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A identidade do Orientador Orientação profissional Aula III Dias 03 e 14/09/2020 Sobre a orientação profissional É uma forma de intervenção psicológica breve, focada no conflito da escolha profissional. Tem a duração total de 8 a 10 semanas com sessões individuais de 50 minutos e em grupo de 1h30min com no máximo de 8 a 10 pessoas. Apresenta metodologia específica e exige igualmente preparação específica. É uma modalidade de atendimento realizada, predominantemente, por psicólogos e algumas vezes por pedagogos, em consultórios particulares ou em clínicas de atendimento psicológico. disciplinas importantes para a formação do ORIENTADOR Psicologia organizacional: que apresente o ser humano como ser produtivo e aborde o trabalho humano e os vínculos que o sujeito estabelece com este pensar o homem como ser produtivo e a refletir sobre os vínculos que o sujeito estabelece com seu trabalho, até o período em que se insere a OP. É IMPORTANTE refletir TAMBÉM sobre as relações que este sujeito estabelece com a sociedade através deste trabalho, bem como pensar sobre os reflexos desta relação na saúde mental e física deste sujeito. disciplinas importantes para a formação do ORIENTADOR Psicologia do desenvolvimento: Trata do desenvolvimento humano no período que compreende a adolescência, a vida adulta e velhice. A ênfase é na retomada dos conteúdos relativos, principalmente a adolescência e início de vida adulta visto ser esta a principal faixa etária das pessoas que buscam ajuda através da OP Cont. É importante o domínio e a compreensão das teorias, assim como rever o conteúdo estudado, visando a possibilidade de que tais teorias nos fornecem melhor compreensão das pessoas com as quais provavelmente trabalharemos na OP. esta compreensão nos dará melhores possibilidades para atuar como facilitadores ao processo de autoconhecimento de nosso cliente. disciplinas importantes para a formação do ORIENTADOR Técnicas de Exame e Avaliação Psicológicas: para ter uma fundamentação teórica sobre a intervenção psicológica, e estudar a importância do “rapport”, como fazer, como realizar a entrevista psicológica, Para aprender a utilizar os principais inventários de interesse, os testes fatoriais, algumas técnicas de investigação da personalidade. APRENDER SOBRE A ENTREVISTA IMPORTÂNCIA DA ENTREVISTA PSICOLÓGICA NO PROCESSO DE OP é através da entrevista, do contato orientador/orientando que poderemos ter a maior e melhor possibilidade de facilitação ao processo de autoconhecimento que buscaremos desenvolver através da OP É POR MEIO DELA que poderemos ouvir e dialogar com nosso cliente e também que é, fundamentalmente através dela que poderemos ajudá-lo a ouvir-se e a dialogar consigo mesmo. A ENTREVISTA será a melhor forma de possibilitar a reflexão e a precipitação da maturidade que a escolha profissional exige. disciplinas importantes para a formação do ORIENTADOR Psicopatologia: O ORIENTADOR deve possuir uma visão das diversas patologias PARA PERCEBER A possibilidade de uma problemática emocional mais intensa que pode estar comprometendo a capacidade do sujeito de realizar sua escolha de maneira autônoma e integrada. não é raro o indivíduo procurar a OP como forma de buscar ajuda na resolução de conflitos emocionais outros, muito mais intensos e amplos que aqueles relacionados A ESCOLHA PROFISSIONAL CONT. Durante o processo de atendimento não é raro que o cliente de OP seja sensibilizado, por seu orientador, para que procure apoio psicológico através de um processo psicoterápico, o que às vezes começa a acontecer ainda durante o atendimento. A percepção desta necessidade só é possível se o orientador domina, pelo menos minimamente, os conteúdos da PSICOPATOLOGIA Destacamos ainda a seriedade e o compromisso ético envolvidos na utilização das técnicas de intervenção UTILIZADAS para agilizar e facilitar a reflexão de nosso cliente. VIVÊNCIAS DE ALUNOS PARTICIPANTES DA OP APÓS VIVÊNCIAS ALUNS RELATAM QUE A OP É: “superficial, taxativo, frustrante e improdutivo” . Nestes casos as declarações são referentes a um trabalho “impessoal” , através do qual relatam terem sido submetidos, juntamente com o restante dos mais de 40 colegas da turma, a uma grande bateria de testes os quais não sabiam para que serviam. Alguns chegam a dizer que, muitas vezes houve “cola” entre eles durante a execução dos testes. CONT. A maioria destes alunos declara, ainda, não ter feito sequer uma entrevista durante o processo e muitos dizem ter recebido o “resultado” através de outra pessoa que não aquela que lhes aplicou os testes. Tal resultado, na maioria das vezes indicou mais de uma área, ou diversas profissões/cursos o que, segundo os jovens, os deixou ainda mais ansiosos e confusos. CONT Muitos reclamam da falta de informação sobre cursos/profissões. Na fala, deixam claro a decepção pois esperavam que houvesse uma resposta mais “definitiva” e “exclusiva”. a partir destas declarações