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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE 
ESCOLA DE ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
Pré e pós-operatório de Colecistectomia 
Orientações e cuidados de enfermagem para pacientes e familiares 
 
 
 
 
Produzido por: 
Francine Carpes Ramos – Enfermeira graduada pela 
FURG. 
 
Diéssica Roggia Piexak – Doutora em Enfermagem. 
Docente da Escola de Enfermagem da FURG. 
 
Colaboradores de desenvolvimento gráfico: 
Rodrigo Carpes Ramos 
Rafael Ramos Emmendorfer 
 
Disponível em: 
www.eenf.furg.br 
 
 
 
 
Rio Grande, 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha catalográfica 
 
 
R175p Ramos, Francine Carpes. 
 Pré e pós operatório de Colecistectomia: orientações 
e cuidados de Enfermagem para pacientes e familiares / 
Francine Carpes Ramos; Diéssica Roggia Piexak. – 2017. 
 32 f. : il. color. 
 
 ISBN: 978-85-7566-467-4 
 
 1. Colecistectomia 2. Vesícula biliar 3. Cuidados 
cirúrgicos 4. Tratamento cirúrgico 5. Clínica cirúrgica 6. 
Enfermagem I. Piexak, Diéssica Roggia II. Título. 
 
CDU 616-083 
 
 
Catalogação na Fonte: Bibliotecário Me. João Paulo Borges da Silveira CRB 10/2130 
 
 
 
 
Sumário 
 
APRESENTAÇÃO 4 
CONHECENDO A VESÍCULA BILIAR 5 
DOENÇAS DA VESÍCULA BILIAR 6 
Pedras/Cálculos na vesícula biliar 6 
Inflamação da vesícula biliar 7 
CIRURGIA: COLECISTECTOMIA 8 
Colecistectomia convencional 9 
Colecistectomia laparoscópica 9 
Drenos 11 
PREPARO PARA A CIRURGIA 12 
Medicações 12 
Anestesia 12 
Espiritualidade 12 
Alimentação 13 
Exercícios respiratórios 14 
Passo a passo: como realizar os exercícios respiratórios 14 
Imobilização da ferida operatória 15 
Passo a passo: como realizar a imobilização da ferida 
operatória 15 
Promoção da tosse 17 
Passo a passo: como tossir corretamente 17 
Preparo da pele para a cirurgia 18 
Momentos antes de você ir para o bloco cirúrgico 19 
Transporte: unidade de internação para o Bloco Cirúrgico 20 
 
 
UNIDADE DE INTERNAÇÃO: CLÍNICA CIRÚRGICA 20 
Alimentação 21 
Exercícios respiratórios e tosse 21 
Dor 22 
Ferida operatória e curativo 22 
É hora de movimentar-se 23 
Passo a passo: exercícios para praticar no leito - flexão, 
extensão e rotação 24 
Passo a passo: saindo do leito 26 
CUIDADOS PARA A ALTA HOSPITALAR 27 
ALGUMAS ORIENTAÇÕES IMPORTANTES 30 
FINALIZANDO 31 
 
4 
 
Apresentação 
 
Este manual, foi criado com a intenção de orientar você e seus 
familiares sobre os cuidados direcionados para o pré e pós-
operatório de colecistectomia. 
Nosso maior objetivo é que você e seus familiares compreendam 
todo o processo cirúrgico e consequentemente sintam-se mais 
seguros e menos ansiosos. 
A intenção deste material também é favorecer um cuidado mais 
confiante quando você receber alta hospitalar, passando a 
conhecer sinais de alterações, diminuindo o risco de 
complicações no pós-operatório. 
Desejamos que com este manual suas dúvidas e medos possam 
ser minimizados e que sua recuperação seja tranquila. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
CONHECENDO A VESÍCULA BILIAR 
 
 
A vesícula biliar é um órgão pequeno, em forma de pera, que possui em média 
de 7-10 cm de comprimento e se encontra na porção superior direito do 
abdômen, logo abaixo do fígado. Mantém conexão com dois ductos, que são 
canais chamados de cístico e colédoco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A principal função da vesícula biliar é armazenar a bile. Sua capacidade de 
armazenamento é de 30 a 50 ml. 
 
