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Estágios do pensamento administrativo As ideias, os conceitos e, consequentemente, as preocupações com a administração das organizações vêm evoluindo. Podemos identicar claramente quatro estág ios bem cara cter iza dos: empir ismo, eciência, ecácia e efetividade. O pri meiro estágio é o empirismo, porque precede a orienta ção cientíca da ad mi n istr ação. Baseia-se na intuição, no bom senso e na cr iativida de, e considera capacidades e habilidades ad m in istr ativas como dons i natos. Antigamente, as or- gani zações era m ad m in ist rad as sem qualquer base estr ut u rad a ou cientíca. Não existiam liv ros sobre a d mi nist ra ção, té cnicas docu mentad as ou escolas e cu rsos preparatór ios de gerentes e ad m in istr adores. Muitas empresas, aind a hoje, vivem essa realidade: pequenos empreendimentos ou organiz ações de g r ande por te de- signam pessoas par a ocupar cargos gerenciais ou a d mi nist rat ivos sem que elas estejam tecn icamente preparad as. Depois veio a era da eciência, idealizad a por Taylor e Fayol. Foi o primeiro estág io da Adm in ist ração Cientí ca. Hen r y Ford foi o gr ande “prático”, pois con- cebeu e implementou a linha de produção em sua fábr ica de automóveis. Naquele momento, a organiz ação era volta da para “dentro”, estr utu r ava-se e racionalizava- -se, centr ando su a preocupação nos métodos, processos e norma s de t rabalho. O foco d a empresa est ava nos processos. Utili zad a sozin ha e em dosagem exage- rad a, a eciência dá or igem à bu rocrati zação da organ iza ção. Tal fato ocor re na tentativa de prever o maior número de situ ações que possam ocor rer no dia a dia, cr iando-se inú meros regu lamentos que emper ra m e dicultam a rapidez e a exi- bilidade na s ações. Ser eciente é, antes de t udo, fazer as coisas corretamente. No entanto, a eciência, p or si só, nã o ba sta. Surgiu, assim , a e cácia – que é a preo cupação com resulta dos de cu r to prazo pa ra ga ra ntir a sobrevivência. As ideias de ecácia foram consolidadas por Peter Dr ucker, que concebeu os sistemas de “ad m i n ist r a çã o p or objet ivos”. A org a n i z a çã o at i nge s eu n ível id ea l e s at i sfat ór io d e e c á c i a q u a n d o a l c a n ç a o s r e s u l t a d o s d e s e ja d o s e a t i n g e s u a s m e t a s , q u e s ã o d e - nidas por produtos ou serviços. O foco da empresa se volta para seus produtos e ser- viços. É o fazer as coisas certa s. Para ser ecaz (isto é, para alcançar os result ados denidos), a empresa precisa ser eciente (ou seja, trabalhar de forma organizada e racional, resp eita ndo nor mas e processos bem den idos). Num processo cu mulati- vo, precisamos juntar os aspectos positivos da eciência aos aspectos positivos da ecácia. Isso pode ser resu mido nesta f rase: fazer corretamente as coisas cer tas. Chegamos, então, ao qua r to estág io desse processo evolutivo: efetividade. Theodore Levitt aler tou para o fato de que muitas organi zações – em busca de re- sultados de cur to prazo (ecácia) – começara m a inviabilizar o f utu ro, devasta ndo orestas, poluindo r ios, esgota ndo reser vas natu r ais, cr iando bu racos na ca mad a de ozônio, por exemplo. A efetividade trata-se de garantir a visão de resultados a curto, médio e longo prazos. Nesse quarto estágio, a preocupação é garantir o futuro da organização. Para tanto, entre outras coisas, deve-se tomar cuidado com a euforia dos resultados em curto prazo que, muitas vezes, pode comprometer a organização de forma definitiva quanto à sua capacidade de se perpetuar na sociedade. Para alcançar esse Evolu ção do p ensam ento adminis trati vo e ges tão e s traté gica de p es soa s e equipe s estág io, exige-se que o foco d a organ ização se volte pa ra a satisfação d as necessida- de s pre se nte s e fu t ura s d os cliente s. Para que a organização se perpetue (efetivida- de), ela precisa sobreviver garantindo o alcance dos resultados planejados (ecácia) e se organizar de forma lógica e racional (eciência), estimulando e valorizando a criatividade, o bom senso e a intuição, resgatando, assim, as características básicas do empir ismo que foram esquecidas e desvalori zad as du ra nte muito tempo. Empi r i sm o Cr iativ ida de – bom se nso – i nt u ição Eciência – Taylor e Fayol – 1920 Org an i za ção r acional Métodos – r egr as Papeis be m de nidos Foco: processos Ecác i a – Peter Dr u ker – 1950 Result a dos – sobrev ivência – cres cime nto A PO – met as – v isã o de cu r to pr az o Foco: produtos e ser viços – especialização Efet i v id ade – T heodore Levitt – 1970 Visão de f ut u ro – per pet uid ade Resu lta do de longo pra zo Foco: pessoas – necessidades dos clientes, desenvolvimento dos colaboradores e comun idade (responsabilidade social) Para atingi r os estágios mais avançados do pensamento ad mi nist rat ivo, dois fatores são de extrema i mpor t ância. Pr i meiro: é fu nda mental que a organi zação saiba conquistar e ma nte r cliente s, tor n ando- os éis. Isso ocorrer á a par ti r do momento em que eles se sin- t a m tot a l me nte sat isfeitos em su a s ne ces sida de s mome nt â ne as e seg u r os qu a nt o ao atend i me nto da s nece ssid a de s f ut u ra s. Par a isso, t rês asp ec to s cog n itivos são i mp o r t a n t e s: F I D E L I Z AÇ ÃO Foco na s nece ssida des f ut u ra s Intuição – antecipação – inovação Compa r t il ha r v isõe s de f ut u r o Identi ca r nece ssida des (int u ição) Dese nvolver produt os/ser v iços pa ra sat isfa zer ne ces sidad es f ut u r as (antecipa ção) Est a r pronto pa ra oferec er o pro duto/ser v iço ao cliente a ssim que ele identi que a nece ssida de (inovação)
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