é POSSÍVEL CONSIDERAR que a “frustração” advém de uma expectativa criada a partir de uma não definição de objetivos do processo, da falta de esclarecimento sobre a metodologia a ser utilizada e do que se poderia esperar realmente como resultado do trabalho realizado. Aspectos positivos do atendimento vivenciado, referindo-se, nestes casos especialmente àquele tipo de intervenção que foi fundamentalmente baseada em entrevistas e técnicas diversas incluindo testes psicométricos e a informação profissional Estes alunos declaram um processo mais integrativo, participativo, no qual houve melhor possibilidade de compreensão dos “porquês” das tarefas realizadas e maior “confronto” com cada uma destas. descreveram, geralmente, um processo feito em grupos pequenos ou individual Cont. o trabalho é descrito como tendo sido realizado com maior envolvimento e comprometimento e com melhor definição de objetivos e possibilidades em termos de resultados. A participação é relatada como mais intensa parecendo mais claro para a pessoa que recorre a este tipo de ajuda que o “resultado” deverá ser fruto desta participação e comprometimento. Sobre os alunos da turma de op No período em que a disciplina é lecionada os alunos tiveram que brevemente realizar uma nova escolha que é a da “ênfase”, ou seja, delimitar uma área de interesses e optar por ela. Ao estudar os conteúdos de OP o aluno estará, portanto, estendendo a si próprio, o questionamento em relação aos motivos, desejos, características pessoais e necessidades relacionadas à escolha profissional. nOs conteúdos que serão estudados em op, existe o debate que a disciplina oportuniza, e levam o aluno a questionar sua opção inicial pelo Curso de Psicologia, assim como aquela que realizará ao selecionar uma das ênfases. Cont. diversos alunos “resistem” à disciplina e preferem considerá-la de pouca ou nenhuma importância e apenas realizam o estritamente necessário para serem aprovados, sem sequer cuidarem de obter um bom resultado (em termos de notas), o que é preocupação comum à maioria. É frequente que determinados alunos deixem a sala durante a aula e que refiram cansaço, falta de interesse e de motivação pela disciplina Cont. No entanto, quando individualmente/particularmente questionados, declaram estar bastante preocupados com sua própria formação, com a possibilidade de engajamento futuro na profissão. Estas afirmativas reforçam que é difícil ouvir falar, refletir sobre e ter envolvimneto com questões relativas à escolha profissional e o projeto profissional futuro. Declaram sobre como se sentem temerosos por terem que trabalhar com a escolha do outro sendo que a deles próprios traz angústias e dúvidas. Orientação profissional Reflexão visando buscar a construção da O.P. dentro do quadro econômico/político/social que hoje está presente. Historicamente,a Orientação Profissional no Brasil é uma área que se utiliza de várias abordagens, ligadas à educação e à clínica psicológica. É uma forma de facilitação da escolha do trabalho/carreira – um dos grandes pilares de vida. Questionamentos: 1. A quem estamos conseguindo atingir com o trabalho de Orientação Profissional? Diferentes populações: jovens, universitários, PCDs, transição de carreira, aposentadoria. Estudar a realidade social em que estamos inseridos: primeiros passos para a realização de um processo válido de orientação, seja para quem for. questionamentos 2. Que caminhos estão buscando essas pessoas que procuramos atingir com o trabalho de Orientação Profissional? Estão plenamente conscientes da importância do seu papel social como cidadãos/estudantes/trabalhadores/profissionais - empregados ou liberais, na construção e a transformação da sociedade a qual pertencem? Para quê? Como orientar? Consciência da realidade social questionamentos 3. Como Orientadores Profissionais estão contribuindo, e em que medida, com os orientandos, na busca desses caminhos? Qual o papel do Orientador Profissional, representado pelo trabalho nessa área frente ao novo cenário do mundo do trabalho? Aqueles referentes à consciência da realidade social como se apresenta e, também, como construção coletiva e constante? Podemos perceber que esses não estão postos, ou são determinados, mas que são pressupostos e passíveis de construção, de transformações. Qual conhecimento deve ser ensinado? Qual é o profissional (orientador profissional) eu desejo formar? Qual é o profissional que o mercado demanda? Que formação deve ter o orientador profissional? Considerações A orientação profissional é um campo que transcende a situação individual de cada orientador e suas técnicas. Convergem conflitos de ordem psicológica, individual, social e institucional referências Lisboa, Marilu Diez. O papel do orientador profissional: orientando para as novas relações de trabalho. Rev. ABOP, v.2 n.2 Porto Alegre, 1998. Texto de mariza tavares lima: a formação do orientador profissional
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