A bile é um líquido amarelo-esverdeado que é produzida pelo fígado e atua como 
auxiliadora na digestão. 
 
 
De que a bile é formada? 
 
É formada por água e 
eletrólitos como: sódio, 
potássio, cálcio, cloreto e 
bicarbonato em conjunto com 
lecitina, ácidos graxos, 
colesterol, bilirrubina e sais 
biliares. 
 
6 
 
Depois de ser produzida pelo fígado, a bile é armazenada na vesícula biliar e só 
é liberada quando consumimos alimentos, especialmente os gordurosos, a 
vesícula expele a bile através do ducto cístico indo diretamente para o intestino 
delgado. 
 
 
Como a bile é utilizada somente na digestão, no período em que não estamos 
nos alimentando ela fica guardada dentro da vesícula. 
 
Nesse momento grande parte da água que compõem a bile é absorvida através 
de suas paredes, acontecendo uma alteração na composição da bile, essa torna-
se de cinco a 10 vezes mais concentrada se comparada com aquela 
originalmente secretada no fígado. 
 
DOENÇAS DA VESÍCULA BILIAR 
 
 
Pedras/Cálculos na vesícula biliar 
 
É o distúrbio considerado o mais comum do sistema biliar. A colelitíase é o termo 
científico utilizado para o que popularmente é conhecido como “pedras na 
vesícula”. Essa condição consiste na formação de cálculos na vesícula biliar. 
Bile 
Intestino delgado 
7 
 
Porque surgem as pedras/cálculos na vesícula? 
 
 
Os cálculos são formados quando há um desequilíbrio entre os fatores que 
mantém a solubilidade (consistência) da bile, ou seja, quando algum 
componente da bile se encontra em quantidade aumentada, tornando a bile 
saturada. O cálculo mais comum é o formado pelo colesterol (componente da 
bile). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inflamação da vesícula biliar 
 
É chamado de colecistite, a condição que apresenta inflamação da vesícula biliar. 
Esse distúrbio pode estar em associação com cálculos (colecistite calculosa) ou 
somente a inflamação (colecistite acalculosa). 
 
A colecistite calculosa (inflamação e pedras na vesícula) é a mais comum. 
O fluxo da bile é interrompido devido à obstrução por um cálculo e inicia-se um 
processo inflamatório pela bile que ficou “aprisionada” na vesícula. 
 
Já a colecistite acalculosa (somente a inflamação) essa por sua vez, sem a 
presença de cálculos e obstrução. 
 
 
8 
 
Icterícia 
 
Um dos sintomas que podem acontecer na colelitíase, é a icterícia, conhecida 
como “amarelão”. 
A pele e as mucosas ficam com coloração amarelada e com presença de coceira 
no local. 
Este sintoma acontece porque a bile fica impedida por uma pedra/cálculo de 
seguir seu caminho até o intestino, então seu excesso acaba acumulando-se na 
corrente sanguínea. 
Também pode acontecer alteração na cor da urina (cor escura - coca-cola) e das 
fezes (esbranquiçadas), que se justifica também pelo aprisionamento da bile. 
 
 
 
CIRURGIA: COLECISTECTOMIA 
 
 
O tratamento cirúrgico tem o objetivo de proporcionar para você o alívio de seus 
sintomas por meio da remoção da principal causa, que neste caso é a vesícula 
biliar. Então a colecistectomia, nada mais é que a retirada da vesícula biliar 
cirurgicamente. 
 
