Ensino de História e Cultura Indígena em Sala de Aula

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UNIGRAN - CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
CURSO DE GEOGRAFIA
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA AFRO - BRASILEIRA E DAS SOCIEDADES INDÍGENAS
MORGANE APARECIDA TREVISOL FERREIRA
ATIVIDADE I 
	
Dourados
2021
1- Aponte possíveis temas para o ensino de história e cultura indígena (Lei 11.645/08) em sala de aula. 
	Alguns temas pertinentes seriam: Formação da nação brasileira, os indígenas brasileiros, a História da África e dos africanos , a luta das pessoas negras e índias no Brasil, os movimentos sociais no Brasil e Diversidade cultural. 
2- Conforme seus conhecimentos e análise do texto, explique sobre a relevância da Lei 11.645/08 para o ensino de História. 
Para o ensino de cultura e História afro-brasileira e indígena, essa lei propõe ações valorizar o ensino de cultura e história afro-brasileira, evidenciando, assim, as especificidades e complexidades das sociedades africanas e indígenas, e como esses grupos (pessoas escravizadas trazidas do continente africano e povos nativos do Brasil) influenciaram na formação da cultura brasileira. 
É importante desmistificar as visões racistas construída ao longo dos anos de forma informar na população brasileira. É necessário mostrar as contribuições que esses povos trouxeram para a história do Brasil. 
3- Leia o Poema:
Quem são estes desgraçados 
Que não encontram em vós 
Mais que o rir calmo da turba 
Que excita a fúria do algoz? 
Quem são? Se a estrela se cala, 
Se a vaga à pressa resvala 
Como um cúmplice fugaz, 
Perante a noite confusa... 
Dize-o tu, severa Musa, 
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto, 
Onde a terra esposa a luz. 
Onde vive em campo aberto 
A tribo dos homens nus... 
São os guerreiros ousados 
Que com os tigres mosqueados 
Combatem na solidão. 
Ontem simples, fortes, bravos. 
Hoje míseros escravos, 
Sem luz, sem ar, sem razão. . 
(Navio negreiro- Castro Alves)
O trecho do poema acima citado refere-se:
a) Ao comércio de ouro no continente africano.
b) Ao movimento bélico-religioso denominado Cruzadas.
c) Aos africanos trazidos para serem escravizados na América.
d) À forma pela qual os europeus conseguiam adquirir metais preciosos em solo africano.
4- Elisa Larkin Nascimento (2001, p. 120) ao narrar sobre o continente africano diz que “a carga negativa que esse continente possui no imaginário social brasileiro subsidia e fundamenta os estereótipos racistas diariamente veiculados sobre afrodescendentes no Brasil”. Em sua opinião por que a autora afirma que existem estereótipos racistas veiculados sobre os afrodescendentes? Justifique sua resposta.
 A história do racismo, no Brasil, tem suas origens no processo de escravização que sofreram as sociedades africanas que foram trazidas para o Brasil, guerras, sofrimento, assassinatos, inferiorizando os africanos. Todos esses fatos históricos criam estereótipos sobre os afrodescendentes em relação a pobreza, violência, miséria e sofrimento. 
 Toda a contribuição decisiva para o desenvolvimento social, econômico, político e cultural do país não era relacionado aos afrodescendentes, fazendo com que apenas as cosias negativas fossem lembradas pela sociedade e gerando um racismo impregnado na história brasileira. 
5- Sobre o Império Songai, assinale a alternativa correta:
a) A população do Songai era composta por várias etnias, sendo os mandingas o grupo principal.
b) O Império era chamado pelos árabes de “terra do ouro”, devido suas ricas zonas auríferas.
c) Conseguiram melhorar o abastecimento de água, canalizando o rio Níger e perfurando poços.
d) Ifé era a cidade mais importante e foi formada no século VI.
6- Com base na leitura do Guia e pesquisas na internet, descreva as características dos Bantos.
Bantos é uma palavra no plural que significa povo. Na cultura africana , o homem significa coletividade, e só existe enquanto parte de um coletivo. Bantos refere-se ao macro , ao um grupo linguístico, que pode ter costumes ou modo de vida diferentes. 
Bantos é uma demonização dada a falantes de inúmeras línguas reunidas sob tal denominação (não constituem uma raça, nem uma civilização, não há uma arte banta nem costumes bantos). É um tronco linguístico, ou seja, é uma língua que deu origem a diversas outras línguas africanas.
Para saber a história desses povos, que não têm escrita, busca-se entender a partir das palavras que possuem, quantas palavras se referem à agricultura, metalurgia, extração, etc. Quanto mais palavras o grupo possui para se referir a algo, demonstra quais palavras eram mais usadas no passado, esse é o método linguístico de entender a história. 
7- Acerca das religiões afro-brasileiras, apresente uma pesquisa em forma de coluna/tópicos sobres as diferenças e semelhanças entre a Umbanda e o Candomblé.
	UMBANDA E CANDOMBLÉ
	SEMELHANÇAS
	DIFERENÇAS
	-Não possuem uma tradição escrita marcada por um livro sagrado. 
- Local onde são realizados os rituais religiosos (terreno)
- Aprendizado religioso é através da oralidade. 
	Umbanda
	Candomblé
	
