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Assistência de Enfermagem em Afecções do Sistema Endócrino e Hormonal Prof.ª. Esp. Camila Holanda Sistema Endócrino • O sistema endócrino é formado por um grupo de órgãos (denominados glândulas de secreção interna) cuja tarefa principal é produzir e segregar hormônios para a circulação sanguínea. • A função dos hormônios consiste em atuar como mensageiros, de forma que se coordenem as atividades de diferentes partes do organismo. 2 • Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo. O hipotálamo, um grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas. • As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo: hipófise, tireoide e paratireoides, timo, suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais. 3 4 Diabetes Mellitus 5 Diabetes Mellitus • O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. • Ela altera o metabolismo do açúcar, da gordura e da proteínas. 6 • A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. • A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia. 7 • Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros. • O diabetes apresenta alta morbimortalidade, com perda importante na qualidade de vida. 8 • O Diabetes Mellitus configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindo-se em grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. • O envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência do diabetes em todo o mundo. 9 Classificação • Diabetes tipo 1 • Destruição de células pancreáticas por processo auto – imune (anteriormente conhecido como diabetes juvenil), que compreende cerca de 10% do total de casos. • Essa forma de diabetes é resultado da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico, ou seja, pela formação de anticorpos pelo próprio organismo contra as células, beta levando a deficiência de insulina. 10 • O quadro clínico mais característico é de um início relativamente rápido (alguns dias até poucos meses) de sintomas como: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza. • Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma. Esse quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética e necessita de internação para tratamento. 11 • Diabetes tipo 2 • Nesta forma de diabetes está incluída a grande maioria dos casos (cerca de 90% dos pacientes diabéticos). Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica. • Isso vai levar a um aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes. 12 • A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas - sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros - podem demorar vários anos até se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma. • Há geralmente associação com aumento de peso e obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. 13 • Diabetes Gestacional • Atenção especial deve ser dada ao diabetes diagnosticado durante a gestação. A ele é dado o nome de Diabetes Gestacional. Pode ser transitório ou não e, ao término da gravidez, a paciente deve ser investigada e acompanhada. • Causada devido os hormônios secretados pela placenta inibirem a ação da insulina. Sua etiologia ainda não está esclarecida é o que, em geral, é um estágio pré-clínico de diabetes, detectado no rastreamento pré-natal. 14 Sinais e Sintomas • Os sintomas clássicos de diabetes são os “4 Ps”: • Poliúria (urina em excesso), • Polidipsia (sede excessiva), • Polifagia (fome excessiva) e • Perda involuntária de peso. 15 • Outros sintomas que levantam a suspeita clínica são: fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, e infecções de repetição. • Os sintomas e as complicações tendem a aparecer de forma rápida no diabetes tipo 1 e podem estar ausentes ou aparecer gradualmente no diabetes tipo 2. • Entretanto, o diabetes é assintomático em proporção significativa dos casos, a suspeita clínica ocorrendo então a partir de fatores de risco para o diabetes. 16 Diagnóstico • Resumidamente, os testes laboratoriais mais comumente utilizados para suspeita de diabetes ou regulação glicêmica alterada são: • Glicemia de jejum: nível de glicose sanguínea após um jejum de 8 a 12 horas; 17 • Teste oral de tolerância à glicose (TTG-75g): O paciente recebe uma carga de 75 g de glicose, em jejum, e a glicemia é medida antes e 120 minutos após a ingestão; • Pessoas cuja glicemia de jejum situa-se entre 110 e 125 mg/dL (glicemia de jejum alterada), por apresentarem alta probabilidade de ter diabetes, podem requerer avaliação por TTG- 75g em 2h. • Glicemia casual (capilar): tomada sem padronização do tempo desde a última refeição. 