 
 
 
 
9 
 
Existem dois tipos de colecistectomia: 
 
 
 
 
 
Colecistectomia convencional 
 
É a remoção da vesícula biliar através de 
um corte abdominal, é popularmente 
conhecida como “técnica aberta”. Esta 
intervenção é indicada nos casos de 
inflamação da vesícula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colecistectomia laparoscópica 
 
É conhecida como “cirurgia por vídeo”, 
realizada através de um pequeno corte 
na cicatriz umbilical. 
 
Podem ser realizados diversos outros 
cortes pequenos ao longo do abdômen 
para a introdução de outros 
instrumentos cirúrgicos 
 
 
CONVENCIONAL 
LAPAROSCÓPICA 
10 
 
O abdômen é insuflado com um gás, para que o cirurgião consiga enxergar as 
estruturas abdominais. 
 
Um dos instrumentos cirúrgicos utilizado é o laparoscópio. Ele possui uma 
câmera que passa a imagem para um visor que fica dentro da sala de cirurgia. 
Com isso, o cirurgião consegue enxergar dentro do abdômen. 
 
As duas técnicas cirúrgicas têm a mesma finalidade, porém só são realizadas 
de maneiras diferentes, de acordo com a necessidade apresentada pela 
condição clínica do paciente.ATENÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Durante a cirurgia videolaraloscópica (por vídeo), pode 
existir a necessidade de conversão para um 
procedimento cirúrgico abdominal tradicional, ou seja, 
a colecistectomia convencional (aberta). Isso ocorre 
geralmente quando há inflamação vesicular ou ao seu 
redor. 
A vesícula biliar é um órgão importante, porém não 
essencial à vida, ou seja, sua retirada não trará 
grandes danos ao indivíduo e sim maiores cuidados a 
serem realizados com a alimentação. 
11 
 
Drenos 
 
O QUE É UM DRENO? 
 
 
O dreno é um pequeno “tubo” que serve para 
retirar líquidos (como sangue) e secreções que 
permaneceram no interior do abdômen, evitando 
complicações futuras como a infecção. 
 
Para fazer esta retirada uma parte do dreno fica dentro do abdômen e outra 
parte no lado de fora. 
 
Esses são os dois tipos de drenos que são utilizados nessa cirurgia: 
 
DRENO DE PENROSE DRENO DE KEHR 
 
O dreno de penrose é removido em seguida, na maioria das vezes no hospital. Já 
o de kehr pode ser retirado na consulta de retorno, pois para retirar é preciso 
realizar exame. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
PREPARO PARA A CIRURGIA 
 
 
Durante a internação no hospital, você deve se informar de todas suas dúvidas. 
Aproveite a visita do enfermeiro e médico para conversar sobre suas 
preocupações e possíveis questionamentos. 
 
Sempre pergunte quando não estiver seguro com alguma informação. Com isso, 
você se sentirá mais seguro e calmo para passar pelo procedimento e 
recuperação com sucesso. 
 
Medicações 
 
Se você faz uso de alguma medicação em casa, informe a equipe de saúde no 
momento da internação, para que estes medicamentos possam ser prescritos 
pelo médico e administrados no hospital. Durante a internação não utilize 
nenhuma medicação por conta própria, tome apenas as fornecidas pela equipe 
de enfermagem. 
Anestesia 
 
Na véspera da cirurgia durante a internação, você receberá uma visita do 
anestesista, que avaliará o seu estado de saúde. Desfrute desta visita para 
esclarecer todas suas dúvidas em relação a anestesia. 
 
Espiritualidade 
 
Independentemente de sua religião ou crença, acredite que sua 
cirurgia e recuperação darão certo! 
 
13 
 
Alimentação 
 
É importante que você não consuma alimentos de fora do hospital, pois isto 
pode interferir na sua recuperação. 
O hospital conta com um Serviço de Nutrição e Dietética que fornece a 
alimentação de acordo com a recomendação específica do tratamento de cada 
paciente. 
 
 
Você deverá fazer um jejum de oito horas antes da 
cirurgia. Durante este tempo você não poderá 
consumir nenhum tipo de alimento ou bebida. 
 
