão Café com pão Café com pão Virge Maria que foi isso maquinista? Agora sim Café com pão Agora sim Voa, fumaça Corre, cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Que eu preciso Muita força Muita força Muita força (trem de ferro, trem de ferro) Oô... Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passa pasto Passa boi Passa boiada Passa galho Da ingazeira Debruçada No riacho Que vontade De cantar! (...) Disponível em: <http://tinyurl.com/k78cyrf>. Acesso em: 31 jul. 2014. No poema, o referencial escolhido por Manuel Bandei- ra, de acordo com a Física Clássica, não é ideal, pois interpretamos forças (falsas) em alguns objetos que de fato não a sofrem. Suponha que a estrada de ferro é retilínea e que a força que move o trem refere-se a uma força resultante e diferente de zero. Tendo como referencial o foguista, sentado em sua cadeira na cabine da locomotiva, deve-se interpretar o trem em ____________________ e o poste citado no verso “passa poste” em ____________________. As expressões que completam corretamente a frase anterior, na ordem em que aparecem, são a) repouso – movimento com velocidade variável. b) repouso – movimento com velocidade constante. c) movimento com velocidade variável – repouso. d) movimento com velocidade constante – repouso. e) movimento com velocidade variável – movimento com velocidade variável. ENEMESTUDO PARA O 36 – Material do Professor388 FÍ SI CA 1 A DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 388 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco FÍ SI CA 1 A 389 12 • Conceito de inércia • Princípio da inércia ou primeira lei de Newton HABILIDADES • Aplicar as leis de Newton a situações diversas. • Avaliar os efeitos da inércia no movimento ou no repouso. O artigo 65 do código de trânsito brasileiro diz: É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN. Independentemente da lei, existem algumas boas razões para o uso do cinto de segurança: ele é simples, fácil de usar e não traz desconforto; evita que o passa- geiro seja arremessado para fora do veículo em uma colisão ou que se choque com as partes internas do veículo; reduz o risco de morte em 50%; é muito e� caz em colisões leves, sendo que 70% das colisões em trânsito ocorrem com velocidade inferior a 50 km/h; 80% das mortes dos passageiros do banco dianteiro são causadas por passageiros do banco traseiro que foram arremessados em uma colisão, por estarem sem o cinto de segurança. En� m, redução de força de impacto, proteção às mulheres grávidas e ao feto e prevenção a traumatismo craniano são outras vantagens do uso do cinto de segu- rança. Logo, como mencionado anteriormente, independentemente da lei, o uso do cinto é fundamental. E a inércia? O que ela tem a ver com toda essa situação? Conceitos de força Há milhares de anos, o ser humano se pergunta por que os corpos se movem e o que os faz parar. A LE X LM X /IS TO C K P H O TO 20PRIMEIRA LEI DE NEWTON 37 – Material do Professor DB_PV_2019_FIS1A_M17_24.indd 389 12/12/18 17:59 Material exclusivo para professores conveniados ao Sistema de Ensino Dom Bosco Para Aristóteles e os gregos antigos, o estado natu- ral dos corpos era o repouso. Uma força era necessária para tirá-los desse estado e, quando ela deixava de atuar, o movimento cessava e os corpos voltavam a seu estado natural. Essa concepção sobre os movimentos, aceita durante séculos, estava errada. Os movimentos
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