	- Uma religião afro-brasileira que mistura religiões indígenas, do catolicismo e do espiritismo kardecista.
- Acredita na existência de um deus soberano chamado Olorum. 
- Acredita na imortalidade da alma, na reencarnação e no carma, além de cultuar entidades, que seriam espíritos mais experientes que guiam as pessoas.
- Tocam batuques e cantam cânticos sagrados em português, 
-Recebem incorporações (por meio dos médiuns) das entidades, que têm o poder de curar, aconselhar, avaliar e modificar a vida das pessoas.
	- é uma junção mais pura e direta dos diversos cultos africanos trazidos pelos negros escravizados.
- Possui batuques, danças e oferendas.
- 
8- Diferencia “História indigenista” de “História indígena”.
 A história indigenista é contada pelos não indígenas. Narradas a partir do século XVI, entre a relação comercial com os europeus. Em primeiro momento era o movimento é de realizar trocas, sem ocupar as terras indígenas, com o passar do tempo o processo de ocupação foi ganhando força e, com ele, a violência contra as sociedades indígenas vai aumentando. 
Já a história indígena, é a forma pela qual os indígenas se veem como seres e a forma que veem os outros povos. 
9- Após assistir ao documentário “'À Sombra de um Delírio Verde”, descreva suas percepções sobre o tema. 
(Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=c2_JXcD97DI)
O documentário À Sombra de um Delírio Verde” mostra a triste situação do povo indígena com a maior população no Brasil que trava, quase silenciosamente, uma luta desigual pela reconquista de seu território contra as transnacionais do agronegócio
uma luta desigual pela reconquista de seu território.
Os mesmos são expulsos pelo contínuo processo de colonização. Hoje os Guarani Kaiowá vivem hoje em menos de 1% de seu território original.
Em suas terras, onde antes caçavam e plantavam seus alimentos, passou a ter milhares de hectares de cana-de-açúcar plantados por multinacionais. O mundo passou a usar o etanol sendo combustível verde, um combustível "limpo" e ecologicamente correto.
Sem terras os Guarani Kaiowá, enfrentaram a desnutrição que atinge suas crianças. Sem alternativas, os adultos começaram a ser explorados nos canaviais em exaustivas jornadas de trabalho.
 
10- Mencione e descreva as três fases do Movimento Negro no Brasil apresentadas pelo guia de “Orientações Pedagógicas para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena na Rede Pública de Ensino do DF (artigo 26-a da LDB)”. 
O primeiro movimento aconteceu entre 1889 a 1937, que corresponde ao período da Primeira República ao Estado Novo;	
O segundo entre 1945 a 1964, que corresponde ao período da Segunda República à Ditadura civil- militar;
O terceiro entre 1978 a 2000, que corresponde ao processo de redemocratização à República Nova.