É muito importante que você esteja consciente desta 
informação, porque se o período de jejum não for 
realizado de maneira correta a cirurgia poderá ser 
cancelada. 
 
 
Porque é preciso fazer o jejum? 
Para evitar vômitos durante a cirurgia e consequente complicações no pós- 
operatório. 
 
 
14 
 
Exercícios respiratórios 
 
Dias antes da cirurgia é importante que você pratique exercícios respiratórios, 
para que depois da cirurgia você saiba faze-los. Estes exercícios farão que seu 
pulmão expanda melhor e consiga uma melhor oxigenação, além de que são 
importantes porque irão ajudar no seu relaxamento. 
 
Passo a passo: como realizar os exercícios respiratórios 
 
 
1. Recline-se no leito com as costas e os 
ombros bem apoiados com 
travesseiros. 
 
2. Posicione suas mãos de maneira que 
você sinta seu tórax e abdômen. 
 
3. Expire (coloque todo o ar para 
“fora”) suavemente e por completo à 
medida que as costelas afundam. 
 
 
 
 
 
4. Em seguida, faça uma inspiração, ou 
seja, puxe o ar pelo nariz e pela boca 
(respire fundo), deixando que o 
abdômen se eleve à medida que os 
pulmões se enchem de ar. 
 
 
 
 
 
15 
 
 
5. Prenda a respiração contando até cinco. 
 
6. Expire e deixe todo o ar sair pelo nariz e 
boca. 
 
7. Repita esse exercício por 15 vezes, com um 
curto intervalo de descanso depois de cada 
grupo de cinco exercícios. 
 
PRATICAR ISSO 2 VEZES POR DIA NO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO. 
 
 
Imobilização da ferida operatória 
 
Chama-se de ferida operatória o corte da cirurgia. Agora você vai ser ensinado a 
imobilizar essa ferida operatória de maneira adequada. 
Uma forma de “segurar” o local da cirurgia em situações que irão provocar 
esforços abdominais e dor na sua ferida operatória como na tosse, náuseas, 
vômitos e evacuação. 
Essa imobilização irá agir como uma tala e vai diminuir a dor e a pressão que 
teria naquele local. 
 
Passo a passo: como realizar a imobilização da ferida operatória 
 
 
 
1. Posicione suas mãos na 
ferida operatória. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
2. Entrelace os dedos apoiando 
firmemente o local da cirurgia. 
 
Suas mãos irão servir de apoio para 
você não forçar sua musculatura 
da região cirúrgica durante o 
movimento que estiver 
praticando, seja ele náusea, 
vômito ou tosse. 
 
 
 
 
 
 
OUTRA MANEIRA: 
1. Você também pode proteger sua 
ferida operatória colocando um 
travesseiro para apoiar o local da 
cirurgia, ao invés de suas mãos. 
 
2. O travesseiro irá servir de apoio 
da mesma maneira que a imagem 
anterior. 
Coloque o travesseiro de modo a 
apoiar o local de sua cirurgia. 
 
 
 
 
 
17 
 
Promoção da tosse 
 
Outra prática importante de ser treinada dias antes da cirurgia é a tosse, para 
poder mobilizar as secreções e conseguir remove-las. 
 
Passo a passo: como tossir corretamente 
 
 
1. Incline-se um pouco para diante a 
partir da posição sentada no leito; 
entrelaçar os dedos e colocar as mãos 
sobre o local da ferida operatória para 
agir como um suporte semelhante a 
uma tala quanto tossir. 
 
2. Respire conforme ensinado no 
primeiro exercício. 
 
3. Com a boca ligeiramente aberta, 
inspirar plenamente. 
 
 
 
4. Tossir de forma seca e com som 
agudo durante três respirações curtas. 
 
5. Em seguida, mantenha a boca 
aberta, faça uma inspiração profunda 
rápida e, imediatamente após, tossir 
forte uma ou duas vezes. 
 