18 Tratamento • O tratamento de diabetes tem como objetivo controlar a glicose presente no sangue do paciente evitando que apresenta picos ou quedas ao longo do dia. • Diabetes Tipo 01 • Os pacientes com diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. 19 • A insulina deve ser aplicada diretamente no tecido subcutâneo logo abaixo da pele, e os principais locais para administração são: abdômen, coxa, braço, região da cintura. • Diabetes tipo 2 • Pode ser feito com a ingestão de remédios hipoglicemiantes que ajudam a controlar a produção e a secreção de insulina pelo pâncreas. Alguns exemplos destes remédios são sulfonilureias, glinidas e inibidores da alfa- glicosidase. 20 • Seguir uma dieta adequada e praticar exercícios também é essencial para o controle da diabetes tipo 2. • Diabetes Gestacional • Pode ser feito com uma dieta com baixo teor de açúcar, gordura e carboidratos, prática regular de exercícios físicos e em alguns casos, o uso de insulina, sendo importante para diminuir o risco da permanência da diabetes após o nascimento do bebê. 21 Complicações 22 Cuidados de Enfermagem • Orientar e educar a população saudável a manter hábitos de vida que diminuam o risco de adquirir o Diabetes Tipo II, como por exemplo, manutenção de uma dieta adequada, realização de exercícios físicos, parar de fumar, realização de exames periódicos. • Monitorar o paciente e educar quanto ao tratamento farmacológico prescritos. 23 • Educar e monitorar o paciente em uso de insulinoterapia, demonstrar a aplicação da insulina, fornecer esquema de rodízio ao paciente, instruir sobre como se faz a aspiração das unidades de insulinae mesmo as complicações que podem ocorrer nos locais onde se aplica insulina, bem como o armazenamento, conservação e transporte. • Monitorar frequentemente a glicemia capilar (principalmente nos casos de estresse extremo, como por exemplo, nos pré e pós-operatórios). 24 • Coletar dados do paciente sobre o esquema terapêutico que utiliza em domicílio e sempre registrar informações no prontuário. • Interagir com a família do diabético para que a mesma compreenda certas manifestações do paciente e a correlação com a doença. • Orientar quanto à higiene e cuidados com a pele, orientar o paciente para que realize em casa e nos casos de pacientes hospitalizados realizar os cuidados; 25 Hipertireoidismo e Hipotireoidismo • 26 Definição • O hipertireoidismo é um problema no qual a glândula tireoide produz hormônios em excesso, o que impacta em diversas funções do organismo. A glândula é hiperativa, ou seja, trabalha em excesso. • Já o hipotireoidismo, é o quadro em que a tireoide não produz hormônios suficientes para regulação do organismo. 27 Causas • Ingestão excessiva de iodo. • Doença de Graves (responsável pela maioria dos casos de hipertireoidismo). • Inflamação da tireoide (tireoidite) devido a infecções virais ou outros motivos – como a tireoidite após o parto. • Tumores não-cancerígenos da tireoide ou da glândula pituitária. • Superdosagem de hormônio da tireoide. • Tumores nos testículos ou ovários. 28 Sinais e Sintomas • Perda de peso repentina, mesmo alimentando- se da mesma forma de sempre. • Taquicardia (mais de 100 batimentos cardíacos por minuto), arritmia e palpitações. • Aumento no apetite. • Ansiedade, irritabilidade e nervosismo. • Tremor nas mãos e nos dedos. • Suor excessivo (sudorese). • Intolerância ao calor. 29 30 Tratamento • Existem diversos tipos de tratamento para hipertireoidismo, que dependem da causa da doença e da gravidade dos sintomas. • Medicamentos antitireoidianos. Essas drogas diminuem a quantidade de hormônio produzido pela tireoide. A droga mais utilizada é o metimazol. • Retirada cirúrgica da tireoide. 31 • A crise de tireoide (tireotoxicose), também chamada “tempestade” tireoidiana, é uma piora nos sintomas do hipertireoidismo devido a uma infecção ou estresse. • Febre, baixo nível de atenção e dor abdominal podem ocorrer. A internação imediata é necessária. • O hipertireoidismo geralmente pode ser tratado e raramente oferece risco de morte. Algumas de suas causas podem ser controladas mesmo sem tratamento, mas requerem sempre o acompanhamento médico. 32 Fim!!! 33
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