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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Estágio Básico em Psicopatologia TDE: 29/09/20 Gabriele Oliveira Rodrigues Escolham um dos dois casos - caso TDE e façam hipótese diagnóstica com critérios e diagnóstico diferencial, podem fazer em duplas. Caso: Maria Greco, 23 anos. Hipótese diagnóstica: Transtorno de Pânico. Critérios Diagnósticos 300.01 (F41.0) A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados. A paciente relatou um total de cinco ataques dessa natureza nos três meses anteriores, sendo que o pânico ocorrera no trabalho, em casa e enquanto estava dirigindo. Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas: (...) queixas agudas de palpitações1, falta de ar4, sudorese2, tremores3 e medo13 de que estava prestes a morrer. Cada um desses eventos teve início rápido. Os sintomas chegaram ao ápice em minutos, deixando-a assustada, exausta e totalmente convencida de que havia recém tido um ataque cardíaco. Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado calmo ou de um estado ansioso. 1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia. 2. Sudorese. 3. Tremores ou abalos. 4. Sensações de falta de ar ou sufocamento. 5. Sensações de asfixia. 6. Dor ou desconforto torácico. 7. Náusea ou desconforto abdominal. 8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio. 9. Calafrios ou ondas de calor. 10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento). 11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo). 12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”. 13. Medo de morrer. Nota: Podem ser vistos sintomas específicos da cultura (p. ex., tinido, dor na nuca, cefaleia, gritos ou choro incontrolável). Esses sintomas não devem contar como um dos quatro sintomas exigidos. B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes características: 1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências (p. ex., perder o controle, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”). Ela desenvolveu um medo persistente de ter outros ataques(...) 2. Uma mudança de adaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques (p. ex., comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas). Ela desenvolveu um medo persistente de ter outros ataques o que a levou a tirar vários dias de folga, a evitar exercícios, dirigir e beber café́. (...) Passou a evitar relacionamentos sociais. C. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares). As avaliações médicas realizadas logo após esses episódios revelaram achados normais nos exames físicos, sinais vitais, resultados laboratoriais, exames toxicológicos e eletrocardiogramas. D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., os ataques de pânico não ocorrem apenas em resposta a situações sociais temidas, como no transtorno de ansiedade social; em resposta a objetos ou situações fóbicas circunscritas, como na fobia específica; em resposta a obsessões, como no transtorno obsessivo-compulsivo; em resposta à evocação de eventos traumáticos, como no transtorno de estresse pós-traumático; ou em resposta à separação de figuras de apego, como no transtorno de ansiedade de separação). (não, pois ocorre em situações e ocasiões diversas, até mesmo durante o sono, sem nenhum motivo ou causa aparente) Diagnóstico Diferencial Os possíveis diagnósticos diferenciais descritos no DSM-V, a meu ver, não faziam o mínimo sentido para a paciente, não havia critérios nem sintomas que se encaixassem. No entanto, consegui enxergar algumas possibilidades no TEPT. Transtorno de Estresse Pós-traumático, com expressão tardia: A paciente mantém todos os critérios para o diagnostico de Transtorno de Pânico e muito pouca informação para TEPT. Porém, devido a seu histórico com relação a sua mãe, seria compreensível se ela apresentasse sintomas que talvez não queira contar, talvez por medo de ter o mesmo problema da mãe (explicaria também ela insistir tanto em um diagnostico somático, como no caso do ataque cardíaco) ou por não fazer uma ligação entre os eventos e achar irrelevante. Em um acompanhamento seria interessante investigar essa possibilidade.
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