 
 
 
 
18 
 
Preparo da pele para a cirurgia 
 
Banho 
 
No dia da cirurgia é necessário que você tome um banho com sabonete neutro 
e mantenha sua pele e cabelos limpos e secos. Para reduzir o número de 
microrganismos de sua pele, diminuindo o risco de infecções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É importante a retirada do esmalte e da maquiagem para que no momento da 
cirurgia a equipe possa ter melhor visualização de sua pele e lábios, a fim de 
detectar alterações de circulação e oxigenação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
Pelos 
 
Se você tiver pelos no local ou perto de onde será realizada a cirurgia, estes 
deverão ser removido antes da cirurgia através de cortadores elétricos pela 
equipe de enfermagem. 
 
Você não deve realizar sua própria depilação com aparelhos de barbear, pois 
isto pode ser um grande fator de risco de infecção para sua cirurgia. 
 
 
 
Momentos antes de você ir para o bloco cirúrgico 
 
 
 
 Você irá trocar sua roupa por um avental hospitalar com 
uma abertura nas costas. Também irá colocar uma touca 
descartável para cobrir os cabelos; 
 
 Todos os grampos ou acessórios deve ser retirado do 
cabelo; 
 
 É necessário escovar os dentes e retirar próteses ou 
dentaduras; 
 
 Você deve retirar suas jóias, anéis e piercings; 
 
 Você deve urinar antes de ir para a sala cirúrgica. 
 
 
 
 
Todos os seus pertences como: dentaduras, óculos, próteses, aparelhos 
auditivos irão ser entregues aos familiares ou claramente rotulados e guardados 
em um lugar seguro, de acordo com a política da instituição. 
20 
 
Transporte: unidade de internação para o Bloco Cirúrgico 
 
 
No período que antecede a cirurgia você será encaminhado para o Bloco 
Cirúrgicode uma maneira confortável, segura e tranquila na companhia de um 
profissional de transporte, saúde e também de seu acompanhante, que poderá 
acompanhá-lo até o bloco. 
 
Logo após sua cirurgia, você será encaminhado para a Sala de Recuperação Pós 
Anestésica ainda dentro do Bloco Cirúrgico. Lá, você receberá cuidados 
imediatos após a cirurgia para sua recuperação anestésica. 
 
Não se preocupe, que seus familiares receberão notícia do andamento do seu 
procedimento. Você permanecerá nesta sala de recuperação por algumas horas, 
após será transferido para a unidade de internação, no quarto onde você estava 
instalado. 
 
UNIDADE DE INTERNAÇÃO: CLÍNICA CIRÚRGICA 
 
 
De volta para o quarto, você permanecerá internado por poucos dias para o 
monitoramento de sua recuperação. 
 
Esforce-se e acredite na sua recuperação, pois ela 
também depende de você. 
 
 
21 
 
Alimentação 
 
Em seguida da cirurgia, você ainda não poderá se alimentar, pois em razão da 
anestesia devemos esperar seu sistema digestório “voltar a funcionar” para você 
poder comer. 
 
O médico e o enfermeiro irão te monitorar e liberarão sua dieta na hora certa. 
É importante que você siga essas orientações, porque se alimentar antes do 
período permitido poderá causar diversas complicações, dentre elas a náusea e 
vômitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercícios respiratórios e tosse 
 
Não esqueça de realizar os exercícios respiratórios e de 
tosse, que foram ensinados e treinados antes da 
cirurgia. Isso ajudará muito em sua recuperação, 
evitando que secreções se acumulam nos seus pulmões. 
 
 
 
Se você tiver alguma dúvida de como realizar os exercícios, peça auxílio para o 
enfermeiro. 
 
NÃO DEIXE DE PRATICAR! 
 
É importante que você realize no mínimo quatro vezes ao dia. 
 
22 
 
Dor 
 
Não se assuste se você sentir dor, pois é um sintoma comum depois de qualquer 
cirurgia. Sempre que você estiver com dor, comunique algum profissional da 
equipe de enfermagem para que possa ser providenciada alguma medicação. 
 
Umas das medidas que evita dor, é manter suas pernas fletidas (dobradas) 
quando estiver deitado para evitar que o abdômen fique distendido (espichado). 
 
Uma maneira do profissional entender melhor sua dor e tratá-la melhor, é você 
falar através de um número a intensidade da dor, colocando uma nota para sua 
dor. 
 
 
 
 
Ferida operatória e curativo 
 
É chamado de ferida operatória o corte da cirurgia. Você irá retornar do bloco 
cirúrgico com um curativo, que serve para proteger a ferida, prevenir contra 
infecções e absorver secreções. 
 
23 
 
Nas primeiras 48h (dois dias) após a cirurgia o curativo deve ficar fechado e será 
observado pelo enfermeiro se está limpo externamente. 
 
Após esse período, o curativo deve ser trocado todos os dias ou sempre que 
estiver sujo. Deve ser realizado pela equipe de saúde com apenas soro fisiológico 
0,9% e gazes esterilizada. 
 
Na hora de tomar banho tome cuidado para não molhar o curativo, proteja com 
saco plástico. Depois de você tomar banho o curativo será refeito, mas é 
importante que você mantenha protegido no momento do banho para evitar a 
contaminação de sua ferida operatória e também para o profissional conseguir 
visualizar o tipo de secreção que está presente na ferida. 
 
Conforme a avaliação do enfermeiro, poderá não haver mais a necessidade de 
realizar o curativo. 
 
Dreno: os curativos dos drenos de penrose deverão ser feitos TODOS os turnos. 
 
Sempre que seu curativo estiver sujo comunique. 
 
SOLICITE a equipe de enfermagem. 
 
 
 
É hora de movimentar-se 
 
Não fique deitado todo o tempo. É muito importante a movimentação no seu 
pós-operatório, ao contrário do que parece, o paciente deve movimentar-se na 
recuperação da cirurgia. 
 
A saída da cama e a caminhada frequentemente faz com que melhore sua 
respiração, circulação, previne que você fique edemaciado (inchado) e diminui o 
risco de diversas complicações. 
 
 
24 
 
Se você tiver a recomendação de restrição ao leito, ou seja, de manter-se no 
leito, poderá praticar exercícios de movimentação na cama, como: flexão, 
extensão e rotação dos membros. 
 
Passo a passo: exercícios para praticar no leito - flexão, extensão e rotação 
 
FLEXÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXTENSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROTAÇÃO 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para você se levantar do leito é importante seguir as instruções do próximo 
passo a passo, que irá ensinar a maneira correta de sair do leito. Assim, sua ferida 
operatória não sofrerá pressão com sua movimentação e esforço. 
 
SEMPRE QUE NECESSÁRIO, SOLICITE AJUDA PARA A SAÍDA DO LEITO! 
Você poderá sentir-se tonto nas primeiras vezes que você for 
levantar do leito. O motivo disso acontecer, é porque você ficou 
muito tempo deitado e ao levantar sua pressão pode diminuir, 
fazendo com que ocorra a tontura. 
Para evitar que a tontura aconteça, você 
primeiramente deve elevar a cabeceira da 
cama e ficar recostado por alguns minutos, 
para depois sentar-se no leito com as pernas 
para baixo por mais alguns minutos (em 
média 10 minutos), antes de ficar de pé. 
O repouso no leito deve ser realizado apenas se for solicitado pelo médico 
ou enfermeiro, sendo casos de exceção. 
 
26 
 
Passo a passo: saindo do leito 
 
1. Posicione-se lateralmente na cama, vire-se de lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Apoie o braço na cama e exerça força somente com ele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Continue apoiando-se, comece a colocar suas pernas para fora da cama. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
4. Ilustração. 5. Ilustração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIDADOS PARA A ALTA HOSPITALAR 
 
 
 
PARABÉNS! 
Você recebeu sua alta hospitalar, isso significa 
que venceu mais uma etapa de sua 
recuperação. 
 
 
Mas, mesmo com a alta existem cuidados com sua saúde que você ainda deve 
tomar para conseguir o sucesso total de sua recuperação. 
 
Muitas complicações podem acontecer quando o paciente já está em casa, então 
é importante estar alerta para os sinais que podem significar infecção de sua 
ferida operatória. 
28 
 
 
 
 
FIQUE ATENTO AOS SINAIS DE INFECÇÃO! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fique ligado em mudanças da coloração de suas fezes 
(esbranquiçadas), urina (escura – cor de coca-cola) e 
pele (amarelada). 
 
 
Se você apresentar alguns desses sintomas, deve procurar o atendimento de 
saúde mais próximo. 
 
 
 
CONTE COM O APOIO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM E SEUS FAMILIARES! 
 
 
 
 
VERMELHIDÃO 
INCHAÇO 
CALOR AO REDOR DA FERIDA 
PRESENÇA DE SECREÇÃO (AMARELADA OU 
ESVERDEADA) 
CHEIRO RUIM NA FERIDA 
FEBRE 
29 
 
Esforços físicos 
 
Evite fazer grandes esforços físicos e carregamento de peso durante as primeiras 
semanas. Os esforços físicos podem fazer com que sua ferida operatória não 
cicatrize bem. Atividades como dirigir carro estarão liberadas depois de três ou 
quatro dias. 
 
Alimentação 
 
 
 
Procure seguir uma dieta saudável. 
 
Prefira: carnes magras, peixe, frango, legumes, 
verduras e frutas. 
Evite: frituras, comida picante e alimentos que 
contenham gordura em excesso. 
 
Lembre-se que com a ausência da vesícula biliar fica mais difícil a gordura dos 
alimentos gordurosos ser digerida, então evite ao máximo esse consumo. 
 
 
 
BEBA BASTANTE ÁGUA! 
 
 
 
 
 
Medicamentos 
 
Siga corretamente o uso das medicações que foram prescritas pelo médico que 
acompanhou sua cirurgia. 
 
COMPAREÇA NAS CONSULTAS DE ACOMPANHAMENTO! 
30 
 
ALGUMAS ORIENTAÇÕES IMPORTANTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em caso de quaisquer intercorrências, procurar o 
Serviço de Pronto Atendimento (SPA) deste hospital, o 
qual funciona 24h por dia,todos os dias. 
 
 
 Retirar os pontos no posto de saúde ou no 
retorno no ambulatório; 
 Evitar a exposição da região operada ao sol por 
seis meses. 
 
 Para agendar o retorno (consulta médica): 
 
Para paciente que residem em Rio Grande: 
Marcar no AGENDAMENTO deste hospital, na última 
semana do mês. A senha para atendimento pode ser 
retirada de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 8h30. 
Levar carteira de identidade, cartão do SUS e a ordem de 
retorno. 
 
Para pacientes procedentes de outros municípios: 
Agendar diretamente na Secretaria de Saúde do seu 
município. 
 
31 
 
FINALIZANDO 
 
 
Esperamos que após a leitura deste manual, você e seus familiares sintam-se 
mais seguros e confiantes para enfrentar as etapas do processo cirúrgico e 
praticar o cuidado na recuperação. A equipe de saúde sempre estará disponível 
para o esclarecimento de dúvidas e inseguranças. 
 
É muito importante a presença da família para o enfrentamento da cirurgia e 
recuperação. Vocês, familiares, devem estimular o seguimento de todas as 
orientações e servir de apoio sempre que preciso. 
 
Dedique-se, que com certeza sua recuperação será mais rápida e tranquila. 
 
Acredite na sua recuperação! 
 
 
 
EMBASAMENTO TEÓRICO UTILIZADO NA CONSTRUÇÃO DO MANUAL: 
 
 
HINKLE, J.L.; CHEEVER, K.H. Brunner e Suddarth: tratado de enfermagem 
médico-cirúrgica. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

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